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Alimentacao de ruminantes Consumo de alimentos Para a producao animal ser eficiente deve ocorrer o equilibrio entre genetica, nutricao e manejo. Em nutrição e analisado a resposta do animal, o valor nutritivo e o consumo de alimentos. Existe três tipos de ruminantes Seletores, intermediários e pastejadores. Variando os sistema digestórios entre eles, aumentando o volume ruminal conforme o tipo, assim alterando a capacidade de alimentação/consumo, necessitando de maior quantidade de alimento. Eficiencia Se baseia em : Alimento Consumo Digestao Metabolismo atividade do animal A digestão pode ser favorecida pelos processos do alimento como a moagem. E o matabolismo ira depender da genética A quantidade de alimento digerido está diretamente relacionada ao suprimento de nutrientes. O suprimento de nutrientes é o fator mais importante para maximizar a produção Para maior suprimento de nutrientes: alimentos com maior concentração de nutrientes maior consumo de alimento Consumo: quantidade de alimento ingerido em um período de tempo É expresso em base seca: quantidade absolutas – kg MS/animal/dia. Quantidades relativas ao peso vivo (% PV) ou metabólico (% PV0,75). Metabolico – o animal menor precisa de mais alimento que o animal maior, devido seu organismo ser mais rápido. Consumo voluntário: quantidade de alimento ingerido durante um período de tempo quando: Animal saudável, em Condições de conforto e se tem Alimento disponível em quantidade a todo momento. Máximo de consumo que o animal conseguiria exprimir em condições ótimas Consumo potencial: quantidade de alimento exigido para suprir todas as exigências de nutrientes de um animal – sua falta leva a diminuição de produção, assim podendo levar a morte Fome: desejo ou impulso de comer em resposta a estímulos de curto prazo Apetite: impulso de consumir alimento como resposta para suprir as exigências de nutrientes ou impulso de consumir um nutriente específico mais que um alimento em geral Saciedade: condição de ter satisfeito o impulso de comer – tem haver com a rapidez que o animal come Por que os animais comem? Animais não domésticos comem para sobreviver. Animais domésticos comem para sobreviver e para PRODUZIR Por que os animais param de comer? Devido a alguns fatores: fatores fisiológicos, fatores físicos e fatores psicogênicos. Fator físico: Capacidade de distensão do rúmen. Sabe-se que o consumo voluntário de matéria seca está limitado pela capacidade de distensão física do rúmen. Dessa forma, quando os animais se alimentam de dietas palatáveis, porém em alta quantidade e baixas em concentração energética, o consumo é limitado por restrição na capacidade de enchimento do trato digestive. Tempo de retenção no rumen. Tempo necessário para processar o alimento (mastigação/ruminação). Taxa de passagem (escape). Volumoso vs. Concentrado. O teor de FDN da dieta é um dos principais determinantes da regulação física do consumo tornando-se o fator que mais afeta o consumo Fator fisiológico: Balanço nutricional, Status energético, Exigências nutricionais para mantença, crescimento, reprodução, lactação, deposição de gordura ( armazenamento de energia), etc. Dieta final de confinamento com a deposição de gordura necessário concentrar nutrientes Maior quantidade de volumoso na dieta mais repleto fica o rumen Maior quantidade de energético na dieta menos repleto ficara o rumen Portanto deve-se buscar dietas equilibradas sem enchimento ruminal e alta quantidade de energia. Fator psicogênico: Respostas no comportamento do animal a fatores inibidores ou estimuladores do alimento ou do ambiente. Alimento: • Odor • Aparência • Sabor • Textura. Ambiente: • Conforto • Interações sociais • Aprendizado • Status emocional Fatores que afetam o consumo: tipos de racas- a capacidade de consumo altera, nível de produção, estádio de lactação – máximo consumo durante