Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A Importância da Comunicação dos Colaboradores com Seus Líderes Andréia da Silva Corrêa andreia_iva@outlook.com FASMES Bruniele de Oliveira Silva brunielesilva@hotmail.com FAMESC Resumo: Este artigo tem por objeto principal a reflexão sobre a gestão do relacionamento da liderança com seus funcionários, enfatizando a relevância da comunicação interna, levando-se em consideração a importância dessa relação em seus mais variados aspectos. Nesse sentido, ressalta a importância da habilidade da comunicação dos gestores para com seus colaboradores, dando ênfase para a comunicação interna, tendo em vista a alta complexidade dessa relação. O processo comunicativo é, por muitas vezes, ignorado ou simplificado por gestores e líderes, pois não identificam a comunicação como uma importante estratégia de integração, valorização e comprometimento dos colaboradores com a empresa. Acredita-se que, os gestores precisam reconhecer essa potente ferramenta, que é a comunicação organizacional, para agregar valores à serviços e produtos da instituição. Destaca-se que, é através da comunicação que se consegue formar uma equipe harmoniosa e motivada a promover a imagem institucional sólida e de credibilidade pública. No que tange a metodologia, o artigo foi embasado em pesquisa bibliográfica de autores que falam sobre a importância da comunicação interna no contexto organizacional e pesquisa em sites da internet. Palavras Chave: Comunicação-interna - Organização - Relacionamento - Gestão - Integração FACULDADE METROPOLITANA SÃO CARLOS Curso de Administração ANDREIA DA SILVA CORRÊA BRUNIELE DE OLVEIRA SILVA A importância da comunicação dos colaboradores com seus líderes Bom Jesus do Itabapoana 2014 ANDREIA DA SILVA CORRÊA BRUNIELE DE OLVEIRA SILVA A importância da comunicação dos colaboradores com seus líderes Artigo apresentado da disciplina de Metodologia Tecnológica da Empresa à Faculdade Metropolitana São Calos – Curso de Administração. Orientadora: Profª. Fernanda Castro Manhães Rio de Janeiro Campus Bom Jesus do Itabapoana 2014 Resumo: Este artigo tem por escopo o estudo da importância da habilidade da comunicação dos gestores para com seus colaboradores, dando ênfase para a importância da comunicação interna, tendo em vista a alta complexidade dessa relação.O processo comunicativo é, por muitas vezes, ignorado ou simplificado por gestores e líderes, pois não identificam a comunicação como uma importante estratégia de integração, valorização e comprometimento dos colaboradores com a empresa. Os gestores precisam reconhecer essa potente ferramenta, que é a comunicação organizacional, para agregar valores à serviços e produtos da instituição. Frisa-se que é através da comunicação que se consegue formar uma equipe harmoniosa e motivada a promover a imagem institucional sólida e de credibilidade pública. 1. INTRODUÇÃO Este artigo científico tem por objeto principal a reflexão sobre a gestão do relacionamento da liderança com seus funcionários, enfatizando sempre a relevância da comunicação interna, levando-se em consideração a importância dessa relação em seus mais variados aspectos. Na grande maioria das vezes, os gestores e líderes desconhecem e/ou comprimem o processo comunicativo interno, haja vista não perceberem o seu elevado potencial como estratégia de integração, enriquecimento e envolvimento das pessoas com os objetivos institucionais, e as práticas de relações públicas no contexto organizacional. É primordial o enfoque no diálogo, que uma vez conferido entre o colaborador e o gestor poderá trazer uma clareza àquele, em relação ao seu posicionamento dentro da empresa, no que tange à coerência com suas expectativas pessoais e profissionais, bem como a ratificação da importância do seu trabalho dentro da organização. Será exposto o valor que a comunicação, sem sombra de dúvida, interpõe no sucesso de uma empresa, vez que o relacionamento entre as pessoas só é possível através da comunicação. O artigo está baseado em uma abordagem qualitativa, apresentando o poder e a valia da comunicação dentro das organizações, pois vem a interagir para uma melhor imagem da empresa, o melhor relacionamento organizacional buscando atingir seus objetivos. Os fluxos de comunicação, na atualidade, têm se intensificado em todos os sentidos, sendo amplamente relevantes num extenso contesto de discussões que abrangem aspectos teóricos e conceituais do qual participam. Importante ressaltar que em todas as esferas da atividade humana, sempre estão atreladas à utilização da comunicação. Logo, percebe-se que, de modo geral, ela serve para controlar e organizar. Se bem administrada, a comunicação proporciona destreza e facilidade a qualquer empresa, sendo ela a responsável pelo desenvolvimento humano de sua organização. A comunicação, portanto, requer confiança e comprometimento de ambos, tendo o poder de produzir valores e assim, impulsionando-a para o futuro. No que tange a metodologia aplicada, registre-se que, o artigo foi embasado em pesquisa bibliográfica de autores que falam sobre a importância da comunicação interna no contexto organizacional e pesquisa em sites da internet. 