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LEGISLAÇÃO ESTADUAL GO AULA OO

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Aula 00
Legislação Estadual p/ Polícia Civil-GO (Delegado) Com videoaulas - Pós-Edital
Professor: Paulo Bilynskyj
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Aula 00 
Lei Orgânica da Polícia Civil para PC-GO 
Carreiras Policiais - UEG 
Professor: 
Paulo Bilynskyj 27 de março, 2018 
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Lei Orgânica nº 16.901/2010 para PC-GO 
Carreiras Policiais - UEG 
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Sumário 
APRESENTAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................ x 
APRESENTAÇÃO PESSOAL .................................................................................................................................. x 
APRESENTAÇÃO DO CURSO ............................................................................................................................... x 
Lei Orgânica da Polícia Civil de Goiás para Concursos ........................................................................... x 
Aspectos Gerais da matéria ................................................................................................................... x
 Metodologia de estudo .......................................................................................................................... x 
 .PDF .................................................................................................................... x 
 Vídeo aulas ......................................................................................................... x 
 Cronograma do curso ............................................................................................................................. x 
 Quadro Sinóptico da aula ....................................................................................................................... x 
1. SEGURANÇA PÚBLICA A PARTIR DA CR/88 ........................................................................................... 4 
1.1. Dos Órgãos de Segurança Pública ................................................................................................... x 
1.1.1 Polícias da União ............................................................................................................... 6 
 Polícia Federal .................................................................................................... x 
 Polícia Rodoviária Federal .................................................................................. x 
 Polícia Ferroviária Federal .................................................................................. x 
1.1.2 Polícias dos Estados .......................................................................................................... x 
 Polícia Militar ..................................................................................................... x 
 Corpo de Bombeiro Militar ................................................................................ x 
 Polícia Civil ......................................................................................................... x 
 1.1.3 Polícia dos Municípios ....................................................................................................... x 
2. A POLÍCIA CIVIL A PARTIR DAS CONSTITUIÇÕES ................................................................................... 4 
2.1. A Polícia Civil a partir da CR/88 ....................................................................................................... x 
 2.2. A Polícia Civil a partir da Constituição Estadual de Goiás .............................................................. x 
3. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LEI ORGÂNICA DO ESTADO DE GOIÁS .................................................... 4 
4. DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS DA ESTRUTURA DA POLÍCIA CIVIL ......................................................... 4 
4.1. Disposições Institucionais ............................................................................................................... 5 
 Disposições ......................................................................................................... x 
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 Princípios institucionais...................................................................................... x 
 Diretrizes ............................................................................................................ x 
 Compete a Polícia Civil ......................................................................................... 
 São Policiais civis do Estado de Goiás .................................................................. 
 Símbolos da Polícia Civil ....................................................................................... 
 Exercício da Função Policial ................................................................................. 
5. QUESTÕES .......................................................................................................................................... 4 
 5.1. Lista de questões sem comentários .................................................................................................. 
 5.2. Gabarito............................................................................................................................................. 
 5.3. Lista de questões comentadas .......................................................................................................... 
6. DESTAQUE A LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIAS ................................................................................... 4 
7. RESUMO ............................................................................................................................................. 4 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 
 
 
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Imagem: Brasão da Polícia Civil do Estado de Goiás. 
 
³9RFr�QmR�DFRUGRX�KRMH�SDUD�VHU�PHGtRFUH��9i�H�YHQoD�´ 
 
 
 
 
 
 
 
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APRESENTAÇÕES INICIAIS 
APRESENTAÇÃO PESSOAL 
Olá GUERREIROS! 
Sejam super bem-vindos ao nosso módulo de Lei Orgânica da Polícia Civil do 
Estado de Goiás. 
Inicialmente, quero apresentar-me e, logo em seguida, falaremos um pouco mais 
sobre este curso regular destinado às carreiras policiais, em especial, às do estado de 
Goiás. 
Meu nome é PAULO BILYNSKYJ, sou Delegado de Polícia no Estado de São Paulo, 
atualmente, e com muito orgulho, em exercício no Departamento de Homicídios e 
Proteção à Pessoa, Titular do 2º Grupo Especial de Atendimento a Local de 
Crime. 
Sou graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, e especialista em 
Criminologia, Segurança Pública e Política Criminal. 
Meu primeiro concurso público foi aos 12 anos, para o Colégio Militar de Curitiba, 
lá tive a oportunidade de servir ao Exército Brasileiro e de internalizar valores como: 
PÁTRIA, HONRA, DEVER e DISCIPLINA. 
Apaixonei-me pela carreira de Delegado de Polícia no terceiro período de faculdade e, 
logo que formei, iniciei minha preparação, alcançando a aprovação em meu 
primeiro concurso, em 2011, para o cargo de Delegado de Polícia do Estado 
de São Paulo, aos 25 anos de idade, digo sempre: -cada minuto de estudo valeu a 
pena e eu faria tudo de novo. 
Dedico-me também à carreira de Professor aqui, no Estratégia Jurídico, 
lecionando as matérias de Lei Orgânica da Polícia, bem como, Medicina Legal. 
Tive também o privilégio de, juntamente com outros parceiros Doutores e amigos de 
caminhadas, escrever alguns livros, figurando, portanto, como Coautor dos livros: 
ƒ 2017 ± Editora: Questões Discursivas. Delegado de Polícia ± Questões 
Discursivas e Peças Práticas Comentadas e Respondidas; 
 
ƒ 2018 ± Editora: Novo Século. Polícia Civil do Estado de São Paulo ± 
Concurso - Agente, Escrivão, Investigador, Apostila Preparatória 
Por último e, não menos importante, sou Consultor Técnico para Cinema e 
Televisão. 
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Como puderam perceber, entrei na esfera de concursos públicos há aproximadamente 
18 anos e, desde então, tenho auxiliado pessoas a realizar sonhos, por isso, digo 
sempre: - sou professor por paixão! 
Acredito sempre no melhor dos meus alunos e que a aprovação é questão de tempo, 
estratégia e disciplina. Portanto, vamos à luta! 
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer 
em orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando. 
 
