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Introducao a informatica - aula 2

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Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA 
 
BITS, BYTES, DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
2. ARQUITETURA DE UM COMPUTADOR .................................................................. 3 
 Microprocessador ........................................................................................... 3 
3. COMO A INFORMAÇÃO É ARMAZENADA NA MEMÓRIA DO COMPUTADOR? 
POR MEIO DE BITS E BYTES ....................................................................................... 4 
4. DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO .......................................................... 6 
5. EXEMPLOS DE TRANSFORMAÇÃO DE DADOS EM INFORMAÇÕES E 
CONHECIMENTO: SISTEMAS DE GESTÃO NAS EMPRESAS ................................... 7 
6. BIG DATA ................................................................................................................. 9 
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 10 
 
 
 
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AULA 2 
 
BITS, BYTES, DADOS, 
INFORMAÇÃO E 
CONHECIMENTO 
 
 
 
 
Apresentar as principais partes da arquitetura geral de um 
computador; 
Estabelecer relações entre bits/bytes e capacidade de memória 
em um computador; 
Relatar como grandes volumes de informação podem ser 
convertidos em conhecimento. 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Embora a maioria das pessoas esteja muito mais interessada em usar o computador 
em vez de saber como ele funciona, algumas características do funcionamento dos 
computadores são muito interessantes, aparecem com frequência em concursos públicos e 
servem até mesmo para que possamos ser usuários mais eficientes. 
 
 
2. ARQUITETURA DE UM COMPUTADOR 
Basicamente, um computador pode ser constituído por 3 elementos básicos: 
 
 Microprocessador 
Memória 
A memória pode ser classificada em 2 grupos, as memórias voláteis e não voláteis (ou 
permanentes). As memórias voláteis (memórias do tipo RAM - Random Access Memory) 
precisam de energia para manter seu conteúdo (ou seja, só funcionam quando o computador 
está ligado). Quando desligamos o computador, as informações importantes são 
armazenadas nos dispositivos de memória não voláteis (como o disco rígido ou HD - Hard 
Drive). Os dispositivos de memória volátil são mais caros e de menor capacidade, porém são 
muito mais rápidos, tornando possível ao computador realizar o processamento de forma 
mais eficiente. 
 
Dispositivos de Entrada e Saída 
Tornam a interação com o usuário (e/ou outras máquinas) possível, como por 
exemplo: teclado, mouse, monitor, modem, impressora, etc. 
Esses componentes se comunicam através de um barramento ou via de comunicação. 
O processador executa uma instrução por vez. 
Um programa é uma sequência de instruções, armazenado na memória. 
 
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Imagem 1: Unidade Central de Processamento (CPU)1. 
 
 
3. COMO A INFORMAÇÃO É ARMAZENADA NA MEMÓRIA DO 
COMPUTADOR? POR MEIO DE BITS E BYTES 
Na época dos primeiros computadores, a informação era armazenada por meio de 
chaves e interruptores. 
Vamos fazer uma analogia entre um interruptor e um bit. 
Um bit (simplificação para dígito binário) é a menor unidade de informação que pode ser 
armazenada ou transmitida. 
Fisicamente, o valor de um bit é, de uma maneira geral, armazenado como uma carga 
elétrica acima ou abaixo de um nível padrão em um único capacitor dentro de um dispositivo de 
memória. Mas, bits podem ser representados fisicamente por vários meios. 
Assim como uma chave ou interruptor pode estar ligada ou desligada, um bit pode assumir 
somente um de dois valores possíveis: 0 ou 1, ou, corte ou passagem de energia respectivamente, 
ou ainda, chave ligada ou chave desligada. 
Embora os computadores tenham instruções (ou comandos) que possam testar e 
manipular bits, os computadores são idealizados para armazenar instruções em múltiplos de bits, 
chamados bytes, conjuntos de 8 bits. Cada caracter na memória de um computador é, 
basicamente, representado por um byte. 
 
1 Fonte: http://producao.virtual.ufpb.br/books/edusantana/old-arq/livro/livro.chunked/ch01s08.html 
 
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Imagem 2: Representação de um byte2. 
 
Existem também termos para referir-se a múltiplos de bits usando padrões prefixados, 
como quilobit (kb), megabit (Mb), gigabit (Gb) e Terabit (Tb). Vale notar que a notação para bit 
utiliza um "b" minúsculo, em oposição à notação para byte que utiliza um "B" maiúsculo (kB, 
MB, GB, TB). 
A tabela abaixo representa o significado das siglas e fornece uma ideia importante 
sobre o potencial dos computadores e as demandas de memória nessas máquinas que, de 
certa forma, tem aderência com as demandas da própria sociedade com relação à tecnologia. 
Bom lembrar que a potência de 2 cresce muito rápido, por exemplo, 20 = 1 e que 2 10 = 
1024, imagine 220 !! 
 
