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Significado de Absolutismo Monárquico Revisão por Juliana BezerraProfessora de História O que é Absolutismo Monárquico: É a doutrina política que concede autoridade e poder ilimitado a um monarca, que passa a exercer uma supremacia absoluta. Um monarca absoluto exerce poder político irrestrito sobre o Estado e o seu povo. No sistema político monárquico absolutista, o monarca não está sujeito a contestações ou regularizações realizadas por qualquer outro órgão, seja ele judicial, legislativo, religioso, econômico ou eleitoral. Os dois principais teóricos desse período foram Thomas Hobbes (1588 – 1679), que se baseava em uma teoria radical e pessimista quanto à humanidade, alegando que os homens nascem egoístas e ruins e Jacques Bossuet (1627 – 1704), que relacionou a política com a religião, sustentando a ideia de que os monarcas eram, em primeiro lugar, instituídos por Deus para governar o povo. As características do absolutismo monárquico A monarquia absoluta é definida por: uma única pessoa dita as regras na gestão pública; as regras e leis impostas pelo monarca não podem ser revogadas ou questionadas; o rei tem o controle absoluto sobre a região ou país. o poder absolutista consistia em tirar dos senhores feudais o poder que tinham sobre suas terras. Assim, os reis começam a criar as burocracias e os exércitos nacionais. É o chamado monopólio da violência. A monarquia foi apoiada pela Igreja Católica, que afirmava que uma determinada pessoa ou família foi escolhida por Deus para governar como agente do divino na Terra. O monarca absoluto respondia somente a Deus, ou seja, ele não podia ser removido ou questionado por homens e estava acima de qualquer reprovação. Dentro do absolutismo monárquico, qualquer pessoa que se manifestasse contra o rei ou desobedecesse às suas leis, estava também desobedecendo a Deus. Como surgiu o absolutismo monárquico? Se originou no início da Europa moderna e foi inspirado nos líderes individuais dos novos Estados-nação, criados no rompimento da ordem medieval. O poder desses Estados estava intimamente associado apenas ao poder de seus governantes. No século XVI, o absolutismo monárquico prevaleceu em grande parte da Europa Ocidental, e foi difundido nos séculos XVII e XVIII. Além da França, cujo absolutismo foi resumido por Luís XIV, o absolutismo existia em uma variedade de outros países europeus, incluindo a Espanha, a Prússia e a Áustria. O rei Luís XIV (1643–1715), da França, rei absolutista monárquico que ficou conhecido pela frase: “L’état, c'est moi” (“Eu sou o Estado”). A defesa mais comum para a permanência do absolutismo monárquico era que os monarcas possuíam "o direito divino dos reis". Essa visão justificava até o domínio tirânico como punição divinamente ordenada, administrada por governantes, para a pecaminosidade humana. Em suas origens, a teoria do Direito Divino pode ser atribuída à concepção medieval da concessão de poder temporal de Deus ao governante político, enquanto o poder espiritual foi dado à cabeça da Igreja Católica romana. No entanto, os novos monarcas nacionais afirmaram sua autoridade em todos os assuntos e tendiam a se tornar chefes de igreja e de Estado. O Iluminismo e o absolutismo monárquico O Iluminismo e seus ideais de liberdade tiveram um grande impacto na capacidade dos monarcas absolutos de continuar a governar como tinham feito. Os influentes pensadores do Iluminismo questionaram a autoridade tradicional e o direito ao governo dos monarcas. Assim, começa uma onda de mudanças em grande parte do mundo ocidental, incluindo o nascimento do capitalismo e da democracia. Hoje, muito poucas nações continuam a existir com um monarca absoluto, mas alguns exemplos permanecem, como: Catar, Arábia Saudita, Omã e Brunei. Já a Grã-Bretanha é um exemplo de monarquia constitucional. O primeiro-ministro detém o poder político real e o papel da rainha Elizabeth II é principalmente cerimonial. O despotismo esclarecido O despotismo esclarecido, também chamado de despotismo benevolente, foi uma forma de governo no século XVIII em que