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POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Prof. Anderson Carneiro, MSc. O ciclo hidrológico (água) • Principal componente dos organismos vivos (70 a 90%); • Funções desempenhadas: reguladora térmica, mantenedora do equilíbrio osmótico e equilibradora ácido-base, além de ser ativadora das enzimas. Ingestão direta Alimentos Evapotranspiração Respiração Excreções urinárias Dejeções O b te r P e rd e r O ciclo hidrológico O ciclo hidrológico Detenção Escoamento superficial Infiltração Escoamento subterrâneo Evapotranspiração Evaporação Precipitação O ciclo hidrológico e as ações antrópicas • Desmatamento • Impermeabilização via pavimentação do solo O ciclo hidrológico e as ações antrópicas • Desmatamento • Impermeabilização via pavimentação do solo O ciclo hidrológico e as ações antrópicas • Desmatamento • Impermeabilização via pavimentação do solo O ciclo hidrológico e as ações antrópicas • Desmatamento • Impermeabilização via pavimentação do solo A água na natureza 70% da cobertura da Terra Brasil Recursos hídricos Quantidade Escassez Estiagens Cheias Qualidade Poluição Saúde pública Características física da água • Densidade Características física da água • Calor específico • Bastante elevado, de modo que pode absorver ou liberar grande quantidade de calor. • Grandes massas de água têm potencial de alterar características climáticas locais, amenizando as variações de temperatura. • Região desérticas ..... • Imaginem o planeta sem os oceanos! • Variações naturais da temperatura nos meios aquáticos costumam ser brandas, por isso os efluentes .... • Algas possuem densidade maior que a água, mas não são arrastadas para o fundo do meio aquático devido a força de atrito entre a sua superfície e a água. Com o aumento da temperatura a viscosidade diminui e os fitoplânctons se afastam da superfície, consequentemente reduzem a fotossíntese por estarem em ambientes com menor incidência de luz. Características física da água • Cor e turbidez Características químicas da água • Solvente universal • Oxigênio dissolvido na água • Sais dissolvidos (fósforo, nitrogênio e outros) • pH • Valor para água pura a 25ºC é igual a 7 (pH neutro) • No meio biológico deve estar entre 6,5 e 8,5 Características biológicas da água • Vírus, bactérias, fungos, algas, macrófitas, protozoários, rotíferos, crustáceos, insetos aquáticos, vermes, moluscos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. • Coliformes termotolerantes (fecais) Uso da água • Abastecimento humano; • Abastecimento Industrial; • Irrigação; • Geração de energia elétrica; • Navegação; • Assimilação e transporte de poluentes; • Preservação da flora e da fauna; • Aquicultura; • Recreação. Poluição da água • É a alteração de suas características por quaisquer ações ou interferências, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem. • Fontes Pontuais • Esgotamento sanitário • Fontes Difusas • Agrotóxicos Principais poluentes aquáticos • Poluentes orgânicos biodegradáveis • Degradada pelos organismos decompositores presentes no meio aquático. • Meio aeróbico: bactérias aeróbicas consumem o oxigênio dissolvido existente na água. • Meio anaeróbico: bactérias anaeróbicas decompõe a matéria orgânica, formando gases (metano e gás sulfídrico). Principais poluentes aquáticos • Poluentes orgânicos recalcitrantes ou refratários • Não são biodegradáveis ou sua taxa de biodegradação é muito lenta; • Impacto ambiental associado à sua toxicidade; • Ex: Defensivos agrícolas, detergentes sintéticos, petróleo e outros. Principais poluentes aquáticos • Metais • Podem ser solubilizados pela água, podendo gerar danos à saude em função da quantidade ingerida, pela sua toxicidade, ou de seus potenciais carcinogênicos, mutagênicos ou teratogênico. • Ex: Arsênico, bário, cádmio, cromo, chumbo e o mercúrio. • Um organismo aquático pode apresentar dois tipo básico de comportamento: • Sensível à ação tóxica de um determinado metal • Não é sensível, mas o biocumula. Principais poluentes aquáticos • Nutrientes • Tem importância vital, mas em excesso em determinado meio tem poder poluente; • Fontes de nutrientes • Detergentes; • Fertilizantes; • Resíduos de processamento de alimentos; • Dejetos humanos e animais. • Impactos ambientais • Eutrofização • Contaminação de aquífero Principais poluentes aquáticos • Organismos patogênicos • Bactérias: responsáveis pela transmissão de doenças, como a leptospirose, a febre tifoide, a febre paratifoide, a cólera etc.; • Vírus: responsáveis pela transmissão de doenças, como a hepatite infecciosa e a poliomielite; • Protozoários: responsáveis pela transmissão de doenças, como a amebíase e a giardíase; e • Helmintos: responsáveis pela transmissão de doenças, como a esquistossomose e a ascaridíase. Principais poluentes aquáticos • Sólidos em suspensão • Aumenta a turbidez da água; • ???? • Calor • Afeta as características físicas, químicas e biológicas do meio aquático, como a densidade, a solubilidade dos gases, a taxa de sedimentação do fitoplâncton, a tensão superficial, as reações químicas e o metabolismo dos organismos aquáticos. • Ex: altera a concentração OD, afetando a migração de peixes para áreas de maior concentração dessa substância. Principais poluentes aquáticos • Sais • Pesticidas • Fármacos e os produtos de higiene pessoal Gestão da qualidade da água de rios • Objetivo: controlar