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AJUSTE OCLUSAL E ENTREGA DA PROTESE TOTAL Þ Ajuste da PT deve ser feito no articulador após a acrilização PORQUE? • Polimerização = contração 0,2% a 0,5% durante o resfriamento da mufla • Observar o pino incisal (DV) – na posição 0 e tocando na base do articulador • Remonte dos modelos – no ASA após acrilização, pra minimizar o ajuste em boca, o tempo de consulta de ajuste com o paciente e seu desconforto. É por isso que se fazem as chaves de marcações, no modelo de gesso pra montar exatamente na posição no articulador. USA-SE MODELO FUNCIONAL, PROCURAR NÃO QUEBRÁ-LO OBJETIVOS • Recuperação da dimensão vertical – quando monta em articulador e o pino incisal toca adequadamente na mesa incisal, verificação da presença de contatos prematuros • Estabilidade • Eficiência mastigatória • Equalização dos pontos de contato – busca os mesmos pontos de contato que teve na montagem dos dentes. Contatos de canino para posterior em RC, com área semelhante entre os dentes. Sem contato entre dentes anteriores Þ Reabsorção óssea Þ Hiperplasia de tecido mole – crescimento de epitélio e conjuntivo REMONTAGEM E DESGASTE SELETIVO • Colocar os modelos onde estavam no momento do enceramento • Chaves de posição • Limpar acrílicos e gessos para não prejudicar remonte VANTAGENS DO AJUSTE NO ARTICULADOR • Reduz a participação do paciente • Melhor visualização • Ausência de saliva • Bases estáveis DESGATE SELETIVO – Permite obter harmonia entre as duas arcadas sem que os dentes percam sua eficiência mastigatória, além de restabelecer a DV do paciente. Oclusão pode ser modificada pela contração de polimerização, bastante comum. Þ Manter a Dimensão Vertical (não pode aumentar ou diminuir), não pode comprometer a eficiência mastigatória. Cuidar a anatomia dentária quando for realizar desgastes, e realizar nas duas arcadas (em prótese dupla). Sempre inicia pela arcada superior, porque ela aparece menos do que a inferior, pensando em questões estéticas. Se modificar muito a anatomia inicia o desgaste nos inferiores. Chaves De Posição – Marcações no modelo de gesso (de forma cilíndrica) para encaixar exatamente o modelo na posição correta quando acrescentarmos gesso para fixar o modelo no articulador. Serve para marcar a posição. AJUSTE EM CÊNTRICA – Com o articular em cêntrica coloca-se papel articular entre as arcadas e faz-se movimentos de abertura e fechamento, após observa-se os contatos prematuros Þ Para cada tipo de movimento usar uma cor de papel articular – se fossem feitos todos os movimentos de uma vez só Þ Sempre realizar o movimento em voltar em RC para verificar se ficou na posição correta novamente Þ Cúspides dos inferiores nas fossas dos superiores e vice-versa Onde desgastar? • Fossas • Sulcos • Pontes de esmalte • Vertentes das cúspides (planos inclinados) PRESERVAR: Ponta das cúspides – iniciar desgastes pelos sulcos opostos TIPOS DE CONTATO • Puntiformes • Circulares – contato prematuro, fura o papel • Elipses – deslize em contato prematuro Þ Após cada desgaste verificar se o pino incisal toca na mesa incisal Þ Utilizar pasta abrasiva para polimento após desgastes DENTES ANTERIORES • Ausência de contato em movimentos excêntricos • Desgastar primeiro a face palatina dos dentes superiores respeitando a borda incisal dos dentes inferiores AJUSTES EXCÊNTRICOS • Mínimo de três contatos = um anterior e dois posteriores um de cada lado • Ausência de travamentos em balanceio, sem interferência Þ Interferências devem ser eliminadas preservando as cúspides de contenção cêntrica – VIPS EXCECÃO – quando houver toques tanto em Relação cêntrica quanto em movimento excêntrico simultaneamente AJUSTE EM BOCA 1. Avaliação de freios, bridas e bordas da prótese 2. Avaliação da oclusão 3. Avaliação da área de compressão 4. Realização de testes de retenção, estabilidade e suporte 5. Instruções finais ao paciente 1. AVALIAÇÃO DE FREIOS, BRIDAS