Buscar

E book Unidade 3 - Anatomofisiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade 3 
 
 
 
1. Organização anatômica e funcional dos principais músculos torácicos e 
abdominais: origem, inserção e função. 
2. Organização estrutural e funcional dos músculos estriados esqueléticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2016 
 
 
 
1 Organização anatômica e funcional dos principais músculos torácicos e 
abdominais: origem, inserção e função 
Músculos Abdominais 
Quanto à organização anatômica os músculos abdominais são divididos em 
quatro regiões: 
§ Região Superior: Diafragma. 
§ Região Inferior: Levantador do Ânus; Coccígeo. 
§ Região Posterior: Quadrado; Iliopsoas (Psoas Maior + Ilíaco); Psoas 
Menor. 
§ Região Anterolateral: Reto do Abdome; Piramidal do abdome; Oblíquo 
externo do abdome; Oblíquo Interno do Abdome; Transverso do Abdome. 
- Músculo Diafragma: O diafragma localiza-se junto às vértebras lombares, as costelas 
inferiores e ao esterno. Possui tendões periféricos que se ligam anteriormente ao osso 
esterno ou ao processo xifóide do esterno; lateralmente às seis costelas inferiores (7ª, 8ª, 
9ª e 10ª costelas, e ápices das 11ª e 12ª que são as costelas flutuantes) e às cartilagens 
costais correspondentes; e posteriormente às três vértebras lombares superiores. Dos 
ligamentos periféricos saem feixes musculares que correm radialmente para unir-se no 
centro tendíneo. Sua função é diminuir a pressão interna da caixa torácica permitindo a 
entrada de ar nos pulmões durante o processo de inspiração. Também auxilia na 
estabilidade da colona vertebral e expulsão de alimentos (vômito), defecação e parto. 
 
Figura 1: Diafragma. 
Fonte: Netter, 2000. 
 
 
 
- Músculo Levantador do Ânus: é um músculo da região inferior do abdome, mais 
especificamente da pelve. É dividido em três partes: puborretal, pubococcígeo e 
iliococcígeo. A pubococcígea origina-se no púbis e insere na uretra, vagina, reto e 
cóccix pelo ligamento anococcígeo. A parte puborretal tem origem na superfície inferior 
do púbis insere-se no cóccix e reto. A iliococcígeo é a parte mais posterior do 
levantador do ânus, origina-se no arco tendíneo do elevador do ânus e sua inserção é no 
cóccix e ligamento anococcígeo. Atua como auxiliar do assoalho pélvico elevando-o 
para resistir à pressão intra- abdominal aumentada em algumas situações. 
- Músculo Coccígeo ou Isqueococcígeo: origina na espinha isquiática lateralmente. 
Insere no sacro e cóccix. Apresenta como ação a sustentação de vísceras pélvicas. Sua 
atuação é semelhante ao Músculo Levantador do Ânus, entretanto traciona o cóccix 
ventralmente. 
 
Figura 2: Músculos Levantador do ânus e Coccígeo. 
Fonte: Modificado de Sobotta, 2013. 
- Músculo Quadrado Lombar: localiza-se na porção posterior do abdome na região 
latero-posterior e fecha o espaço entre a XII costela e a crista ilíaca. Encontra-se atrás 
do músculo Psoas Maior e lateralmente ao Transverso do Abdome. Permiti a inclinação 
homolateral do tronco. 
 
 
 
- Músculos Psoas Maior e Menor: localizam-se na porção posterior do abdome na 
região medial e revestem antero lateralmente as vértebras lombares. O Psoas Maior 
caminha para o interior da coxa, inferiormente ao ligamento inguinal, inserindo-se no 
trocanter menor do Fêmur. Já o Psoas Menor insere-se na linha pectínea do osso do 
quadril. O Psoas Menor atua na flexão da pelve e coluna lombar. O Maior auxilia na 
flexão da coxa, coluna lombar e inclinação homolateral. 
- Músculo Ilíaco: localiza-se na porção posterior do abdome, na região inferior da 
cavidade abdominal, preenchendo a fossa ilíaca dos dois lados. Inferiormente se une ao 
músculo Psoas Maior, constituindo o músculo Iliopsoas, inserindo-se no trocanter 
menor do fêmur. O Iliopsoas tem as funções de flexão da coxa, flexão da coluna lombar 
e inclinação homolateral. 
 
