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Curso Preparatório para 2ª Fase da OAB em Direito Tributário

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Lei do Direito Autoral nº 9.610/98. Proíbe a reprodução total ou parcial deste material ou divulgação com ou sem fins comerciais, em qualquer meio de comunicação, inclusive 
na internet, sem autorização da PRODIGE PREPARATÓRIO! 1 
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OLÁ TRIBUTARISTA, SEJA BEM-VINDO (A)! 
 
De antemão eu preciso confessar a vocês que a 
poucos anos atrás eu também estava na mesma 
situação que você está hoje. Após a tão suada 
aprovação na primeira fase do Exame de Ordem, 
passei a ter inúmeras perguntas e receios, como por 
exemplo: 
 
▪ Devo fazer rascunho? 
▪ Quais teses devo alegar? 
▪ Como identificar a peça prático-profissional? 
▪ Posso colocar meu nome no final da peça? 
▪ Existe uma ordem correta para alegar as teses? 
▪ Qual é a data que se deve colocar ao final da peça? 
▪ Ao qualificar meu cliente, devo inventar 
informações? 
 
Sei exatamente o que você está vivendo agora e sei 
também o que está passando pela sua cabeça. 
Embora muitos considerem a segunda fase mais 
fácil por ser mais prática do que teórica, sem um 
bom método de estudos ela pode ser ainda mais 
complicada. Aqui, não basta que você saiba o 
conteúdo. É preciso que você saiba minutar a 
chamada peça prático-profissional. 
 
Além disso, mesmo que você já trabalhe na área e 
saiba minutar uma peça, em termos de segunda 
fase da OAB isso não será o suficiente. É preciso que 
você saiba redigir a sua peça de acordo com o 
método de avaliação da banca. Embora pareça algo 
simples, para alguns de vocês essa é a prova mais 
importante da vida, enquanto que para outros ela é 
apenas uma etapa. Mas independentemente de 
quem você seja, se você está lendo esse texto agora, já tenha em mente que você já é um 
vencedor, pois o mais difícil já passou. 
 
A finalidade deste e-Book é ajuda-lo nessa caminhada rumo à segunda fase, e eu tenho 
certeza que se você se dedicar de corpo e alma e me acompanhar nessa jornada de estudos, 
em algumas semanas você será um dos aprovados no XXIX Exame de Ordem! 
 
 
 
Para aqueles que estão 
tendo um contato 
comigo pela primeira 
vez, meu nome é 
Rennan William Lima. 
 
Sou advogado, com 
formação também em 
história e filosofia, 
especialista em 
Docência do Ensino 
Superior, Mestrando em 
Direito Econômico pela 
PUC/PR e professor de 
Direito e Processo 
Tributário. 
 
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SOBRE O CURSO PRODIGE 
 
Uma das filosofias de vida que sempre gosto de compartilhar com os meus alunos, é a 
de que sempre quando nós fazemos o que amamos, dedicamos todo nosso esforço e 
dedicação em prol do melhor desempenho possível. 
 
Dito isso, quero que você saiba que venho dedicando nos últimos anos grande parte do 
meu tempo para criar um curso completo e especializado para a segunda fase do Exame 
de Ordem em Direito Tributário. 
 
Depois de pesquisar de forma exaustiva o que havia de melhor e pior no mercado, posso 
lhe garantir que desenvolvi um curso do absoluto zero, com todo o suporte da Prodige 
Preparatório, visando preparar dois nichos de pessoas: 
 
▪ Pessoas que nunca tiveram prática na área tributária e precisam aprender a 
minutar uma peça prático-profissional do zero. 
 
▪ Pessoas que, mesmo atuando na área, tem a plena consciência de que a peça 
exigida no Exame de Ordem não reflete a prática profissional no mundo real. 
 
Sendo assim, como você já deve ter conhecimento, a finalidade do Exame de Ordem é 
testar do bacharel de Direito o máximo de conhecimento jurídico possível. Justamente 
por isso que mandado de segurança, recurso de apelação e repetição de indébito são as 
peças mais cobradas no Exame elaborado pela FGV. 
 
Em decorrência disso, o método de correção que a banca adota é o famoso 
espelhamento. Ou seja, o avaliador da sua prova não irá analisar a sua persuasão ou a 
sua eloquência, e sim ele apenas irá “bater o olho” na sua prova e verificar se ali estão 
presentes todas as teses cobradas no gabarito (espelho). 
 
Assim, desde já é fundamental que você saiba que para a prova de segunda fase, mais 
importante do que saber como colocar, é saber o que colocar. 
 
Mas não se preocupe caro (a) aluno (a); esta prova visa apenas testar seus 
conhecimentos, ela não é nenhuma besta fera a ser domada, afinal se assim o fosse, 
ninguém seria aprovado não é mesmo? Por esta razão, saiba que se você seguir os 
passos que eu vou te passar neste e-Book, você aprenderá como minutar as principais 
peças prático-profissionais de tributário do zero! 
 
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SOBRE ESTE MATERIAL 
 
Esse e-book que você está lendo é apenas parte de um dos materiais que 
disponibilizamos em nosso curso completo, onde são abordadas todas as peças prático-
profissionais que podem cair no seu Exame de Ordem em Direito Tributário (ao todo 
elas são mais de 15). 
 
 
Para saber mais sobre o curso, siga-nos no Instragram: 
 
▪ @prof.rennanlima.oab.tributario - https://www.instagram.com/prof.rennanlima.oab.tributario/ 
 
▪ @prodige.preparatorio - https://www.instagram.com/prodige.preparatorio/ 
 
• 
 
No presente material, você aprenderá como minutar, do zero, as cinco peças que mais 
foram cobradas no Exame de Ordem, entre elas: 
 
▪ Mandado de Segurança 
 
▪ Repetição de Indébito 
 
▪ Embargos à Execução 
 
▪ Recurso de apelação 
 
▪ Agravo de instrumento 
 
 
Apenas para que você tenha uma ideia da importância dessas peças, após a unificação 
do Exame de Ordem elas já foram cobradas em quase 80% das provas. Só o mandado 
de segurança por exemplo, foi cobrado 7 vezes entre os 28 exames realizados. Já os 
embargos à execução já foram cobrados 5 vezes. 
 
Perceba, portanto, a importância de se aprender cada uma dessas peças! 
 
 
 
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RECOMENDAÇÕES PARA O DIA DO EXAME E DÚVIDAS FREQUENTES 
 
▪ Qual material devo levar no dia do exame? 
 
Por questão de segurança, e se possível, leve dois vade-mécuns. Sim, dois 
vademécuns. Por que? Porque se o fiscal do exame encontrar algum grifo no seu 
Vade, ainda que não tenha sido feito intencionalmente, ele poderá entender que 
houve estruturação de peça e confiscar o seu material. Se eventualmente isto 
acontecer, mesmo que você esteja certo ou não, infelizmente perderá muito 
tempo tentando reverter essa situação. 
 
Por isso eu recomendo que você estude com dois vade-mécuns e grife/sublinhe 
apenas um deles, deixando o outro como reserva, sem grifos ou sublinhados. Foi 
exatamente isso que eu fiz e recomendo que você faça o mesmo! 
 
É obrigatório e extremamente necessário? Não. E a marca e o tipo do vade-
mécum? Bem, o ideal é que você escolha um de acordo com a sua preferência. 
Mas utilize ao menos um específico de Direito Tributário para não ter problemas 
desnecessários. 
 
