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Legislação do SUS

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LEGISLAÇÃO
DO SUS
conass . progestores 
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0
3
LEGISLAÇÃO
DO SUS
© 2003 CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE - CONASS
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e a autoria.
PROGESTORES 2003 - Programa de Informação e Apoio Técnico às Novas Equipes Gestoras
Estaduais do SUS de 2003
Este projeto é uma parceria do CONASS com o Ministério da Saúde.
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Legislação do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
- Brasília : CONASS, 2003. 
604 p.
ISBN 85-89545-01-6
1. SUS (BR). 2. Legislação sanitária. I. Título.
NLM WA 525
CDD - 20.ed. - 362.1068
conass . progestores 
Pensando no futuro, o Conselho Nacional de Secretários de
Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde, lançou o
Progestores, Programa de Informação e Apoio Técnico às
Novas Equipes Gestoras Estaduais do SUS de 2003. 
O Progestores é um esforço para bem receber os novos
Secretários de Saúde dos Estados e do Distrito Federal e
qualificar as suas equipes que assumiram em janeiro de 2003,
informando-as e capacitando-as em aspectos essenciais da
gestão do sistema.
O CONASS espera, com o Progestores, recepcionar e subsidiar
os gestores que assumiram a condução da saúde no período
2003/2006, organizando e divulgando informações
estratégicas para a gestão do SUS e elaborando um programa
de apoio técnico às equipes dos Estados e do Distrito Federal.
O livro Legis lação do SUS apresenta a legislação que
estrutura o sistema em suas principais áreas, iniciando com a
definição da saúde no texto constitucional.
A Constituição Federal define a saúde como um direito de
todos e um dever do Estado. A inclusão da saúde no texto
constitucional gerou um conjunto de leis voltadas à
organização e implementação do Sistema Único de Saúde, a
“Lei Orgânica da Saúde”, além de inúmeros decretos, portarias
conjuntas e portarias normativas do Ministério da Saúde. 
Esse arcabouço legal do SUS deve ser de conhecimento dos
gestores do sistema e este l ivro representa um esforço do
CONASS de oferecer um instrumento para utilização nos
momentos em que a consulta às normas se faz necessária. O
livro inova ao apresentar a legislação organizada por temas,
procurando facilitar a consulta, principalmente pelas áreas
técnicas das Secretarias.
apresentação
apresentação
Por ser uma iniciativa inédita, a organização por temas talvez
possa não ter atingido sua melhor forma. Mas serve de ponto
de partida para futuros aprimoramentos visando a uma melhor
agregação por assunto. Pelo dinamismo do funcionamento do
SUS, certamente seria irrealizável um compêndio total da
legislação que servirá ao cotidiano dos gestores do sistema
durante um período de gestão.
A presente obra será periodicamente atualizada e revisada, e
no período até a publicação de uma próxima edição, os
gestores podem contar com outras fontes de informação,
entre elas o Portal Saúde, a Biblioteca Virtual de Saúde e o
site do CONASS - www.conass.com.br.
Muitas das normas aqui publicadas são fruto do esforço de
negociação entre os gestores, um processo participativo que
já é uma marca da gestão do SUS. Conhecer as normas e
cumprí-las é, sobretudo, contribuir para o fortalecimento desse
processo de participação, na direção do permanente
aprimoramento do Sistema Único de Saúde.
FERNANDO PASSOS CUPERTINO DE BARROS
Presidente do CONASS
conass . progestores 
Fernando Passos Cupertino de Barros (GO) 
presidente
José da Silva Guedes (SP) 
Marta Oliveira Barreto (SE)
João José Cândido da Silva (SC)
Francisco Deodato Guimarães (AM) 
vice-presidentes
Ricardo F. Scotti
secretário executivo
Gilvânia Westin Cosenza
Júlio Strubing Müller Neto
Lucimery Lima Cardoso
Maria Esther Janssen
Regina Helena Arroio Nicoletti
René José Moreira dos Santos
assessoria técnica
Sheyla Cristina Ayala Macedo
Luciana Toledo Lopes
Júlio Barbosa de Carvalho Filho
Paulo Arbués Carneiro
apoio administrativo
conass
créditos
André Falcão
edição 
Clarice Maia Scotti
revisão
Fernanda Goulart
projeto gráfico
Secretaria Executiva do Conass 
coordenação do Progestores 2003
Regina Helena Arroio Nicoletti 
concepção e organização
João Gabbardo dos Reis
René José Moreira dos Santos
Renilson Rehen de Souza
colaboradores
equ
ipe
 de
 el
abo
raç
ão
conass . progestores 
1 . Constituição Federal 1988, Título VIII 
- Da Ordem Social, Seção II Da Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 0
2 . Lei n. º 8.080, de 19 de setembro de 1990 
- Lei Orgânica da Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 2
3 . Lei n. º 8.142, de 28 de dezembro de 1990 
- Dispõe sobre a participação da comunidade 
e t ransferências intergovernamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 8
4 . Art igo 6º da Lei n. º 8.689, de 27 de julho de 1993 
- Cria o Sistema Nacional de Auditoria, no âmbito do SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 0
5 . Decreto n. º 1.232, de 30 de agosto de 1994 
- Regulamenta o repasse fundo a fundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 1
6 . Decreto n. º 1.651, de 28 de setembro de 1995 
- Regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria, no âmbito do SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4
7 . Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde 
- NOB/96 01/96, de 05 de novembro de 1996. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 9
8 . Portaria GM/MS n. º 1.882, de 18 de dezembro de 1997 
- Estabelece o Piso de Atenção Básica - PAB e sua composição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 7
9 . Portaria GM/MS n. º 1.886, de 18 de dezembro de 1997 
- Aprova normas e diretr izes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
e do Programa de Saúde da Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 1
1 0 . Portaria GM/MS n. º 3916, de 30 de outubro de 1998 
- Define a Polít ica Nacional de Medicamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 0 7
1 1 . Portaria GM/MS n. º 3.925, de 13 de novembro de 1998 
- Aprova o Manual para a Organização da Atenção Básica 
no Sistema Único de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 3 7
LEGISLAÇÃO ESTRUTURANTE DO SUS
I
índice
PARTE
índice
1 2 . Lei N. º 9.782, de 26 de Janeiro de 1999 
- Define o Sistema Nacional de Vigi lância Sanitária e cria 
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 6 9
1 3 . Lei N. º 9787, de 10 de fevereiro de 1999 
- Estabelece o Medicamento Genérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 8 2
1 4 . Portaria GM/MS n. º 176, de 8 de março de 1999 
