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Moeda e Indicadores Monetários na Economia

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ECONOMIA POLÍTICA
Aula 10 – Moeda e Indicadores Monetários 
O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
AULA 10: Moeda e indicadores monetários
ECONOMIA POLÍTICA
Conteúdo Programático desta aula
Conceito de moeda
Evolução da moeda
Funções da moeda
Indicadores monetários
O Descobrimento do Brasil e o Processo de Colonização
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INTRODUÇÃO
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DEFINIÇÃO DE MOEDA:
 Conceitualmente, o termo “moeda” é usado para denominar tudo aquilo que geralmente é aceito como meio de trocas de bens e serviços. 
Significa dizer, portanto, que a condição necessária para que alguma coisa possa exercer o papel de moeda é sua capacidade de ser aceita.
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A partir da divisão e especialização do trabalho, cada indivíduo passou a produzir um ou poucos produtos, consumindo uma parte deles e tentando passar a outro o excedente em troca de outros bens que necessitava. 
Estabeleceu-se, então, um sistema de trocas diretas, conhecido por escambo, que poderia ser de mercadorias por mercadorias, mercadorias por serviços e serviços por serviços. 
É fácil imaginar as dificuldades para um razoável funcionamento dessa economia de escambo. 
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Primeiro, exige uma permanente coincidência de interesses e, segundo, há a dificuldade de se estabelecer as relações ou preços de troca (valores entre dois bens bastante diferentes). 
O passo seguinte foi o surgimento de um sistema de trocas indiretas: uma mercadoria qualquer, que tivesse aceitação geral, passa a ser usada como meio de pagamento. 
Nesse momento, dá-se a introdução da moeda no sistema econômico e que, passando por um processo evolutivo natural, resultou na criação do sistema monetário moderno.
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Comentário:
É importante perceber que mesmo às vezes constando na literatura como tal o escambo, tecnicamente, não pode ser considerado moeda pois representa uma troca direta.
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EVOLUÇÃO DA MOEDA
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MOEDA MERCADORIA:
De um modo geral, escolhia-se uma mercadoria que fosse relativamente escassa e não facilmente perecível (nem sempre possível) . 
A história registra que, em diferentes locais e épocas, foram usados como moeda: sal, peles, fumo, gado, trigo, rum, carne seca, ferro, cobre, dentre outros.
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MOEDA METÁLICA:
Sem dúvida, de todas as mercadorias, a preferência maior recaía, geralmente, sobre os metais, não só pela sua relativa escassez mas, também, pela sua durabilidade e fácil divisibilidade. 
Muito embora o ferro, o cobre e o bronze tenham sido bastante utilizados, houve uma predominância do uso dos metais preciosos, notadamente a prata e o ouro.
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MOEDA PAPEL: 
Com o crescimento do volume e valor das transações, o manejo de grandes quantidades de metais preciosos tornou-se problemático pelas dificuldades de transporte e os riscos envolvidos. Pouco a pouco foram surgindo as casas de custódia desses metais em diversos pontos. Essas casas passaram a receber em depósito os metais preciosos dos comerciantes, emitindo em troca um recibo ou certificado de valor correspondente . Esse certificado recebeu a denominação de moeda papel e era generalizadamente aceito nas transações. 
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Sua característica principal era possuir lastro integral (100%) em ouro, isto é, a qualquer momento o possuidor do certificado poderia ir à casa de custódia emissora e reconvertê-lo em ouro ou prata. 
Daí sua crescente aceitabilidade como meio de pagamento em substituição aos próprios metais preciosos.
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PAPEL MOEDA:
Com o tempo, e diante da crescente demanda por tais certificados, as casas de custódia passaram a emitir certificados cujo valor global em circulação excedia o valor total dos metais preciosos ali depositados. 
A experiência acumulada pelos custodiadores mostrava que nem todos os depositantes resgatavam, ao mesmo tempo, seus depósitos. Além do mais, enquanto alguns vinham para reconverter seus certificados em ouro, outros vinham para depositar. 
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Ocorreu, assim, um novo marco histórico na evolução das formas de moeda: a passagem da moeda papel para os certificados emitidos sem o correspondente lastro em ouro ou prata e que vieram a ser chamados de papel moeda. 
Para evitar riscos de emissões exageradas, o passo seguinte foi a proibição de emissão de papel moeda pelos bancos privados (antigas casas de custódia), limitando-se o direito de sua emissão a uma instituição oficial que, pouco a pouco, se transformou nos atuais bancos centrais de cada país. 
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TIPOS DE MOEDA
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MOEDA MANUAL:
Vem a ser aquela emitida pela Casa da Moeda, representada pelas cédulas e moedas metálicas em circulação. 
MOEDA ESCRITURAL OU BANCÁRIA:
Representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Vale lembrar que se trata das chamadas moedas fiduciárias (isto é, em que se tem fé ou se acredita), já que não possuem valor intrínseco, constituindo-se em moeda simplesmente porque têm aceitação generalizada nas transações econômicas.
 
