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1 Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA MERCADO E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS Prof. MARCOS ANTÔNIO SOUZA DOS SANTOS Engenheiro Agrônomo; Dr. 2 O QUE É UM MERCADO ? ❑ Os mercados estão no centro da atividade econômica, e muitas das questões e temas mais interessantes em economia e negócios são relacionados com o seu modo de funcionamento. ❑ Um mercado é composto por um conjunto de compradores e vendedores que interagem entre si, resultando na possibilidade de trocas (oferta e demanda). ❑ Existem vários tipos de mercados (câmbio, financeiros, commodities agropecuárias, entre outros) 3 UM CONCEITO DE MERCADO “Entende-se por mercado um local ou contexto em que compradores (que compõem o lado da demanda) e vendedores (que compõem o lado da oferta) de bens, serviços ou recursos estabelecem contatos e realizam transações” (PASSOS & NOGAMI, 2003) 4 QUAL A EXTENSÃO DE UM MERCADO ? ❑ A extensão de um mercado refere-se às suas fronteiras, tanto geográficas quanto em termos de faixas de produtos que nele estão inseridos; ❑ Para alguns produtos só faz sentido falar de um mercado em termos de fronteiras geográficas muito restritas para outros, entretanto, as operações comerciais podem ser executadas em escala global; ❑ Atualmente, para fins de análise econômica, o conceito de mercado não implica, necessariamente, na existência de um lugar geográfico em que as transações se realizam (feiras, lojas, supermercados, bolsas de valores etc.) 5 O QUE É UM ESTUDO DE MERCADO ? ❑ É um conjunto de atividades orientadas que consiste na busca sistemática e objetiva, e na análise de dados relevantes para a identificação de tendências, ameaças e oportunidades de negócio visando orientar a tomada de decisão de agentes econômicos 6 QUAL A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES DE MERCADO ? ❑ Avaliar tendências, ameaças e oportunidades de mercado; ❑ Auxiliar o governo no estabelecimento de estratégias e na definição de políticas; ❑ Orientar as decisões empresariais; ❑ Orientar a aplicação de recursos financeiros (crédito); ❑ Elaborar projeções econômico-financeiras. 7 QUAIS OS ASPECTOS A SEREM ANALISADOS EM UM MERCADO ? ❑ A gama de produtos disponíveis no âmbito do agronegócio é bastante diversificada (frutas, hortaliças, cereais, raízes e tubérculos, carnes, leite, produtos processados) ❑ Em função dessa diversidade alguns aspectos passam a receber maior ou menor atenção nas análises de mercado; ❑ Os aspectos a serem avaliados podem ser agregados em cinco grandes grupos: (1) identificação do produto, (2) análise da relação entre empresa e consumidor, (3) análise da concorrência, (4) Estrutura de mercado e (5) outras informações relevantes. 8 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO ❑ Definição do produto Classificações dos produtos nas normas nacionais e internacionais, nomes técnicos etc. ❑ Usos do produto Para que serve o produto? Quem o consome? Como o utiliza? ❑ Características técnicas Quais as propriedades que o tornam desejável? Quais as que o tornam menos atrativo? ❑ Componentes do produto De que é feito? Quais os coeficientes técnicos do processo produtivo? Como tem evoluído esses coeficientes? ❑ Tecnologia de fabricação Quais as tecnologias disponíveis para fabricá-lo? Quais os detentores da tecnologia de produção escolhida? Como negociá-la? ❑ Formas de apresentação Tipo de embalagem, forma de apresentação, design, e outras características de apresentação do produto que possam trazer vantagens competitivas 9 ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE EMPRESA E CONSUMIDOR ❑ Área geográfica alvo Mercado externo, mercado regional, mercado local ou determinado público-alvo (nicho de mercado) ❑ Consumo Quanto é consumido? Como é composto o consumo? Como evoluiu no passado o consumo? ❑ Características socioeconômicas dos consumidores Nível de escolaridade, idade, sexo, estrutura da família, posse de bens, nível de renda e outras variáveis associadas aos consumidores (atributos) que possam influir no nível de consumo ❑ Comportamento do consumidor Como este é sensível aos atributos do produto? São atributos do produto: preço, qualidade, forma de apresentação, propaganda, confiabilidade de entrega, crédito, garantias, políticas de manutenção e outros aspectos que constituem a diferenciação entre produtos ❑ Como distribuí-lo? Quais os canais adequados de distribuição? Seria melhor usar atacadistas já estabelecidos ou montar sua própria rede de distribuição? 