 
Figura 3: Vista interna da parede posterior do abdome. 
Fonte: Netter, 2003. 
- Reto do Abdome: Localiza-se na porção anterolateral do abdome. Trabalha na 
flexão do tronco e retroflexão da pelve. É um músculo constituído em pares 
 
 
 
 
 
 
 
 
(esquerdo e direito), que inicia no processo xifóide até a sínfise púbica no 
interior de uma bainha formada pelas aponeuroses1 dos três músculos 
anterolaterais, a bainha do reto ou bainha do reto abdominal. As aponeuroses 
dos três músculos se encontram no plano mediano, formando a Linha Alba. 
Obs: A linha alba é uma faixa de tecido conjuntivo composto pela união das 
aponeuroses dos três músculos (oblíquo interno, externo e transverso). Estende-
se desde o processo xifóide até a sínfise púbica. 
 
Figura 4: Músculos da parede anterolateral do abdome com destaque para linha alba. 
Fonte: Sobotta, 2013. 
 
- Músculo Oblíquo Externo: Localiza-se na porção anterolateral do abdome 
lateralmente ao músculo reto do abdome. Encontra-se disposto obliquamente de 
lateral para medial no sentido craniocaudal, e sua aponeurose reveste 
anteriormente o músculo reto abdominal ao longo de toda a sua extensão. 
Auxilia na rotação do tórax para o lado oposto e flexão do tronco. 
- Músculo Oblíquo Interno do Abdome: Localiza-se na porção anterolateral do 
abdome lateralmente ao músculo reto do abdome. Suas fibras encontram-se 
dispostas obliquamente de forma inversa, de medial para lateral. Sua aponeurose 
se divide e reveste o músculo reto abdominal anteriormente e posteriormente 
 
1
 Membranas achatadas de constituição semelhante à dos tendões, que envolvem os músculos e servem 
algumas vezes para ligar músculos à tendões. 
 
 
 
 
 
 
 
acima da linha arqueada. Logo após se reúnem abaixo da linha arqueada 
tornando-se parte da parede anterior da bainha do reto abdominal. Auxilia na 
rotação do tórax para o mesmo lado e flexão do tronco. 
- Músculo Transverso do Abdome: Localiza-se mais profundamente na porção 
anterolateral do abdome lateralmente ao músculo reto do abdome. Suas fibras 
estão dispostas no sentido horizontal, e sua aponeurose reveste posteriormente o 
músculo reto do abdome, acima ou abaixo da linha arqueada. Aumento da 
pressão intra- abdominal e estabilização da coluna lombar (Figura 3). 
- Músculo Piramidal: é um músculo pequeno e triangular, localizado no baixo 
ventre. Origina-se no púbis e insere-se da linha Alba a cicatriz umbilical. Sua 
função é tencionar a linha Alba. 
 
Figura 5: Músculos do abdome – Vista anterior (camada intermédia). 
Fonte: Netter, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos Torácicos 
Quanto à organização anatômica os músculos torácicos são divididos em duas 
regiões: 
§ Região Anterolateral: Peitoral Maior; Peitoral Menor; Serrátil Anterior e 
Subclávio. 
§ Região Costal: Intercostais Externos; Intercostais Internos; Levantadores 
das Costelas; Subcostais e Transverso do Tórax. 
 
 
Figura 6: Músculos do tórax – Vista anterior (dissecação superficial). 
Fonte: Netter, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Peitoral Maior: É um músculo espesso que recobre a região antero-superior do tórax. 
Têm origens na metade medial clavícula, externo, cartilagens costais da 1ª a 6ª e 
aponeurose do musculo oblíquo externo abdominal. Suas fibras convergem em um 
tendão e inserem-se na crista do tubérculo maior do úmero. É inervado pelos ramos do 
plexo braquial - Nervo do Peitoral Lateral e Nervo do Peitoral Medial (C5 - T1). Insere-
se medialmente na borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face externa da 
1ª a 6ª cartilagens costais e aponeurose do oblíquo externo do abdome e lateralmente na 
crista do tubérculo maior. Suas funções são adução, rotaçãomedial, flexão e adução 
horizontal do ombro. 
 
Figura 7: Músculos do Tórax – Vista anterior (Dissecação profunda). 
Fonte: Netter, 2000. 
 