▪ Devo fazer o rascunho da peça inteira antes transcrevê-la na folha de respostas? 
 
Minha recomendação é que não. Não faça o rascunho da sua peça inteira. Utilize 
a folha de rascunho para, tão somente, estruturar a sua peça, listando as teses e 
os artigos que serão colocados na peça quando você for redigi-la na folha de 
respostas. 
 
Mas por que? Caro aluno (a), entende que você possui apenas 5 (cinco) horas para 
realizar a sua prova. Acredite em mim, aposto que no fim do seu exame você ficará 
sabendo de alguém que teve que entregar a prova incompleta diante da falta de 
tempo por ter feito o rascunho inteiro. 
 
▪ O que eu faço primeiro: peça ou questões? 
 
Não existe uma regra para essa pergunta pois se trata de um aspecto muito 
subjetivo, variando de acordo com o desempenho de cada um. 
 
O que eu recomendo, pois foi o que eu fiz, e é o que a grande maioria dos 
professores recomendam, é: FAÇA PRIMEIRO A PEÇA PARA DEPOIS INICIAR AS 
QUESTÕES! O motivo para isso é que ela leva mais tempo e demanda mais esforço. 
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DO DIAGNÓSTICO 
 
Imagine que você está com febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas na 
pele e extremo cansaço. Você marca uma consulta, vai até o médico e, após ele realizar 
algumas perguntas, te dá o diagnóstico de dengue (que, posteriormente, é corroborado 
pelos devidos exames). 
 
Perceba que a ferramenta que o médico se utiliza para diagnosticar o problema é o 
questionamento. Com as respostas (no caso, sintomas), ele dá o devido diagnóstico. 
 
No seu Exame de Ordem, assim que você for elaborar a peça prático-profissional, a 
primeira coisa que você vai fazer é o diagnóstico! 
 
▪ Atenção: O diagnóstico é a etapa mais importante do seu exame. Ele possibilita 
que você faça uma análise completa do problema e, principalmente, não esqueça 
teses fundamentais. Por isso, é imprescindível a sua realização. 
 
 
 
O QUE É O DIAGNÓSTICO? 
 
O diagnóstico é um método devidamente testado, aprovado e consolidado há anos nos 
cursos preparatórios para a segunda fase do Exame de Ordem. 
 
Consiste em um formulário com 7 (sete) perguntas que devem ser respondidas na sua 
folha de rascunho, sobre o caso apresentado, antes de minutar a peça prático-
profissional. 
 
As respostas para essas perguntas serão a base da sua peça prático-profissional, onde 
constarão as informações mais importantes. Deste modo, é indispensável que você 
memorize exatamente cada uma dessas perguntas. 
 
 
 
ONDE FAZER ESSE DIAGNÓSTICO? 
 
Com o caderno de prova em mãos, quando for elaborar a sua peça, você irá escrever o 
referido formulário na folha de rascunho e, em seguida, o responder. 
 
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Após realizar o devido diagnóstico, você pode dar início, ainda na folha de rascunho, à 
estrutura da sua peça1. 
 
 
 
AS 7 QUESTÕES DO DIAGNÓSTICO 
 
As perguntas que você deve responder para colher todas as informações necessárias são: 
 
 
1. Quais são as partes? 
 
2. Qual é o endereçamento? 
 
3. É admissível a suspensão da exibilidade do crédito? 
 
4. Qual é o nome iuris da peça? 
 
5. Qual é o fundamento? 
 
6. Quais são as teses? 
 
7. Quais pedidos podem ser alegados? 
 
 
 
 
Caro aluno, entenda que cada pergunta do diagnóstico é um modelo a ser seguido 
independente da demanda que está sendo proposta, assim, em todas as peças processuais 
deveremos ter o mesmo raciocínio. 
 
 
 
 
1. Quais são as partes? 
 
O primeiro passo no nosso diagnóstico é anotar quem é o autor e quem é o réu da ação. 
 
1 Atenção: Já disse antes e ainda vou repetir algumas vezes, se você fazer o rascunho inteiro da sua peça 
para depois passar a limpo, você não terá tempo suficiente para fazer a prova de forma mais calma. Por 
isso, recomendo que você apenas
estruture a peça escrevendo as teses e tópicos que serão alegadas. 
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1.1 AUTOR 
A definição de quem é o autor da peça é importante, pois o preâmbulo das petições 
sempre deverá observar os requisitos constantes no art. 319, II do CPC, ou seja, a 
qualificação de cada uma delas: “A petição inicial indicará: II - os nomes, os prenomes, 
o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço 
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu”. Ainda, se o enunciado da 
questão não trouxer tais informações do autor, não invente! Caso contrário o avaliador 
poderá entender que houve identificação de peça e reprová-lo. Para melhor 
compreensão, nos termos do CPC a qualificação do autor deverá ser da seguinte forma: 
 
 
 
1.2 RÉU 
Da mesma forma como ocorre com o autor, é necessário também que se encontre o réu 
para que posteriormente possa ser feita a sua qualificação completa, nos termos do art. 
319, II do CPC. Porém como geralmente no polo passivo de uma demanda tributária 
figura uma Pessoa Jurídica de Direito Público, também se faz necessário a aplicação do 
art. 75 do mesmo Códex: “Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I - a 
União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II - 
o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III - o Município, por seu prefeito 
ou procurador; IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente 
federado designar; [...]”. Ainda, se a discussão versar sobre bitributação, ou seja, 
envolvendo dois entes federados distintos, deverá ser feito a qualificação dos dois. Para 
SE O AUTOR FOR PESSOA FÍSICA
• Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG sob o nº [...], e
inscrito no CPF sob o nº [...], residente e domiciliado à [...], nesta Cidade e Comarca de
[...], CEP [...], por meio do seu advogado que esta subscreve, procuração em anexo, com
endereço profissional localizado à [...], CEP [...], onde recebe intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência [...].
SE O AUTOR FOR PESSOA JURÍDICA
• Nome completo da pessoa jurídica, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ
sob o nº [...], com sede localizada à [...], nesta Cidade e Comarca de [...], CEP [...], por
meio do seu advogado que esta subscreve, procuração em anexo, com endereço
profissional localizado à [...], CEP [...], onde recebe intimações, vem respeitosamente
perante Vossa Excelência [...].
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melhor compreensão, nos termos do CPC a qualificação do réu deverá ser da seguinte 
forma: 
 
 
 
 
 
2. Qual é o endereçamento? 
 
Este é um dos pontos mais importantes no momento da realização do seu diagnóstico, 
uma vez que é aqui que você informará qual é o juízo competente para processar a sua 
demanda. A dica que eu te dou para que você possa definir qual será o juízo competente, 
é: observe qual é o tributo que o enunciado da questão está trazendo, uma vez que 
com isto já é possível definir qual é o ente político que tem competência sobre aquele 
tributo, bem como sobre qual será o juízo respectivo, Federal ou Estadual. Por exemplo, 
se a questão envolver tributos de competência da União, Autarquias e Empresas 
Públicas Federais, a competência será da Justiça Federal, conforme preceitua o art. 109, 
I da CF. 
 