10 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ❑ Nível de oferta dos concorrentes Qual a capacidade atual dos concorrentes? Têm planos de expansão? Qual seu nível de utilização da capacidade instalada? ❑ Tecnologia dos concorrentes Desenvolvem tecnologia própria? São eficientes, ou seja, produzem a baixo custo? Seus produtos têm qualidade? São confiáveis quanto à prazos de entrega? São inovadores? Têm flexibilidade de produção, isto é, modificam seu mix de produtos com facilidade? ❑ Estrutura econômico-financeira dos concorrentes Estão obtendo lucro? Quais suas margens? Estão endividados? Quais seus índices de liquidez, giro dos ativos e outros indicadores retirados dos balanços patrimoniais e demonstrativos de resultados que permitam caracterizar a estrutura econômico-financeira dos concorrentes? ❑ Recursos humanos Qual o nível de satisfação dos empregados dos concorrentes? Há ocorrência de greves e paralisações? Investem os concorrentes em treinamento de pessoas? Outros aspectos que permitam caracterizar a capacitação dos recursos humanos dos concorrentes (publicações, patentes etc.) 11 ESTRUTURA DE MERCADO ❑ Parcelas de mercado dos concorrentes (MARKET SHARE) Qual o faturamento de cada concorrente? Como o mercado está segmentado? Há empresas líderes que ditam os procedimentos de mercado? ❑ Formas de competição É o mercado concorrencial (muitas empresas oferecem produtos similares)? A concorrência é interna ou externa? É um mercado oligopolizado (poucas empresas)? Há formação de nichos de mercado (concorrência diferencial, por exemplo, via qualidade)? ❑ Preços praticados Quais os preços? Qual a relevância dos custos de transporte na formação do preço final? Quais os impostos embutidos nos preços e como estes variam de acordo com a área geográfica? 12 OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES ❑ Substitutibilidade do produto Qual o grau de substitutibilidade do produto? Quais os atuais substitutos e como ocorre a substituição? Quais os substitutos potenciais de longo prazo devido à evolução tecnológica? ❑ Fornecedores Há exclusividade nas relações entre produto e fornecedor? São essas relações fortes? Operam integrados? Desenvolvem juntos novos produtos? ❑ Governo Governo como normalizador e regulador (normas, regulamentações e outros aspectos que possam afetar o mercado alíquotas de importação, cotas de importação) Governo como cliente: normas de licitações, requisitos para cadastramento de empresas e exigências legais. 13 O PROCESSO DE PESQUISA Definição do problema e dos objetivos do estudo Elaboração de um projeto de pesquisa Levantamento e análise de dados Interpretação e apresentação dos resultados 14 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM DOCUMENTO INFORMATIVO DE ANÁLISE DE MERCADO ❑ A extensão do documento final do estudo de mercado depende dos objetivos do trabalho, do número de aspectos analisados e do público alvo dos resultados; ❑ A estrutura do documento deve ser compacta e ordenada visando facilitar a compreensão das informações apresentadas;❑ O documento deve ser redigido observando as normas técnicas para elaboração de trabalhos de natureza científica (NBR’s da ABNT). 15 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM DOCUMENTO INFORMATIVO DE ANÁLISE DE MERCADO ❑ Pensar no público alvo do estudo (audiência); ❑ Ser conciso porém completo; ❑ Os resultados devem ser interpretados e conduzir o leitor à reflexão e formação de opinião (decisão) TIPOS, FONTES E FORMAS DE COLETA DE DADOS PARA ANÁLISE DE MERCADOS TIPOS DE DADOS ❑ Dados secundários. ❑ Dados primários. Os dados utilizados em análise de mercados podem ser classificados em duas categorias: TIPOS DE DADOS ❑ São aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender às necessidades do estudo de mercado. ❑ As fontes básicas são: a própria empresa, publicações, governos, Instituições não-governamentais, Institutos de Pesquisa entre outras. Dados secundários: 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 M ilh õe s d e t on ela da s Pesca Aquicultura Aquicultura 1 2 3 7 17 42 44 47 50 55 58 61 65 68 Pesca 18 32 56 58 85 94 92 92 89 93 93 91 91 91 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Evolução da produção mundial da pesca e aquicultura, 1950- 2008. Fonte: FAO, 2014. VANTAGENS DOS DADOS SECUNDÁRIOS ❑ Economia de