- Cria o Incent ivo à Assistência Farmacêutica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 8 5
1 5. Portaria GM/MS n. º 476, de 14 de abril de 1999 
- Regulamenta o processo de acompanhamento e de avaliação da Atenção Básica, 
conforme expresso no Manual para Organização da Atenção Básica à Saúde 
e na NOB 01/96, e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 8 8
1 6 . Portaria GM/MS n. º 832, de 28 de junho de 1999
- Regulamenta o processo de acompanhamentoe de avaliação da Atenção Básica, 
conforme expresso no Manual para Organização da Atenção Básica à Saúde 
e na NOB 01/96, e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 9 4
1 7 . Portaria GM/MS n. º 1.077, de 24 de agosto de 1999 
- Cria o Programa para a Aquisição dos Medicamentos para a Área de Saúde Mental . . . . . . . . . . .2 0 1
1 8 . Portaria GM/MS n. º 1.399, de 15 de dezembro de 1999 
- Cria o Teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 0 4
1 9 . Lei n. º 9.961, de 28 de Janeiro de 2000 
- Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS e dá outras providências . . . . . . . . . . . . . .2 1 6
2 0 . Portaria GM/MS n. º 956, de 25 de agosto de 2000 
- Regulamenta a Assistência Farmacêutica Básica (sobre a uti l ização 
dos recursos do Incentivo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 2 8
2 1 . Emenda Constitucional n. º 29, de13 de setembro de 2000 
- Altera e acrescenta art igos da CF, para assegurar os recursos mínimos 
para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 3 2
2 2 . Portaria GM/MS n. º 95, de 26 de janeiro de 2001 
- Cria a Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/2001 . . . . . . . . . . . . . . . . .2 3 5
2 3. Portaria GM/MS n. º 17, de 05 de janeiro de 2001, 
republicada em 16 de fevereiro de 2001 
- Institui o Cadastro Nacional de Usuários do Sistema Único de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 6 7
conass . progestores 
2 4 . Portaria GM/MS n. º 145, de 1 de fevereiro de 2001,
republicada em 8 de fevereiro de 2001 
- Regulamenta as transferências fundo a fundo para o f inanciamento 
das ações de média e alta complexidade, na área de Vigilância Sanitária, 
executadas pelos Estados, Municípios e Distri to Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 6 9
2 5 . Decreto 3745, de 05 de fevereiro de 2001 
- Inst i tui o Programa de Interiorização do Trabalhador de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 7 3
2 6 . Portaria GM/MS n. º 393, de 29 de março de 2001 
- Institui a Agenda de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 7 5
2 7 . Portaria GM/MS n. º 548, de 12 de abril de 2001 
- Cria os Instrumentos de Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 9 3
2 8. Resolução n. º 316, do CNS, de 04 de abril de 2002 
- Aprova diretr izes para a apl icação da EM-29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 0 9
2 9 . Portaria GM/MS n. º 373, de 26 de fevereiro de 2002 
- Cria a Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/2002 . . . . . . . . . . . . . . . . .3 1 6
3 0 . Portaria GM/MS n. º 1020, de 31 de maio de 2002 
- Regulamentação da Programação Pactuada e Integrada da NOAS-SUS 01/2002 . . . . . . . . . . . . . .4 0 3
3 1 . Portaria GM/MS n. º 1919, de 22 de outubro de 2002 
- Inst i tu i a RIPSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 0 7
3 2 . Portaria GM/MS n. º 2047, de 05 de novembro de 2002 
- Aprova, na forma do Anexo, a esta Portar ia, as Diretr izes Operacionais para 
a Aplicação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 1 0
índice
1 . AIDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 0
2 . Alta Complexidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 3
2 . 1 . Alta Complexidade Câncer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 3
2 . 2 . Alta Complexidade Cardiovascular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 5
2 . 3 . Alta Complexidade Gastroplastia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 7
2 . 4 . Alta Complexidade Implante Coclear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 7
2 . 5 . Alta Complexidade Lábio Palatal e Implante Dentário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 8
2 . 6 . Alta Complexidade Neurocirurgia e Epilepsia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2 9
2 . 7 . Alta Complexidade Ortopedia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 3 0
2 . 8 . Alta Complexidade Transplante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 3 0
2 . 9 . Alta Complexidade Queimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 3 5
2 . 1 0 . Alta Complexidade - Outros Assuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 3 6
3 . Assistência ao Parto e ao Recém Nascido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 1
3.1 . Pa r to . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 1
3 . 2 . Recém Nascido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 4
4 . Atenção Básica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 6
4 . 1 . Atenção Básica - PACS/PSF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 6
4 . 2 . Atenção Básica - Outras Portar ias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 5 0
5 . Assistência Farmacêutica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 5 2
índice
COLETÂNEA DE ATOS NORMATIVOS 
temas selecionados
IIPARTE
conass . progestores 
6 . Assistência Hospitalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 0 5
6 . 1 . Autorização de Internação Hospitalar - AIH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 6 5
6 . 2 . Acomodação e Acompanhante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 0
6 . 3 . Alojamento Conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 0
6 . 4 . Anestesia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 0
6 . 5 . C i ru rg ia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 1
6 . 6 . Hospital - Dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 2
6 . 7 . Infecção Hospitalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 2
6 . 8 . Lixo Hospi ta lar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 3
6 . 9 . Nutr ição Parenteral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 3
6 . 1 0 . Unidade de Terapia Intensiva - UTI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 4
6 . 1 1 . Crônicos e Fora de Possibil idade Terapêutica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 5
6 . 1 2 . Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e Pesquisa em Saúde - FIDEPS . . . . . . . . . . . .4 7 5
6 . 1 3 . Tratamento Fora de Domicíl io - TFD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 8
6 . 1 4 . Outros Assuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 7 8