Caso contrário, se a discussão versar sobre tributos de competência dos Estados ou dos 
Municípios, a justiça competente será da Justiça estadual, seja na Vara da Fazenda 
Pública (caso haja vara especializada), ou na Vara Cível (caso não haja). Apenas 
CUIDADO com um aspecto - essa regra de que é o tributo quem define qual é o juízo 
competente não é absoluta, ela visa apenas lhe ajudar no momento da realização da 
prova caso você se esqueça qual é o foro competente. 
 
O motivo que faz com que essa regra não seja absoluta, é porque em alguns casos, 
mesmo tratando-se de tributos de competência do Estado ou do Município, se for parte 
(seja como autora ou ré), a União, Autarquia ou Empresa Pública Federal, a competência 
será da Justiça Federal. Apenas a título de exemplo, no VII exame de ordem realizado 
após a unificação, a FGV trouxe uma questão informando que a Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos (ECT) recebeu uma notificação de lançamento para o pagamento 
do IPVA. Como a ECT goza de imunidade de acordo com o STF, mesmo se tratando da 
cobrança de um tributo Estadual, a ação deveria ser ajuizada na justiça federal, uma vez 
que a ECT é uma Empresa Pública Federal. FIQUE LIGADO!!! 
QUALIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO
• Ente Político (União, Estados, Distrito Federal ou Município), pessoa jurídica de direito
público, inscrita no CNPJ sob o nº [...], com sede localizada à [...], nesta Cidade e Comarca
de [...], CEP [...], sendo representada neste ato por seu representante legal, nos termos
do art. 75 do Código de Processo Civil.
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Outro detalhe importante, é que tanto na Justiça Federal quanto na Justiça Estadual é 
possível que o processo também seja endereçado para os juizados especiais, seja no 
Juizado Especial Federal ou no Juizado Especial da Fazenda Pública (Estadual). Porém 
nem todas as peças tributárias podem ser propostas nos juizados, uma vez que 
conforme o § 1º, I do art. 3º da Lei 10.259/2001, e o § 1º, I do art. 2º da Lei 12.153/2009, 
jamais poderão ser dirigidas a eles o mandado de segurança, os embargos à execução, 
bem como a exceção de pré-executividade. 
 
Ainda, é oportuno que você também saiba que para que o contribuinte possa se utilizar 
dos juizados, é necessário que ele cumpra alguns requisitos cumulativamente, quais 
sejam: 1. Ser pessoa física, microempresa ou EPP2; 2. A causa deverá ter valor inferior a 
60 salários mínimos. Caso o examinador esteja exigindo de você uma peça endereçada 
ao juizado, ele deixará claro esses dois requisitos! Por fim, salvo a execução fiscal e a 
exceção de pré-executividade que serão endereçadas ao juízo onde tramita a execução 
fiscal, todas as demais peças poderão ser propostas no domicílio do contribuinte, autor 
da demanda, nos termos do art. 51 e 52 do Código de Processo Civil. Com base nisso, a 
depender do tributo que está sendo discutido, o endereçamento poderá ser da seguinte 
forma: 
 
 
 
2 Nos termos do art. 3º da Lei Complementar 123/2006, considera-se como microempresa aquela que afere em cada ano-calendário 
receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Enquanto que EPP (empresa de pequeno porte), é 
aquela que aufere em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior 
a R$ 4.800.000,00 (quatro
milhões e oitocentos mil reais). 
• Justiça Federal: "Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal
da __ Vara Federal/Fazenda Pública, da Subseção Juidiciária
de __ Seção Judiciária do Estado __".
• Juizado Especial Federal: "Excelentíssimo Senhor Doutor
Juiz Federal do __ Juizado Especial Federal, da Subseção
Juidiciária de __ Seção Judiciária do Estado __".
TRIBUTOS FEDERAIS
• Justiça Estadual: "Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de
Direito da __ Vara Cível/Fazenda Pública da Comarca de __
Estado __".
• Juizado Especial da Fazenda Pública: "Excelentíssimo
Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial da Fazenda
Píblica da Comarca de __ Estado __".
TRIBUTOS 
ESTADUAIS/MUNICIPAIS
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3. É admissível a suspensão da exibilidade do crédito? 
 
Passado aquilo que nós chamamos de fase preambular (definição das partes e o 
endereçamento), você deverá verificar se o caso apresentado permite a suspensão da 
exibilidade do crédito. Entendam pessoal, mesmo que o contribuinte ingresse com uma 
ação solicitando a tutela jurisdicional para resolver uma situação no caso concreto, a 
mera proposição não tem a capacidade de fazer com que o crédito deixe de ser exigido 
pelo Fisco, que poderá, mesmo com a ação judicial em andamento, continuar cobrando 
o contribuinte. Por esta razão, é fundamental que também haja em sua peça uma forma 
de suspender a exibilidade deste crédito, uma vez que tal suspensão permite que a 
cobrança fiscal seja interrompida e não avance contra o contribuinte. 
 
O Fisco quando continua com a cobrança não está de modo algum tentando burlar o 
judiciário, mas sim ele é obrigado a continuar com o processo de cobrança, uma vez que 
se trata de um ato vinculado e não discricionário, deste modo, o Fisco não tem a 
faculdade de decidir se cobrará ou não o contribuinte, ele é obrigado a cobrar por dois 
motivos: 
 
▪ Porque está previsto em lei (ainda que posteriormente essa lei seja considerada 
inconstitucional/ilegal); 
 
▪ Porque os recursos arrecadados são indisponíveis e se reverterão, em tese, para 
o benefício de toda a sociedade. 
 
 
Deste modo, o Fisco apenas poderá deixar de utilizar os meios de cobrança quando 
houver uma decisão judicial determinando, seja por meio da suspensão provisória deste 
crédito ou pelo seu cancelamento definitivo. Nos termos do art. 151 do CTN, poderá 
haver a suspensão da exibilidade do crédito tributário nos seguintes casos: “Suspendem 
a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante 
integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de 
segurança; V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras 
espécies de ação judicial; VI – o parcelamento”. 
 
Pela leitura do artigo, observamos claramente que no processo judicial poderão haver 
até 3 formas de suspensão da exibilidade do crédito tributário, sendo: 
 
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▪ Com base nestas 3 espécies de suspensão da exibilidade do crédito qual delas você 
acredita ser a mais benéfica ao contribuinte? 
 
Certamente que as duas últimas são mais vantajosas que a primeira, uma vez que nelas 
o contribuinte não precisa realizar o depósito de qualquer valor. Na próxima aula deste 
e-Book trataremos a respeito da concessão da medida liminar no mandado de segurança 
(art. 151, IV do CTN), por enquanto vamos falar um pouco mais a respeito da suspensão 
da exibilidade do crédito por meio da concessão de tutela antecipada, conforme 
determina o art. 151, V do CTN. 
 