E-mail: pbilynskyj@gmail.com 
Facebook: Paulo Bilynskyj 
Instagram: @paulobilynskyj 
Youtube: Projeto Policial 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA CIVIL DE GOIÁS PARA CONCURSOS 
A partir de agora, daremos inicio ao nosso curso sobre a Lei Orgânica da Polícia 
Civil do Estado de Goiás - Lei nº 16.901 de Janeiro de 2010 - voltado às provas 
objetivas de carreiras policiais. Inicialmente, quero deixá-los a par das principais 
movimentações acerca dos concursos policiais do Estado de Goiás. 
Convém enfatizar que, os concursos de carreiras policiais do Estado de Goiás estão 
iminentes ±. Ressalte-se que houve autorização para ABERTURA DE CONCURSO 
PÚBLICO, contemplando oportunidade para 650 VAGAS POLICIAIS do estado, 
sendo 100 vagas para Delegados de Polícia e 550 distribuídas entre Agentes e 
Escrivães. Além disso, o Estado de Goiás, em meados de fevereiro de 2018, definiu 
que a banca organizadora do concurso para Delegado será a UNIVERSIDADE 
ESTADUAL DE GOIÁS - UEG. 
Seja como for, devido à procura e à perspectiva de que o edital seja publicado tão 
logo, e a evidência de que os novos concursos cobrarão a Lei Orgânica da Polícia 
Estadual, desenvolvemos este curso regular de forma que ele poderá ser usado para 
estudar tanto para concursos de Delegados, como para concursos de Agentes, 
Escrivães e Papiloscopistas de Goiás. 
Nessa esteira, montamos um curso teórico com esquemas, doutrinas, jurisprudências 
e destaques para polêmicas ações judiciais que envolvem as polícias do Estado 
de Goiás, atualmente, tramitando no Supremo Tribunal Federal, e que, inclusive, 
nos últimos anos, tem sido cobrado como jurisprudência na maioria das provas 
policiais. 
Além disso, atenção especial será destinada às tendências das bancas, aos assuntos 
mais cobrados e aos tópicos das Leis Orgânicas que mais causam confusões quando o 
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assunto é organização das polícias. Por essa razão, destacaremos às sucessivas 
revogações e alterações legislativas na Lei Orgânica de Goiás (LOPC-GO), 
especialmente pela Lei nº 19.828/2017, Lei nº 19.275/2016, e jurisprudenciais 
do STF que, certamente, cairão nas próximas provas. 
Dentro dessa proposta metodológica, também observaremos, de forma concomitante, 
conceitos indispensáveis fornecidos por outros ramos do direito, a exemplo, pelo 
Direito Constitucional, Direito Administrativo, Constituição Estadual de Goiás, Direito 
Processual Penal e, não menos importante, pela Lei local do Servidor Público do 
Estado de Goiás (Lei nº 10.460/88), enfim, utilizaremos todas as legislações 
pertinentes. 
Por fim, é importante destacar que, todos os assuntos aqui abordados, serão tratados 
para atender tanto àquele que está iniciando os estudos como àquele que está 
estudando há mais tempo. 
Sem mais delongas, vamos ao que interessa. 
ASPECTOS GERAIS DA MATÉRIA 
Particularmente, considero o estudo da Lei Orgânica de qualquer polícia, como um 
dos estudos mais estratégicos que o candidato pode fazer. Candidatos às carreiras 
policiais e, principalmente, àqueles que têm pressa de aprovação, deve dedicar-se a 
ela por dois motivos: primeiro, por que é ignorada e desprezada nos cronogramas de 
estudos de vários candidatos e o aluno que se atenta a isso, certamente, sairá na 
frente. Segundo, as Leis Orgânicas proporcionam um panorama geral da visão 
institucional do local onde o candidato trabalhará após ser aprovado, ou seja, é a 
oportunidade de conhecer sua futura casa. 
Diante disso, alerto: 
A matéria de Lei Orgânica de qualquer polícia é indispensável ao candidato à carreira 
policial, não a despreze, estude-a veemente e sem medo. 
3HQVDQGR�QLVVR��QRVVDV�DXODV�OHYDUmR�HP�FRQVLGHUDomR�DV�VHJXLQWHV�³IRQWHV´��RX�VHMD��
subsídios a partir dos quais o nosso curso será estruturados, quais sejam: 
 
Lei 
Orgânica 
da 
Polícia 
Civil de 
Goiás;
CR/88
CE/GODir. Admi.
Jurispru
dência 
STF
Lei 
10.460/
88
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Diante de toda essa estrutura, é indispensável, para que nosso estudo seja completo 
e eficaz, a resolução de questões. Essa faceta, é que proporciona um mapeamento 
quanto ao grau de dificuldade de cada tema, além de revelar as possibilidades de 
cobrança sobre os temas. 
Assim, a fim de prosseguir com um estudo eficaz e sólido, resolveremos questões de 
TODOS os níveis, explorando, principalmente, as bancas que já abordaram o 
assunto, como por exemplo, CEBRACESPE (CESPE) e UEG. Além disso, usaremos 
também, todo nosso banco de questões de que dispomos. 
METODOLOGIA DE CURSO 
ƒ .PDF 
Nossas aulas em .pdf têm por característica essencial a didática. Ao contrário do que 
encontraremos na Lei Seca. Por esta razão, nosso curso todo se desenvolverá com 
uma leitura de fácil compreensão e assimilação. 
Atenção, isso não significa que o módulo será abordado com superficialidade. Ao 
contrário, desenvolveremos mapas mentais, macetes, esquemas, gráficos, 
resumo, questões e tudo que for necessário para dar destaque à Lei Seca, 
evidenciando sempre, diferenças tênues entre conceitos que podem gerar confusão 
entre os candidatos e que são, exaustivamente, cobrados em provas de concursos 
públicos. 
Logo, repito: os assuntos serão aprofundados! 
1RVVD�SUHWHQVmR�p�³FKDPDU�D�DWHQomR´�SDUD�DV�LQIRrmações que realmente importam. 
Com essa estrutura e proposta, pretendemos conferir segurança e tranquilidade para 
uma preparação completa, sem necessidade de recurso a outros materiais didáticos. 
Finalmente, vale dizer que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em 
.pdf é o contato direto e pessoal com o Professor. Por isso, além do nosso 
fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e, eventualmente, pelo 
Instagram e Facebook. 
Não é demais repetir que nossas redes sociais já foram disponibilizadas nas primeiras 
páginas deste material. 
Aluno nosso não vai para a prova com dúvida! 
É importante compreender que, por vezes, ao ler o material surgem incompreensões, 
dúvidas, curiosidade, nesses casos basta nos escrever. Assim que possível, 
responderemos a todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que levam a sério 
essa metodologia. 
ƒ VÍDEOAULASMerece menção, nossas vídeoaulas! 
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Essas aulas destinam-se a complementar a preparação quando estiver cansado do 
estudo ativo (leitura e resolução de questões) ou até mesmo para fazer a revisão. Por 
isso, você disporá de um conjunto de vídeos para assistir como quiser, podendo 
assistir on-line ou baixar os arquivos. 
Com outra didática, você disporá de um conteúdo complementar para a sua 
preparação. Ao contrário do PDF, evidentemente, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM 
A TODOS OS PONTOS QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS 
ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão 
videoaulas apenas em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão 
vídeos. Nosso foco é, sempre, o estudo ativo! Não obstante, será o material 
mais completo em PDF e vídeo do mercado. 
Ainda no que se refere aos vídeos, serão disponibilizados os QRCODE. Ao longo da 
aula você encontrará alguns códigos para acessar pequenos vídeos exclusivos que 
versam de alguns pontos da matéria. Vamos tratar de pontos difíceis, complexos, que 
geram dúvidas ao longo do estudo teórico da disciplina. Com isso, você terá à 
disposição mais um instrumento para que a sua preparação seja a mais completa! 
Acredito que você irá gostar! Vamos fazer um teste?! 
 CONHEÇA O QRCODE 
 