- Peitoral Menor: Localiza-se atrás do Peitoral Maior com origem da 2ª a 5ª costelas. 
Apresenta inserção inferior da terceira à quinta costela e inserção superior no processo 
coracóide da escápula. Inervação: Nervo do Peitoral Medial (C8 - T1). A ação dele é 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
depressão do ombro; rotação inferior da escápula e elevação das costelas (durante a 
inspiração). 
- Serrátil Anterior: está localizado nas paredes laterais do tórax, estendendo-se das 
costelas à escápula. Apesenta um contorno denteado, muito semelhante à borda da 
lâmina de uma serra. Tem origem na superfície externa das oito costelas superiores ao 
lado do peito e se insere ao longo de toda borda medial e superfície costal da escápula. e 
faces externas das 1ª a 9ª costelas. A inervação se dá pelo nervo torácico longo. Suas 
funções são: empurrar a escápula para frente, abdução do braço e elevação acima da 
linha horizontal e por volta da caixa torácica; ajuda a estabilizar a escápula e auxilia na 
rotação da escápula. 
- Subclávio: é um pequeno músculo triangular, localizado entre a clavícula e a primeira 
costela. Origina-se na 1ª costela e cartilagem costal. Inserção Lateral: Face inferior da 
clavícula Inserção Medial: 1ª costela e cartilagem costal Inervação: Nervo do subclávio 
(C5 - C6) Ação: Depressão da clavícula e do ombro. 
- Intercostais Externos: são músculos que estão entre as costelas, à origem fica em uma 
costela. A inserção superior é feita na borda inferior do lábio externo da costela 
suprajacente (superior) e a inserção inferior se dá na borda superior da costela 
subjacente (inferior). A inervação é feita pelos nervos intercostais correspondentes. 
Ação: Fazem parte da mecânica respiratória, elevando as costelas durante a inspiração. 
- Intercostais Internos: Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". 
As fibras dos intercostais externos vão da região superior para inferior e de posterior 
para anterior. Já as fibras dos intercostais internos s de superior para inferior e de 
anterior para posterior. A inserção Superior dos internos ocorre na borda inferior da 
costela suprajacente e a inferior na borda superior da costela infrajacente. A inervação é 
feita pelos nervos intercostais correspondentes. Atua na depressão das costelas durante a 
expiração. 
- Levantadores das Costelas: Sua inserção superior se dá no processo transverso da 7ª 
vértebra cervical à 11ª torácica e a inferior na face externa da 1ª à 12ª costela. A 
 
 
 
inervação é feita pelos nervos intercostais correspondentes. Atua na elevação das 
costelas durante a inspiração e estabilização intercostal. 
- Subcostais: Possui inserção superior na face interna da costela suprajacente e inferior 
na face interna da 2ª ou 3ª costela infrajacente. É inervado por nervos intercostais 
correspondentes. Atua na estabilização intercostal. 
- Transverso do Tórax: Sua inserção superior é feita na face interna do esterno e a 
inferior na face interna da 2ª à 6ª cartilagens costais. É inervado pelos nervos 
intercostais correspondentes. Sua ação é estabilização da parte antero-inferior do tórax. 
 
 
Figura 8: Músculos do Dorso – Vista posterior (Camada profunda). 
Fonte: Modificado de Netter, 2000. 
 
 
 
 
 
 
2. Organização estrutural e funcional dos músculos estriados esqueléticos 
 
Sistema Esquelético 
 O Sistema Esquelético é composto por ossos e cartilagens. Além de dar 
sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de 
apoio para a fixação dos músculos. Também é responsável pela Hematopoese 
através da Medula Óssea e por disponibilizar reserva de cálcio e fósforo ao 
organismo. 
 Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) 
cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas 
pelos músculos. É dividido em duas porções: 
- Esqueleto axial: forma o eixo do corpo e é constituído pelos ossos da cabeça, 
pescoço e tronco (tórax e abdome); 
- Esqueleto apendicular: forma os membros (superiores e inferiores) que se unem ao 
esqueleto axial através dos cíngulos (escapular e pélvico). 
 