meio e final de lactação, no inicio da lactação o consumo sera baixo devido o tamanho reduzido do rumem com a gestação devido a cavidade abdominal esta sendo ocupada pelo feto, Condição corporal Animais “gordos” comem menos que animais “magros”, condições sócias como a herarquia entre eles, Condicoes ambientais como a temperatura, ventos e umidade, tipo e qualidade do alimento. Composição do alimento Fibras – animais comem menos quando teor de fibras é alto Proteínas – animais comem mais quando teor de proteínas é aumentado Umidade – animais comem mais quando teor de umidade é de 45-55% Balanceamento – animais comem menos quando dietas estão desequilibradas Fatores que afetam a alimentação Mistura e relação concentrado:volumoso, Hábito de consumo, Disponibilidade de água Animais comem mais quando fornecimento de água é ad libitum, Manejo da alimentação- Método, Frequência, Sequência, Acesso, a necessidade de energia e Digestibilidade da dieta. Silagem: Umidade reduzida em relação à forragem fresca Como os animais selecionam o que comer: odor ,aparência, sabor, textura, memória Teoria lipostática – Kennedy (1953) Teorias sobre controle de consumo: Quando reservas energéticas (tecido adiposo) estão elevadas, o centro de saciedade do hipotálamo é ativado – redução no CMS. Durante restrição alimentar ou jejumprolongado – reservas são mobilizadas – aumento do apetite Teoria do controle físico (enchimento do retículo-rúmen) – Mertens (1994) Alimentos de baixa digestibilidade e lenta taxa de passagem Retículo-rúmen e abomaso possuem receptores em seus epitélios que reconhecem a distensão da parede, o peso e o volume da digesta Teoria do feedback metabólico ou quimiostático – Mertens (1994) O animal tem uma capacidade máxima produtiva Taxa máxima de uso dos nutrientes Quando nutrientes (proteína e energia) são absorvidos em excesso, há feedback negativo Teoria da eficiência do oxigênio – Ketelaarse Tolkamp (1996) O consumo é regulado para maximizar a eficiência do uso do oxigênio Os animais consomem energia líquida a uma taxa que otimiza o uso do oxigênio e minimiza a produção de radicais livres Metabolismo neural no controle do consumo Que alimentos ingerir Iniciar ou cessar o consumo. Atraves do Sistema nervoso central, Integrador de muitas ações do animal, dentre elas o controle de consumo Informações de sensores e receptores da parede trato digestório e tecidos metabolizadores Glucagon: Ação através do fígado e não diretamente no cérebro ↑ glucagon — ↓CMS. Insulina: Ação no cérebro Receptores cerebrais específicos principalmente nas áreas de controle do consumo e de metabolismo energético Neuropeptídeo Y (NPY) e peptídeo YY (PYY): Polipeptídeos pancreáticos Estimulam o CMS Leptina: Proteína com ação hormonal, Produzida no tecido adiposo branco, No sangue, liga-se a receptores específicos No cérebro, ativa o centro de saciedade Colecistoquinina (CCK): Propriedades anoréxicas, Doses fisiológicas – provoca saciedade, Doses elevadas – náuseas, vômitos, aversão aos alimentos. Em ruminantes: existe uma demora entre a ingestão e a chegada da digesta ao duodeno – o fluxo é mais constante , CCK menos importante que em monogástricos Somatostatina e Somatotropina: Somatostatina – secretada no cérebro e no intestino – numerosos papéis regulatórios, dentre eles a regulação do consumo, Somatostatina inibe a secreção de somatotropina, Somatotropina estimula a produção e o crescimento – aumenta o CMS Grelina: Produzida na parede do estômago (abomaso) Picos antes do consumo, Hormônio da fome Adrenalina: deprime o consumo Estimula a fome: Grelina, Somatotropina. Estimulam a saciedade: Adrenalina, Insulina, Colecistoquinina, Leptina Fatores ambientais Fotoperíodo – pequenos ruminantes – afeta produção e reprodução – alterações em ganho de peso, lactação, produção de lã – alterações no CMS. Ambiente social – quanto maior o confinamento maior o efeito. Variações