De forma resumida, significa dizer que nosso módulo será estruturado da seguinte 
forma: 
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CRONOGRAMA DO CURSO 
A fim de atender ao proposto acima, apresentamos o cronograma de aulas referente 
ao nosso estudo da Lei Orgânica da Polícia Civil de Goiás: 
Aula Conteúdo Data da disponibilização 
Aula 00 
 
 
Aula 01 
Aula 02 
Aula 03 
 
 
Aula 04 
Obviamente, cumpre alertar que, eventuais ajustes poderão ocorrer, especialmente 
por questões didáticas. De todo modo, sempre que houver alterações no cronograma 
acima, vocês serão previamente informados. 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA 
Na aula de hoje iremos tratar dos assuntos iniciais de Direito Constitucional, para que, 
na próxima aula, possamos adentrar ao estudo da Lei Orgânica da Polícia Civil de 
Goiás, propriamente dita. 
Em termos de estrutura, a aula será composta dos seguintes capítulos: 
Disponibilização 
de artigos 
comentados. 
Súmulas e 
jurisprudência 
relevantes, 
quando houver.
Conexão do artigo 
com o Direito 
Administrativo e o 
Estatuto dos 
Funcionários Cívis 
de Goiás, se 
necessário.
Muitas questões 
anteriores de 
provas 
comentadas.
Resumo dos 
principais tópicos 
da matéria.
Vídeoaulas 
complementares 
sobre 
determinados 
pontos da matéria
APROVAÇÃO!
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Diante disso, vamos à luta! 
Boa aula à todos. 
1. SEGURANÇA PÚBLICA A PARTIR DA CR/88 
A ideia preliminar de segurança pública surge na Carta Magna de 88. Em seu artigo 
144, a CR/88 preocupou-se em apresentar uma definição, sem a qual, jamais 
poderíamos chegar ao conceito de polícia civil, isto é, SEGURANÇA PÚBLICA. 
Esse assunto é tratado de forma energética para provas policiais e é explanado na 
matéria de Direito Constitucional, por intermédio do tema: DEFESA DO ESTADO E 
DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS. 
Oportunamente, vale lembrar que, quando a CR/88 apontou o tema, trouxe, 
consequentemente, duas importantes classes, a primeira, chamada de 
INSTRUMENTOS de defesa do Estado e das Instituições Democráticas, conhecida 
como as ferramentas utilizadas para manutenção ou reestabelecimento da ordem do 
país em momentos de anormalidade, quais sejam; ESTADO DE DEFESA e o ESTADO 
DE SÍTIO. 
Vejamos os principais aspectos e diferenças acerca dos temas: 
ESTADO DE DEFESA ESTADO DE SÍTIO 
É medida excepcional e temporária; é 
menos gravosa que o Estado de sítio; 
Feição de maior gravidade, acarretam 
grave comoção social, conflito armado 
envolvendo Estado estrangeiro e etc. 
Decretada de imediato pelo Presidente da 
RFB, com POSTERIOR APROVAÇÃO do 
CONGRESSO NACIONAL; 
O Presidente da RFB, só decreta APÓS a 
AUTORIZAÇÃO do CONGRESSO 
NACIONAL; 
Visa restabelecer a normalidade dentro de 
área determinada e delimitada. 
É decretado sempre com amplitude 
nacional, ainda que restrito a 
determinada localidade. 
As hipóteses de decretação são observadas 
pelo plano fático; 
A CR/88 exige, alternativamente; 
(a) grave e iminente instabilidade 
institucional; ou (b) calamidade de grandes 
proporções de natureza. 
Os pressupostos materiais (hipóteses), 
também exigidos alternativamente, são; 
(a) Comoção de grave repercussão 
nacional; ou (b)Ocorrência dos fatos que 
comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa; (c) 
Declaração de estado de guerra ou 
resposta a agressão armada estrangeira. 
Segurança Pública 
a partir da 
Constituição 
Federal de 88
A Polícia Civil a 
partir das 
Cinstituições 
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PRAZO: 30 dias, que podem ser prorrogáveis 
por no máximo mais 30 dias. 
Se a situação não for resolvida nesse prazo, 
deverá ser decretado estado de sítio. 
PRAZO: Ante a ineficácia do estado de 
defesa, o prazo será de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 30 dias (quantas 
vezes forem necessárias), 
INDISPENSÁVEL a autorização do 
Congresso Nacional para prorrogação. 
Hipótese de guerra: Enquanto durar a 
guerra. 
Lado outro, a segunda, e é ela que nos interessa, delineou a 
INSTITUCIONALIZAÇÃO da defesa do país. Dito de outro modo, significa que a 
CR/88 instituiu a forma permanente, da defesa do país, por intermédio das 
FORÇAS ARMADAS e da SEGURANÇA PÚBLICA. 
No tocante à Segurança Pública, teremos um capitulo inteiro pertinente ao tema. 
Diferente do tema relacionado às forças armadas, por isso, é relevante anotar, 
Remember: 
Sob o título de forças armadas se integram a Marinha, a Aeronáutica e o Exército. Tais 
instituições são dotadas pela Constituição de 1988 como instituições nacionais de caráter 
permanente e regulares, destinadas à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, 
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem1. 
 
 
1 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª edição. Salvador: Editora 
JusPodivm, 2017, p. 1404. 
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Nasce, a partir disso, o alicerce jurídico das polícias brasileiras: segurança pública. 
Como o tema é explorado é prova? 
 
Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GOProva: Agente de Polícia 
No sistema constitucional do gerenciamento das crises, a Constituição Federal prevê medidas 
excepcionais para a restauração da ordem, em momentos de anormalidade. São medidas que 
ampliam o poder repressivo do Estado, informadas pelos princípios da necessidade e da 
temporalidade, restringindo os direitos e garantias individuais. Dentre essas medidas 
excepcionais para a restauração da ordem, encontra-se o estado de 
a)defesa, que pode ser estabelecido por vezes sucessivas e consecutivas, sendo de âmbito nacional. 
b)sítio, que permite a restrição ao sigilo de correspondência, ao direito de propriedade e à liberdade 
de manifestaçãodo pensamento. 
c)defesa, que permite a restrição à inviolabilidade domiciliar, ao sigilo de correspondência e à 
liberdade de expressão do pensamento. 
d) sítio, que, depois de estabelecido, pode ser prorrogado por tempo indeterminado, sendo de âmbito 
nacional. 
Gabarito: B 
DEFESA DO 
ESTADO E DAS 
INSTITUIÇÕES 
DEMOCRÁTICAS. 
INSTRUMENTOS
(manter/reestabelecer 
ordem em periodos 
anormais)
Estado de 
defesa
Estado de 
sítío
INSTITUCIONALIZAÇÃO 
da defesa (GARANTIR a 
defesa de modo 
PERMANENTE)
Forças 
Armadas
SEGURANÇA 
PÚBLICA 
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Tão importante quanto definir o alicerce jurídico das polícias é fazê-lo sob uma 
perspectiva de DEVER (obrigação) do estado. Nossa Constituição, porém, deixou 
assente que a segurança pública é responsabilidade de todos, vejamos: 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgão (...) 
É importante, ademais, destacar que Segurança Pública é a forma de garantir ou 
prestar a ordem pública, bem como, garantir que fiquem ilesos tanto as pessoas 
como nossos patrimônios. Dito de outro modo, diz-se que só se pode concretizar esse 
dever por intermédio do PODER DE POLÍCIA, porém, apenas quando este é exercido 
como uma atividade limitadora de direitos individuais em prol do interesse público ± 
política de segurança pública. 
Frise-se que política de segurança é gênero que se divide em 02 espécies, quais 
sejam, polícia administrativa e polícia judiciária. 
Segundo Bernardo Golçalves2: 
A política de segurança, por sua vez, se divide em polícia administrativa - que atua 
preventivamente, evitando, assim, que o ilícito administrativo aconteça ± e em polícia judiciária ± 
destinada à atividade de investigação e, por isso, tem atuação repressiva, já que depende da 
ocorrência de ilícito penal. 
 