7 . Contratos e Convênios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 8 0
8 . Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 8 7
8 . 1 . Histocompatibi l idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 8 7
8 . 2 . Radiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 8 7
8 . 3 . Videolaparoscopia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 8 8
9 . Gestão do Sus: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 8 9
1 0 . Laboratórios de Saúde Pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 1
1 1 . Hanseníase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 2
índice
1 2 . Informação e Informática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 3
1 2 . 1 . RIPSA - Rede de Informações de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 3
1 2 . 2 . SIA/SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 3
1 2 . 3 . SIH/SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 3
1 2 . 4 . SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 3
1 2 . 5 . SIOPS - Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 4
1 2 . 6 . Cartão SUS - Cartão Nacional de Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 5
12 .7 . SISAV - Sistema de Informações em saúde para os acidentes e 
v io lências/causas externas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 5
1 3 . Infra Estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 6
1 3 . 1 . Construção, Ampliação e Reforma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 6
1 3 . 2 . Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 6
1 4 . Órteses, Próteses e Materiais Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 0 8
1 5 . Planejamento Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 3
1 6 . Portadores de Deficiência - Reabilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 4
1 7 . Programas, Planos, Políticas e Projetos Estratégicos do Ministério da Saúde . . . . .5 1 6
1 7 . 1 . Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mell i tus . . . . . . . . . . . . . .5 1 6
1 7 . 2 . Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 6
17 .3 . Programa de Assistência aos Portadores de Glaucoma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 7
1 7 . 4 . Programa de Assistência Venti latór ia não invasiva a pacientes portadores 
de Dist rof ia Muscular Progressiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 7
1 7 . 5 . Programa de Carências Nutricionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 7
1 7 . 6 . Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 8
17 .7 . Programa de Prevenção do Câncer do Colo Uterino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 8
1 7 . 8 . Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados Paliativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 1 9
1 7 . 9 . Programa Nacional de Assistência aos Portadores de Doenças Renais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 0
1 7 . 1 0 . Programa Nacional de Aval iação do Sistema Hospitalar - PNASH/Psiquiatr ia . . . . . . . . . . . . . .5 2 0
1 7 . 1 1 . Programa Nacional do Controle da Dengue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 0
conass . progestores 
1 7 . 1 2 . Programa Nacional de Controle da Tuberculose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 0
1 7 . 1 3 . Programa Nacional de Controle do Tabagismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 1
1 7 . 1 4 . Programa Nacional de Controle e Eliminação da Hanseníase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 2
1 7 . 1 5 . Programa Nacional de Diabetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 3
1 7 . 1 6 . Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados - Ver Item “Sangue” . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 3
1 7 . 1 7 . Programa Nacional de Saúde do Idoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 3
1 7 . 1 8 . Programa Nacional de Triagem Neonatal -PNTN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 3
1 7 . 1 9 . Programa Nacional para a prevenção e o controle das Hepatites Virais . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 3
1 7 . 2 0 . Projeto de Redução da Morbimortal idade por Acidentes de Trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 4
1 7 . 2 1 . Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 4
1 8 . Prontuário Médico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 5
1 9 . Protocolos e Regulamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 2 7
2 0 . Recursos Humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 2
2 0 . 1 . Corpo Clínico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 2
2 0 . 2 . Exercíc io Prof iss ional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 2
2 0 . 3 . PROFAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 4
2 0 . 4 . PITS - Programa de Interiorização do Trabalhador em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 5
2 1 . Redes Assistenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 6
2 1 . 1 . Centros de Referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 6
2 1 . 2 . Redes Estaduais de Assistência Cardiovascular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 6
2 1 . 3 . Redes Estaduais de Assistência em Oftalmologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 6
2 1 . 4 . Redes Estaduais de Urgência e Emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 6
2 1 . 5 . Redes Estaduais de Assistência à Queimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 8
2 2 . Regulação, Controle e Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 3 9
2 3 . Sangue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 4 4
índice
2 4 . Saúde Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 4 8
2 5 . Saúde Indígena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 4 9
2 6 . Saúde Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 5 0
2 7 . Saúde Suplementar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 5 4
2 8 . Saúde do Trabalhador - Segurança e Medicina do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . .5 6 3
2 9 . Sistema Nacional de Auditoria - SNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 6 4
3 0 . Tabelas de Procedimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 6 7
3 0 . 1 . SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulator ia is . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 6 7
3 0 . 2 . SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 7 7
3 0 . 3 . Compatibilidade entre Procedimentos E OPM ou CID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 8 7
3 1 . Terapia Renal Substitutiva - TRS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 8 8