 Imagem 3: Significado das siglas de bytes: crescimento exponencial3. 
 
Assim, toda a informação em um computador digital é um aglomerado de bits e bytes. 
 
2 Fonte: O autor. 
3 Fonte: O autor. 
 
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Atualmente, um volume imenso de bits e bytes são gerados a todo momento, isso nos 
reporta à ideia de dados, informação e conhecimento. 
 
 
4. DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO 
Usamos dados para compor informação e gerar conhecimento. 
Dados são afirmações sobre a realidade ou sobre outros aspectos quantificáveis. São 
representações do mundo – físico, social, psicológico, organizacional ou qualquer outra forma 
de realidade. Como exemplo, considere símbolos, letras ou números soltos e 
descontextualizados. Mesmo palavras não interpretadas podem ser dados, porque são 
informações fora de um contexto, em estado bruto. 
Já informações são dados organizados de acordo com algum critério; portanto, 
adquirem sentido e relevância. Exemplos são um dicionário ou catálogo telefônico: estão 
repletos de dados hierarquizados, seus números e palavras fazem todo sentido para quem 
sabe consultá-los. Por outro lado, se não sabemos consultar, temos apenas dados e não 
informações. Do mesmo modo, uma biblioteca inteira pode não passar de um amontoado de 
dados se você não encontrar o livro de que precisa ou se não tem uma ideia de como as obras 
estão organizadas para viabilizar a sua busca. 
O conhecimento, por sua vez, depende de uma interação humana capaz de absorver e 
relacionar informações, é algo integrado à pessoa como parte de um sistema de crenças 
pessoais. Por exemplo, consultando o catálogo telefônico de uma cidade, com base nas 
referências a escolas e bibliotecas e até mesmo em anúncios comerciais, pode-se concluir 
algo sobre o nível de escolaridade ou o padrão do sistema educacional daquele município. 
Esse conhecimento, incorporado à mente de um empreendedor, pode se traduzir na decisão 
de abrir um novo negócio como uma livraria especializada, organizar atividades culturais, criar 
políticas de incentivo à leitura etc. 
Assim, o conhecimentoé a máxima utilização de informações e dados pelas pessoas 
e está relacionado às competências, ideias, intuições, compromissos e motivações de cada 
um. Não há conhecimento do “lado de fora” das pessoas – “do lado de dentro” de 
computadores e livros só pode haver dados e informações, não conhecimento. Por esse 
motivo, a internet produz e torna acessível em seus sistemas de busca uma massa incrível de 
dados e informações, mas não propriamente de conhecimento! 
 
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 Na figura abaixo, vemos resumidos estes conceitos de maneira simples: observamos 
a realidade para extrair dados, depois transformamos e contextualizamos os dados para gerar 
informações em um contexto e, finalmente, criamos um conhecimento que é capaz de nos 
levar à ação ou a uma nova visão de mundo. 
 
Imagem 4: Dados, informação e conhecimento permitem interagir com o mundo4. 
 
 
5. EXEMPLOS DE TRANSFORMAÇÃO DE DADOS EM INFORMAÇÕES E 
CONHECIMENTO: SISTEMAS DE GESTÃO NAS EMPRESAS 
Exemplos de transformações de dados em informações valiosas ocorrem em sistemas 
de informações gerenciais (SIG), gênero de sistema utilizado para prover informações de que 
a administração de uma organização necessita. 
Um bom SIG proporciona informações e não dados. Entre os sistemas de informação 
gerenciais mais comuns está o ERP (sigla para a expressão em inglês Enterprise Resource 
Planning, ou “planejamento do recurso da empresa”, em tradução livre), um software em que 
os produtos de grandes empresas estão fundamentados. Trata-se de uma espécie de espinhal 
dorsal das informações corporativas, administrando funções de contabilidade, manufatura e 
 