 
Sem embargo das observações acima listadas, é relevante compreender que, após 
delinear segurança pública como dever do Estado, o próximo norte da CR/88 é 
constituir os órgãos responsáveis por garantir a segurança pública. 
É o que veremos a seguir, mas antes, importante observar como o tema é cobrado 
em provas.. 
 
2 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª edição. Salvador: Editora 
JusPodivm, 2017, p. 1408. 
‡Atuação preventiva.
‡Evita que o ílicito administrativo aconteça.POLÍCIA ADMINISTRATIVA
‡Atuação é repressiva, pois depende do ílicito 
penal.
‡Destinada à investigação.
POLÍCIA JUDICIÁRIA 
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Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: Escrivão de Polícia Civil - Reaplicação 
A segurança pública, consoante o disposto na Constituição Federal, é dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos. Nesse sentido, tem-se que 
a) o planejamento e a solução das controvérsias sobre a paz pública devem ser tratados com a 
comunidade. 
b) a segurança pública diz respeito exclusivamente à polícia, dentre os órgãos governamentais. 
c) as medidas sociais de prevenção ao delito são de competência das polícias estadual e federal. 
d) a política nacional de segurança pública é estabelecida pela polícia federal e pelas forças armadas. 
Gabarito: A 
 
1.1. DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA 
Nos termos definidos constitucionalmente, 05 (cinco) são as polícias ou os órgãos 
(como o legislador preferiu chamar) responsáveis por instituir a segurança pública. 
Vejamos; 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
Dentro desse escopo, fala-se em órgãos de segurança pública da União e órgãos de 
segurança pública dos estados. 
Importante destacar que STF entendeu na ADI 
2.827/RS ± de 06.04.2011 ± que o rol de órgãos 
encarregados do exercício de segurança pública, 
previsto no art. 144, da CR/88, é TAXATIVO, e que 
esse modelo federal deve ser observado pelos Estados-
membros e pelo Distrito Federal. 
Como dito anteriormente, cada uma dessas polícias é integrada a um Ente Federado 
(União ou Estados/DF), sendo importante a fixação da seguinte divisão: 
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Lado outro, no âmbito dos Estados-membros, integram-se a eles os seguintes órgãos: 
 
Necessário abrirmos um parêntese. 
E a razão são as polícias do Distrito Federal. Isso porque, É COMPETÊNCIA DA UNIÃO, 
organizar e manter a Polícia civil do Distrito Federal, a Polícia Militar do Distrito 
Federal e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Significa dizer que, a 
DVVLVWrQFLD�ILQDQFHLUD�GR�'LVWULWR�)HGHUDO��QR�VHQWLGR�GH�H[HFXWDU�R�³GHYHU�VHJXUDQoD�
S~EOLFD´�p�FXVWHDGD�(R$) pela União. 
Nessa esteira, o dispositivo constitucional: 
POLÍCIAS DA UNIÃO
PF
Exerce com EXCLUSIVIDADE, as
funções de polícia judiciária da
União, Art. 144§1º, CR/88.
PRF
Cuida do patrulhamento ostensivo das
rodovias federais, conforme dispõe o
Art. 144§2º, CR/88.
PFF
Destina-se ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais, Art.
144§2º, CR/88.
Polícias dos 
Estados
PM Polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.
CBM Prevenção e extinção de incendios, salvamento de vidas humanas e etc. 
PC Exercem as funções de polícia judiciária na esfera estadual.
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Art. 21. Compete à União: XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal 
para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
&RQWXGR�� WRGR� FXLGDGR� p� SRXFR�� (P� TXH� SHVH� KDYHU� HVVD� ³GHSHQGrQFLD� ILQDQFHLUD´�
essas polícias SUBORDINAM-SE ao Governador do Distrito Federal e não à 
União. Cuidado! 
Art. 144, § 6º. As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva 
do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios. 
A partir dessa orientação, foi editada a Súmula 647 do STF, transcrevemos: 
Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias 
civil e militar do Distrito Federal. 
Para a Doutrina, o que ocorre neste caso é um HIBRIDISIMO JURÍDICO. De acordo 
com, Bernardo Gonçalves Fernandes3: 
Há um hibridismo jurídico, no qual a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros do 
distrito Federal subordinadas ao governo do DF, se encontram sujeitas à disciplina da lei federal ± 
editada pelo Congresso Nacional ± no que concerne à organização e aos vencimentos. E mais, 
suas contas são controladas pelo Tribunal de Contas da União. 
Fechado o parêntese, seguimos agora, no sentido de estudar, de forma 
individualizada os órgãos policiais. 
1.1.1. POLÍCIAS DA UNIÃO 
Como dito outrora, nos termos delineados constitucionalmente, as polícias da União 
são as seguintes: 
A) POLÍCIA FEDERAL; 
Pela norma constanteno art. 144, §1º. IV da CR/88, atribui-se à Polícia Federal, com 
exclusividade, as funções de polícia Judiciária da União. Além disso, é órgão 
permanente, vale dizer que ela é mantida (R$) e organizada pela própria União e 
sua estrutura é em carreira. 
Veremos mais adiante, nos próximos capítulos��R�FRQFHLWR�GD�WHUPLQRORJLD�³FDUUHLUD´�, 
mas por ora, saiba que, conforme explica Matheus Carvalhos4, é utilizada para 
conceituar os cargos organizados em classes ou categorias escalonadas em razão do 
nível de responsabilidade e atribuições definidas para os agentes que os representa. 
Observa-se que, assim, que cada polícia tem suas atribuições. Tecnicamente, fala-se 
HP�³DWULEXLo}HV´�GH�3ROtFLD�H�QmR�HP�FRPSHWência, já que competência, em matéria 
 