3 2 . Tomada de Contas Especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 9 1
3 3 . Tuberculose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 9 2
3 4 . Usuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 9 3 
3 5 . Epidemiologia e Controle de Doenças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 9 4
36 . Vigilância Sanitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 9 7
conass . progestores 
Iparte
LEGISLAÇÃO
ESTRUTURANTE DO SUS
1 . CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL
Capítulo II
Seção I I - Da Saúde
Ar t . 196 . A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Ar t . 197 . São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou
jurídica de direito privado.
Ar t . 198 . (*) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade.
Parágra fo ún ico. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com
recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.
(*) Emenda Constitucional nº 29, de 2000.
Ar t . 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1 º . As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema Único
de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2 º . É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições
privadas com fins lucrativos.
§ 3 º . É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na
assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
20 legislação estruturante do sus
§ 4 º . A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos,
tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como
a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo
de comercialização.
Ar t . 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da
lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizare inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem
como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e util ização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
21conass . progestores 
2 . LEI Nº 8 .080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 - L e i
O r g â n i c a d a S a ú d e 0 8 0 , d e 1 9 d e s e t e m b r o d e 1 9 9 0
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
Art . 1º . Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas
naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. 
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art . 2º . A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício. 
§ 1 º . O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no
estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. 
§ 2 º . O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
Ar t . 3º . A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a
educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde
da população expressam a organização social e econômica do País. 
Parágra fo ún ico. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no
artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar
físico, mental e social. 
22 legislação estruturante do sus
TÍTULO II - DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art . 4º . O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). 
§ 1 º . Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e
municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos,
inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. 
§ 2 º . A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter
complementar. 
Capítulo I - Dos Objetivos e Atribuições
Art . 5º . São objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social,
a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação
da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. 
Ar t . 6º . Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; 
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; 
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; 
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a
saúde; 
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; 
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e util ização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
23conass . progestores 
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; 
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 
§ 1 º . Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir
ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrangendo: 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a
saúde. 
§ 2 º . Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
§ 3 º . Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades
que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho, abrangendo: 
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença
profissional e do trabalho; 
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos,
pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no
processo de trabalho; 
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da
normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento,
transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de
equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; 
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; 
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os
riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados
de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de
demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; 
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do
trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; 
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho,
tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e 
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição
de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição
a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. 
24 legislação estruturante do sus
Capítulo II - Dos Princípios e Diretrizes 
Art . 7º . As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo
com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos
seguintes princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveisde assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos
os níveis de complexidade do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização
pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de
recursos e a orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; 
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde
da população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins
idênticos. 
Capítulo III - Da Organização, da Direção e da Gestão
Art . 8º . As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados
de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
Ar t . 9º . A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art.