Figura 9: Divisão do Sistema Esquelético. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/13/Axial_skeleton_diagram 
_pt.svg/2000px-Axial_skeleton_diagram_pt.svg.png 
 
 
 
 
Sistema articular 
 As articulações são um conjunto de elementos que fazem a conexão ou união 
entre os componentes rígidos do esqueleto. Mantêm os ossos juntos, conferem 
mobilidade ao esqueleto e proporcionam mobilidade para garantir a estabilidade dos 
ossos durante os movimentos. 
 São três os tipos de articulações: 
- Sinartroses são articulações inflexíveis ou fibrosas (imóveis). Possuem pequena 
separação fibrosa composta por fibras colágenas. Sua principal função é a 
absorção de choque. São exemplos dessas articulações as suturas entre os ossos 
do crânio. 
- Anfiartroses ou Articulações Cartilaginosas (levemente móveis): É composta de 
tecido cartilaginoso e sua principal função é diminuir forças. Ex: sínfise púbica, 
disco intervertebral. 
- Anfiartroses ou Articulações Cartilaginosas (levemente móveis): Também 
formada por tecido cartilaginosa, apresenta função principal de diminuir forças e 
auxiliar os movimentos entre os ossos. Ex: articulação entre úmero e escápula, 
rádio e ulna, etc. 
 As articulações móveis estão revestidas de cartilagem e incluem bolsas de 
fluido lubrificante como o líquido sinovial. 
 
 
Figura 10: Sistema articular. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7f/Joint.svg/2000px-
Joint.svg.png 
 
 
 
Sistema muscular 
 Os músculos são órgãos constituídos, principalmente, por fibras musculares 
especializadas em se contrair e realizar movimentos, geralmente em resposta a 
estímulos nervosos. Suas funções são: produção dos movimentos corporais; 
estabilização das posições corporais; regulação do volume dos órgãos (bexiga, 
intestino); produção de calor com a contração muscular e finalmente dar forma ao 
corpo. 
 
Figura 11: Sistema Muscular. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/55/Muscular_System.jpg 
 
 
 
 
 As células musculares especializadas na contração e relaxamento 
transformam energia química em mecânica. 
Composição Anatômica: 
- Ventre Muscular: é a porção contrátil do músculo, decorrente da contração de 
fibras musculares. É a porção carnosa do músculo, também chamado como corpo do 
músculo. 
- Tendão: é constituído de tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas que 
fixa o ventre nos ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Tem 
aparência de fitas ou cilindros. 
 
Figura 12: Ventre muscular e tendão. 
Fonte: Sobotta, 2013. 
 
Origem e Inserção: 
- Origem: É a extremidade do músculo que não se desloca durante a execução do 
movimento. 
- Inserção: É a extremidade do músculo que se desloca durante a execução do 
movimento. 
 
 
 
 
 
 
Composição Anatômica: 
 
Figura 13: Ventre muscular e tendão. 
Fonte: Modificado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/18/Fascicle: 
_Muscle_Shapes.jpg 
 
 Os músculos ainda apresentam propriedades muito importantes como: 
receber e responder a estímulos; encurtar-se e espessar-se; distender-se; retornar a forma 
original e conduzir estímulos nervosos. 
 
Tipos de músculos 
 
- Músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema nervoso central e, como 
estese encontra em parte sobre um controle consciente, chama-se músculo 
voluntário. As contrações do músculo estriado permitem os movimentos dos 
diversos ossos e cartilagens do esqueleto. Sua atividade é exclusivamente 
neurogênica. 
- Músculo cardíaco: forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo 
cardíaco apresenta atividade miogênica. É inervado pelo sistema nervoso. 
- Músculo liso: músculo de contração involuntária; localiza-se na pele, órgãos 
internos, aparelho reprodutor, vasos sanguíneos e aparelho excretor. A contração 
desses músculos é mediada pelo sistema nervoso vegetativo, por hormônios e 
muitos apresentam atividade miogênica, mas também responde a estímulos 
químicos. 
 
 
 
 
 
Figura 14: Tipos musculares: (a) Esquelético (b) Liso (c) Cardíaco. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e5/414_Skeletal_Smooth_Cardiac.jpg 
 
Tipos de contração muscular: 
- Contração concêntrica: Ocorre quando há um encurtamento do músculo 
durante a contração. Também chamada de contração com dinâmica positiva ou 
de encurtamento. Nessas a origem e a inserção se aproximam, produzindo a 
aceleração de segmentos do corpo, ou seja, acelera o movimento. 
Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. 
- Contração excêntrica: Ocorre quando há alongamento do músculo durante a 
contração. É também chamada de contração com dinâmica negativa ou de 
alongamento. Nessa a origem e inserção se afastam produzindo a desaceleração 
dos segmentos do corpo e fornecem absorção de choque (amortecimento) 
quando aterrissando de um salto, ou ao andar, ou seja, freia o movimento. 
Ex: recolocar o livro sobre mesa. 
- Contração isométrica: Nesta o músculo se contrai e produz força sem alteração 
macroscópica no ângulo da articulação. São também chamadas de contrações 
estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para manutenção da postura. 
Funcionalmente estas contrações estabilizam articulações. É responsável pela 
 
 
 
postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: sustentar o livro em 
abdução de 90°. 
 