Primeiramente, um ponto fundamental que você precisa entender é que o Processo 
Tributário permite a utilização das tutelas provisórias do Código de Processo Civil, sejam 
elas de urgência ou evidência (art. 294 do CPC). A tutela provisória, como o próprio 
nome já dá a entender, não produz coisa julgada, sendo apenas uma decisão 
momentânea que será substituída por uma decisão definitiva (sentença), mas que visa 
garantir de forma antecipada o gozo de alguns efeitos que só seriam obtidos ao final do 
processo, como o que ocorre com a suspensão da exibilidade do crédito tributário. A 
primeira espécie de tutela que nós veremos é a tutela de urgência, nos termos do art. 
300 do CPC para que elas possam ser concedidas, é necessário que seja demostrado de 
modo claro a verossimilhança das alegações, ou seja, a probabilidade do direito do autor 
(fumus boni iuris), bem como o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo 
(periculum in mora), e por fim a reversibilidade dos efeitos da decisão. Nos termos do § 
3º do art. 300 do CPC: “A tutela de urgência de natureza antecipada não será 
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão”. A tutela 
provisória de urgência poderá ser: 
 
1. Cautelar: ela é utilizada para proteger o resultado útil do processo, uma vez 
que aqui há o risco de perecimento, exp.: caso um determinado Município possua 
um crédito para ser executado, porém verifica que o contribuinte devedor está 
CAUSAS DE SUSPENSÃO DA EXIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
• O depósito do montante integral, art. 151, II do CTN;
• A concessão de medida liminar no mandado de segurança, 
art. 151, IV do CTN;
• A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, 
aart. 151, V do CTN.
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alienando todos os seus bens, tornando-se insolvente para não pagar suas dívidas 
tributárias. Esta hipotética situação, não se trata de um caso de fraude, uma vez 
que a execução fiscal sequer foi iniciada. Deste modo, o Fisco Municipal poderá se 
utilizar dessa cautelar fiscal para evitar que o contribuinte não pague seus tributos 
(somente o Fisco tem competência para propor esta cautelar fiscal, nos termos da 
Lei 8.397/92). Percebam que o objetivo aqui é, única e exclusivamente, proteger 
o processo. Ainda, a tutela provisória de urgência poderá ser; 
 
2. Antecipada (satisfativa): porém para que ela possa ser concedida é necessário 
que os seus efeitos sejam reversíveis, uma vez que o seu principal objetivo é 
adiantar os efeitos que seriam obtidos apenas ao final da ação, exp.: Pedro 
Malaquias está sendo notificado pelo Fisco Estadual para que efetue o pagamento 
do seu tributo tempestivamente. Caso Pedro não efetue o pagamento no prazo 
legal, o Fisco irá inscrever seu débito em dívida ativa e Pedro passará a ter uma 
certidão positiva de débitos. Assim, Pedro poderá por meio de uma tutela 
provisória de urgência em caráter antecipado solicitar ao juiz para que antecipe os 
efeitos da ação, e não o inscreva em dívida ativa. Assim, o intuito aqui não é 
proteger o processo e sim adiantar o resultado que seria obtido apenas no final. É 
justamente esta tutela que tem o condão de suspender a exibilidade do
crédito 
tributário, nos termos do art. 151, V do CTN. 
 
Ainda em relação as tutelas provisórias de urgência, tanto as concedidas em caráter 
cautelar quanto as antecipadas podem ser requeridas em pedido incidental (são 
solicitadas dentro da própria petição, não havendo outra peça apartada); bem como de 
forma antecedente (quando o contribuinte não quer discutir o mérito da ação, mas 
apenas obter a liminar, e posteriormente ajuizar a lide), nos termos do art. 303 do CPC: 
“Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição 
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido 
de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de 
dano ou do risco ao resultado útil do processo. § 1º Concedida a tutela antecipada a 
que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a 
complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a 
confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior 
que o juiz fixar”. 
 
Assim, havendo a concessão da tutela provisória de forma antecedente o contribuinte 
deverá posteriormente aditar a inicial com a finalidade de discutir de fato o mérito, seja 
por meio da ação declaratória ou anulatória. 
 
Por fim, a outra espécie de tutela provisória que nós temos no Código de Processo Civil 
é a tutela de evidência, que está prevista no art. 311 do CPC: “A tutela da evidência 
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será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco 
ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de 
defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato 
puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. III - se tratar de pedido 
reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, 
caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação 
de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos 
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida 
razoável”. 
 
Como se vê, diferentemente das demais espécies de Tutela Provisória, a Tutela de 
Evidência é uma tutela “não urgente”, porque não exige demonstração do perigo de 
dano (periculum in mora), baseando-se unicamente na Evidência, isto é, num juízo de 
probabilidade, na demonstração documental suficiente dos fatos constitutivos do 
direito do Autor, ou seja, uma espécie de fumus boni iuris de maior robustez3. Para que 
ela possa ser concedida, as afirmações apresentadas deverão ser evidentes, ou seja, não 
poderão deixar margem de dúvida. Diferentemente do que ocorre com as tutelas 
provisórias de urgência (cautelar ou antecipada), a tutela provisória de evidência só 
poderá ser requerida em caráter incidental (são solicitadas dentro da própria petição, 
não havendo outra peça apartada). 
 
Outro ponto relevante é o § único do art. 311 do CPC ressalta que: “Nas hipóteses dos 
incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente”. Isso significa que as hipóteses dos 
incisos I e IV somente podem ser concedidas pelo juiz após a apresentação de defesa 
pelo Réu, até porque não há como verificar a ocorrência de abuso de direito de defesa 
ou dúvida sobre as provas apresentadas pelo autor sem que o Réu tenha se manifestado 
nos autos. 
 
▪ Mas Renan, qual das duas tutelas provisórias eu peço? 
 
Caro aluno, se a sua prova trouxer uma questão que preencha todos os requisitos tanto 
para a urgência quanto para a evidência, peça as duas!! Caso contrário, analise o 
enunciado da questão e verifique qual é a intenção do contribuinte, proteger o processo 
ou adiantar os seus efeitos (tutela provisória de urgência), ou apenas demonstrar, por 
meio de documentos, os fatos constitutivos do seu direito (tutela provisória de 
evidência). A seguir, um quadro-esquema para você entender melhor como funcionam 
as tutelas provisórias no Código de Processo Civil. 
 
 
3 BODART, Bruno Vinícius da Rós. Tutela de Evidência – Teoria da cognição, análise econômica do direito processual e comentários 
sobre o novo CPC. 2ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. p. 175. 
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Havendo então a suspensão da exibilidade do crédito por meio da concessão de tutela 
antecipada, seja ela de urgência (cautelar ou antecipada), ou evidência, o Fisco ficará 
provisoriamente impedido de avançar com a cobrança tributária sobre o contribuinte. 
Isso é tão importante pessoal, que o contribuinte poderá inclusive retirar certidão 
positivo de débito fiscal, porém com efeitos negativos. 
 
▪ Mas o que significa isso? 
 
Nos termos do art. 205 do CTN, uma certidão negativa (CND) busca atestar que o 
contribuinte não possui débitos tributários com o Fisco. Por sua vez a certidão positiva 
(CDA), visa informar que o contribuinte possui pendências com o Fisco. A concessão de 
uma tutela antecipada suspendendo a exibilidade do crédito, permite que o contribuinte 
retire uma certidão positiva com efeito de negativa (CPEN), ou seja, um meio termo 
entre as duas, atestando que ele possui débitos (positiva), mas que a exibilidade deles 
está suspensa (efeito de negativa). Embora isso pareça apenas um detalhe, nos termos 
do art. 206 do CTN, o contribuinte que possua uma certidão positiva com efeito de 
negativa terá os mesmos direitos daquele que possui uma certidão negativa, podendo, 
por exemplo, participar de licitação com a administração pública: “Art. 206. Tem os 
mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de 
créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a 
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa”. 
 