a descarga de poluentes e impedir a degradação em níveis acima do permitido ou observados no ambiente natural. Medição dos níveis dos poluentes Prever os efeitos dessas substâncias na qualidade das águas Determinar a qualidade inicial Decidir sobre os níveis aceitáveis de poluentes em função dos usos das águas avaliadas. Gestão da qualidade da água de rios • Demandadores de oxigênio nos rios • A introdução de qualquer material demandador de oxigênio nos rios, seja orgânico, seja inorgânico, retira esse gás dissolvido na água. Extensão do consumo de oxigênio Quantidade de resíduo despejada Teor de oxigênio necessário para degradação desse resíduo Gestão da qualidade da água de rios • Demanda bioquímica de oxigênio (DBO e DQO) O efeito dos nutrientes • Contribuem para a deterioração da qualidade da água, através do crescimento vegetal excessivo; • Solução: • Investir em sistema de tratamento de efluentes e outras. • Evitar o carreamento de nutrientes, oriundos de fertilizantes, para corpos d’águas. • Fontes de contaminação • Águas residuárias municipais e industriais • Ex: produção de detergentes sem fósforo na sua composição. • Infiltração a partir de fossa séptica. Gestão da qualidade da água de rios Gestão da qualidade da água de rios Classificação das águas Doce (0,5 g/L) Salobra Salina (30 g/L) Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • Art. 4º As águas doces são classificadas em: • I - classe especial: águas destinadas: • a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; • b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, • c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • II - classe 1: aguas que podem ser destinadas: • a) ao abastecimento para consumo humano, apos tratamentosimplificado; • b) a proteção das comunidades aquáticas; • c) a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; • d) a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e • e) a proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • III - classe 2: aguas que podem ser destinadas: • a) ao abastecimento para consumo humano, apos tratamento convencional; • b) a proteção das comunidades aquáticas; • c) a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; • d) a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o publico possa vir a ter contato direto; e • e) a aquicultura e a atividade de pesca. Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • IV - classe 3: aguas que podem ser destinadas: • a) ao abastecimento para consumo humano, apos tratamento convencional ou avançado; • b) a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; • c) a pesca amadora; • d) a recreação de contato secundário; e • e) a dessedentação de animais. Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • V - classe 4: aguas que podem ser destinadas: • a) a navegação; e • b) a harmonia paisagística. Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões: • I - condições de qualidade de água: • a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido. • b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes; • c) óleos e graxas: virtualmente ausentes; • d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes; Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) • e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes; • f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes; • g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverão ser obedecidos os • padrões de qualidade de balneabilidade, previstos na Resolução CONAMA no 274, de 2000. Para os • demais usos, não deverá ser excedido um limite de 200 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em • 80% ou mais, de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o período de um ano, com frequência • bimestral. A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de • acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente; • h) DBO 5 dias a 20°C até 3 mg/L O2; • i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2; • j) turbidez até 40 unidades nefelométrica de turbidez (UNT); • l) cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L; e • m) pH: 6,0 a 9,0. Gestão da qualidade da água de rios (Resolução CONAMA Nº 357/2005) Resolução CONAMA Nº 430 • Das Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes • Art. 16. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados • diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, • resguardadas outras exigências cabíveis: • I - condições de lançamento de efluentes: • a) pH entre 5 a 9; • b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor • não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; • c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. Para o • lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais • sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes; • d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período • de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade competente; • e) óleos e graxas: • 1. óleos minerais: até 20 mg/L; • 2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L; • f) ausência de materiais flutuantes; e • g) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima de 60% • de DBO sendo que este limite só poderá ser reduzido no caso de existência de estudo de • autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo • receptor; Resolução CONAMA Nº 430
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