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FUNÇÕES DA MOEDA
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INSTRUMENTO DE TROCA:
Tendo aceitação generalizada como meio de pagamento nas transações, a moeda exerce sua função mais cristalina e fundamental – que é servir como instrumento ou intermediária de trocas entre os indivíduos para satisfação de ambas as partes.
 
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PADRÃO DE REFERÊNCIA DE VALOR:
Nesse caso, a moeda possibilita que todos os fatores de produção e os produtos (bens e serviços) possam ter seus valores expressos em unidades monetárias, propiciando a fácil avaliação e comparação de todos os recursos e produtos disponíveis na Economia.
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RESERVA DE VALOR:
A moeda desempenha, também, a função de reserva de valor no sentido de que o indivíduo pode manter sua riqueza (ou parte dela) sob a forma de moeda, por um período de tempo, sabendo que, amanhã ou depois, esse ativo será aceito em qualquer transação por ter liquidez absoluta. 
Comentário:
Em períodos inflacionários o indivíduo,se entesourar a moeda, perderá com a desvalorização da mesma ao longo do tempo.
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INDICADORES MONETÁRIOS
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PAPEL MOEDA EMITIDO (PME): 
Trata-se do total de dinheiro “autorizado” (isto é, produzido ou fabricado) pelas Autoridades Monetárias. 
PAPEL MOEDA EM CIRCULAÇÃO (PMC): 
 Equivale ao total do papel moeda emitido (PME) menos o dinheiro que se encontra no caixa do Banco Central.
	
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PAPEL MOEDA EM PODER DO PÚBLICO (PMP):
Deduzindo-se do papel moeda em circulação (PMC) o dinheiro em caixa dos bancos comerciais, tem-se o total de dinheiro em poder do público, isto é, todos os indivíduos e empresas (exclusive, claro, os bancos comerciais).
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MEIOS DE PAGAMENTO (M):
Tecnicamente, consideram-se meios de pagamento (M) todos os haveres possuídos pelo setor não bancário e que podem ser utilizados a qualquer momento para liquidação de qualquer compromisso em moeda nacional. 
Ou seja, são haveres que possuem liquidez absoluta e imediata.  
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Dois haveres preenchem essas condições: o papel moeda em poder do público (PMP) e a moeda escritural, representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais públicos e privados (DVBC).
Assim, o total de meios de pagamento (M) é definido pela expressão: M = PMP + DVBC (moeda escritural).
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CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO DE MOEDA
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Criação de Moeda:
Ocorrerá toda vez que um agente monetário entregar a um agente não monetário um ativo monetário recebendo em troca um ativo não monetário.
Exemplo:
Indivíduo vai ao banco e consegue um empréstimo (ativo monetário) em troca da assinatura de uma nota promissória (ativo não monetário).
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Destruição de Moeda:
Ocorrerá toda vez que um agente monetário entregar a um agente não monetário um ativo não monetário recebendo em troca um ativo monetário.
Exemplo:
Indivíduo vai ao banco para pagar um empréstimo (ativo monetário) recebendo em troca a nota promissória (ativo não monetário) que dera como garantia.
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Comentário:
Para que ocorra criação ou destruição de moeda é necessário que a transação ocorra entre agentes monetários e não monetários.
Exemplo: o indivíduo, ao pagar no banco uma conta de luz não estará criando ou destruindo moeda, pois ocorreu, apenas, a transferência do haver monetário de sua conta para a conta da empresa fornecedora de energia elétrica.
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