bruscas de temperatura – desestabiliza a homeotermia – altera o CMS Neofobia: Medo do novo Alimento novo, Instinto – experimenta pequena porção Observação da reação Sedoença ou distúrbio –rejeição do alimento, Aversão condicionada ao sabor (ACS), Problema em confinamento Degradabilidade ruminal: Proporção de um alimento ou nutriente consumido que “desaparece” durante a sua passagem pelo rúmen, e que por isso se assume como aproveitada pelos microrganismos ruminais Digestibilidade: Proporção de um alimento ou nutriente consumido que não é excretada nas fezes, e que por isso se assume como absorvida pelo animal Digestibilidade Métodos para determinação da digestibilidade: in vivo , in vitro, in situ Mesmo calculo para todos “falhas” no conceito: Nos ruminantes, há perdas gasosas por fermentação Há matéria orgânica do alimento que se perde na forma gasosa e que não é recuperada nas fezes e nem é absorvida. Nem todos os constituintes das fezes são de origem dietética. Contribuição endógena (descamações epiteliais, enzimas, mucosidades, minerais) Digestibilidade aparente Não considera as perdas gasosas e as contribuições endógenas Digestibilidade verdadeira Considera contribuições endógenas N fecal – dietético ou endógeno Métodos para determinar as perdas de N endógeno fecal: Animais alimentados com dietas SEM nitrogênio, Animais em jejum prolongado, Animais alimentados com dietas com N completamente digestível, Regressão – níveis crescentes e extrapolação para o ponto zero, Uso de marcadores – 15N Técnicas in vitro: Animais canulados – doadores de inóculo, Incubação do alimento em estufas. Após a fermentação, digestão ácida e enzimática, parte do alimento “desaparece” – este desaparecimento é interpretado como digestibilidade in vitro Técnica in situ ou in sacco: Animais canulados – “incubadora” Incubação do alimento em sacos porosos. Durante a fermentação, parte do alimento “desaparece” In vivo - Coleta total de fezes: Método mais confiável, Método mais trabalhoso, Machos vs. Fêmeas, Controle (mensuração) do consumo e da excreção Método de execução mais simples Menos estresse para os animais Uso de indicadores para estimar a quantidade excretada de fezes. Externos: óxido crômico, Internos: FDNi, FDAi. Premissas: O marcador não deve ser digerido A mesma quantidade ingerida deve ser excretada Digestibilidade in vivo de alimentos que não podem ser fornecidos isoladamente Alimentação Subprodutos, coprodutos e alimentos concentrados não podem ser fornecidos ao animal como único alimento da dieta É necessário associá-los Alimentos ricos em fibra – associar a um concentrado Alimentos concentrados – associar a uma forragem Como calcular a digestibilidade isolada deste alimento: 1. método da diferença 2. método de regressão Método da diferença É o mais usado devido a facilidade de realização e menor tempo de execução Menos preciso que o método da regressão - CALCULO NO CADERNO Aspectos importantes para usar o método da diferença: Garantir que a atividade microbiana ruminal não seja prejudicada: Subprodutos com alto teor de fibras: Prop de concentrado não superior a 30% da MS total Baixo teor de amido na dieta Alimentos com elevado teor de glicídios facilmente fermentescíveis: Nível de forragem entre 30 a 40% do total Método da regressão Para que a digestibilidade de um alimento seja determinada por regressão, várias dietas devem ser usadas, contendo inclusões crescentes do alimento de interesse. Realização mais prolongada O valor energético dos alimentos tem sido expresso em unidades de energia bruta (EB) – calor de combustão – em calorias (cal, kcal ou Mcal) ou em joules (J, kJ ou MJ) 1 cal = 4,184 J Nutrientes digestíveis totais (NDT) É a soma dos nutrientes digestíveis do alimento Há uma correção para a fração mais energética (EE) NDT = PBd + 2,25EE + FDNd + CNFd As perdas nas fezes variam muito: Folhas novas: < 20% Pasto velho: > 60% . Urina e