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amora branca

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Introdução
O termo Fitoterapia deriva do grego phyton que significa “vegetal” e de therapeia, "tratamento", e consiste no uso interno ou externo de vegetais para o tratamento de doenças, sejam eles “in natura” ou sob a forma medicamentos (Teixeita,João Batista Picinini). Descobertas datam o uso de plantas na China Antiga, no Egito, na Grécia, tendo grande importância e uso pelos gregos e helênicos, uma vez que Hipocrates, pai da medicina, era grego. Relatos também de uso pelos hebreus e na Idade Média. No Brasil, a base vem dos indígenas, com influencia portuguesa e dos africanos. 
A fitoterapia teve maior avanço a partir do século XIX, graças ao progresso científico na área da química, permitindo a análise, identificação e separação dos princípios ativos das plantas. Sendo assim, as plantas têm tanta importância medica como cultural. 
Nesse trabalho será tratado o uso racional e correto da folhagem da amora branca, que em propriedades que atuam como antioxidantes auxiliam no alivio de dores de cabeça e na depressão, melhoram a qualidade do sono por sua ação calmante, possui vitaminas C e E que mantém a pele saudável e auxilia no processo de emagrecimento, facilita o funcionamento de fígado e rins, diminui o nível de açúcar no sangue, facilita a reposição hormonal e auxilia na regulação da pressão arterial em pacientes hipertensos
Encontram-se também dados científicos, posologia, formas de preparo, contra indicações, formas farmacêuticas, toxicidade, e demais informações que são essenciais ao uso da planta/droga em questão.
Nome científico: Morus alba L.
Sinonímia científica: Morus alba var. tatarica L.; Morus intermedia Perr; Morus tatarica L.
Nome usual: Amora branca.
Formas farmacêuticas: pode ser encontrado em cápsulas, xaropes, cataplasma, chás, in natura ou droga medicinal.
Métodos de preparo:
 Infusão: leva-se ao fogo um litro de água e desligue antes de começar a ferver. Adiciona-se a água sobre as folhas secas de amora (aproximadamente três colheres de sopa) e tampa o recipiente, dando um tempo de infusão de 10 minutos. Após esse tempo, côa-se o chá e o ingere. 
Decocção: 40 g de raízes em meio litro de água. Ferver ate que se reduza a metade (usado em bochechos); 20 g de cascas em meio litro de água. Filtrar e adoçar, sendo tomado 30 minutos antes das refeições (estomago); 15 g de raiz e casca misturados em meio litro de água. Filtrar e adoçar, podendo ser ingerido metade pela manhã e metade à noite (laxante e prisão de ventre). 
Cataplasma: colocar um punhado de folhas frescas, depois de lavadas e enxutas, em um recipiente com uma ou duas colheres de água, aquecendo até o liquido evaporar. Estender as folhas sobre uma gaze, esmagá-las um pouco fazendo sair todo liquido e aplicá-las quentes sobre a região afetada. 
Posologia
Infusão: 2g para cada 200 ml de água, usar até 3 vezes ao dia.
Decocção: 2g para cada 200 ml de água, usar até 3 vezes ao dia.
Pó (cápsula): 500 mg, até 3 vezes ao dia.
Xarope: duas colheres de medida diluídas em um cálice de água morna para inflamações na garganta; para casos de tosse, dissolver uma colher de medida em uma xícara de água quente e tomar.
Cataplasma: realizada uma primeira vez e depois, trocada por mais duas vezes. 
Reações adversas: o uso de grandes quantidades do chá pode causar perturbação estomacal, náusea e vômito, traz efeitos tóxicos ao fígado e interfere na absorção do cálcio e ferro por parte do organismo. Também não é indicado para grávidas, já que as folhas são usadas como tônico uterino, causando contrações no útero, podendo causar um parto prematuro, nem para pacientes que tenham pressão arterial baixa, e mulheres que amamentam.
Toxicidade: contra indicado em casos de diarréia crônica. Não há causas de intoxicação nas dosagens e posologias indicadas. 
 Parte usada: folhas, raízes, casca das raízes, fruto, casca. 
 Cuidado com crianças e idosos: não há recomendações especificas idosos, apenas recomendações gerais já dadas anteriormente com relação às reações adversas. Crianças só podem ingerir qualquer uma das formulações da amora branca a partir dos 3 anos de idade.
Curiosidades: a amora branca também é utilizada no cultivo do bicho da seda, sendo muito comum em regiões asiáticas. Há ainda uma lenda sobre a amora vermelha e a amora negra, que segundo a lenda, seriam originadas da amora branca. Segundo o poeta Ovídio, os jovens Píramos e Tisbe se apaixonaram, mas não podiam ficar juntos por conta de uma rivalidade familiar. Então decidem fugir, e marcam um encontro embaixo de uma arvore de amora branca. Tisbe chegou antes e viu uma leoa com a boca ensangüentada e fugiu, deixando seu véu cair e ficando sujo e dilacerado pela leoa. Píramos chegou depois e vendo o véu, achou que a amada havia sido devorada pelo animal, e atravessou seu peito com a própria espada, e seu sangue jorrou e atingiu a amoreira branca. Tisbe ao encontrar seu amado morto, pega a espada e também atinge seu próprio coração, fazendo sangue jorrar e atingir as amoras brancas, tingindo-as de vermelho quase negro, dando origem às amoras vermelhas e negras. Alguns antigos produtores acreditavam que era por essa razão que os bichos da seda se alimentavam apenas da espécie Morus alba, como se ela fosse intocada pela tragédia amorosa dos jovens. 
Conclusão
O uso de fitoterápicos vem crescendo, e com o aumento do consumo, consequentemente, pesquisas relacionadas ao assunto.
A Morus alba tem benefícios que, para a maioria da população é desconhecido. Seu uso poderia ser aplicado a muitas doenças onde poderiam ser trocados os medicamentos comuns pelo fitoterápico, onde o custo seria menor, e talvez, resultados mais eficazes e visíveis. Alguns programas da saúde publica tem a iniciativas para o uso de plantas medicinais em tratamentos para determinadas doenças, mas poucos pacientes sabem e ainda menos usufruem desse beneficio. 
Saber orientar também é essencial. O profissional deve saber do que dispõe e qual beneficio e efeito colateral de cada planta que sua unidade dispõe, sendo de suma importância algum tipo de reunião mensal com os pacientes que usam essa parte da assistência à saúde. 
Referências Bibliográficas
Fagner, R. Amora miura benefícios. Disponível em: HTTP://raimundofargner.com.br/amora-miura-beneficios/. Acesso em 11. Set. 2018.
Florien. Amora Branca. Disponível em <florien.com.br/uploads>2016>06>Amora-Branca.pdf>. Acesso em 08. Set. 2018.
Frazão, E. Extrato de amora para que serve? Disponível em HTTP://www.famaciaeficacia.com.br/blog/extrato-de-amora/. Acesso em 11. Set. 2018.
Sigrist, S. Amora, amoreira. Disponível em HTTP://www.ppmac.org/content/amora-amoreira. Acesso em 11. set. 2018.
 Teixeira,J.B.P. A Fitoterapia no Brasil: da Medicina Popular à regulamentação pelo Ministério da Saúde. Disponível em file:///C:/Users/Isabel/Documents/A-Fitoterapia-no-Brasil-da-Medicina-Popular-à-regulamentação-pelo-Ministério-da-Saúde.pdf. Acesso em 11. set. 2018.

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