198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes
órgãos: 
25conass . progestores 
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou
órgão equivalente; e 
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. 
Ar t . 10 . Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações
e os serviços de saúde que lhes correspondam. 
§ 1 º . Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única,
e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. 
§ 2 º . No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá organizar-se em distritos
de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total
das ações de saúde. 
Ar t . 11 . (Vetado). 
Ar t . 12 . Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao
Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por
entidades representativas da sociedade civil. 
Parágra fo ún ico. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e
programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Ar t . 13 . A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais,
abrangerá, em especial, as seguintes atividades: 
I - alimentação e nutrição; 
II - saneamento e meio ambiente; 
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; 
IV - recursos humanos; 
V - ciência e tecnologia; e 
VI - saúde do trabalhador. 
Ar t . 14 . Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de
saúde e as instituições de ensino profissional e superior. 
Parágra fo ún ico. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades,
métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do
Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa
e à cooperação técnica entre essas instituições. 
26 legislação estruturante do sus
Capítulo IV - Da Competência e das Atribuições
Seção I - Das At r ibu ições Comuns 
Ar t . 15 . A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito
administrativo, as seguintes atribuições: 
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações
e serviços de saúde; 
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à
saúde; 
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das
condições ambientais; 
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde; 
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros
de custos que caracterizam a assistência à saúde; 
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para
promoção da saúde do trabalhador; 
VII - participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico
e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente; 
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde; 
IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de
recursos humanos para a saúde; 
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade
com o plano de saúde; 
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo
em vista a sua relevância pública; 
XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde,
autorizadas pelo Senado Federal; 
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de
situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a
autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e
serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa
indenização; 
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à
saúde, saneamento e meio ambiente; 
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde; 
XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras
entidades representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos
para pesquisa, ações e serviços de saúde; 
27conass . progestores 
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde; 
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde; 
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de
polícia sanitária; 
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento
emergencial. 
Seção I I - Da Competênc ia 
Ar t . 16 . À direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete: 
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; 
II - participar na formulação e na implementação das políticas: 
a) de controle das agressões ao meio ambiente; 
b) de saneamento básico; e 
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; 
III - definir e coordenar os sistemas: 
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade; 
b) de rede de laboratórios de saúde pública; 
c) de vigilância epidemiológica; e 
d) vigilância sanitária; 
IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo
sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana; 
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e
dos ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador; 
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica; 
VII - estabelecer normas e executar a vigilânciasanitária de portos, aeroportos e fronteiras,
podendo a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; 
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de
produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano; 
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício
profissional, bem como com entidades representativas de formação de recursos humanos na
área de saúde; 
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e
produção de insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos
governamentais; 
XI - identif icar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o
estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde; 
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional; 
28 legislação estruturante do sus
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os
serviços privados contratados de assistência à saúde; 
XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos
serviços e ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal; 
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e
Derivados; 
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as
competências estaduais e municipais; 
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação
técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal; e
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e
financeira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados,
Municípios e Distrito Federal. 
Parágra fo ún ico. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária
em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam
escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que
representem risco de disseminação nacional. 
Ar t . 17 . À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete: 
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde; 
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde
(SUS); 
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e
serviços de saúde; 
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) de vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; e 
d) de saúde do trabalhador; 
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que
tenham repercussão na saúde humana; 
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico; 
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho; 
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos
e equipamentos para a saúde; 
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta
complexidade, de referência estadual e regional; 
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as
unidades que permaneçam em sua organização administrativa; 
29conass . progestores 
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e
serviços de saúde; 
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de
controle de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano; 
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e
fronteiras; e
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e
mortalidade no âmbito da unidade federada. 
Ar t . 18 . À direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) compete: 
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar
os serviços públicos de saúde; 
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e
hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual; 
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos
ambientes de trabalho; 
IV - executar serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; 
d) de saneamento básico; e 
e) de saúde do trabalhador; 
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde; 
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre
a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes,
para controlá-las; 
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais; 
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; 
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos,
aeroportos e fronteiras; 
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades
prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução; 
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde; 
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito
de atuação. 
Ar t . 19 . Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos
Municípios. 
30 legislação estruturante do sus
TÍTULO III - DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Capítulo I - Do Funcionamento 
Ar t . 20 . Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por
iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de
direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde. 
Ar t . 21 . A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
Ar t . 22 . Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os
princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde
(SUS) quanto às condições para seu funcionamento. 
Ar t . 23 . É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de capitais estrangeiros
na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à
Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e
empréstimos. 
§ 1°. Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de direção nacional do Sistema
Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle as atividades que forem desenvolvidas
e os instrumentos que forem firmados. 
§ 2°. Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde mantidos, em finalidade
lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem
qualquer ônus para a seguridade social. 