TUTELA 
PROVISÓRIA 
(art. 294 a 311) 
TUTELA DE 
URGÊNCIA 
(art. 300 a 310)
ANTECIPADA
(antecedente ou 
incidental) 
art. 300 a 304
CAUTELAR
(antecedente ou 
incidental) 
art. 305 a 310
TUTELA DE 
EVIDÊNCIA 
(art. 311)
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▪ Renan, mas e se o juiz não conceder nenhuma das tutelas, o que fazer? 
 
Como eu ressaltei para vocês no início, se eventualmente o magistrado entender que os 
pressupostos para a concessão da tutela provisória ou da liminar no mandado de 
segurança não foram cumpridos, a outra possibilidade que nós temos de suspender a 
exibilidade do crédito tributário é por meio do depósito do montante integral, art. 151, 
II do CTN. O depósito não é uma exigência obrigatória, e sim uma faculdade que o 
contribuinte tem, mas caso seja realizado, ela suspende de imediato a exibilidade
do 
crédito, não havendo discricionariedade para que o juiz aceite ou não, ele é obrigado a 
suspender. Mas atente-se a um detalhe, de acordo com a Súmula 112 do STJ, é 
necessário que o depósito seja realizado em seu montante integral e em dinheiro, caso 
contrário não haverá a suspensão: “O depósito somente suspende a exigibilidade do 
crédito tributário se for integral e em dinheiro”. 
 
 
▪ Mas e na hora da prova, o que eu peço? 
 
Para efeito de prova é preciso que primeiramente você verifique se o caso apresentado 
pela banca permite a suspensão da exibilidade do crédito tributário. Caso seja possível, 
após a alegação das teses (matérias de mérito), abra um novo tópico e explique a 
respeito da concessão da referida tutela, seja em caráter de urgência (cautelar ou 
antecipada), ou evidência. Ao final, faça outro tópico e informe que caso a tutela 
provisória não seja deferida, que subsidiariamente seja concedido um prazo para que o 
contribuinte efetue o depósito do montante integral, visando com isto também 
suspender a exibilidade do crédito de uma forma ou de outra. Embora isto soe de modo 
confuso, logo veremos a aplicação disso em algumas peças para a sua melhor 
compreensão! 
 
 
 
 
4. Qual é o nome iuris da peça? 
 
Após a qualificação completa do autor, a designação do endereçamento e a 
possibilidade ou não de suspensão da exibilidade do crédito, o próximo passo é 
indicarmos o respeito verbo, bem como o nome iuris da peça. Com as perguntas 
anteriores devidamente respondidas, já é possível saber a peça que está sendo cobrada. 
 
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Assim, basta anotá-la no seu formulário do diagnóstico. 
 
Por ora a identificação das peças pode parecer um “bicho de sete cabeças” para você, 
mas te garanto que, quando começarmos a estudar as peças em espécie, isso ficará 
muito mais claro para você! 
 
Além daquelas peças principais já descritas anteriormente, outras peças utilizadas no 
direito tributário são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, depois de definido qual será a peça prático-profissional exigida, outra 
característica importante que você precisa anotar no seu diagnóstico é nomenclatura 
utilizada para designar as partes, bem como qual será o verbo utilizado para aquela 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTENCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL 
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
MANDADO DE SEGURANÇA
RECURSO DE APELAÇÃO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
OBS.: no caso de pedido de tutela provisória ou liminar, adicione esta informação no nome iuris da 
peça, exp.: ação anulatória de débito fiscal c/c pedido de tutela provisória de urgência ou 
evidência. 
 
 
 
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ação. Nas petições em geral e na ação declaratória, anulatória, repetição de indébito e 
consignação em pagamento, os termos utilizados são autor, réu e PROPOR. Já nos 
embargos à execução nós temos o embargante, o embargado e o verbo é OPOR. Na 
exceção de pré-executividade há a figura do excipiente, excepto e o verbo é 
OFERECER/ARGUIR. Ainda, no Mandado de Segurança os termos a serem utilizados são 
impetrante, autoridade impetrada e o verbo é IMPETRAR. Por fim, nos recursos em 
geral, como a apelação e o agravo de instrumento utiliza-se apelante/agravante, 
apelado/agravado e os verbos utilizados serão respectivamente INTERPOR/OPOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Qual é o fundamento? 
 
Toda e qualquer ação tributária possui um fundamento legal que a justifique, sendo 
assim, cada uma das peças trabalhadas neste e-Book possui o seu respectivo 
•Petições em geral
• Ação Declaratória
• Ação Anulatória
• Repetição de indébito
• Consignação em pagamento 
PROPOR
• Embargos à execução OPOR
• Exceção de pré-executividade OFERECER
ARGUIR
• Mandado de Segurança
IMPETRAR
• Recurso de Apelação
• Agravo de instrumento
INTERPOR
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fundamento normativo, conforme veremos adiante. Com exceção dos fatos, tudo aquilo 
que você utilizar na sua peça deverá possuir um fundamento na Lei, isso é importante, 
porque parte daquilo que o seu avaliador analisará no momento da correção da sua 
prova, é se você realizou de modo correto a subsunção, ou seja, enquadrando um caso 
concreto à norma legal. A seguir, um exemplo de fundamento utilizado em uma peça: 
 
 
 
 
 
 
 
6. Quais são as teses? 
 
Essa é a questão é a mais importante do seu diagnóstico, uma vez que é aqui que você 
irá mencionar quais serão as teses que você alegará na peça, assim como é aqui que 
você aplicará todos os seus conhecimentos a respeito do direito material, ressaltado 
quais foram as ilegalidades que o Fisco cometeu. 
 
Após a descrição resumida dos fatos que levaram o contribuinte a solicitar a prestação 
jurisdicional, é importante que você inaugure suas teses explicando os motivos que 
justificam a utilização da peça escolhida, para que assim o avaliador perceba de 
antemão que você entendeu o que ele pediu. 
 
Sempre pessoal, absolutamente sempre, o enunciado da questão trará situações 
cometidas pelo Fisco que culminaram na lesão de algum direito do contribuinte. Cada 
tese defensiva deverá ser desenvolvida em um tópico específico (nomear e citar artigos 
correspondentes que especificam quais direitos do contribuinte foram lesados), não há 
segredos, siga um raciocínio lógico, unindo os fatos apontados no enunciado da questão 
e os termos da lei. 
 
O ideal é que cada tópico possua 3 parágrafos que serão divididos da seguinte forma: 
 
 
 
 
(Qualificação completa, conforme tópico anterior), vem a presença de Vossa Excelência,
com fulcro no art. 16 da Lei de Execuções Fiscais, e os arts. 318 e 319 do Código de
Processo Civil, tempestivamente opor EMBARGO À EXECUÇÃO FISCAL, pelas razões de
fato e de direito a seguir expostas.
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Exemplo: 
 
Conforme prevê a Súmula 160 do STJ, é proibido ao Município atualizar 
o IPTU em percentual superior ao índice oficial de correção monetária 
por meio de Decreto. 
 
No caso em tela, o Município de Impostômetro por meio do Decreto 
ABC/1234, estabeleceu uma alíquota de IPTU em percentual superior 
aos índices oficiais de correção monetária. 
 