4 Fonte: O autor. 
 
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até logística. Pode ser visto, também, como uma grande base de dados que disponibiliza 
informações confiáveis. 
A instalação de um sistema ERP envolve software, hardware, serviços, pessoal interno 
para instalar, mais um bom tempo de suporte pós-instalação. Todo o processo de 
implantação pode levar muitos meses e até anos. 
Quando o sistema de informação visa conhecer melhor o cliente, abastecer o 
marketing ou equipe de vendas, temos um sistema de CRM (Client Relationship Management, 
ou “gestão do relacionamento do cliente”), um tipo de sistema similar ao ERP, mas que busca 
obter o máximo de informação sobre quem são os clientes. Em outras palavras, sistemas 
CRM armazenam montanhas de dados sobre as interações diretas com o cliente. 
Nas empresas, os grandes sistemas de informação, sejam ERP ou CRM, apoiam as 
decisões que são tomadas. Por isso, às vezes são chamados também de sistemas geradores 
de conhecimento. 
Recentemente, estão surgindo novas ferramentas que procuram responder não 
apenas quem são os clientes e o que fazem, mas também quem podem vir a ser os clientes, 
como se comportam e o que desejam consumir. Essas novas ferramentas não cabem 
perfeitamente nas funcionalidades de um ERP ou CRM – por exemplo, o comportamento e os 
desejos dos clientes são pesquisados por meio do que fazem na internet, quanto tempo 
permanecem conectados, que sites visitam, o que buscam, o que adquirem e até o que 
escrevem ou com quem se comunicam. 
A busca por padrões de comportamento e interesses com base no comportamento 
um tanto “livre” dos clientes na internet é uma área nova, que utiliza de forma mais aberta 
modelos estatísticos e algoritmos sofisticados. Técnicas avançadas permitem detecção de 
padrões de informação em grandes bancos de dados externos às empresas. Essas novas 
ferramentas derivam da necessidade de que as organizações tenham que lidar com 
montanhas de dados em bases de dados que não foram criadas por elas, por exemplo, 
aquelas relacionadas a operações comerciais online que são produzidas ininterruptamente e 
hospedadas em diferentes servidores. Isso está relacionado a big data e mineração de dados 
(data mining). 
 
 
 
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6. BIG DATA 
O “comportamento informacional” das pessoas mudou muito com as novas 
tecnologias. Até cerca de duas décadas atrás, as pessoas em geral lidavam com poucas 
fontes de informações, usavam a memória primária natural (o cérebro) ou uma memória 
secundária em papel. As informações que recebiam estavam limitadas a fontes como jornais, 
revistas, livros, rádio, televisão ou mesmo conversas com outras pessoas – no trabalho ou na 
vida pessoal, habitávamos um mundo talvez mais simples, que podemos rotular de low data 
(poucos dados). 
Com a internet, todos esses canais de troca de informações se mantiveram, mas 
muitos outros apareceram. O volume de troca e o acúmulo de informações multiplicaram-se 
exponencialmente. As tecnologias produziram ondas gigantescas de dados e informações 
que atingiram a todos e, agora, as empresas também têm de lidar com grandes quantidades 
de dados. Em resumo, fomos arremessados ao universo big data. 
A expressão big data corresponde a volumes inusitadamente grandes de dados, ainda 
que nem sempre estruturados, englobando imagens, sons, diagramas etc. Ela interessa muito 
às empresas porque é considerada a próxima fronteira para a inovação, a competição e a 
produtividade. 
Existem muitos exemplos de big data, bem próximos de nós. Adaptamos algumas 
ideias contidas em Davenport (2014) para listar exemplos: 
 Os usuários do YouTube veem mais de 2 bilhões de vídeos por dia. 
 Em 2008, a quantidade de dispositivos ligados à internet ultrapassou o número de 
pessoas no planeta. 
 A empresa de jogos sociais Zynga processa mais de 1 petabyte de dados de jogos 
por dia. 
 O sistema Google tem cerca de 1 bilhão de acessos por dia. 
 O volume de dados que as pessoas já têm acumulado em seus computadores 
pessoais é cerca 4 mil vezes o volume de dados acumulado na Biblioteca do 
Congresso Americano[1]. 
Pense no que pode significar estarmos imersos em um volume tão imenso de dados 
e informações! Por exemplo, como encontrar o que nos interessa e tem valor real em uma 
montanha de dados e informações? Como não se sentir perdido em meio a tanta informação? 
 
 
Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
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7. REFERÊNCIAS 
BROOKSHEAR, J.G. Ciência da Computacão: uma visão abrangente. Porto Alegre: Bookman, 
2013. 
DAVENPORT, T. Dados demais! Como desenvolver habilidades analíticas para resolver 
problemas complexos, reduzir riscos e decidir melhor. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

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