2. DESENVOLVIMENTO A comunicação está diretamente atrelada à essência da liderança e da gestão empresarial, pois sua aplicabilidade está vinculada ao relacionamento interpessoal no qual, que mediante o processo comunicativo, os líderes inspiram seus colaboradores na prestação de seus serviços organizacionais, além de se comprometerem na conquista dos objetivos e metas almejados e traçados pela empresa. Logo, a comunicação é um instrumento estratégico para o exercício da liderança. “A comunicação é o espelho da cultura da organização, pois vai refletir no processo de gerenciar, se as lideranças não têm comunicação eficaz, organização certamente ficará no mesmo patamar. Se observamos os problemas organizacionais de muitas empresas nos dias atuais vamos certamente esbarrar na ineficácia da comunicação de suas lideranças.”1 Sabe-se que o ambiente organizacional está em constante mudança, obrigando as organizações a repensarem suas práticas de gestão, a definirem estratégias e a elaborarem planos de ação com o intuito de alcançarem suas metas a chegarem à situação futura desejada. Para tomarem decisões estratégicas, os gestores analisam pontos fortes e fracos da organização, logo, a comunicação interna é de grande importância para o sucesso organizacional e satisfação das pessoas que participam da organização. Segundo Inhaez, “muitos líderes organizacionais não querem enxergar: os empregados são a organização e a representam perante os públicos com as quais mantém relação”,2 portanto, se faz necessário que todos carreguem consigo a missão, a visão, os valores e as políticas da organização. Entende-se que: Missão é o campo de atuação da empresa, o por que e para que ela existe; Visão é o ponto de referência para o que se deseja obter ou estar no futuro; Políticas e Valores são as ferramentas utilizadas para que a organização cumpra sua missão e atinja sua visão. A partir desta premissa, substancia-se ainda mais a relevância da comunicação interna da empresa, pois a mesma precisa se certificar que está transmitindo a mesma mensagem a todos da organização, e, ainda assim, considerar que nem todos têm a mesma capacidade de entendimento,ou seja, “informações iguais podem ser percebidas de forma diferente por pessoas diferentes”.3 Nos tempos passados, a comunicação organizacional tinha a incumbência apenas de instituir elos de relacionamento com o emissor e receptor, todavia, em virtude da necessidade de adequação uma nova realidade, segundo Bueno: “Hoje, não se pode imaginar uma empresa que se pretenda ser líder de mercado e que volte às costas para o trabalho de comunicação.” 1 VINCI, A. O chefe não manda mais. O Estado de São Paulo, São Paulo, 18 ago. 2002. Classificados Empregos. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAm_gAL/lideranca-comunicacao. Acesso em: 21/06/2014. 2 INHAEZ, João Alberto, Artigo: Missão, visão, políticas e valores. In: MARCHORI, Marlene. Faces da Cultura e da Comunicação Organizacional. São Caetano do Sul/SP. Difusão, 2006. (p. 97 a122) 3 BETHLEM, Agrícola. Estratégia empresarial: conceitos, processos e administração estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. A comunicação precisa ser usada como forma de estimular, motivar e levantar a imagem da empresa, muito embora sua função primordial dentro da organização seja de solucionar conflitos, criar e facilitar a compreensão de pessoas com pontos de vista diferenciados. “Aos gestores cabe prestar atenção às mudanças na sociedade e antecipar- se a um modelo diferente de relacionamento. A Autoestima dos trabalhadores, o sentimento de identidade com a organização, a responsabilidade com o trabalho, a produtividade e a competitividade, entre outros indicadores, com certeza, não são estimuladas por uma comunicação interna que os despreza ou os subestima.”4 Se os líderessouberem dialogar eficazmente com suas equipes, a comunicação será um instrumento útil de trabalho para garantir a compreensão dos objetivos e perfeita integração do colaborador à sua rotina profissional. Se bem administrada, a comunicação oferece agilidade a qualquer empresa, bem como encontra com mais facilidade soluções para os problemas organizacionais. É bem verdade que há temor e receio dos gestores em abrir determinadas informações da organização aos níveis operacionais, o que torna o ambiente empresarial em um certo tipo de feudo, no qual os líderes não conseguem transmitir motivação e entusiasmo às suas equipes, transformando grandes potenciais funcionários apenas em executores passivos. É possível sim, incorporado em um contexto contemporâneo de participação e integração, transmitir importantes informações e conceitos gerais da empresa frente ao mercado sem abrir mão da confidencialidade de determinados dados. “Quanto mais o funcionário conhece a organização, mais se integra e se adapta ao estilo administrativo e a recíproca também é verdadeira. Muitos funcionários sentem-se marginalizados, porque não conhecem a empresa.”5 A gestão da comunicação interna nas organizações revela-se um trabalho desafiador devido aos vários motivos, dentre eles, na visão de Roberto de Castro Neves: “Paradoxalmente, uma das comunicações mais desafiantes é aquela com o público que julgamos ser o que mais conhecemos: o Público Interno. As razões dos 4 NASSAR, Paulo. Tudo é comunicação. São Paulo: Lazuli Editora, 2004. 