tempo, dinheiro e esforços; ❑ Contribuem para estabelecer melhor o problema de pesquisa ❑ Contribuem para sugerir outros métodos já testados e aprovados de coleta de dados; ❑ Contribuem para sugerir outros tipos de dados a serem coletados para obter informações desejadas; ❑ Servem como fonte comparativa e complementar aos dados primários a serem coletados. “Não podemos ignorar os dados secundários, devemos começar a pesquisa com eles e somente quando todas as suas possibilidades tiverem sido esgotadas ou quando o retorno for muito pobre, passar para a pesquisa de dados primários.” (MATTAR, 1999) DESVANTAGENS DOS DADOS SECUNDÁRIOS O grau de ajustamento depende: ❑ Unidade de medida dados expressos em unidade de medida diferentes; ❑ Definição de classes intervalos de classe não coincidem com os interesses da pesquisa; ❑ Defasagem da publicação; ❑ Confiabilidade da fonte. Os dados secundários, em muitos casos, não se ajustam completamente às necessidades de determinada pesquisa visto que foram coletados com finalidades distintas da análise de mercado. ❑ Dados secundários internos ❑ Publicações (jornais, revistas, anuários etc.) ❑ Governos ❑ Institutos de Pesquisa ❑ Entidades de classe ❑ Internet FONTES DE DADOS SECUNDÁRIOS TIPOS DE DADOS ❑ São aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados; ❑ São levantados para atender as necessidades específicas da análise de mercado; ❑ As fontes básicas são: o pesquisado, pessoas que tenham informações sobre o pesquisado e situações similares. Dados primários: PRINCIPAIS MÉTODOS DE COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS ❑ Entrevista ❑ Investigação qualitativa ❑ Observação ❑ Experimentação ❑ Investigação contínua COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS obter e manter a confiança do entrevistado deixar o entrevistado à vontade dispor-se mais a ouvir do que a falar dar bastante tempo ao entrevistado para falar sobre o assunto manter o controle da entrevista apresentar primeiro as perguntas que tenham menos probabilidade de provocar recusa evitar pergunta que que implique ou sugira a própria resposta registrar os dados imediatamente não emitir opinião DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS A finalidade do questionário é obter, de maneira sistemática e ordenada, informações sobre as variáveis que intervêm em sua investigação, em relação a uma população ou amostra determinada; São impressos e respondidos pelos entrevistados, devendo por esse motivo constar no seu início uma explicação resumidas dos objetivos da pesquisa e instruções para o preenchimento; QUESTIONÁRIO COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS Incluir apenas itens que sejam importantes para esclarecer o problema; verificar se foram contempladas todas as variáveis indicadas na hipótese; estabelecer critérios de ordenação e sistematização das questões; a formulação das questões deve ser clara, de modo a facilitar a compreensão por parte do entrevistado; a forma de apresentação do questionário ao pesquisado impressão e estética. QUESTIONÁRIO - CRITÉRIOS PARA CONSTRUÇÃO COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS QUESTIONÁRIO - PRECAUÇÕES ❑ Não fazer perguntas embaraçosas ❑ Não obrigar o entrevistados a fazer cálculos ❑ Não incluir perguntas sobre o passado distante COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS Perguntas fechadas: são aquelas que limitam as respostas às alternativas apresentadas (ex: A sua empresa tomou empréstimo bancário para investimentos nos últimos cinco anos? •sim •não) Outro exemplo: com relação ao grau de satisfação com os serviços oferecidos por nossa agência de viagem, você afirmaria de está: • totalmente satisfeito • parcialmente satisfeito •parcialmente insatisfeito•totalmente insatisfeito QUESTIONÁRIO - TIPOS DE PERGUNTAS COLETA DE DADOS PRIMÁRIOS Perguntas abertas: permitem a explicação da resposta Por que sua empresa aderiu ao SIMPLES? _________________________________________________ _________________________________________________ Por que você passou a consumir hortaliças hidropônicas? _________________________________________________ _________________________________________________ QUESTIONÁRIO - TIPOS DE PERGUNTAS Características gerais das famílias de olericultores da Associação de Produtores Rurais da Vila Sorriso (APROVISO), Santa Isabel do Pará – Dez./2002. Fonte: Dados da Pesquisa. Características Média Desvio Padrão Residência na área 2,5 anos 1 ano Idade do chefe da família 37 anos 12 anos Anos de estudo do chefe da família 3 anos 2 anos Tamanho das famílias 5 pessoas 2 pessoas No de Filhos 3 filhos 2 filhos Tempo de funcionamento das barracas e casas de ervas do comércio varejista de produtos naturais da Região Metropolitana de Belém, Nov/2003. Fonte: Dados da Pesquisa. 