gases cerca de 19 %. Parte da EL é necessariamente utilizada para mantença e o excedende é usado para produção Fatores que afetam a digestibilidade Especie animal : a capacidade digestiva depende da espécie animal Idade do animal: animais adultos tem maior capacidade digestiva comparados a animais jovens Composição química dos alimentos na dieta: a composição dos cereais varia pouco – digestibilidade pouco variável, A composição das plantas forrageiras varia muito – digestibilidade muito variável FIBRA – fracao que afeta a digestibilidade , afeta o ataque microbiano e fracoes potencialmente digestíveis, afeta o transito da digesta pelo trato digestório Digestibilidade do conteúdo celular – próximo a 100% Digestibilidade da parede celular – muito variável O efeito negativo da fibra sobre a digestibilidade e maior nos monogástricos que nos ruminantes Maturidade da planta, essas podem passar do tempo e ter ser estagio fisiológico apresentando baixa energia metabolizável assim não sendo um bom pasto Fatores antinutricionais : como o silício e taninos presente nos alimentos e plantas tem a capacidade de diminuir a digestibilidade Efeitos associativos: Um alimento pode afetar a digestibilidade de outro e por consequência a digestibilidade da dieta Efeito associativo negativo: Um dos alimentos provoca a diminuição da digestibilidade do outro. Exemplo: Forragem + concentrado A digestão da fibra é afetada pela quantidade de carboidratos facilmente fermentescíveis A digestão das fibras é afetada pelo teor de lipídios Deficiências de N e minerais podem diminuir a digestão da fibra Efeito associativo positivo: Um dos alimentos provoca o aumento da digestibilidade do outro. Exemplo: Proteína e fibras O aumento do teor de proteínas (concentrado proteico) aumenta a digestão das fibras Processamento do alimento – Moagem e esmagamento Tamanho de partícula: Quanto menor o tamanho – maior a chance de digestão – mais rápido o trânsito Quanto maior o tamanho – mais difícil a digestão – mais lento o trânsito Concentrados: Ruptura do tegumento,Aumenta a superfície, específica (maior superfície de exposição aos agentes digestivos) Aumenta a digestibilidade Volumosos: A mastigação promove a diminuição eficaz do tamanho das partículas A moagem promove trânsito mais rápido e diminui a digestibilidade Tratamentos químicos: Hidróxido de sódio, óxido de cálcio, amônia. Tratamentos químicos podem “romper” a ligação entre a lignina e hemicelulose e celulose. Estes tratamentos promovem uma destruição da parede celular Aumentam a digestibilidade de alimentos de baixo valor nutritivo (palhas, bagaços, forragens maduras, etc.) Tratamentos térmicos: Aumentam a digestibilidade de determinados alimentos, Batatas – suínos e aves, Farelo de soja e farelo de algodão – monogástricos e ruminantes. O tratamento térmico também pode inativar inibidores de enzimas digestivas: Batatas e nabos – inibidores de tripsina, Concentrados proteicos de soja – inibidores de proteases, Soja crua - urease Adição de enzimas: Mais importante para monogástricos: Enzimas de origem normalmente fúngica β-glucanase em concentrados que incluem cevada (aves), Fitase – melhora a digestibilidade do ácido fítico (fitato) Extrusao: os cereais são submetidos a elevadas pressões e temperaturas, pressão volta ao normal, amidos se expande, maior exposição a atividades das enzimas digestivas. Nivel alimentar: Maior ingestão menor tempo de exposição as enzimas digestivas assim redução na digestibilidade Tempo de adaptação a dieta: quanto menor o tempo de adaptação menor sera a digestibilidade do alimento Ph ruminal : normalmente e perto do 6,5, quando se torna mais acido devido o AGCC pode ser vindo do alimento ou da fermentação (dietas ricas em concentrados) diminui a digestibilidade da fibra, por isso a necessidade de uma dieta rica em forragens – efeito tamponante
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