5 CEZAR, Carlos Henrique. Nada substitui o diálogo. In DAMANTE, Nara e LOPES, Marcelo. Comunicação Empresarial, ano 12, n. 45, 4o. Trimestre, 2002, p. 25. desafios são várias: a natureza do relacionamento, a proximidade do emissor com o receptor, a intimidade entre as partes, a extensão da agenda comum, o nível de expectativas lado a lado, o portfolio de conflitos, e, sobretudo, a influência da comunicação informal.” Assim sendo, a gestão de comunicação nas empresas precisa ir além do modelo básico, e passar a ponderar o aspecto relacional da comunicação. “Um ambiente interno com qualidade, é um processo no qual se valoriza a confiança, competência, comprometimento e credibilidade. Entendemos que neste ambiente é preciso a existência de relacionamentos que promovam a satisfação de cada indivíduo e de suas relações grupais. É necessário que a empresa esteja em consonância com seus objetivos, e é fundamental “viver” a organização em todos os seus processos. A conquista de confiança está diretamente ligada à qualidade do processo de informação e comunicação. ”6 É preciso que haja uma forma de comunicação que deixe de ser somente uma provedora de informação, mas para que se possa construir uma via de mão dupla, onde se obtenha novos ambientes e relacionamentos internos, pois de acordo com Marchori: “As pessoas têm de encontrar um propósito: elas têm que perceber que seu trabalho está contribuindo para algo que ela valoriza. Ou seja, as pessoas têm de encontrar razão para o porquê de trabalharem.”7 Os processos comunicacionais nas organizações precisam evoluir do setor administrativo ou gerencial para o patamar de construção de relacionamentos que consolidem, inclusive, a imagem da instituição mediante o seu público alvo. “A comunicação interage na hierarquia da empresa, sendo o fator que pode construir ou destruir a imagem, os relacionamentos e os objetivos.”8 Assim sendo, há de se colocar a comunicação interna de modo prioritário e importante, posto que não há como estabelecer relações externas verdadeiras se não as tem dentro da própria instituição. 3. CONCLUSÃO 6 MARCHORI, Marlene. Faces da Cultura e da Comunicação Organizacional. São Caetano do Sul/SP. Difusão, 2006. p. 210. 7 Ibidem, p. 211. 8 KWASNICKA, Eunice Laçava. Introdução a Teoria Geral da Administração. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1995. A comunicação organizacional é uma nova visão de mercado de trabalho para o profissional da comunicação, tão satisfatório quanto trabalhar de maneira tradicional. Trata-se de uma realidade moderna, em que as empresas têm cada vez mais necessidade de investir em uma boa comunicação para alcançarem os objetivos desejados. As práticas comunicativas internas são fundamentais para a autenticação das decisões estratégicas organizacionais. A comunicação com o público interno é solidificada mediante ações que ultrapassam questões técnicas, instrumentais e informativas. É necessário que se construa uma dimensão de diálogo que gere aprendizagem da empresa sobre si própria e também no que tange aos interesses dos seus colaboradores, construindo assim uma relação sólida de confiança. A comunicação é o caminho correto para a compreensão da organização em seu contexto interno e externo, não podendo ser relegada a segundo plano, sob pena de serem perdidos grandes investimentos e oportunidades, deixando de gerar importantes resultados organizacionais. Conclui-se que uma comunicação eficiente e eficaz é extremamente importante para as organizações em todos os aspectos, sendo fundamental para que haja um ambiente de trabalho satisfatório, tanto para os objetivos organizacionais quanto para os objetivos dos colaboradores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BETHLEM, Agrícola. Estratégia empresarial: conceitos, processos e administração estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. CEZAR, Carlos Henrique. Nada substitui o diálogo. In DAMANTE, Nara e LOPES, Marcelo. Comunicação Empresarial, ano 12, n. 45, 4o. Trimestre, 2002, p. 25. INHAEZ, João Alberto, Artigo: Missão, visão, políticas e valores. In: MARCHORI, Marlene. Faces da Cultura e da Comunicação Organizacional. São Caetano do Sul/SP. Difusão, 2006. (97 a122) KWASNICKA, Eunice Laçava. Introduçãoa Teoria Geral da Administração. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1995. MARCHORI, Marlene. Faces da Cultura e da Comunicação Organizacional. São Caetano do Sul/SP. Difusão, 2006. NASSAR, Paulo. Tudo é comunicação. São Paulo: Lazuli Editora, 2004. VINCI, A. O chefe não manda mais. O Estado de São Paulo, São Paulo, 18 ago. 2002. Classificados Empregos. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAm_gAL/lideranca-comunicacao. Acesso em: 21/06/2014. Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)
Compartilhar