monarcas absolutos buscavam reformas legais, sociais e educacionais inspiradas pelo Iluminismo. Eles tipicamente instituíam reforma administrativa, tolerância religiosa e desenvolvimento econômico, mas não propunham reformas que pudessem ameaçar sua soberania ou perturbassem a ordem social. Por que surgiu o absolutismo monárquico? Nesse resumo vamos explicar como surgiu o absolutismo, quem foram os principais reis e como foi o declínio do absolutismo. ... No século XVI, finalmente a nobreza se rendeu aos poderes dos monarcas, que com submissão do clero, iniciaram um novo sistema político adotado na maioria dos estados europeus, o absolutismo. O que favoreceu o surgimento do absolutismo na Europa? O absolutismo foi uma política de centralização do poder nas mãos dos monarcas. ... A formação dos Estados Nacionais e o desenvolvimento do comércio foram fatos que favoreceram o surgimento do absolutismo. Os Estados Nacionais Modernos representaram a junção do poder político do rei mais o poder econômico da burguesia. Quais são as principais características do absolutismo? 5 Características do Absolutismo. O absolutismo é um sistema político que predominou na Europa do século XVI ao século XVIII, e que consistiu em um governo no qual o poder absoluto estava concentrado nas mãos do rei ou da rainha. Havia uma espécie de relação de fidelidade dos súditos em relação aos monarcas. O que é um rei absolutista? Absolutismo é um regime político em que apenas uma pessoa exerce poderes absolutos, amplos poderes, onde só ele manda, geralmente um rei ou uma rainha. Absolutismo foi um período entre os séculos 16 e 18, e começou na Europa. ... Alguns desses autores acreditavam que um rei absoluto e soberano era também a vontade de Deus. Quais são os reis absolutistas? - Luis XIV (Dinastia dos Bourbons) - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715. - Luis XV (Dinastia dos Bourbons) - governou a França entre 1715 e 1774. - Fernando de Aragão e Isabel de Castela - governaram a Espanha no século XVI. Ainda existem países cuja forma de governo é a monarquia absolutista. AS MONARQUIAS EUROPEIAS O processo de formação das monarquias nacionais europeias remonta uma série de mudanças que se iniciaram durante a Baixa Idade Média. De fato, o processo de consolidação das monarquias foi um dos mais evidentes sinais das transformações que assinalavam a crise do sistema feudal e a construção do sistema capitalista, legitimado pela nascente classe burguesa. No entanto, mesmo a surgir nesse contexto de mudança, as monarquias não simbolizavam necessariamente a crise do poder nobiliárquico. O FORTALECIMENTO DO PODER DOS REIS - SÉCULOS XI ao XV Aumento do comércio terrestre Aumento de impostos que são usados para fortalecer o exército Os reis ganham força na Europa Os reis eram apoiados por comerciantes, nobres e burgueses A MONARQUIA INGLESA Guilherme I conquistou a Inglaterra Exigiu em seu reinado a fidelidade ao rei Criou condados Nomeou funcionários (xerifes) Proibiu guerras entre os nobres. HENRIQUE II ( 1554-1189 ) Em seu reinado os julgamentos deveriam ser feitos pelo próprio rei Ricardo Coração de Leão, filho de Henrique II, lutou nas Cruzadas João Sem Terra, irmão de Ricardo, perdeu muitas terras nas guerras, por isso recebeu esse nome Os impostos aumentaram para efetuar pagamentos de militares A nobreza se revolta contra a monarquia 1215, João Sem Terra assinou a Carta Magna HENRIQUE III Filho de João Sem Terra Criou novos impostos A nobreza se revolta contra os impostos Negociou com a burguesia 1265- A burguesia passou a fazer parte do Parlamento, cargo ocupado antes somente por reis. 1330 - o Parlamento se divide entre a nobreza e o clero MONARQUIA FRANCESA Sagração de Filipe Augusto, Grandes Chroniques de France, século XIV,Biblioteca Nacional de França Filipe Augusto (1180-1223) foi oprimeiro rei de fato da França Conquistou feudos e comprou terras dos nobres Casou por interesse com Isabel de Hainaut, a condessa de Artois Pagava militares para fortalecer seu poder. LUIS IX Centralizou seu poder na França Permitiu aos condenados pelos nobres a recorrer ao