3 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª. Edição. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017, p. 1415. 
4 CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4ª. Edição. Salvador: Editora JusPodivm, 2017, pg. 791. 
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processual penal, é utilizada para definir limite territorial do poder jurisdicional, 
veremos isso à frente. 
ƒ ATRIBUIÇÕES DA PF 
A Polícia Federal, dentro todas, é a que possui o rol de atribuições mais extenso. Por 
isso, iniciaremos por ela. 
Dessa forma, vale destacar que, são atribuições da Polícia Federal5: 
9 Exercer com caráter de exclusividade as funções de polícia 
judiciária da União, na forma do art. 144, §1º., VI, CR/88; 
9 Apurar infrações penais como contra a ordem pública e 
social; 
9 Apurar infrações que podem causar prejuízos de bens; 
serviços e interesses da União ou de sua administração 
indireta (neste caso, autarquias e empresas públicas); 
9 Apurar infrações de repercussão interestadual ou 
internacional que exija repressão uniforme; 
 
 
 
 
9 Prevenir e reprimir, conforme dispuser a lei, o tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins; 
9 O contrabando (art. 334-A, CP) e descaminho (Art. 334, 
CP) ± sem prejuízo das ações fazendárias de outros órgãos 
públicos nas respectivas áreas de competência; 
9 Exercer funções de polícia marítima, aeroportuária e de 
fronteiras. 
Sem prejuízo desses exemplos, enfatizamos que, quanto às infrações penais, vale 
destacar que a Lei nº 10.446/2002 complementa o disposto no inciso I do § 1o do 
art. 144 da Constituição, imputando à Polícia Federal as seguintes atribuições; 
9 Sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro, SE o agente foi 
impelido por motivação política ou quando praticado em razão de 
função pública exercida pela VÍTIMA; 
9 Formação de cartel; 
 
5 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª. Edição. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017, p. 1415. 
6 MARCÃO, Renato. Código de Processo Penal Comentado.1ª. Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2016, p. 72. 
O art.1º. da Lei no. 10.446/2002 dá atribuição ao Departamento 
de Polícia Federal do Ministério da Justiça para, quando houver 
repercussão interestadual ou internacional que exija 
repressão uniforme, sem prejuízo da responsabilidade dos 
órgãos de segurança pública arrolados no art.144 da CR/88, em 
especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, preceder as 
investigações6. 
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9 Infrações relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa 
do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados 
internacionais de que seja parte; 
9 Furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, 
transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver 
indícios de atuação de quadrilha ou bando ± atualmente fala-se em 
associação criminosa ART. 328, CP ± em mais de um Estado ou 
Federação; 
9 Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a 
fins terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou 
distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado; 
9 furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências 
bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de 
associação criminosa em mais de um Estado da Federal 
Finalmente, observa-se extenso rol no tocante as atribuições da Polícia Federal. 
Contudo, é mister apontar que, os demais órgãos policiais, em especial a polícia civil, 
ficam com um rol remanescente de atribuições. 
Dito de outro modo, conforme restará demonstrando a seguir, os demais órgãos de 
segurança pública ficam com as atribuições que sobram, ou seja, que não estão 
inseridas no rol de atribuições da PF. 
B) POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL; 
Disposta no Art. 144,§2º, da CR/88, merece destaque o fato de a PRF, assim como a 
PF, também ser órgão permanente, estruturado e mantido (R$) pela União. Sua 
estrutura também é em carreira. 
Contudo, convém frisar que ao contrário da Polícia Federal, a Polícia Rodoviária 
Federal não possui nenhuma atribuição para as funções de polícia judiciária, 
lembre-se que esta é exclusiva da União. Vejamos 
Diante disso, remanesce para a PRF as seguintes atribuições, vejamos... 
ƒ ATRIBUIÇÕES DA PRF 
9 Responsável pelo patrulhamento ostensivo das rodovias federais, na 
forma do art. 144, §1º., VI, CR/88. 
 
 
 
C) POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL; 
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) NÃO possui nenhuma 
atribuição voltada para as funções de polícia judiciária, já que 
esta é EXCLUSIVA da POLÍCIA FEDERAL. 
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Total destaque merece esse órgão policial. Embora haja previsão constitucional da 
Polícia Ferroviária Federal (Art. 144, §3º., da CR/88), ela ainda não foi instituída no 
Brasil, mas, alerto que já existem comissões criadas para essa finalidade. 
Vejamos o que revela o texto constitucional: 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através 
dos seguintes órgãos: 
(...) 
III - polícia ferroviária federal; 
Dessa forma, por vezes, o assunto é explorado em provas com base no texto legal. 
Daí porque, importante a leitura dos dispositivos legais, bem como, a familiarização 
com esse órgão. 
Por isso fique atento! 
 
 
ƒ ATRIBUIÇÕES DA PFF 
A atribuição constitucional, prevista para a Polícia Ferroviária Federal é: 
9 Patrulhamento ostensivo das ferrovias. 
 
Já existe no Ministério da Justiça, comissão responsável pela 
proposta de criação do órgão. Em 2012, o MJ em no dia 21 
de dezembro de 2012, publicou a portaria 3.252 - 
Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União, segundo a Polícia Federal, 
instituindo grupo de trabalho para elaborar o projeto de criação da Polícia Ferroviária 
Federal. Até o fechamento desta, sabe-se apenas que o Processo Administrativo para 
criação do referido órgão está em andamento. 
Como o tema Polícia da União é explorado em provas, Professor? 
 
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRF Prova: Agente Administrativo - 01 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a segurança pública é exercida por vários órgãos, 
entre eles: 
Em que pese, no Brasil ainda não ter sido instituído o órgão da Polícia 
FERROVIÁRIA Federal, ele está expresso no texto constitucional. 
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a) Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias militares e Conselho Nacional de 
Segurança Pública. 
b) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, administração penitenciária e polícias civis. 
c) Polícia Ferroviária Federal, administração penitenciária, corpos de bombeiros militares e polícias 
militares. 
d) Conselho Nacional de Segurança Pública, corpos de bombeiros militares, polícias civis e Polícia 
Federal. 
e) Polícia Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis e corpos de bombeiros militares. 
Gabarito: E 
 
Enunciados de questões em geral, trazem a sutil troca 
da palavra ferrovias por rodovias. Lembre-se que 
patrulhamento de rodovia é atribuição da PRF, órgão 
policial já existente, enquanto FERROVIAS é atribuição 
da Polícia Ferroviária! 
Superado o tema Polícias da União, passaremos ao estudo das policias dos Estados. 
 
