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Constituição de 1988 e a Democracia Brasileira

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Plano	de	Aula:	Os	novos	tempos	sob	a	luz	da	Constituição	de
1988
HISTÓRIA	DO	DIREITO	BRASILEIRO	-
CCJ0256
Título
Os	novos	tempos	sob	a	luz	da	Constituição	de	1988
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
14
Tema
Avanços	democráticos:	Direitos	(de	liberdade	e	sociais)
Objetivos
O	aluno	deverá	ser	capaz	de:
Relacionar	 a	Constituição	 de	 1988	 com	o	 avanço	 democrático	 e	 com	a
conquista	 do	 mais	 amplo	 rol	 de	 direitos	 (de	 liberdade	 e	 sociais)	 já
experimentados	por	cidadãos	brasileiros	no	decorrer	da	história;
Analisar	o	processo	de	eleição	do	primeiro	presidente	pós-Golpe	Militar,
pela	 via	 direta,	 e	 a	 vitória	 das	 forças	 conservadoras	 por	 intermédio	 de
Fernando	Collor	de	Mello;
Entender	 as	 crises	 do	 breve,	 mas	 tumultuado	 Governo	 Collor;	 -
Correlacionar	a	 força	da	opinião	pública	e	as	manifestações	por	todo	o
país	com	a	declaração	de	impeachment	do	Presidente	Collor.
Estrutura	do	Conteúdo
Para	 esta	 aula	 você	 deverá	 ler	 o	 conteúdo	 estabelecido	 no	 Livro	Didático	 de
História	do	Direito	Brasileiro,	entre	as	páginas	204	(a	partir	de	"A	Constituição
de	 1988,	 a	 conquista	 da	 'Constituição	 Cidadã'")	 e	 a	 página	 219	 (antes	 de
"Itamar	Franco	e	o	governo	de	transição")	e	assistir	a	Aula	4	online	 (Ditadura
civil	militar	e	a	redemocratização),	ministrada	pelo	Professor	Rodrigo	Rainha.
Nesta	aula	serão	abordados	os	seguintes	tópicos:
As	características	da	Constituição	de	1988,	 a	 denominada	 "Constituição
Cidadã"	A	Constituição	de	1988	representou,	em	várias	áreas,	grande	avanço
em	relação	às	Constituições	brasileiras	anteriores.	Não	apenas	reestabeleceu
as	 liberdades	públicas,	 ampliando-as	em	 relação	às	Constituições	anteriores,
como	avançou	de	forma	bastante	intensa	nas	áreas	sociais.
Entre	 outras	 conquistas	 introduzidas	 pela	 Constituição	 de	 1988,	 é	 possível
destacar	as	seguintes:
Amplo	rol	de	direitos	e	garantias	fundamentais;
Reconfiguração	 da	 organização	 do	 Estado	 direcionada	 à	 garantia	 do
Estado	democrático	de	Direito;
Maiores	garantias	para	a	Magistratura	e	Ministério	Público;
fim	 da	 censura	 a	 emissoras	 de	 rádio	 e	 TV,	 filmes,	 peças	 de	 teatro,
jornais	e	revistas,	etc.,
instituição	 do	 habeas	 data	 e	 do	mandado	 de	 injunção	 como	garantias
fundamentais;
direito	de	voto	para	os	analfabetos	e	jovens	com	mais	de	16	anos,
criação	do	Sistema	Único	de	Saúde	(SUS),
reconhecimento	 da	 fundamentalidade	 dos	 direitos	 ao	 meio	 ambiente
sadio	e	do	consumidor;
maior	 autonomia	 para	 os	 municípios	 e	 reconhecimento	 dos	 mesmos
como	ente	federativo;
reconhecimento	da	necessária	função	social	da	propriedade.
Também	 na	 área	 trabalhista	 houve	 avanços:	 reconhecimento	 do	 direito	 à
greve,	liberdade	sindical,	diminuição	da	jornada	de	trabalho	máxima,	abono	de
férias	 com	 acréscimo	 1/3	 do	 valor	 do	 salário,	 décimo	 terceiro	 salário	 para
aposentados,	 seguro	 desemprego,	 garantia	 de	 aposentadoria	 para
trabalhadores	rurais.
As	eleições	de	1989	e	o	início	do	Governo	Collor	-	a	polarização	das	forças
e	 a	 solução	 conservadora.	 Os	 setores	 conservadores,	 enfraquecidos	 pelos
sucessivos	 insucessos	 da	 políticaeconômica	 do	 Governo	 Sarney,	 depois	 de
tentar	 encontrar	 um	nome	que	 os	 representassem	acabaram	por	 definir	 seu
apoio	 ao	 então	 jovem	Governador	 do	 Estado	 de	 Alagoas,	 Fernando	Collor	 de
Melo,	 que	 prometia	 modernizar	 a	 economia	 promovendo	 políticas	 de	 cunho
neoliberal.	 Por	 outro	 lado,	 dois	 partidos	 mais	 identificados	 com	 ideais	 de
esquerda	 viriam	 a	 lançar	 duas	 influentes	 figuras	 políticas	 para	 a	 disputa
daquela	 eleição:	 Luís	 Inácio	 Lula	 da	 Silva,	 representando	 o	 Partido	 dos
Trabalhadores	 (PT)	e	 Leonel	Brizola,	 filiado	ao	Partido	Democrático	Trabalhista
(PDT).	Em	disputa	acirrada	entre	os	quatro	primeiros	candidatos,	Collor	venceu
o	primeiro	turno,	mas	longe	de	conseguir	a	maioria	absoluta	dos	votos,	o	que
determinou	 a	 necessidade	 de	 um	 segundo	 turno	 contra	 Lula,	 segundo
colocado,	e	agora	apoiado	pela	esquerda	e	pela	forças	progressistas.	O	fato	é
que	 mesmo	 tendo	 uma	 militância	 atuante	 e	 entusiasmada	 durante	 seus
comícios	e	campanha,	as	 ideias	de	esquerda	ainda	assustavam	não	somente
as	 elites,	 mas	 também	 boa	 parte	 das	 classes	 média	 e	 proletária	 mais
conservadoras.