3% 14% 25% 14% 36% 0 5 10 15 20 25 30 35 40 A té 1 an o D e 2 a 5 an os D e 6 a 10 an os D e 11 a 15 A cima d e 15 an os % Diferença (%) de preços entre feiras livres e supermercados na Região Metropolitana de Belém, Nov./2003 – Jan./2004. Fonte: Dados da Pesquisa. Abóbora Alface Berinjela Beterraba Cariru Cebolinha Cenoura Cheiro verde Chicória Chuchu Couve Feijão verde Jambú Maxixe Pepino Pimenta verde Pimentão Quiabo Repolho Salsa Tomate -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 140 % Feiras Livres Supermercados Nota: valores negativos indicam preços mais baixos nas feiras livres e valores positivos indicam preços mais baixos nos supermercados. Principais lavouras cultivadas pelos produtores da Associação Agropesqueira de Araquaim – Curuçá/PA, 2003. Fonte: Dados da Pesquisa. 13 8 6 5 5 3 2 1 4 0 2 4 6 8 10 12 14 Fr eq üê nc ia M an di oc a M ilh o Fe ijã o M ela nc ia Ar ro z M ar ac uj á Ol er íco las Co co Ou tra s Tempo de duração do esforço de pesca dos pescadores artesanais do Nordeste Paraense, 2004. Fonte: Dados da Pesquisa. 56,0 17,3 22,5 2,5 1,8 - 10 20 30 40 50 60 Até 24 horas D e 1a 7 d ias D e 7 a 15 d ias M ais de 15 dias O utros % 36 DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO Demanda Se você demanda alguma coisa, isso quer dizer que: 1. você deseja essa coisa, 2. pode pagar por ela e 3. planeja comprá-la. Necessidades são desejos ou vontades ilimitados que as pessoas têm por bens e serviços. A demanda reflete uma decisão sobre quais necessidades satisfazer. A quantidade demandada de um bem ou serviço é a quantidade que os consumidores planejam comprar durante determinado período a um determinado preço. Demanda A lei da demanda A lei da demanda afirma que: Se todos os outros fatores forem mantidos constantes (ceteris paribus), quanto mais elevado for o preço de um bem, menor será a quantidade demandada dele, e, quanto mais reduzido for o preço de um bem, maior será a quantidade demandada dele. Por duas razões: ▪ Efeito substituição ▪ Efeito renda Demanda Efeito substituição À medida que o preço de bem aumenta, as pessoas compram menos desse bem e mais de seus substitutos. Efeito renda Quando um preço aumenta e todas as outras influências sobre os planos de compras permanecem inalteradas, o preço aumenta em relação à renda das pessoas. Demanda Curva de demanda: O termo demanda se refere à relação completa entre o preço de um bem e a quantidade demandada desse bem. Uma curva de demanda mostra a relação entre a quantidade demandada de um bem e seu preço quando todas as outras influências sobre as compras planejadas pelos consumidores permanecem constantes. Demanda Disposição e capacidade de pagar A curva de demanda é como uma curva de disposição e capacidade de pagar. Se está disponível uma pequena quantidade, o preço mais elevado que uma pessoa está disposta a pagar e é capaz de pagar por uma ou mais unidades é maior. A disposição e a capacidade de pagar por algo é uma medida do benefício marginal. Demanda Mudança da demanda Quando há uma mudança de qualquer um dos fatores que influenciam os planos de compras — que não seja o preço do bem — temos uma mudança da demanda. Quando a quantidade demandada muda, há uma nova curva de demanda. Quando a demanda aumenta, a curva de demanda se desloca para a direita. Quando a demanda diminui, a curva de demanda se desloca para a esquerda. Demanda Seis principais fatores levam a mudanças da demanda: ▪ Preços dos bens relacionados ▪ Preços futuros esperados ▪ Renda ▪ Renda futura esperada ▪ População ▪ Preferências Demanda Preços dos bens relacionados Um bem substituto é um bem que pode ser utilizado no lugar de outro. Um bem complementar é um bem utilizado em combinação com outro. Demanda Preços futuros esperados Caso se espere que o preço aumente no futuro, a demanda atual pelo bem aumenta, e a curva da demanda se move para a direita. Renda Quando a renda aumenta, os consumidores compram mais, e a curva de demanda se move para a direita. Um bem normal é um bem cuja demanda aumenta à medida que a renda aumenta. Um bem inferior é um bem cuja demanda