1.1.2. POLÍCIAS DOS ESTADOS 
Conforme ensina o Mestre Bernardo Gonçalves7: ³No âmbito dos Estados-Membros, 
a segurança Pública é subordinada ao Governador do Estado-Membro e é atribuída à 
3ROtFLD�&LYLO��3ROtFLD�0LOLWDU�H�&RUSR�GH�ERPEHLUR�0LOLWDU�´ 
Não é demais repetir a situação do Distrito Federal, já que, exclusivamente neste 
caso, É COMPETÊNCIA DA UNIÃO, organizar e manter a Polícia civil do Distrito 
Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito 
Federal, embora isso ocorra, essas polícias SUBORDINAM-SE ao Governador do 
Distrito Federal e não à União. 
A) POLÍCIA CIVIL; 
De acordo com a norma vazada no art. 144, §4º. da CR/88, atribui-se à Polícia civil, 
as funções de Polícia Judiciária no âmbito estadual. 
Dito de outro modo, significa dizer, incube a esse órgão a apuração de infrações 
penais de forma residual, ou seja, apuração de infrações em geral a exceção das de 
natureza militar e aquelas constantes no rol de atribuições da Polícia Federal. 
Daremos mais destaques à Polícia Civil no capítulo especifico. 
ƒ ATRIBUIÇÕES DA PC 
 
7 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª. Edição. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017, p. 1409. 
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9 Apurar infrações penais, exceto as militares e as constantes no rol de 
atribuições da PF. 
B) POLÍCIA MILITAR; 
As polícias militares integram a segurança pública dos estados. 
ƒ ATRIBUIÇÕES DA PM 
As Polícias Militares dos Estados, estão adjudicadas de: 
9 Exercer função de polícia ostensiva e, de forma 
concomitante, cuidam da ordem pública - polícia 
administrativa -; 
9 Além disso, conforme dispõe o art. 144,§6º, CR/88, as Polícias 
Militares dos estados são forças auxiliares do Exército 
Brasileiro. 
Nessas circunstâncias, em virtude da exigência legal da Polícia Militar ser força 
auxiliar do Exercito, não se pode esquecer que essa subordinação direta das PMs ao 
EB, deu-se a fim de possibilitar a governança do Brasil, - na época em que fora 
instituída ± diante de uma realidade social chamada Ditadura Militar. 
Pertinente, neste momento, à abertura de parêntese. 
Fato é que, este é e sempre será um tema muito relevante, polêmico e atual, 
inclusive, é válido destacar que, nos últimos dias, muito se tem discutido sobre a 
desmilitarização da PM, ou seja, fim da polícia militar nos moldes modernos, entenda-
se: Fim da polícia militar, militarizada. Há inclusive, propostas de Emendas 
Constitucionais sobre este tema, como por exemplo, a EC nº 51/20138. 
Sem embargo dessa orientação, cumpre anotar que, a tese é de a PM fora criada 
como um mecanismo de controle social a partir da ditadura militar para àquela época, 
ou seja, para àquela realidade social. Ocorre que hoje, outra é a realidade social, por 
esta razão, o discurso, ainda minoritário, é os órgãos civis existentes são capazes de 
compor a segurança pública dos Estados-Membros, atentando-se, evidentemente, 
para atual realidade social. 
Concordando ou não, vale anotar que a segurança pública é alicerçada na realidade 
social, dessa forma, diz a corrente que, nada seria tão moderno quanto instituir 
órgãos civis, como por exemplo, a polícia civil e a guarda civil para o controle da 
segurança pública. 
Fechado o parêntese, sigamos para o próximo órgão. 
B) CORPO DE BOMBEIRO MILITAR; 
 
8 Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/114516 Acesso em 15.03.2018 
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Inicialmente, vale destacar que o CBM também representa força auxiliar e reserva do 
Exercito Brasileiro. 
ƒ ATRIBUIÇÕES DO CBM 
 
9 Prevenção e extinção de incêndios; 
9 Socorro, em casos de afogamento; 
9 Salvamento de vidas humanas; 
9 Socorro em casos de desabamentos 
9 E, de forma atípica, desenvolve também atividades de 
defesa civil. 
 
1.1.3. POLÍCIA DOS MUNICÍPIOS 
De acordo com a CR/88, vazado no art. 144, §8, os municípios podem criar guardas 
municipais a fim de proteger seus bens, serviços e instalações. Contudo, fala-se, 
neste caso, em natureza de polícia administrativa. 
ƒ ATRIBUIÇÕES DO CBM 
A lei n.13.022/2014 dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais e, 
regulamenta, portanto, o dispositivo constitucional acima mencionado. A partir daí, 
essa lei incube às guardas municipais de caráter civil, uniformizadas e armadas 
conforme previsto em lei9: 
9 A função de proteção municipal preventiva, ressalvadas as 
competências da União, dos Estados e do DF. 
Conforme explica o Mestre Bernardo Gonçalves ³O município pode criar, por lei, sua 
guarda municipal que será subordinada ao chefe do Poder Executivo Municipal, 
observada as condiç}HV�HVWDEHOHFLGDV�´ 
Fato é que a guarda municipal será formada por servidores públicos e seu 
funcionamento será acompanhado por órgão próprios de com atribuições de 
investigação e fiscalização. 
Finalmente, vencidos os tópicos propostos inicialmente, passaremos agora ao tema 
capaz de fundamentar e elucidar o estudo da Lei Orgânica da Polícia Civil. 
 
9 FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª. Edição. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017, p. 1417. 
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2. A POLÍCIA CIVIL A PARTIR DAS CONSTITUIÇÕES 
2.1. A POLÍCIA CIVIL A PARTIR DA CR/88 
A Constituição Federal da República trouxe, como visto anteriormente, a Polícia Civil 
como um dever dos Estados Membros, vale frisar que, na Carta Magna, o tema fora 
vazado em dois dispositivos importantes. 
 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através 
dos seguintes órgãos: 
IV - polícias civis; 
A partir disso, o assunto se estende às Constituições Estaduais, por determinação da 
CR/88. 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
Ocorre no dispositivo 24 da CR/88, o que a doutrina chama de técnicas de 
repartição de competência, no caso em tela, fala-se em repartição vertical 
concorrente. 
Conforme explica o Mestre em Direito Constitucional, Bernardo Gonçalves10: É 
aquele em que dois ou mais entes vão atuar concorrentementepara uma mesma 
matéria. 
Dito de outro modo, significa que cabe a cada Estado-Membro instituir e organizar sua 
própria polícia, prevendo em seu ordenamento estadual, qual seja, a constituição 
estadual, normas tratem desta organização. 
Diante dessa obrigatoriedade, o Estado de Goiás, passa a delinear, em sua própria 
constituição, a previsão legal para atender a tal obrigatoriedade constitucional. 
2.2. A POLÍCIA CIVIL A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE GOIÁS 
Em atenção ao quanto exposto acima, a Constituição Estadual de Goiás destinou 
seção específica para atender ao quanto determinado pela CR/88. Reproduzimos, 
portanto: 
SEÇÃO II 
DA POLÍCIA CIVIL 
Art. 123. À Polícia Civil, dirigida por Delegados de Polícia, cuja carreira integra, para todos 
 
10FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9ª. Edição. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017, p. 1409. 
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os fins, as carreiras jurídicas do Estado, incumbem às funções de polícia judiciária e a 
apuração das infrações penais, exceto as militares e as de competência da União. 
§ 1º O cargo de Delegado de Polícia é privativo de bacharel em Direito, com carreira 
estruturada em quadro próprio, dependendo o respectivo ingresso, de provimento condicionado 
à habilitação por concurso público de provas e títulos, realizados pela Academia de Polícia Civil 
do Estado, com participação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás. 
- Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 09-09-2010, D.A. de 09-09-2010. 
§ 2º - Os órgãos de atividades técnico-científicas da polícia civil serão dirigidos por profissionais 
da área. 
§ 3º A receita decorrente de serviços prestados à comunidade pelos órgãos técnico-científicos 
da polícia será aplicada em pesquisas criminalísticas, médico-legais, de identificação civil e 
criminal, aparelhamento e manutenção dos referidos órgãos, sendo pelo menos cinco por cento 
do montante destinado a cursos de reciclagem e especialização do pessoal. 
O caput e o §1º., da CR traz a reprodução fiel do art. 144§4º. , da CR/88 e, desde lá, 
a regra é clara: as polícias civis são dirigidas por delegados de polícia, leia-se 
autoridade policial. 
Como reforço da posição, esse assunto chegou ao STF, 
que posicionou na ADIN nº 3038/SC, julgada em 
11.12.2014. Neste caso, o Supremo firmou 
entendimento no sentido que as Constituições estaduais 
não podem prever regras diferentes do modelo previsto no art. 144 da Constituição 
da República, em obediência ao PRINCÍPIO DA SIMETRIA DAS FORMAS, ou seja, 
é inconstitucional Constituição Estadual que preveja que o chefe da Polícia 
Civil seja alguém que não integre a carreira. 
Do mesmo modo e, na mesma ADIN, decidiu a Suprema Corte que é inconstitucional 
norma da Constituição Estadual que imponha que o chefe da Polícia Civil deverá ser 
Delegado de Polícia integrante da classe final da carreira (último nível da 
organização policial) uma vez que não há tal exigência no texto constitucional. 
Noutras palavras, significa que, obrigatoriamente, só poderá dirigir a polícia civil 
delegados de polícia de carreira, por outra via, não há que se falar que esse mesmo 
delegado deve estar no último estágio promocional da carreira que integra, para que 
seja dirigente. 
A lei Orgânica da Polícia Civil do estado de Goiás prevê dispositivo diferente 
do entendimento do STF? 
Absolutamente não. Como veremos a seguir, o texto da CE reproduz in verbis o 
quanto proposto pela CR/88, ficando em perfeita conformidade com o entendimento 
da Suprema Corte. 
Finalmente, destaque-se que, a Constituição Estadual (CE) traça diretrizes pontuais e 
não exaustivas, definindo, por fim, que demais regras de organização sejam traçadas 
pela Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, in verbis: 
SEÇÃO II 
DAS ATRIBUIÇÕES DO PODER LEGISLATIVO 
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Art. 10. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, 
ressalvadas as especificadas no art. 11, dispor sobre todas as matérias de competência do 
Estado, e especialmente sobre: 
(...) 
VIII - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Procuradoria-Geral 
do Estado, da Procuradoria-Geral de Contas, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do 
Estado, do Tribunal de Contas dos Municípios, da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Corpo de 
Bombeiros Militar e dos demais órgãos da administração pública; 
A partir de todo esse andamento legislativo é que surge a Lei Orgânica da Polícia Civil 
do Estado de Goiás. Lei que fora elaborada pela Assembleia Legislativa do Estado e 
sancionada pelo Governador do Estado. A Lei nº 16.901/2010 ± LOPC-Go, tem como 
objetivo organizar, estabelecer garantias e deveres, bem como, apontar os 
direitos de todos os policiais civis do estado. Exatamente, como determina o ³VFULSW´ 
desenhado pela CR/88, posteriormente, reproduzido pela CE. 
Professor, o assunto é aplicável em questões de concursos policiais? 
 
(FUNIVERSA/2015/DELEGADO DE POLÍCIA) 
Com relação à defesa do Estado e das instituições democráticas, é correto afirmar que: 
(a) a polícia federal se destina a apurar quaisquer infrações que tenham repercussão interestadual ou 
internacional. 
(b) a polícia civil pode ser dirigida por qualquer servidor integrante com carreira de delegado, agente, 
perito ou escrivão. 
(c) compete à polícia federal apurar infrações penais cometidas contra a União, suas fundações, 
autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista 
(d) a CF prevê a polícia federal, a polícia rodoviária federal, a polícia ferroviária federal e a polícia 
aeroportuária federal como órgãos permanentes, estruturados em carreira, organizados e mantidos 
pela União. 
(e) a polícia civil do Distrito Federal, a polícia militar do Distrito Federal e o corpo de bombeiros militar 
do Distrito Federal são organizados e mantidos pela União, mas estão subordinados ao governador do 
Distrito Federal. 
Comentários 
Alternativa a: Errada. A polícia federal não apura quaisquer infrações que tenham repercussão 
interestadual ou internacional, ao contrário, é necessário que essas infrações de exijam REPRESSÃO 
UNIFORME. 
Alternativa b: Errada. A polícia Civil só pode ser dirigida por delegado de polícia de carreira, inclusive, 
que este também é o entendimento do STF. 
Alternativa c: Errada. Somente estão inclusas, como parte da administração indireta, neste caso, 
autarquias e empresas públicas. 
Alternativa d: Errada. O texto constitucional não prevê polícia aeroportuária. 
Gabarito: e Correta, conforme dispõe o art.21 c/c 144§6º. Ambos da CR/88. 
Após essas breves considerações, sabendo que a Polícia Civil compõe a estrutura de 
segurança pública de cada estado, e que é dever dos estados-membros, editar 
normas que garantam a incolumidade pública e seu dever de prestar segurança 
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pública. Passaremos a analisar, nas próximas linhas, a Lei n°16.901 de 26 de janeiro 
de 2010 editada pelo estado de Goiás. 
Vamos nessa, Guerreiros? 
4. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LEI ORGÂNICA DA POLÍCIA 
CIVIL DE GOIÁS 
Guerreiros, 
Finalmente adentraremos a Lei Orgânica da Polícia de Goiás, propriamente dita. 
Quero relembrá-los de que nosso estudo será aprofundamento, trazendo sempre 
conceitos de outros ramos do direito, bem como, destacando as principais 
jurisprudências do STF. 
Explicoque o Estado de Goiás, recentemente, tem figurado no polo de inúmeras 
ações que tramitam no STF cujo tema é policiamento. 
Destacaremos no decorrer do curso, ações polêmicas como a do SIMVE - Serviço 
Voluntário Estadual-, um serviço inovador cujo objetivo era repassar o serviço de 
policiamento ostensivo a voluntários. Evidentemente, a ação repercutiu no âmbito do 
STF e, certamente, será tema de prova. 
Outro tema polêmico que também está na esfera do STF gira em torno do salário dos 
policias do referido estado. 
Como puderam perceber, nossa abordagem será ampla e profunda, e dará a você, 
não só um firme subsidio geográfico do estado de Goiás, mas também, domínio total 
acerca da Lei Orgânica da PCGO. 
A) Panorama geral da LOPC-Go 
A Lei Orgânica da Polícia Civil de Goiás é divida em 05 (cinco) títulos, cada título 
trata de forma geral de um assunto específico. 
Além disso, alguns títulos (não todos) são subdivididos em capítulos e, 
posteriormente em seções. 
É muito importante que antes de iniciarmos o estudo da lei propriamente dita, você 
tenha uma visão da divisão da lei. Isso facilita a compreensão, proporciona uma 
imagem fotográfica da divisão, colaborando para que, conforme as dúvidas forem 
surgindo, você saiba exatamente o título e o art. que encontrará a resposta. 
Veja a divisão do Título I. 
 