E BORDAS DA PRÓTESE • Antes de introduzir a prótese no interior da cavidade bucal, é importante observar a presença de bolhas positivas de resina na prótese e de superfícies irregulares ou bordas cortantes que possam lesionar a mucosa • Resquícios de gesso ou outros materiais que podem estar presentes nas superfícies interna e externa da prótese total e devem ser eliminados • As regiões de freios e bridas são avaliadas após a inserção das próteses no interior da cavidade bucal – tracionar a mucosa, se a prótese cair ou o paciente se queixar de dor, realizar desgaste • Elas podem estar sobrextendidas, impedindo um correto assentamento – DESGASTE • As bordas da prótese também são avaliadas quanto a sua espessura e extensão. Elas não devem se apresentar afiladas e nem muito espessas. Necessitam estar arredondadas, lisas e sem sobrextensão • As bordas podem apresentar-se subextendidas e são identificadas pela palpação e pela observação visual – quando material de moldagem não copiou o fundo de sulco ou o vedamento periférico foi feito de maneira inadequada • Para detectar-se áreas de sobrextensão (além da posição correta) de borda, deve-se orientar o paciente para ativar a musculatura mimica, falando, sorrindo e realizando movimentos como se estivesse bocejando – tracionar a mucosa e ver se a prótese soltou ou machucou, depois falando e movimentando bastante a boca, depois analisar na região lateral e após na região posterior. Þ Na região posterior, quanto paciente faz “ah” e a prótese desloca, confirmado sobrextensão posterior. Þ Longo eixo – segura de um lado sobre a oclusal e traciona a mucosa do lado oposto, se deslocar está sobrextendida. 2. AVALIAÇÃO DA OCLUSÃO • A oclusão balanceada bilteral é necessária para a estabilização funcional das próteses totais, além de fornecer uma melhor eficiência mastigatória • Na oclusão balanceada bilateral, a protrusão deve ocorrer com contatos simultâneos entre os dentes anteriores e os posteriores de cada hemiarcada 3. AVALIAÇÃO DA ÁREA DE COMPRESSÃO • A detecção e o alivio das áreas de compressão que ocorrem entre a base da prótese a fibromucosa de suporte são necessárias, pois a adequada adaptação das próteses aos tecidos promove um maior conforto físico, psicológico e eficiência funcional para o paciente • As áreas de compressão podem ser detectadas com pastas evidenciadoras (pode-se usar a pasta branca da Lysanda, passando em toda a porção interna da prótese – base e porção lateral – e pede pro paciente ocluir). As áreas que existe compressão, vai ficar borrada a pasta, nessa área realiza-se leve desgaste, senão causa dor ao paciente com o tempo através do esforço mastigatório 4. ESTÉTICA • A estética de uma prótese baseia-se no posicionamento natural dos dentes e na reprodução natural da forma e da cor dos tecidos intra-orais. • Estético – teste visual, harmonia estética • Fonético – conversar com paciente e contar de 60 à 66. Tem que falar sem sibilar, com som de assobio. Pequenas mudanças de espessura de PT podem provocar som sibilante durante alguns dias, mas é passível de adaptação 5. REALIZAÇÃO DE TESTES DE RETENÇÃO, ESTABILIDADE E SUPORTE • A analise é realizada após a inserção das próteses totais superior e inferior individualmente • RETENÇÃO: representa a resistência as forcas no sentido vertical e de torção ou a forca necessária e contrária a direção de assentamento da prótese • O teste de retenção avalia o selamento periférico da prótese • Para o teste de retenção posterior, o dedo indicador é posicionado na região palatina dos incisivos superiores e faz um movimento ântero-superior (com dedo indicador puxando para frente) é realizado contra essa região. Na prótese total inferior, para o teste de retençãoaplica-se uma força para cima. A retenção dessa prótese é inferior quando comparada a da prótese total superior. • ESTABILIDADE: capacidade da prótese de permanecer em posição de assentamento ante a ação