Deste modo, observa-se uma clara afronta tanto ao posicionamento 
dos Tribunais Superiores quanto da Constituição, uma vez que tal 
acréscimo na alíquota resultou não apenas na atualização do
valor, 
mas em uma majoração aos contribuintes. Deste modo, tal Decreto é 
considerado inconstitucional, uma vez a legislação brasileira é clara ao 
estabelecer que o IPTU só poderá ser majorado por meio de lei, e não 
por meio de Decreto. 
 
 
 
 
7. Quais pedidos podem ser alegados? 
 
Aqui se encontra a parte final do nosso diagnóstico. É importante que os pedidos sejam 
enumerados e que cada um deles seja um resumo com o fundamento e o objetivo 
central de cada tese, devendo, portanto, cada um deles ser certo e determinado. Os 
1º Parágrafo: apresente a norma legal. Não é
necessário a transcrição literal do artigo, o mais
recomendado é comentar o conteúdo do
dispositivo.
2º Parágrafo: descreva resumidamente o caso
com as suas palavras.
3º Parágrafo: conclua o parágrafo fazendo a
subsunção do fato à norma, ou seja, faça uma
ligação entre a previsão legal e a lesão sofrida no
caso concreto.
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pedidos podem variar a depender da peça que você estará redigindo, no entanto, alguns 
pedidos são comuns a todas as peças, vamos visualizar cada um deles: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIANTE DO EXPOSTO, REQUER-SE:
• A - A concessão da tutela provisória de urgência suspendendo a exibilidade do crédito,
nos termos do art. 151, V do CTN; uma vez que conforme o art. 300 do CPC estão
presentes todos os requisitos (probabilidade do direito, perigo de dano e reversibilidade
da medida);
• B - Caso a tutela não seja concedida, solicite-se que V. Ex., confira um prazo suficiente
para que o autor faça o depósito integral do montante devido, para que assim ocorra a
suspensão da exibilidade do crédito, nos termos do art. 151, II do CTN e Súmula 112 do
STJ;
• C - Proceda a citação do réu no endereço indicado para que, querendo, apresente as
razões de estilo e compareça à audiência, nos termos do art. 319, VII do CPC;
• D - Que seja julgado procedente in totum a presente ação, visando declarar a
inexistência/existência da relação jurídica tributária (citar e nomear as teses
resumidamente);
• E - Condenação do réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios,
nos termos do art. 82 e 85 do CPC;
• F - Pugna-se provar o alegado por todas as provas em direito admitidas, nos termos do
art. 319, VI do CPC;
• G - Caso as condições econômicas do contribuinte permitam, solicite a concessão do
benefício da assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei 1.060/50, bem como do art.
98 do Código de Processo Civil e o art. 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988.
Dito então cada uma das características que estruturam 
as ações no processo tributário, passeamos agora a 
analisar cada uma das peças. VAMOS LÁ!! 
 
 
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ASPECTOS GERAIS DO PROCESSO TRIBUTÁRIO 
Antes de adentrarmos especificamente em cada uma das peças, é preciso que você saiba 
que o processo tributário não possui um procedimento próprio, por esta razão seus 
atos observam tanto normas específicas, como a Lei do Mandado de Segurança e a Lei 
de Execução Fiscal; bem como normas gerais como o Código de Processo Civil. Contudo, 
não é porque o Processo Tributário segue alguns ditames do Código de Processo Civil, 
que todos os institutos serão obrigatoriamente semelhantes. 
 
Por exemplo, tanto no Processo Cível quanto no Processo Tributário a ação pode ser de 
conhecimento ou de execução, porém, pela regra, quem promove a ação de execução 
no Processo Tributário é sempre a Fazenda Pública (Municipal, Estadual, Distrital ou 
Federal), por meio da obtenção de um título executivo extrajudicial. Assim, precisamos 
entender que o processo tributário não se perfaz apenas na execução fiscal, cabendo 
também a propositura de ações de conhecimento, seja pelo: 
 
▪ Rito comum: conforme determina o art. 318 do CPC, seja por meio da ação 
declaratória, ação anulatória, ação de repetição do indébito; 
 
▪ Rito especial, como o mandado de segurança, ação de consignação em 
pagamento; embargos de terceiro. 
 
Todas estas ações estão dentro daquilo que em direito tributário chamamos de processo 
subjetivo. Para que no momento da realização da sua prova você possa identificar qual 
peça o examinador está exigindo, é imprescindível que você verifique em qual fase o 
caso se encontra, ou seja, pré-processual, processual ou pós-processual. Dito isto, 
basicamente você também precisa entender que o seu cliente, o contribuinte 
propriamente dito, na maioria das vezes busca a mesma coisa – alegar que um 
determinado tributo é indevido. 
 
Assim, embora existam várias peças processuais dentro da seara tributária, todas 
buscam atingir este mesmo resultado prático. Tenha sempre em mente pessoal que o 
que geralmente motiva um contribuinte a buscar a tutela jurisdicional é a existência 
desse litígio tributário, ou ainda a impossibilidade de solução desse problema fiscal na 
seara administrativa. A seguir, eu vou passar para vocês de forma genérica qual é a 
estrutura básica de todas essas peças processuais, bem como ensinarei como você 
resolverá cada uma delas, VENHA COMIGO!! 
 
 
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1. ASPECTOS GERAIS 
 
Nas ações que tramitam pelo rito comum, utilizamos como fundamentação os arts. 318 
e 319 do Código de Processo Civil. Porém tais fundamentações não são utilizadas no 
Mandado de Segurança (MS), como por exemplo, solicitação de provas ou audiência de 
conciliação. Isso ocorre, pois o mandado de segurança é uma espécie de petição inicial 
que além de possuir algumas nuâncias a mais, também tem um rito especial de 
tramitação. Para que um MS possa ser utilizado como peça defensiva, é necessário que 
o contribuinte possua um direito líquido e certo e esteja sofrendo uma lesão ou ameaça 
a este direito. 
 
O mandado de segurança nada mais é do que uma medida de controle de poder, que 
visa limitar a discricionariedade da autoridade administrativa, para
que não cometa 
abusos ou excessos de poder. Assim, seu principal objetivo é emitir uma ordem contra 
a autoridade coatora, para que cesse sua ação abusiva, podendo tal determinação ser 
um fazer, não fazer, ou ainda ser a entrega de alguma coisa. O MS é uma ação menos 
custosa (não gera custos e não comporta condenação em honorários), mais célere e que 
possui preferência na tramitação. 
 
Tal peça tem como fundamentação legal o art. 5°, LXIX da CF/88, que estabelece: 
“Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade 
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público”; bem como o art. 1° da Lei 12.016/09 (Lei do mandado de 
segurança): “Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou 
com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo 
receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais 
forem as funções que exerça”. Além de ser considerada uma ação de rito especial, o MS 
também possui o condão de ser um remédio constitucional, ou seja, uma ação 
constitucional. Dito isto, cumpre ressaltar que de todos os remédios previstos no art. 5° 
da CF/88, o MS é um dos remédios mais utilizadas no que tange ao direito tributário. 
 
