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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – ATIVIDADES CÍVEL “A” ATÉ A1 1 – Em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, ajuizou Ação de Alimentos em Comarca onde não foi implantado o processo judicial eletrônico, em face de Emerson, suposto pai. Apesar de o nome de Emerson não constar da Certidão de Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, voluntária e extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa Melina, exame de DNA, no qual foi apontada a existência de paternidade de Emerson em relação a Rafaela. A genitora da autora está desempregada e o pai, por seu turno, não exerce emprego formal, mas vive de “bicos” e serviços prestados autônoma e informalmente. Na qualidade de advogado(a) de Rafaela, elabore a petição inicial acima referida indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. 2 – Antônio Pedro, morador da cidade Daluz (Comarca de Guaiaqui), foi casado com Lourdes por mais de quatro décadas, tendo tido apenas um filho, Arlindo, morador de Italquise (Comarca de Medeiros), dono de rede de hotelaria. Com o falecimento da esposa, Antônio Pedro deixou de trabalhar em razão de grande tristeza que o acometeu. Já com 72 anos, Antônio começou a passar por dificuldades financeiras, sobrevivendo da ajuda de vizinhos e alguns parentes, como Marieta, sua sobrinha-neta. A jovem, que acabara de ingressar no curso de graduação em Direito, relatando aos colegas de curso o desapontamento com o abandono que seu tio sofrera, foi informada de que a Constituição assegura que os filhos maiores têm o dever de amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. De posse de tal informação, sugere a seu tio-avô que busque o Poder Judiciário a fim de que lhe seja garantido o direito de receber suporte financeiro mínimo de seu filho. Antônio Pedro procura, então, você como advogado(a) para propor a ação cabível. 3 – Priscila manteve relacionamento com Rafael, por cerca de 1 ano, de julho de 2016 à julho de 2017. Sempre foi um relacionamento “as escondidas”, por opção de ambos, mas se viam todas as semanas, um dormia na casa do outro, coisas normais de um casal tradicional, porém sem exposições com fotos, redes sociais, etc. Em agosto de 2017, Priscila informou a Rafael que estava grávida e que precisava da ajuda dele para custear as despesas da gravidez, pois ela estava usando vários medicamentos, e já com despesas de móveis, etc. Rafael então, lhe informou que não iria ajudá-la, pois não tinha certeza que o filho era seu de fato, mesmo toda semana estando com Priscila. Ela então resolve lhe procurar para tomar a medida judicial cabível, para que o réu seja obrigado a ajudá-la. Sabe-se que atualmente ele recebe a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais), e que suas despesas mensais com a gravidez giram em torno de R$ 500,00 reais. Priscila mora no Centro e Rafael em Vila Isabel e trabalha na empresa Ford S.A. localizada no mesmo bairro em que reside. Como prova do alegado, Priscila possui inúmeras conversas de Whataspp, de todo o período mencionado, bem como fotos de festas em que o réu compareceu. Ela requer urgência, tendo em vista que possui uma complicação, e usa medicamento diário, e está atualmente desempregada. 4 – Carlos Augusto Silva Castilho e Joana Maria Castilho casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens em agosto de 2015, onde tiveram uma filha, Maria Clara, nascida em 01/07/2016. Ocorre que desde janeiro de 2017 o casal encontra-se separado de fato, onde inclusive já possuem outros relacionamentos. Então decidem entrar com a medida jurídica no sentido de regularizar a vida deles, bem como quanto a da filha. Salienta-se que o casal não adquiriu bens, e Carlos quer voltar a usar o nome de Solteiro, Carlos Augusto Silva. Quanto à filha, a guarda permanecerá com a mãe, onde o a visitação será de 15 em 15 dias, quando Carlos pegará a menor na sexta às 18 horas e devolverá no domingo às 20 horas. Não haverá pensão entre os cônjuges e Carlos pagará à titulo de pensão para a filha a quantia fixa de R$ 1.000,00 (mil reais). A criança permanecerá nas datas festivas com cada genitor, dia das mães e dia dos pais. Ano novo e Natal, em anos pares com a mãe e anos ímpares com o pai. Férias escolares metade com cada um. Carnaval o contrário do Natal e Ano novo. O último domicílio do casal foi no centro do RJ. Com isso, elabore a medida cabível, observando as disposições legais. 