de forças horizontais e rotacionais. A prótese total que se movimenta na mastigação apresenta falta de estabilidade, mesmo que se apresente com retenção • A estabilidade da prótese é testada por meio de pressões digitais na superfície oclusal dos dentes posteriores e sobre as bordas incisais dos dentes anteriores. • PT superior precisa ter dentes antagonista senão a prótese acaba perdendo estabilidade e retenção • SUPORTE: relacionado com a área de assentamento da base protética na cavidade bucal e é considerado condição para estabilidade da prótese • O teste pode se realizado aplicando-se uma força de intrusão da prótese total contra a sua área basal de assentamento. O suporte é verificado pelo grau de intrusão da base protética na mucosa alveolar de recobrimento. 6. INSTRUÇÕES FINAIS AO PACIENTE • Após a instalação das próteses aconselha-se ao paciente comer alimentos macios, cortados em pedaços pequenos e mastiga-los bilateralmente, os alimentos duros podem fazer com que o paciente, ao morder, realize movimentos inadequados, gerando sobrecarga nos rebordos e possíveis ferimento na mucosa alveolar. • Para aprender a mastigar satisfatoriamente com as novas próteses, o paciente leva um período de 6 à 8 semanas, período no qual os músculos faciais da mastigação estabelecem novos padrões de memoria • No inicio do uso das próteses, o excesso de saliva também pode dificultar o processo mastigatório. Após um curto período de tempo, as glândulas salivares se adaptam a presença das novas próteses e passam a produzir uma quantidade menor de saliva • O posicionamento da língua também exerce um papel na estabilização da prótese total inferior, especialmente durante a mastigação, devendo repousar sobre a porção lingual de toda a prótese. • NÃO INDICA-SE MAIS QUE O PACIENTE DURMA SEM A PROTESE, MAS QUE A REMOVA DURANTE 15 MINUTOS E COLOQUE-A EM SOLUCAO PARA LIMPEZA, APÓS ESCOVE-A E RETORNE AO USO • A limpeza depende da adaptação de cada paciente • Marcar reconsulta para 3 dias, para verificar se existe algum desconforto, não dá tempo para que o paciente deixe de usar a prótese. Caso possua ulceração em fundo de sulco, avaliar primeiro contato prematuro, após avaliar sobrextensão com lápis copia, pintando a área de ulcera com lápis copia, transpondo para a prótese o local onde deve ser desgastado com uma fresa. INTRUÇÕES: Limitações – diversos ajustes Instruções de higiene Instruções de retorno dentro de 3 dias • Instruir para a higienização mecânica: escova e sabão neutro • A higienização pode ser realizada com agentes químicos. Imergi-las em soluções que possuam ação solvente, detergente, bactericida e fungicida. Entre os agentes químicos, destacam-se os hipocloritos alcalinos, os ácidos diluídos, a clorexidine e as enzimas, tais como mutanase, a protease e a dextranase. • O paciente necessita ser orientado quando a remoção das próteses durante o sono, já que o uso continuo nesse período está associado com a prevalência de estomatite protética • Em caso de injúrias teciduais, o paciente deve procurar o profissional para que os ajustes necessários possam ser realizados. CONCLUSÃO • A instalação das próteses totais deve ser realizada de maneira criteriosa pelo profissional, observando sua retenção, sua estabilidade e seu suporte, assim como a oclusão, as áreas de compressão, a estética, a fonética fornecida pelas mesmas. • O paciente deve ser estimulado a utilizar novas próteses e educado quanto as suas limitações. Além disso, as informações quanto aos cuidados e a higienização devem ser fornecidas no ato da instalação das próteses. • O tratamento reabilitador com próteses totais será concluído somente após a realização dos controles posteriores. Esse período pós-instalação é considerado crucial, pois, na maioria das vezes, a percepção do paciente quanto ao sucesso de suas próteses ocorre durante a fase de adaptação.
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