poder real Adotou moeda única na França FILIPE IV , O BELO Juramento de vassalagem de Eduardo I de Inglaterra a Filipe IV após a sua coroação, pelos territórios ingleses em França, a 5 de junho de 1286 poder centralizado no rei o clero deveria pagar impostos o Papa não concordou em pagar impostos 1302- os Estados Gerais aprovaram a decisão de Filipe IV MONARQUIAS IBÉRICAS ( Portugal e Espanha ) Portugal No século IX o nobre Henrique de Borgonha ganhou terras ( condado portucalense )por ter lutado contra os árabes. o rei Leão e Castela lhe doou as terras. Afonso Henriques ( filho de Henrique de Borgonha ) continuou a luta contra os árabes, fundou o Reino de Portugal (Dinastia de Borgonha) e incorporou as terras de Algarves. A FORMAÇÃO DA ESPANHA união entre os reinos de Aragão e Castela lutavam contra os árabes possuíam cidades portuárias . ex: Barcelona 1469- Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casam 1492- o exército de Fernando e Isabel reconquistam Granada e Navarra (terras árabes) O ABSOLUTISMO o poder estava totalmente nas mãos do rei ( política, religião, guerras, leis, justiça...) os costumes limitavam o poder do rei CAUSAS DO FORTALECIMENTO DO PODER REAL imprensa ( melhorou a comunicação e o controle do rei cobre seus súditos) Reforma Protestante (enfraqueceu o poder do Papa) caça às bruxas (monarquia e Igreja acusavam homens e mulheres de feitiçaria) AS BASES DA MONARQUIA ABSOLUTISTA exército forte apoio da nobreza e comerciantes leis favoráveis ao rei os reis eram vistos como sagrados TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO Thomas Hobbes Jacques Bossuet 1- Thomas Hobbes - inglês que escreveu Leviatã, suas frases mais marcantes: " O homem é o lobo do homem" e "Todos contra todos" para ele só existiria o Estado como soberano 2- Jacques Bossuet - francês, bispo, escreveu o livro " A política tirada das Sagradas Escrituras" idealizou a Teoria do Direito Divino LUÍS XIV - O REI SOL - FRANÇA Luis XIV - O Rei Sol foi o rei mais absolutista de todos da Europa ocidental seu reinado durou 54 anos exigia lealdade e obediência dos súditos ele era o próprio Estado " O Estado sou Eu" usou o exército para impor autoridade ofereceu pensões e cargos importantes para agradar a nobreza morava no Palácio de Versalhes sustentava uma vida de luxo de milhares de nobres entregou a direção da economia ao burguês Jean B Colbert (favoreceu a exportação, aumentou impostos das importações, não conseguiu equilibrar as finanças francesas) PORQUE A ECONOMIA FRANCESA NÃO SE RESTABELECEU? altos gastos com a corte guerras externas fuga de capitais intolerância religiosa 1685- o Rei Sol proibiu a liberdade de culto dos protestantes que eram ricos e deixaram a França os protestantes fugiram para a Suíça, Inglaterra e Holanda MERCANTILISMO - CARACTERÍSTICAS metalismo ( busca de metais preciosos como ouro e prata ) balança comercial favorável protecionismo exclusivo colonial (colônia comercializava somente com a metrópole) Séc.XVI- Espanha praticava o metalismo (país mais rico da Europa) 2ª metade do séc XVII, França praticava o protecionismo (Luiz XIV) INGLATERRA Rainha Elizabeth I ( incentivava o comércio exterior e a Marinha Mercante) protegia a indústria naval e a mineração por ser uma ilha, a Inglaterra necessitava de navios, para isso, madeira e ferro eram fundamentais na fabricação dos navios. a rainha apoiava a pirataria na América, África e Ásia. sob seu reinado, a Inglaterra se tornou a maior potência econômica, política e cultural da Europa " Era do ouro da Inglaterra" Fim do Absolutismo O Absolutismo deixou de existir como forma de governo por volta do século XIX, uma vez que já era contestado pelos ideais iluministas. A Revolução Francesa e as mudanças que surgiram a partir dela contribuíram para o fim dessa forma de governo em toda a Europa. Tais mudanças buscavam a descentralização do poder, ou seja, o oposto do que era defendido até então, como também questionavam a teoria da vontade divina do poder real, pois o Iluminismo defendia a racionalização do pensamento humano.
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