5 – Utilizando as mesmas partes e dados do exercício anterior, o casal encontra-se separado desde o mês de fevereiro de 2018 após Joana descobrir o caso extraconjugal de Carlos com sua melhor amiga. Desde então ela vem tentando amigavelmente resolver a questão, onde Carlos recusa-se sob o argumento de que o casamento tem que sobreviver a isso, e que o que ocorreu foi fato isolado. Assim, Joana, determinada a seguir sua vida, decide te procurar, para resolver a questão mesmo da forma não amigável. O casal tem uma filha, a qual está com a mãe, e desde então o pai a ver sem regularidade. O casal teve como último domicílio o bairro de olaria, onde com o ocorrido, Carlos saiu de casa e Joana permaneceu na residência. O casal não adquiriu bens. Com isso, elabore a medida cabível, observando as disposições legais. 6 - Mauricio Cabral, em 01/05/2018 adquiriu para sua empresa a Mauricin Ltda., 1000 metros de couro da empresa Couro Pesado LTDA, para a fabricação de cintos e botas, onde seu estoque estava zerado. A entrega foi avençada na nota fiscal para 10 dias corridos após o pagamento, que se deu em 05/05/2017, no valor de R$ 50 mil reais. Até a presente data a entrega não foi efetuada onde Mauricio já entrou em contato com a empresa vendedora por diversas oportunidades, por e- mail, telefone, onde nenhuma solução lhe foi apresentada. No contrato firmado entre as partes, existe multa contratual em caso de descumprimento, de 5% do valor da compra. Mauricin Ltda. Além da busca pelo cumprimento contratual no sentido do cumprimento da obrigação, Mauricin alega que o descaso cometido pela empresa Couro Pesado tem causado diversos prejuízos à sua empresa, visto que não consegue produzir, e com isso honrar outros compromissos com empregados, e fornecedores e deseja a devida reparação extrapatrimonial pelos ocorridos. Com isso, elabore a medida cabível, observando as disposições legais. 7 – João andava pela calçada da rua onde morava, no Rio de Janeiro, quando foi atingido na cabeça por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 601 do edifício do Condomínio Bosque das Araras, cujo síndico é o Sr. Marcelo Rodrigues. João desmaiou com o impacto, sendo socorrido por transeuntes que contataram o Corpo de Bombeiros, que o transferiu, de imediato, via ambulância, para o Hospital Municipal X. Lá chegando, João foi internado e submetido a exames e, em seguida, a uma cirurgia para estagnar a hemorragia interna sofrida. João, caminhoneiro autônomo que tem como principal fonte de renda a contratação de fretes, permaneceu internado por 30 dias, deixando de executar contratos já negociados. A internação de João, nesse período, causou uma perda de R$ 20 mil. Após sua alta, ele retomou sua função como caminhoneiro, realizando novos fretes. Contudo, 20 dias após seu retorno às atividades laborais, João, sentindo-se mal, voltou ao Hospital X. Foi constatada a necessidade de realização de nova cirurgia, em decorrência de uma infecção no crânio causada por uma gaze cirúrgica deixada no seu corpo por ocasião da primeira cirurgia. João ficou mais 30 dias internado, deixando de realizar outros contratos. A internação de João, por este novo período, causou uma perda de R$ 10 mil. João ingressa com ação indenizatória perante a 2ª Vara Cível da Comarca da Capital contrao Condomínio Bosque das Araras, requerendo a compensação dos danos sofridos, alegando que a integralidade dos danos é consequência da queda do pote de vidro do condomínio, no valor total de R$ 30 mil, a título de lucros cessantes, e 50 salários mínimos a título de danos morais, pela violação de sua integridade física. Citado, o Condomínio Bosque das Araras, por meio de seu síndico, procura você para que, na qualidade de advogado(a), busque a tutela adequada de seu direito. Elabore a peça processual cabível no caso, indicando os seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 8 - Em março de 2017, Hermenegilda, brasileira, residente em Campo Grande/RJ, elaborou contrato de compra e venda de um apartamento com a empresa Alpha Ltda., localizada no centro do Munícipio do Rio de Janeiro, onde adquiriu uma unidade no