Capítulo II - Da Participação Complementar 
Ar t . 24 . Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura
assistencial à população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá
recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa privada. 
Parágra fo ún ico. A participação complementar dos serviços privados será formalizada
mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público. 
Ar t . 25 . Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos
terão preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Ar t . 26 . Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura
assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do SistemaÚnico de Saúde (SUS),
aprovados no Conselho Nacional de Saúde. 
31conass . progestores 
§ 1°. Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração
aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá
fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva
qualidade de execução dos serviços contratados. 
§ 2°. Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e
financeiro do contrato. 
§ 3°. (Vetado). 
§ 4°. Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados
é vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS). 
TÍTULO IV - DOS RECURSOS HUMANOS 
Ar t . 27 . A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada,
articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes
objet ivos: 
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de
ensino, inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente
aperfeiçoamento de pessoal; 
II - (Vetado) 
III - (Vetado) 
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Parágra fo ún ico. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS)
constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas,
elaboradas conjuntamente com o sistema educacional. 
Ar t . 28 . Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral. 
§ 1°. Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer
suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). 
§ 2°. O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de
tempo integral, com exceção dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou
assessoramento. 
Ar t . 29 . (Vetado). 
Ar t . 30 . As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão serão
32 legislação estruturante do sus
regulamentadas por Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12 desta Lei,
garantida a participação das entidades profissionais correspondentes. 
TÍTULO V - DO FINANCIAMENTO
Capítulo I - Dos Recursos 
Ar t . 31 . O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de
acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas finalidades,
previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos
da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades
estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
Ar t . 32 . São considerados de outras fontes os recursos provenientes de: 
I - (Vetado) 
II - serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde; 
III - ajuda, contribuições, doações e donativos; 
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital; 
V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS); e 
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. 
§ 1°. Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I
deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados. 
§ 2°. As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas
diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde
forem arrecadadas. 
§ 3 º . As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema
Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da
União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
Habitação (SFH). 
§ 4 º . (Vetado). 
§ 5 º . As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão
co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento
fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e
receita própria das instituições executoras. 
§ 6 º . (Vetado). 
33conass . progestores 
Capítulo II - Da Gestão Financeira
Ar t . 33 . Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em
conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos
respectivos Conselhos de Saúde. 
§ 1 º . Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade
Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo
Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde. 
§ 2 º . (Vetado)
§ 3 º . (Vetado) 
§ 4 º . O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a
conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e
Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao
Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei. 
Ar t . 34 . As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente arrecadada
transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do
Parágra fo ún ico deste artigo, os recursos financeiros correspondentes às dotações
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos e atividades a serem executados
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Parágra fo ún ico. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será
observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da
Seguridade Social. 
Ar t . 35 . Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal
e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de
programas e projetos: 
I - perfi l demográfico da região; 
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta; 
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; 
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior; 
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais; 
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede; 
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo. 
§ 1 º . Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuída segundo o
quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independentemente de qualquer
procedimento prévio. 
§ 2 º . Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os
critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de
crescimento populacional, em especial o número de eleitores registrados. 
34 legislação estruturante do sus
§ 3 º . (Vetado)
§ 4 º . (Vetado) 
§ 5 º . (Vetado)
§ 6 º . O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de controle
interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de
irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos. 
Capítulo III - Do Planejamento e do Orçamento 
Ar t . 36 . O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) será
ascendente, do nível local até o federal , ouvidos seus órgãos del iberat ivos,
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos
em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União. 
§ 1 º . Os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de
direção do Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na respectiva
proposta orçamentária. 
§ 2 º . É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos
planos desaúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de
saúde. 
Ar t . 37 . O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a serem observadas na
elaboração dos planos de saúde, em função das características epidemiológicas e da
organização dos serviços em cada jurisdição administrativa. 
Ar t . 38 . Não será permitida a destinação de subvenções e auxílios a instituições prestadoras
de serviços de saúde com finalidade lucrativa. 
Das Disposições Finais e Transitórias
Ar t . 39 . (Vetado)
§ 1 º . (Vetado)
§ 2 º . (Vetado)
§ 3 º . (Vetado)
§ 4 º . (Vetado)
§ 5 º . A cessão de uso dos imóveis de propriedade do INAMPS para órgãos integrantes do
Sistema Único de Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como patrimônio da
Seguridade Social. 
§ 6 º . Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventariados com todos os seus
35conass . progestores 
acessórios, equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo
órgão de direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) ou, eventualmente, pelo
estadual, em cuja circunscrição administrativa se encontrem, mediante simples termo de
recebimento. 
§ 7 º . (Vetado)
§ 8 º . O acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério da
Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias
Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao processo de
gestão, de forma a permitir a gerência informatizada das contas e a disseminação de
estatísticas sanitárias e epidemiológicas médico-hospitalares.