Por	 outro	 lado,	 o	 discurso	 simultaneamente	 "modernizante"	 e	 "moralista"	 de
Collor,	 embora	 contraditório,	 obteve	 adesões	 em	 todas	 as	 classes	 sociais	 e
venceu	 as	 eleições	 com	 uma	 diferença	 de	mais	 de	 quatro	milhões	 de	 votos,
atingindo	53%	dos	votos	válidos.-	A	"República	das	Alagoas":	a	crise	econômica
e	 moral	 do	 Governo	 Collor	 Tem	 início	 a	 breve	 Era	 Collor	 (ou	 "República	 das
Alagoas",	 expressão	 utilizada	 pela	 mídia	 para	 se	 referir	 ao	 Governo	 Collor).
Iniciou-se	 o	 governo	 com	 uma	 medida	 de	 bloqueio	 de	 contas	 correntes	 e
poupanças	dos	cidadãos	e	empresas,	pelo	prazo	de	18	meses	que	não	surtiu
resultado	e	gerou	um	clima	de	desconfiança	muito	grande	por	parte	das	elites
e	 das	 camadas	 médias	 da	 população.	 O	 governo	 Collor	 tentou	 trilhar	 uma
tendência	neoliberal,	dando	gênese	ao	processo	de	privatização	de	empresas
estatais	 e	 sua	 política	 de	 redução	 das	 tarifas	 alfandegárias,	 por	 um	 lado
incentivou	 a	 grande	 indústria	 nacional	 a	 produzir	 com	 maior	 eficiência	 e	 a
menores	 custos,	por	outro	 lado,	gerou	uma	onda	de	 falências	nas	empresas
de	pequeno	e	médio	porte,	que	não	tinham	como,	rapidamente,	se	adequar	à
nova	política	econômica	e,	portanto,	competir	com	os	produtos	importados.	O
insucesso	 econômico	 veio	 acompanhado	 de	 denúncias	 de	 esquemas	 de
corrupção	que	envolvia	o	próprio	Presidente,	dando	gênese	a	uma	situação	de
crise	insustentável.
Os	 jovens	voltaram	a	 ter	voz	política.	 Collor	 tentou	 salvar	 seu	mandato,
pedindo,	 em	 discurso	 em	 rede	 nacional,	 que	 os	 brasileiros	 fossem	 às	 ruas
vestidos	de	verde	e	amarelo,	em	gesto	de	apoio	ao	seu	Governo.	A	juventude,
em	 significativa	 participação	 cidadã,	 realmente	 foi	 às	 ruas,	 porém	vestida	 de
preto,	 com	 o	 rosto	 pintado,	 e	 exigindo	 o	 impeachment	 do	 Presidente.	 Esse
movimento	foi	muito	festejado	pelo	seu	caráter	simbólico.	Após	tantos	anos	de
ditadura,	 em	 que	 sempre	 houve	 repressão	 à	 liberdade	 de	 expressão	 política
aos	jovens,	era	a	primeira	vez	que	estes	promoviam	um	movimento	político	tão
engajado,	 demonstrando	 que	 as	 novas	 gerações	 não	 estavam	 alienadas	 da
realidade	 política.	 O	 movimento	 se	 espalhou	 e	 diversas	 manifestações
ocorreram	 em	 todo	 o	 país.	 Foi	 o	 começo	 do	 fim	 da	 Era	 Collor,	 cujo
impeachment	seria	posteriormente	confirmado.
Aplicação	Prática	Teórica
Os	direitos	humanos	têm	uma	posição	bidimensional,	pois	por	um	lado	tem	um
ideal	 a	 atingir,	 que	 é	 a	 conciliação	 entre	 os	 direitos	 do	 indivíduo	 e	 os	 da
sociedade;	e	por	outro	lado,	assegurar	um	campo	legítimo	para	a	democracia.
Já	 os	 Direitos	 Fundamentais	 ,	 que	 são	 uma	 projeção	 destes,	 são	 definidos
como	 conjunto	 de	 direitos	 e	 garantias	 que	 estão	 localizados	 dentro	 da
Constituição	 e	 cuja	 finalidade	 principal	 é	 o	 respeito	 a	 sua	 dignidade,	 com
proteção	 ao	 poder	 estatal	 e	 a	 garantia	 das	 condições	 mínimas	 de	 vida	 e
desenvolvimento	 do	 ser	 humano.	 Assim	ele	 visa	 a	 garantir	 ao	 ser	 humano,	 o
respeito	 à	 vida,	 à	 liberdade,	 à	 igualdade	 e	 a	 dignidade,	 para	 o	 pleno
desenvolvimento	de	sua	personalidade.
A	partir	desta	visão,	pergunta-se:
a)	 A	 Constituição	 de	 1988	 retrocedeu,	 permaneceu	 estagnada	 ou
avançou	 no	 que	 se	 refere	 aos	 direitos	 fundamentais	 em	 relação	 à
Constituição	de	1967?
b)	 Cite	 direitos	 estabelecidos	 pela	 Constituição	 de	 1988	 que	 pela
primeira	vez	tiveram	reconhecimento	jurídico	pela	via	constitucional.

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