diminui à medida que a renda aumenta. Demanda Renda futura esperada Quando se espera que a renda aumente no futuro, a demanda pode aumentar hoje. População Quanto maior é a população, maior é a demanda por todos os bens e serviços. Preferências A demanda depende das preferências, as quais determinam o valor que as pessoas atribuem a cada bem e serviço. Demanda A Figura 3.2 ilustra o aumento da demanda. Quando a demanda aumenta, a curva de demanda se desloca para a direita e a quantidade demandada a cada preço é maior. Demanda Movimento ao longo da curva de demanda Se o preço de um bem muda, mas todos os outros fatores permanecem constantes, há um movimento ao longo da curva de demanda. Oferta Se uma empresa oferece um bem ou serviço, ela: 1. tem os recursos e a tecnologia para produzi-lo, 2. pode lucrar com a produção desse bem ou serviço e 3. planeja produzi-lo e vendê-lo. Recursos e tecnologia são as restrições que limitam o que é possível produzir. A oferta reflete uma decisão sobre quais itens tecnologicamente viáveis produzir. A quantidade ofertada de um bem ou serviço é a quantidade que os produtores planejam vender durante determinado período a determinado preço. Oferta A lei da oferta A lei da oferta afirma que: Se todos os outros fatores forem mantidos constantes (ceteris paribus) , quanto mais elevado for o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada dele, e, quanto mais reduzido for o preço de um bem, menor será a quantidade ofertada dele. Oferta Curva de oferta: O termo oferta se refere à relação completa entre o preço de um bem e a quantidade ofertada desse bem. Uma curva de oferta mostra a relação entre a quantidade ofertada de um bem e o preço dele quando todas as outras influências sobre as vendas planejadas pelos produtores permanecem constantes. Oferta A Figura 3.4 mostra a tabela de oferta de barras energéticas. A curva de oferta mostra a relação entre a quantidade ofertada e o preço, com todos os outros fatores mantidos constantes. Oferta Mudança da oferta Quando há uma mudança de qualquer fator que influencia os planos de vendas, que não seja o preço do bem, temos uma mudança da oferta. Uma mudança em qualquer influência sobre os planos dos vendedores, que não seja o preço do bem, resulta em uma nova tabela de oferta e um deslocamento da curva de oferta. Quando a oferta aumenta, a curva de oferta se desloca para a direita. Oferta Cinco fatores principais levam a mudanças da oferta. ▪ Preços dos recursos produtivos ▪ Preços dos bens relacionados produzidos ▪ Preços futuros esperados ▪ Número de fornecedores ▪ Tecnologia Oferta Preços dos recursos produtivos Se o preço de um recurso produtivo aumenta, o preço mais baixo que um produtor está disposto a aceitar aumenta, de modo que a oferta diminui. O impacto é sobre os custos de produção. Oferta Preços dos bens relacionados produzidos Bens substitutos na produção – bens que podem ser produzidos com a utilização dos mesmos recursos. Bens complementares na produção – bens que devem ser produzidos juntos. Oferta Preços futuros esperados Caso se espere que o preço de um bem aumente, o retorno da venda do bem no futuro é maior do que o de hoje. Assim, a oferta diminui hoje e aumenta no futuro. O número de fornecedores Quanto maior o número de empresas que produzem um bem, maior é a oferta desse bem. Oferta Tecnologia Uma mudança tecnológica positiva ocorre quando se descobre um novo método para reduzir o custo de produção de um bem. Uma mudança tecnológica negativa ocorre quando um evento como temperaturas extremas ou desastres naturais aumenta o custo de produção de um bem. Oferta A Figura 3.5 mostra um aumento da oferta. Um avanço tecnológico aumenta a oferta. A curva de oferta se desloca para a direita. Equilíbrio de mercado Um equilíbrio é uma situação na qual forças opostas se contrabalançam. O equilíbrio em um mercado ocorre quando o preço equilibra os planos dos compradores e os dos vendedores. Um preço de equilíbrio é o preço no qual a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada. A quantidade de equilíbrio é a quantidade comprada e vendida ao preço de equilíbrio. ▪ O preço regula os planos de compras e vendas. ▪ O preço se ajusta quando os planos não coincidem. Equilíbrio de mercado Ajustes de preço Se o preçoestá abaixo do equilíbrio, há uma escassez e que, se o preço está acima do equilíbrio, há um excedente.
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