Ar t . 40 . (Vetado)
Ar t . 41 . As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional
do Câncer, supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS),
permanecerão como referencial de prestação de serviços, formação de recursos humanos e
para transferência de tecnologia. 
Ar t . 42 . (Vetado) 
Ar t . 43 . A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preservada nos serviços públicos
contratados, ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios estabelecidos com as
entidades privadas. 
Ar t . 44 . (Vetado) 
Ar t . 45 . Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino integram-se ao
Sistema Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada a sua autonomia
administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino,
pesquisa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que estejam vinculados. 
§ 1 º . Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais de previdência social deverão
integrar-se à direção correspondente do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu
âmbito de atuação, bem como quaisquer outros órgãos e serviços de saúde. 
§ 2 º . Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em
convênio que, para esse fim, for firmado. 
Ar t . 46 . o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanismos de incentivos à
participação do setor privado no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a
36 legislação estruturante do sus
transferência de tecnologia das universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde
nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às empresas nacionais. 
Ar t . 47 . O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do
Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de
informações em saúde, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões
epidemiológicas e de prestação de serviços. 
Ar t . 48 . (Vetado)
Ar t . 49 . (Vetado)
Ar t . 50 . Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, celebrados para
implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão rescindidos à
proporção que seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 
Ar t . 51 . (Vetado)
Ar t . 52 . Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui crime de emprego irregular de
verbas ou rendas públicas (Código Penal, art. 315) a util ização de recursos financeiros do
Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades diversas das previstas nesta lei. 
Ar t . 53 . (Vetado)
Ar t . 54 . Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Ar t . 55 . São revogadas a Lei nº 2.312, de 3 de setembro de 1954, a Lei nº 6.229, de 17 de
julho de 1975, e demais disposições em contrário. 
Brasíl ia, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Bibl iograf ia Indicada:
Sistema Único de Saúde: comentários à Lei Orgânica da Saúde (Leis nº 8080/90 e 8142/90) - Guido Ivan de
Carvalho e Lenir Santos - 3ª edição - Campinas, SP; Editora da Unicamp, 2001.
37conass . progestores 
3 . LEI N° 8 .142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e
sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá
outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei: 
A r t . 1°. O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro
de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: 
I - a Conferência de Saúde; e 
II - o Conselho de Saúde. 
§ 1°. A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos
vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
§ 2°. O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado
composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde
na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas
decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do
governo. 
§ 3°. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho Nacional de
Saúde.
§ 4°. A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências será paritária
em relação ao conjunto dos demais segmentos. 
§ 5°. As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua organização e normas
de funcionamento definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho. 
A r t . 2°. Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como: 
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da
administração direta e indireta; 
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e
aprovados pelo Congresso Nacional; 
III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde; 
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios,
Estados e Distrito Federal. 
38 legislação estruturante do sus
Parágra fo ún ico. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo destinar-se-ão a
investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às
demais ações de saúde. 
A r t . 3°. Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão repassados de forma
regular e automática para os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os
critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. 
§ 1°. Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no art. 35 da Lei
n° 8.080, de 19 de setembrode 1990, será uti l izado, para o repasse de recursos,
exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do mesmo artigo. 
§ 2°. Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos setenta por cento,
aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. 
§ 3°. Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de ações e serviços de
saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei. 
A r t . 4°. Para receberem os recursos de que trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os Estados
e o Distrito Federal deverão contar com: 
I - Fundo de Saúde; 
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de 7
de agosto de 1990; 
III - plano de saúde; 
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n°
8.080, de 19 de setembro de 1990; 
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; 
VI - comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo
de dois anos para sua implantação. 
Parágra fo ún ico. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito
Federal, dos requisitos estabelecidos neste art igo, implicará em que os recursos
concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União. 
A r t . 5°. É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de Estado, autorizado a
estabelecer condições para aplicação desta lei. 
A r t . 6°. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
A r t . 7°. Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasí l ia , 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República. 
FERNANDO COLLOR
Alceni Guerra
Bibl iograf ia Indicada:
Sistema Único de Saúde: comentários à Lei Orgânica da Saúde (Leis n.º 8080/90 e 8142/90) - Guido Ivan de
Carvalho e Lenir Santos - 3ª edição - Campinas, SP; Editora da Unicamp, 2001.
39conass . progestores 
4 . ARTIGO 6º DA LEI Nº 8.689, DE 27 DE JULHO DE
1 9 9 9 - Cr ia o S is tema Nac iona l de Aud i to r ia , no âmbi to do SUS.
L E I N . º 8 . 6 8 9 , D E 2 7 D E J U L H O D E 1 9 9 3
Dispõe sobre a extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
(INAMPS) e dá outras providências. 
Ar t . 6º . Fica instituído no âmbito do Ministério da Saúde o Sistema Nacional de Auditoria de
que tratam o inciso XIX do art. 16 e o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro
de 1990. 