Figura 15: Tipos de contrações musculares. 
Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/1015_Types_of_Contraction_new.jpg 
 
Vascularização e inervação 
- Vascularização: responsável por levar oxigênio, nutrientes e eliminação 
resíduos através das artérias e veias; 
- Inervação: responsável pelas contrações musculares. 
 
 
 
Fisiologia da Contração Muscular 
 Na contração muscular, a actina desliza sobre os filamentos da miosina, que 
conservam seus comprimentos originais. O início da contração é na faixa ansiotrópica 
(A), local onde a actina e a miosina se sobrepõe. Durante o processo a faixa isotrópica 
(I) diminui de tamanho e os filamentos de actina penetram na faixa A. Ao mesmo 
tempo, a faixa H, formada somente pelos filamentos grossos de miosina também se 
reduz à medida que esses filamentos são sobrepostos pelos filamentos finos de actina. 
Isso irá resultar em um grande encurtamento do sarcômero. 
 A contração muscular depende de fatores como a disponibilidade de íons 
cálcio. Já o relaxamento muscular está na dependência da ausência destes íons. O fluxo 
de íons cálcio é regulado pelo retículo sarcoplasmático (RS), para a realização rápida 
dos ciclos de contração muscular. O RS é uma rede de cisternas do retículo 
endoplasmático liso, que envolve e separa em feixes cilíndricos grupos de 
miofilamentos. Quando despolarizado, o RS libera os íons cálcio passivamente até os 
filamentos finos e grossos. Ao ser polarizado novamente, o RS transporta o íon cálcio 
de volta às cisternas, interrompendo a atividade contrátil. 
 O sistema de túbulos T é responsável pela contração uniforme de cada fibra 
muscular. Ele é constituído por uma rede complexa de invaginações tubulares do 
sarcolema da fibra muscular. Já os nervos motores controlam a contração normal das 
fibras musculares esqueléticas. Eles se ramificam dentro do tecido conjuntivo do 
perimísio e neste local de inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma a 
dilatação que se situa dentro de uma depressão da superfície da fibra muscular. Esta 
estrutura é chamada de placa neural ou junção mioneural, onde o axônio possui 
inúmeras mitocôndrias e vesículas sinápticas, e libera acetilcolina, que se difunde 
através da fenda sináptica, da placa motora e vai se prender a receptores específicos aos 
sarcolemas das dobras juncionais. 
 Cada fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular, ou se ramificar e 
inervar até 160 fibras musculares, formando o que chamamos de unidade motora. 
 
 
 
 
 Vídeo demonstrativo da Contração muscular 
 Link: https://www.youtube.com/watch ?v=Zjnt-rUUcAQ 
 
 
Figura 16: Mecanismo de contração muscular. 
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a2/Sarc%C3%B3mero.jpg 
 
Resumindo..... 
 
 
•O impulso nervoso chega ao terminal nervoso e libera acetilcolina 
•Acetilcolina combina com receptores na célula muscular 
•A Membrana da célula muscular se despolariza 
•Ca++ forma complexo com as proteínas contráteis do retículo 
sarcoplasmático para o citoplasma 
•Os filamentos de actina /miosina se contraem, levando à diminuição do 
tamanho do sarcômero (devido à aproximação de 2 linhas) 
•Muitos sarcômeros contraindo-se juntos levam à contração de todo o 
músculo 
 
 
 
A junção neuromuscular – estrutura, função e aspectos farmacológicos 
 
A unidade funcional motora do sistema nervoso é chamada motoneurônio. O 
estímulo elétrico proveniente do mesmo é necessário para desencadear a contração da 
fibra muscular esquelética. Esse estímulo passa através de um complexo denominado 
junção neuromuscular, formado pelo motoneurônio e pela célula muscular. Sob esses 
estímulos, ocorrem modificações na difusão de cálcio no citoplasma da célula muscular. 
Os eventos subsequentes decorrem da excitação da membrana sarcoplasmática e 
consequente contração da fibra muscular. Além do cálcio, o sódio e a acetilcolina 
participam do fenômeno de contração muscular. 
Assista a vídeos explicativos complementares a este assunto acessando o link: 
https://www.youtube.com/watch?v=dLncDw36KEk 
https://www.youtube.com/watch?v=krYS9xwBqiQ 
 
