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8 EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDADA EM TÍTULO EXECITIVO EXTRAJUDICIAL

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 
PROF. ESP. YVIANE RODRIGUES 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDADA EM TÍTULO 
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
ABELHA, Marcelo. Manual de Execução Civil. 5.ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de Direito Processual Civil de acordo com o novo CPC.12ª Edição. 
São Paulo : Atlas, 2016. 
1 
A execução por quantia certa contra o devedor dito solvente consiste em 
expropriar-lhe tantos bens quantos necessários para a satisfação do credor (NCPC, 
art. 789). A sanção a ser realizada in casu é o pagamento coativo da dívida 
documentada no título executivo extrajudicial. Trata-se de uma execução direta, 
em que o órgão judicial age por sub-rogação, efetuando o pagamento que 
deveria ter sido realizado pelo devedor, servindo-se de bens extraídos 
compulsoriamente de seu patrimônio. 
Após a provocação do credor (petição inicial) e a convocação do devedor 
(citação para pagar), os atos que integram o procedimento em causa “consistem, 
especialmente, na apreensão de bens do devedor (penhora), sua transformação 
em dinheiro mediante desapropriação (arrematação) e entrega do produto ao 
exequente (pagamento)”. 
Essas providências correspondem às fases da proposição (petição inicial e 
citação), da instrução (penhora e alienação) e da entrega do produto ao credor 
(pagamento). 
Não há, no processo civil, execução ex officio, de modo que a prestação 
jurisdicional executiva sempre terá que ser provocada pelo credor, mediante 
petição inicial, que, com as devidas adaptações, deverá conter os requisitos do art. 
319. As partes serão suficientemente identificadas e qualificadas e a 
fundamentação do pedido será simplesmente a invocação do título executivo e do 
inadimplemento do devedor. Quanto ao pedido, apresenta-se ele com duplo 
objetivo, ou seja, a postulação da medida executiva e da citação do devedor, 
ensejando-lhe o prazo de três dias para que a prestação seja voluntariamente 
cumprida, sob a cominação de penhora (art. 829, caput e § 1º). 
A inicial, conforme o art. 798, será sempre instruída: 
 COM O TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (INC. I, “A”); 
 COM O DEMONSTRATIVO DO DÉBITO ATUALIZADO ATÉ A DATA DA 
PROPOSITURA DA AÇÃO (INC. I, “B”); 
 INDICAÇÃO DOS BENS SUSCETÍVEIS DE PENHORA, SEMPRE QUE POSSÍVEL (INC. 
II, “C”). 
A memória de cálculo tem de ser analítica, de modo a demonstrar com 
precisão a composição do débito, para o que, nos termos do parágrafo único do 
art. 798,8 indicará: 
 O ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA ADOTADO; 
 A TAXA DE JUROS APLICADA; 
 OS TERMOS INICIAL E FINAL DE INCIDÊNCIA DO ÍNDICE DE CORREÇÃO 
MONETÁRIA E DA TAXA DE JUROS UTILIZADOS; 
 A PERIODICIDADE DA CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS, SE FOR O CASO; E 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 
PROF. ESP. YVIANE RODRIGUES 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR SOLVENTE FUNDADA EM TÍTULO 
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
ABELHA, Marcelo. Manual de Execução Civil. 5.ª Edição. Rio de Janeiro: Forense, 2015. 
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de Direito Processual Civil de acordo com o novo CPC.12ª Edição. 
São Paulo : Atlas, 2016. 
2 
 A ESPECIFICAÇÃO DO DESCONTO OBRIGATÓRIO REALIZADO. 
É importante o demonstrativo, com todos os requisitos legais, pois somente 
assim o devedor terá condições de defender-se contra pretensões eventualmente 
abusivas ou exorbitantes do título e da lei. 
Acolhida a inicial, o órgão judicial providencia a expedição do mandado 
executivo, que consiste na ordem de citação do devedor, intimando-o a, em três 
dias, cumprir a obrigação, sob pena de penhora (art. 829, caput e § 1º). 
Conterá o mandado, outrossim, com as necessárias adaptações, os requisitos 
do art. 250, dentre os quais, e obrigatoriamente, os nomes e endereços das partes, 
o fim da citação, com as especificações da inicial e do título executivo, a 
cominação de penhora, a cópia do despacho que deferiu o pedido do credor, e a 
assinatura do escrivão, com a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. 
Dada a índole não contraditória do processo de execução, a citação não é 
feita, propriamente, para convocar o demandado a defender-se, pois a prestação 
jurisdicional executiva não tende a qualquer julgamento de mérito. O chamamento 
do devedor é especificamente para pagar, conferindo-lhe, dessa forma, “uma 
última oportunidade de cumprir sua obrigação e, na falta, submetê-la 
imediatamente à atuação dos órgãos judiciários que procedem à execução”. 
Cumprida a citação, completa-se a relação processual trilateral “credor-juiz-
devedor” e fica o órgão executivo aparelhado para iniciar a expropriação por 
meio do primeiro ato de agressão contra o patrimônio do devedor que é a 
penhora. 
Não se inclui mais no ato citatório a convocação para nomear bens à 
penhora, visto que, a faculdade de indicar os bens à penhora foi atribuída ao 
exequente, que a pode exercer na propositura da execução, ou seja, na própria 
petição inicial (arts. 798, II, “c”, e 829, § 2º). Exercida a faculdade, constarão do 
mandado de citação os bens a serem penhorados, caso o devedor não pague a 
dívida nos três dias fixados pelo art. 829. 
Em razão do princípio do contraditório, não pode o executado ser privado 
do direito de defesa, seja em relação ao mérito da dívida exequenda, seja quanto 
à regularidade ou não dos atos processuais executivos em curso. Mas, para deduzir 
sua oposição, deverá estabelecer uma nova relação processual incidente, fora do 
processo executivo propriamente dito, em que ele será o autor e o exequente, o 
réu: são os embargos à execução (arts. 914 e ss.).

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