empreendimento Cavalo de Tróia, na Barra da Tijuca/RJ, pelo valor de R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). No referido contrato, ela daria até o dia 10/04/2017, a quantia de R$ 80 mil reais à título de sinal, e teria até a data de 10/06/2017, para quitar o saldo remanescente, ou conseguir um financiamento do mesmo junto a alguma instituição financeira. Em 15/06/2017, Hermenegilda entrou em contato com a empresa informando que não conseguiu obter a quitação ou financiamento do saldo devedor, e com isso desejava cancelar o negócio bem como a devolução da quantia paga, o que foi negado pela empresa, sob o argumento de que a empresa não deu motivo para rescisão contratual. Hermenegilda então resolve promover ação de rescisão contratual c/c devolução de quantia paga e indenização por danos morais, requerendo a rescisão do contrato, a devolução em dobro da quantia dada à título de sinal bem como indenização por danos morais de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), onde como fundamentação alega que não conseguiu efetuar a quitação ou financiamento do saldo devedor tendo em vista que não conseguiu a quantia na integralidade, e quando tentou financiamento junto à instituição bancária teve seu crédito negado. E quando aos Danos Morais, alega que a situação toda lhe causou transtornos com a indisponibilidade injusta da quantia, onde a empresa deveria efetuar a devolução da quantia paga. Com base nas informações acima, elabore a medida cabível, observando as disposições legais. (Até 05 horas) 9 – A empresa Sigma S.A, possui contrato de locação com Leonardo, referente a um galpão, onde mensalmente no dia 10 do mês efetua o pagamento da quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente ao aluguel, onde lhe é emitido recibo. No contrato assinado entre as partes, com início em 01/03/2014, esse valor englobaria inclusive as taxas inerentes ao galpão, como água e IPTU. Ocorre que, desde o mês de maio de 2017, Leonardo tem se recusado a receber o valor pago pela empresa, alegando que ela teria que pagar também a água no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), referente a todo o ano de 2017. Quando indagado pela empresa, através de notificação extrajudicial porque passaria a cobrar tal valor, Leonardo respondeu a notificação alegando que era um direito seu como locador, mesmo sem isso estar disposto no contrato assinado entre as partes, que expirará em janeiro de 2020. Assim, a empresa resolve lhe procurar na qualidade de advogado para tomar as providências jurídicas cabíveis, para que não se constituir em mora. O galpão fica no município de Niterói/RJ. Assim, elabore a medida cabível, observando as disposições legais. 10 – Utilizando as mesmas partes e dados do exercício anterior, supondo agora o inverso, que desde o mês de janeiro de 2017 a empresa não vem efetuando o pagamento do valor do aluguel, mesmo diante de diversas notificações enviadas por Leonardo, onde nessas notificações, frise-se, ele vem apenas cobrando os pagamentos inerentes aos alugueres, sem inclusão de nenhuma taxa que não esteja relacionada ao contrato, apenas incluindo a multa por atraso de 5% (cinco por cento) mensal, que está devidamente disposta na cláusula 18ª do contrato. Assim, não restando alternativa, Leonardo resolve lhe procurar na qualidade de advogado para tomar as medidas judiciais cabíveis, onde ele quer não só a saída da empresa do seu galpão, pois já tem outros locatários interessados, bem como o pagamento do débito existente entre as partes. Dessa forma, elabore a medida cabível, levando-se em consideração as observações relevantes efetuadas. 11 – Em processo tramitando perante a 13ª vara cível da Capital/RJ, o Magistrado proferiu o seguinte despacho, após a apresentação da contestação pela empresa ré: “Esclareçam as partes quanto ao interesse à composição amigável do Litígio, ou se pretendem a produção de provas, indicando-as. Prazo: 05 dias”. Em consulta ao seu cliente, autor da ação, o mesmo informa que não pretende realizar acordo com o réu, bem como que não possui outras provas a produzir. Dessa forma, elabore a petição cumprindo o despacho em questão, lembrando que o mesmo foi publicado em 25/02/19. 12 – Elabore um instrumento com os seus dados pessoas, sem limites de linhas e com os poderes.