Figura 17: Junção neuromuscular. 
Fonte: http://www.jornallivre.com.br/images_enviadas/o-que-e-juncao-neuromuscularne.jpg 
https://en.wikipedia.org/wiki/Neuromuscular_junction 
 
Organização das unidades motoras tônicas e fásicas 
 Ao chegar ao músculo, o axônio de um motoneurônio divide-se em terminais 
de número variável, cada um terminando numa só fibra muscular. Esse conjunto é 
denominado unidade motora. A unidade motora representa a via final comum e 
funcional de toda a atividade motora (figura abaixo). É o componente básico da 
atividade muscular e refere-se ao conjunto do corpo celular do motoneurônio e das 
fibras musculares esqueléticas inervadas pelo mesmo. 
 
 
 
 
Figura 18: Unidade motora. 
Fonte: Tessitore, Pfelsticker e Paschoal, 2008. 
 O local exato de intersecção do terminal nervoso com a célula muscular é 
chamado placa motora. Assim, a unidade motora é formada por várias placas motoras. 
O impulso nervoso produz um potencial na placa motora da fibra muscular que ao 
atingir o limiar do mesmo, desencadeia um potencial de ação que se propaga ao longo 
da fibra, provocando a contração muscular. 
 A capacidade do músculo em executar uma função é determinada pela soma 
das capacidades das unidades motoras que o compõem. Quanto menor a fibra muscular, 
menor a quantidade de unidades motoras. Músculos com pequena quantidade de 
unidades motoras são específicospara movimentos finos e delicados, como os 
músculos faciais. Em geral, a relação é de 1:10 até 1:50. Os movimentos são delicados 
e precisos, desprovidos de força. Grandes unidades motoras são encontradas em 
músculos de potência, como por exemplo, os grandes músculos das pernas. Neles, a 
relação pode chegar a 1:500. 
 
Aspectos Farmacológicos: Junção neuromuscular – toxina botulínica 
 A toxina botulínica é um tratamento farmacológico local para a 
hiperatividade muscular, potencialmente corrigindo desequilíbrios entre músculos 
agonistas hipoativos e antagonistas relativamente hiperativos. É obtida pela cultura da 
bactéria anaeróbica Clostridium botulinum, bloqueia a liberação de acetilcolina nas 
junções neuromusculares. Causa paralisia muscular flácida reversível, aparentemente 
sem dano a longo prazo para o músculo ou o nervo. A absorção sistêmica é mínima, não 
causando efeitos colaterais sistêmicos. 
 
 
 
 
Figura 19: Antes e depois de aplicações de toxina botulínica. 
Fonte: Cedida por Dra Ana Carolina Puga, Clínica Acorporalle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metabolismo energético dos músculos estriados esqueléticos 
 
A energia para a contracção muscular é fornecida por moléculas de ATP . A 
quantidade de ATP armazenado na fibra muscular é muito reduzida. Durante a atividade 
muscular há necessidade de ressintetizar continuamente ATP. Existem diferentes fontes 
para que ocorra a refosforilação do ADP : 
Leitura Complementar: 
Link: 
http://www.botoxcosmetic.com/sitecore/content/Unique%20Sites/BotoxCosmeticHCP/Home/s
upport/science_of_botox/moa 
ALMEIDA. A. R.T; MARQUES, E. R. M.C; BOGDANA, V. K. Glabellar wrinkles: a pilot 
study of contraction patterns. Surg Cosmet Dermatol.v.2, n. 1, p.23-8,2010. 
 
 
 
- Fosfocreatina - sofre clivagem originando creatina e PO3
- . A energia libertada é 
aproveitada para se dar a ligação entre um íon fosfato e o ADP, formando ATP 
(FONTE ANAERÓBIA ALÁCTICA); 
- Sistema de Glicogénio/Lactato - a sua transformação em piruvato (FONTE 
AERÓBIA) e lactato (FONTE ANAERÓBIA LÁCTICA) liberta energia que é 
posteriormente utilizada para converter ADP em ATP. 
- Sistema Aeróbio – oxidação de glicose, ácidos gordos e aminoácidos na 
mitocôndria liberta grandes quantidades de energia que são aproveitadas para 
converter AMP e ADP em ATP. Em períodos muito longos de atividade muscular a 
maior parte da energia provém da oxidação dos ácidos gordos. Nos períodos de 2 a 
4 horas, metade da energia provém de carboidratos e armazenados. 
 