A respeito do seu cabimento, esta peça pode ser facilmente confundida com a ação 
declaratória ou a anulatória (conforme veremos adiante), uma vez que sempre que 
couber a impetração de um MS, ao mesmo tempo também poderá ser proposta uma 
ação declaratória ou anulatória pelo rito comum. Para que você possa diferenciar uma 
da outra, basta que você descubra o que o contribuinte busca com aquele pedido. Ainda, 
para que o MS possa ser utilizado, é necessário que sejam cumpridos 4 requisitos 
cumulativamente: 
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Um ponto extremamente importante que você precisa saber a respeito do MS, é que 
ele possui um prazo certo. Nos termos do art. 23 da Lei 12.016/2009: “O direito de 
requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, 
contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado”. Assim, o MS deve ser 
requerido dentro do prazo de 120 dias contados da ciência do ato coator. Caso o 
contribuinte não utilize o MS dentro do prazo estipulado, ele não poderá mais pleitear 
o seu direito por meio do MS, contudo, ele ainda poderá socorrer as demais ações do 
rito comum, como por exemplo a ação declaratória ou anulatória. 
 
Outro aspecto relevante desta espécie de ação, é que existem algumas situações que 
não podem ser intentadas por meio do Mandado de Segurança, como por exemplo a 
proibição do art. 5° da Lei 12.016/2009: “Não se concederá mandado de segurança 
quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, 
1. Ato de autoridade: a autoridade coatora
sempre deverá ser designada pelo cargo
público exercido, e nunca pelo seu nome
pessoal, isso ocorre pois o MS é feito contra
a autoridade e não contra a pessoa, exp.:
fiscal de rendas, auditor, delegado da
receita, chefe do departamento municipal de
tributos e arrecadação, etc. O dano ao
contribuinte deverá ser causado por esta
autoridade.
2. Lesão ou ameaça de lesão: em muitos casos
a lesão já poderá ter ocorrido antes da
propostira do MS, exp.: autoridade já notificou
o contribuinte sobre a cobrança do tributo
vencido, neste caso teremos um MS repressivo.
Bem como tal lesão ainda poderá estar em vias
de acontecer, neste caso o MS é preventivo,
servindo apenas para prevenir tal ameaça, exp.:
autoridade notificou o contribuinte sobre a
cobrança de imposto futuro.
3. Direito líquido e certo: é aquele
direito evidente, que se demonstra
de plano e não requer dilação
probatória, como se fosse uma
espécie de tutela de evidência.
4. Não amparado por outra remédio: o MS é
uma garantia/remédio mais amplo e por esta
razão ele é residual, podendo ser utilizado
apenas quando não couber habeas corpus
(vissa garantir a liberdade), habeas data
(vissa garantir o direito à informação), ou
ainda mandado de injunção (visa reconhecer
a mora legislativa para regulamentar um
direito que não pode ser exercido sem lei).
OBS.: só há uma dilação probatória permitida no MS, e ela está especificada no art. 6°, § 1° 
da Lei do MS: “No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em 
repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-
lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse 
documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, 
o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda 
via da petição”. 
 
 
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independentemente de caução; II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo (não se utiliza o MS contra ato praticado pelo juiz no processo, e sim usa-se 
os recursos, exp.: agravo de instrumento e apelação; o MS só é cabível quando não 
houver recurso); III - de decisão judicial transitada em julgado” (para isto utiliza-se a 
ação rescisória, conforme determina a Súmula 268 do STF). 
 
A mesma proibição ocorre nos casos de lei “em tese”, conforme determina a Súmula 
266 do STF: “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”. É considerado como 
Lei em tese aquele dispositivo normativo abstratamente considerado, ou seja, é uma lei 
que ainda não incidiu ou ainda não gerou efeitos no mundo concreto. Assim, para que 
o MS possa ser utilizado é necessário que tenhamos um ato coator concreto, exp.: se o 
Presidente da República criar um determinado tributo por meio de medida provisória, 
contra este tributo não poderá ser utilizado o MS, uma vez que existem ações específicas 
que visam discutir essas situações de “lei em tese” (ADIM, ADECON e ADPF – estas são 
ações de controle de constitucionalidade utilizadas para situações abstratas e não 
concretas). 
 
Para que um determinado ato lesivo possa ser cessado por meio do MS é necessário que 
ele esteja prejudicando pessoas especificas e não apenas de forma geral. Ainda sobre 
as proibições do MS, estabelece a Súmula 269 do STF que: “O mandado de segurança 
não é substitutivo de ação de cobrança”. Deste modo, o MS também não tem 
competência para substituir a repetição de indébito, uma vez que o MS visa afastar um 
ato coator e não possibilitar o recebimento por parte do contribuinte. Ainda, a Súmula 
101 do STF estabelece a última proibição do MS: “O mandado de segurança não 
substitui a ação popular”4. Por outro lado, existem situações que podem ser solicitadas 
por meio do Mandado de Segurança, sendo proibido apenas a concessão de medida 
liminar, conforme determina o § 2º do art. 7° da Lei 12.016/2009: 
 
 
“§ 2° Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação 
de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes
do 
exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão 
de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza”. 
 
 
Deste modo o artigo é claro ao estabelecer que naqueles respectivos assuntos fica 
vedada a concessão de liminar, contudo elas ainda poderão ser pleiteadas por meio do 
 
4 A Ação Popular é uma espécie de ação utilizada para anular um ato lesivo praticado contra o patrimônio público e visa indenizar 
ou reparar o erário. Sendo assim, sua principal finalidade é devolver recursos aos cofres públicos, fazendo com que ele volte ao 
status quo ante por meio de uma tutela condenatória de devolução de dinheiro. 
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MS. No que tange a sua classificação o Mandado de Segurança poderá ser de duas 
formas, variando conforme o momento da ocorrência do ato coator: 
 
 
 
Por fim, o último aspecto que veremos em relação ao Mandado de Segurança diz 
respeito a sua legitimidade ativa, ou seja, quem poderá impetrar este remédio 
constitucional. Em termos de prova da segunda fase da OAB, você só precisa entender 
que o MS poderá ser individual ou coletivo, variando de um para outro conforme a 
quantidade de diretos que se pleiteia, e não pelo número de pessoas. 
 
I. Mandado de Segurança individual: qualquer pessoa natural ou jurídica poderá 
pleitear um MS individual. É chamado de individual, pois aqui o MS visa defender 
apenas direito próprio em nome próprio, ainda que haja mais de uma pessoa 
(litisconsórcio). Assim, mesmo havendo mais de um sujeito ativo ainda assim é 
considerado como individual, pois cada um deles estará defendendo apenas o seu 
próprio direito, e não o direito da coletividade. 
 
II. Mandado de Segurança coletivo: esta espécie de MS é utilizada quando em 
nome próprio defende-se direito alheio. Tal situação é chamada pelo STF de 
substituição processual – acarretando efeitos inter partes, ou seja, apenas entre 
os indivíduos envolvidos na ação. Mas é preciso que você saiba, não é qualquer 
pessoa que tem legitimidade para requerer um Mandado de Segurança Coletivo, 
conforme bem determina o art. 5°, LXX da CF: “O mandado de segurança coletivo 
MANDADO DE SEGURANÇA REPRESSIVO
• Esta epécie de MS é pleiteada quando o ato ou a lesão já ocorreu, ou seja aqui o direito
já foi negado. Ao afirmar de modo genérico no preâmbulo da peça apenas como
Mandado de Segurança, subentende-se que seja o repressivo. Ainda, somente ele
comporta o prazo de 120 dias, uma vez que o MS preventivo não respeita esse limite,
pois a lesão ainda não ocorreu. Ainda, de acordo com a Súmula 632 do STF: "É
constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de
segurança". Na prática, o MS repressivo é cabivel nas mesmas hipóteses da ação
anulatória.
MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO
• Esta epécie de MS é pleiteada quando houver apenas a ameaça de lesão a um direito,
ou seja, aqui não houve a negação do direito ainda. Na prática, o MS preventivo é cabivel
nas mesmas hipóteses da ação declaratória.
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pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; b) organização sindical, entidade de classe (OAB) ou associação 
legalmente constituída (confederação nacional das indústrias e etc) e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados”. 
 