§ 1 º . Ao Sistema Nacional de Auditoria compete a avaliação técnico-científica, contábil,
financeira e patrimonial do Sistema Único de Saúde (SUS), que será realizada de forma
descentralizada. 
§ 2 º . A descentralização do Sistema Nacional de Auditoria far-se-á através dos órgãos
estaduais e municipais e de representação do Ministério da Saúde em cada Estado da
Federação e no Distrito Federal. 
§ 3 º . Os atuais cargos e funções referentes às ações de auditoria ficam mantidos e serão
absorvidos pelo Sistema Nacional de Auditoria, por ocasião da reestruturação do Ministério
da Saúde, de que trata o art. 13. 
§ 4 º . O Departamento de Controle, Avaliação e Auditoria será o órgão central do Sistema
Nacional de Auditoria. 
Brasíl ia, 27 de julho de 1993; 172º da Independência e 105º da República. 
ITAMAR FRANCO 
Jami l Haddad 
40 legislação estruturante do sus
5 . DECRETO Nº 1 .232, DE 30 DE AGOSTO DE 1994 -
Regu lamenta o repasse fundo a fundo
Dispõe sobre as condições e a forma de repasse regular e automático de recursos do Fundo
Nacional de Saúde para os fundos de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal, e dá
outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e
na Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, DECRETA:
Art . 1º . Os recursos do Orçamento da Seguridade Social alocados ao Fundo Nacional de
Saúde e destinados à cobertura dos serviços e ações de saúde a serem implementados pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios serão a estes transferidos, obedecida a programação
financeira do Tesouro Nacional, independentemente de convênio ou instrumento congênere
e segundo critérios, valores e parâmetros de cobertura assistencial, de acordo com a Lei nº
8.080, de 19 de setembro de 1990, e exigências contidas neste decreto. 
§ 1 º . Enquanto não forem estabelecidas, com base nas características epidemiológicas e de
organização dos serviços assistenciais previstas no art. 35 da Lei nº 8.080, de 1990, as
diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, a distribuição dos
recursos será feita exclusivamente segundo o quociente de sua divisão pelo número de
habitantes, segundo estimativas populacionais fornecidas pelo IBGE, obedecidas as
exigências deste decreto. 
§ 2 º . Fica estabelecido o prazo de 180 dias, a partir da data de publicação deste decreto,
para que o Ministério da Saúde defina as características epidemiológicas e de organização
dos serviços assistenciais referidas no parágrafo anterior. 
Ar t . 2º . A transferência de que trata o art. 1º fica condicionada à existência de fundo de
saúde e à apresentação de plano de saúde, aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde, do
qual conste a contrapartida de recursos no Orçamento do Estado, do Distrito Federal ou do
Município. 
§ 1 º . Os planos municipais de saúde serão consolidados na esfera regional e estadual e a
transferência de recursos pelo Fundo Nacional de Saúde dos Municípios fica condicionada à
indicação, pelas Comissões Bipartites da relação de Municípios que, além de cumprirem as
exigências legais, participam dos projetos de regionalização e hierarquização aprovados
naquelas comissões, assim como à compatibilização das necessidades da política de saúde
com a disponibilidade de recursos. 
§ 2 º . O plano de saúde discriminará o percentual destinado pelo Estado e pelo Município,
nos respectivos orçamentos, para financiamento de suas atividades e programas. 
41conass . progestores 
§ 3 º . O Ministério da Saúde definirá os critérios e as condições mínimas exigidas para
aprovação dos planos de saúde do município. 
Ar t . 3º . Os recursos transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde serão movimentados, em
cada esfera de governo, sob a fiscalização do respectivo Conselho de Saúde, sem prejuízo
da fiscalização exercida pelos órgãos do sistema de Controle Interno do Poder Executivo e
do Tribunal de Contas da União. 
Ar t . 4º . É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas
nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área
da saúde. 
Ar t . 5º . O Ministério da Saúde, por intermédio dos órgãos do Sistema Nacional de Auditoria
e com base nos relatórios de gestão encaminhados pelos Estados, Distritos Federal e
Municípios, acompanhará a conformidade da aplicação dos recursos transferidos à
programação dos serviços e ações constantes dos planos de saúde. 
Ar t . 6º . A descentralização dos serviços de saúde para os Municípios e a regionalização da
rede de serviços assistenciais serão promovidas e concretizadas com a cooperação técnica
da União, tendo em vista o direito de acesso da população aos serviços de saúde, a
integralidade da assistência e à igualdade do atendimento. 
Art . 7º . A cooperação técnica da União com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
previstas no art. 16, inciso XIII, da Lei Orgânica da Saúde, e no art. 30, inciso VII, da
Constituição Federal, será exercida com base na função coordenadora da direção nacional do
Sistema Único de Saúde (SUS), tendo em vista a realização das metas do Sistema e a
redução das desigualdades sociais e regionais. 
Ar t . 8º . A União, por intermédio da direção nacional do SUS, incentivará os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios a adotarem

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