Metabolismo Energético Durante o Exercício Físico 
Durante o exercício o gasto energético do organismo pode aumentar em até 25 vezes 
os valores de repouso. As alterações metabólicas que ocorrem no músculo no início do 
exercício são necessárias para continuar a atividade. Utilizando-se o consumo de O2 
como índice metabólico, verifica-se que na transição do repouso para o exercício 
moderado, o consumo de O2 atinge um nível estável à volta de 1 a 4 minutos. Até que se 
atinja o estado estável, outras vias bioenergéticas são ativadas (ATP-CP, Glicólise). 
 
Metabolismo Energético Após o Exercício Físico 
Após o exercício físico o consumo de O2 permanece elevado (débito de oxigênio) 
por vários minutos, isto depende principalmente da intensidade do exercício. Existem 
fatores que contribuem para excesso de consumo de O2 pós-exercício como: hormônios 
elevados; elevação das frequências cardíacas e respiratória pós exercício; re,oção do 
lactato; elevação da temperatura corporal, entre outros. 
 
Classificação funcional das fibras musculares esqueléticas 
As fibras musculares são classificadas em três tipos de acordo com diferenças 
que apresentam em relação à morfologia, metabolismo energético predominante e 
 
 
 
atuação na contração muscular, fato este que influencia diretamente na fisiologia do 
exercício. 
As fibras musculares vermelhas - tipo IA - são inervadas por motoneurônios 
que apresentam atividade elétrica de baixa frequência, porém constante. São neurônios 
de pequeno diâmetro, mielinizados e que constituem pequenas unidades motoras lentas 
resistentes à fadiga. Por causa dessa atividade elétrica mantida, são denominados 
motoneurônios. 
As fibras musculares brancas ou pálidas – tipo IIB - são invervadas por 
grandes motoneurônios mielinizados, porém silenciosos em grande parte do tempo; por 
isso são denominados motoneurônios fásicos. Constituem grandes unidades motoras 
rapidamente fatigáveis; quando entram em atividade, introduzem grande potência ao 
trabalho muscular. As fibras musculares têm o aspecto pálido em razão do baixo teor de 
mioglobina. 
As fibras musculares do tipo IIA apresentam características intermediárias e 
constituem unidades motoras rápidas e mais resistentes à fadiga. O quadro abaixo ilustra 
as propriedades e funções das fibras musculares esqueléticas. 
Quadro 1: Propriedades e funções das fibras musculares esqueléticas. 
 
Fonte: http://www.museuescola.ibb.unesp.br/images/tabela_tipos_de_fibramusc.png 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
1. AGUERO ORGAZ, D; CUBERO SOBRADOS, M.C.; MARTIN GORDO, O. 
Eritema nodoso, a propósito de um caso. Rev Pediatr Aten Primaria, v. 11, n. 
43, 2009. 
2. AIRES, M. M. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
3. ALMEIDA. A. R.T; MARQUES, E. R. M.C; BOGDANA, V. K. Glabellar 
wrinkles: a pilot study of contraction patterns. Surg Cosmet Dermatol.v.2, n. 1, 
p.23-8,2010. 
4. DE MAIO, M. Tratado de Medicina Estética. 2.ed. São Paulo: Editora Roca, 
2011. 
5. HANSEN, J. T.; KOEPPEN, B. M. Atlas de Fisiologia Humana de Netter. São 
Paulo: Artmed, 2002. 
6. MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1992. 
7. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
8. PUTZ, R.; PABST, R. Sobotta - Atlas of Human Anatomy. 14.ed. Hannover: 
Elsevier, 2008. 
9. SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. V.3, 23. ed. São Paulo: Guanabara 
Koogan, 2013. 
10. TESSITORE, A; PFELSTICKER, L.N; PASCHOAL, J.R. Aspectos 
neurofisiológicos da musculatura facial visando à reabilitação na paralisia facial. 
Rev. CEFAC, v. 10, n. 1, p. 68-75, Mar, 2008. 
11. TORTORA, G. J; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de 
anatomia e fisiologia. São Paulo: Artmed, 2007.

Continue navegando