Ainda neste sentido, nos termos do art. 21 da 12.016/2009: “O mandado de 
segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação 
no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus 
integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo 
menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de 
parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que 
pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo 
podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria 
de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica 
básica (caro aluno, para que você entenda esse dispositivo você precisa saber que 
existem 3 espécies de direitos coletivos, quais sejam os direitos coletivos 
propriamente ditos, os direitos difusos e os direitos individuais homogêneos5. 
 
 A Lei 12.016/2009 determina que não é cabível o MS coletivos apenas no que 
tange aos direitos difusos, ou seja, aplica-se o MS apenas aos direitos coletivos e 
os individuais homogêneos. Isso ocorre, pois nos direitos difusos não há como 
estabelecer um vínculo entre os indivíduos, embora eles estejam ligadas por 
algum fato); II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, 
os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da 
totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante”. Por outro 
lado, os direitos coletivos são uma espécie de direito indivisível que pertence a 
uma categoria de pessoas com um vínculo entre elas. Por fim, os direitos 
individuais homogêneos são uma espécie de direito divisível, mas comum a 
diversas pessoas. 
 
 
 
5 O art. 81 do CDC, também faz uma definição da diferença entre direitos coletivos e direitos individuais homogêneos: “A defesa 
dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. 
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para 
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de 
natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum”. 
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Independentemente de ser um MS individual ou coletivo ele ainda poderá variar quanto 
a sua classificação, ou seja, poderá ser por exemplo um MS coletivo repressivo ou 
preventivo, e vice e versa. 
 
 
 
2. ESTRUTURA DA PEÇA 
 
I. ENDEREÇAMENTO: aqui a competência será fixada em função da autoridade coatora, 
ou seja, se a lesão ou ameaça ao direito ocorrer por meio de um tributo Federal, a 
autoridade que analisará a questão será Federal, se for
Estadual ou Municipal da mesma 
forma. No entanto, algumas matérias permitem que o MS seja pleiteado diretamente 
no STF, conforme determina o art. 102, I “d” da CF: 
 
 
“Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: d) o habeas 
corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o 
mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, 
das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas 
da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal 
Federal”. 
 
 
Ainda, a alínea “r” do mesmo dispositivo assevera que caberá o MS diretamente ao STF 
nas: “as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do 
Ministério Público”. Da mesma forma, a Constituição também destaca no art. 105, I “b” 
que algumas situações permitirão a impetração de MS diretamente no STJ: 
 
 
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: 
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, 
dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio 
Tribunal”. 
OBS.: o MS coletivo sempre será uma exceção, guarde isto! Por esta razão, caso sua prova traga 
um caso em que é cabível um MS coletivo, é importante que você crie também um tópico 
informando a legitimidade para se pleitear tal MS, uma vez que conforme já foi ressaltado, não 
é qualquer pessoa natural ou jurídica que poderá utilizá-lo. 
 
 
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Nos casos legais em que o MS precisa ser impetrado diretamente nos tribunais, caso ele 
seja negado, não caberá apelação (art. 14 da Lei 12.016/09), mas sim RECURSO 
ORDINÁRIO, conforme determina o art. 18 da mesma Lei: “Das decisões em mandado 
de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e 
extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem 
for denegada”. Bem como o art. 105, II “b” da CF/88: “Compete ao Superior Tribunal 
de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: b) os mandados de segurança decididos em 
única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do 
Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão”. Fique ligado, pois foi 
justamente essa a peça cobrada no XXVIII Exame da OAB. 
 
Ainda, se a autoridade coatora seja um juiz, o MS será impetrado no próprio tribunal em 
que o magistrado esteja vinculado, caso seja um processo do juizado especial, a 
impetração do MS será feita na Câmara Recursal. Por outro lado, sendo alguma matéria 
de competência da Justiça Federal, o MS seguirá os ditames do art. 109, VIII da CF: “Aos 
juízes federais compete processar e julgar: VIII - os mandados de segurança e os 
habeas data contra ato de autoridade federal (exp.: Reitor de Universidade Federal, 
delegação do Ministério da Educação), excetuados os casos de competência dos 
tribunais federais”. Por fim, se a lesão ou ameaça for cometida por um juiz Federal, a 
competência para julgar o MS será no Tribunal Regional Federal que ele esteja 
vinculado. 
 
Sei que são muitas regras pessoal, mas para facilitar sua vida, utilize o critério da 
exclusão, ou seja, se o MS não for de competência de nenhuma das autoridades 
anteriores, de forma residual ele será de competência da Justiça Estadual. Há outra dica 
que pode te ajudar a lembrar dessas regras de competência, e ela está no art. 20 da Lei 
9.507/97 (Lei do Habeas Data), especificando a mesma ordem a ser seguida no MS: 
 
 
“O julgamento do habeas data compete: I - originariamente: a) ao Supremo 
Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do 
Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; b) ao 
Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio 
Tribunal; c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou 
de juiz federal; d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os 
casos de competência dos tribunais federais; e) a tribunais estaduais, segundo o 
disposto na Constituição do Estado; f) a juiz estadual, nos demais casos; II - em 
grau de recurso: a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória 
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for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores; b) ao Superior 
Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos 
Tribunais Regionais Federais; c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a 
decisão for proferida por juiz federal; d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito 
Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que 
organizar a Justiça do Distrito Federal; III - mediante recurso extraordinário ao 
Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição”. 
 
 
 
II. NÃO UTILIZAR EPÍGRAFE: não colocar autos de processo nº [...]. 
 
 
 
III. NOMENCLATURA UTILIZADA: impetrante (pode ser uma pessoa física e jurídica) + 
advogado (aqui diferentemente do Habeas Corpus precisa obrigatoriamente de um 
advogado); autoridade impetrada/coatora + pessoa jurídica de direito público que ela 
esteja vinculada; e o verbo aqui é IMPETRAR. 
 
 
 
IV. QUALIFICAÇÃO DO AUTOR: conforme o art. 6º da Lei 12.016/2009 (Lei do mandado 
de segurança): “A petição inicial indicará: II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a 
existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas 
Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio 
e a residência do autor e do réu”. 
 
 
 
V. FUNDAMENTOS DO PEDIDO: art. 5°, LXIX da CF/88: “Conceder-se-á mandado de 
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”; 
bem como o art. 1° da Lei 12.016/09: “Conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica 
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça”. 
 
 
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VI. NOME IURIS DA PEÇA: mandado de segurança individual/coletivo; 
preventivo/repressivo com pedido liminar. 
 
 
 
 
VII. QUALIFICAÇÃO DA AUTORIDADE COATORA: conforme já ressaltado, o nome da 
autoridade coatora é sempre o cargo que ela ocupa, exp.: Sr. DELEGADO DA RECEITA

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