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TÍTULO I 
Trata da 
ORGANIZAÇÃO e 
SERVIÇO da PC 
 
 Capítulo I 
Traz os principais 
DISPOSITIVOS da 
instituição ± como, por 
exemplo, os 
PRINCÍPIOS11. 
 
 Capítulo II 
Cuida da ORGANIZAÇÃO 
da polícia, que se 
estrutura da seguinte 
forma; 
 
 SEÇÃO I 
Explica as normas gerais 
de organização 
 
SEÇÃO II Delegado-Geral 
 SEÇÃO III Conselho Superior da PC 
 
SEÇÃO IV Adjunto-Geral12 
 SEÇÃO V 
Gerência de 
ADMINISTRAÇÃO e 
FINANÇAS (R$) 
 
SEÇÃO VI 
Assessoria Técnico-
Policial 
 
 
SEÇÃO VII 
Unidade de Execução e 
estratégia 
 
Seção VIII Delegacias Regionais 
 
Seção IX 
Gerência de 
Planejamento 
OPERACIONAL 
 Seção X Unidades Policiais 
 
Capítulo III 
Trata dos servidores da 
Polícia civil. 
 
 
Seção I Trata dos servidores 
EFETIVOS 
 
Seção I Trata dos servidores em 
COMISSÃO 
Note, portanto, que é o Título I que trata de TODA a organização e estrutura da 
Polícia Civil. Além disso, institui valores e princípios que regem a PCGO elencando, por 
fim, os setores existentes na PC. 
Já o Título 02 (dois) é composto por 04 (quatro) capítulos, no entanto não há 
subdivisões em seções. Esse título trata dos cargos de CARREIRAS existentes na 
PCGO. Vejamos: 
 
11 Os princípios institucionais da Polícia Civil é um dos assuntos mais cobrados em provas de concursos de carreiras policiais, 
senão o mais cobrado. Fique atento! 
12 Adjunto é o Delegado que auxilia o Delegado-Geral ĚĂ�WŽůŝĐŝĂ��ŝǀŝů ?���ƵŵĂ�ĞƐƉĠĐŝĞ�ĚĞ� ?ďƌĂĕŽ�ĚŝƌĞŝƚŽ ?�ĚŽ��' ? 
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TÍTULO II 
Trata dos cargos de CARREIRA 
existentes nos quadros na PCGO 
 
Capítulo I Elenca o rol de cargos em CARREIRA 
existente. 
 
Capítulo II Lista as GARANTIAS e PRERROGATIVAS 
dos policiais 
 
Capítulo III Trata dos DEVERES do policial civil 
 
 
Capítulo IV Trata da Remuneração (R$)13 do policial 
 
Por fim, os três últimos títulos da lei Orgânica da Polícia Civil de Goiás, não possuem 
subdivisões. E tratam dos seguintes assuntos; 
TÍTULO I 
Trata do REGIME JURÍDICO da 
PCGO. 
 
TÍTULO IV 
Elenca as regras de PROMOÇÂO 
(R$) dos policiais. 
 
TÍTULO V 
Lista as considerações finais e as 
divisões sobre as Classes de cada 
Cargo em Carreira. 
 
13 Não deixe de conferir, na aula pertinente, as ações que tramitam no STF e as decisões do Supremo acerca do salário do policial 
goiano. 
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4. DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS DA ESTRUTURA DA POLÍCIA 
CIVIL 
4.1. DISPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS 
Art.1º. - Disposições 
Por traz da ideia de se criar qualquer Lei Orgânica para as polícias civis, está à 
intenção de positivar várias normas organizacionais. É como dizer que as Leis 
2UJkQLFDV�FRQWHP�jV�UHJUDV�TXH�³RUJDQL]DP�D�FDVD´�� 
No caso da LOPC-GO, o legislador cuidou de estabelecer no primeiro art. os assuntos 
de que tratam a LOPC-GO, é muito importante que você os decore. Vejamos, 
portanto; 
Art.1º Esta Lei dispõe sobre os princípios, a organização, o funcionamento, as 
competências, as prerrogativas, as garantias e os deveres da Polícia Civil do Estado 
de Goiás, na forma do art. 24, inciso XVI, da Constituição Federal e do art. 4º, inciso II, 
alínea o14, da Constituição Estadual. 
Perceba que, 07(sete), são os assuntos sobre o qual a lei dispõe e para que você os 
decore, usaremos o seguinte macete: 
PF, PC e GOD!! 
Portanto, é correto afirmar que a Lei Orgânica do estado de Goiás dispõe sobre os 
seguintes temas: 
Princípios Prerrogativas 
Funcionamento Competências 
Garantias Organização Deveres 
Art.2º. ʹ Vinculação, Essencialidade, Fundamento e Finalidade 
O Artigo 2º. Vaza várias informações importantes, vejamos: 
Art. 2º A Polícia Civil, órgão permanente do Estado de Goiás, VINCULADA à Secretaria 
da Segurança Pública, ESSENCIAL à segurança pública e à defesa das instituições 
democráticas e FUNDADA na promoção da cidadania, da dignidade humana e dos 
direitos e garantias fundamentais, tem por FINALIDADE a preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
Parágrafo único. A Polícia Civil é órgão integrante do Sistema Único de Segurança 
 
14 ��ĂůşŶĞĂ� ?Ž ?�ĨŽŝ�ƌĞǀŽŐĂĚĂ�ƉĞůĂ����ŶǑ� ? ? ? ? ? ? ? ? 
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Pública ±SUSP±. 
De certa forma, 04 (quatro) são as informações mais importantes que precisam ser 
extraídas do texto legal. Para isso, observe o que segue: 
1. A Polícia Civil de Goiás é Vinculada à ... 
 
2. A PCGO é essencial para.. 
 
3. A PCGO foi fundada sob 03 vetores.. 
 
4. A PCGO tem por finalidade preservar... 
 
Quanto ao parágrafo único, vale esclarecer que o SUSP ± Sistema Único de Segurança 
Pública, é uma espécie de programa de âmbito nacional que unifica os princípios e 
diretrizes de todos os órgãos brasileiros de Segurança Pública, mas não é só isso, 
PCGO Vinculada
a Secretaria de 
Segurança Pública 
- SSP/GO
Essencial
1. Segurança Pública;
2. Defesa das Instituições 
demoncráticas.
PCGO foi FUNDADA em 03 (três) vetores 
I. Promoção da 
cidadania;
II.
Dignidade da 
pessoa humana 
III. 
Direitos e 
garantia 
fundamentais 
Finalidade Preservar
ordem pública 
e da incolumidade 
das pessoas 
e do patrimônio 
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esse sistema também traz as principais linhas de ação, de forma unificada, para 
treinamentos e aperfeiçoamento dos policiais15. 
De forma mais objetiva, significa dizer que o SUSP promove a integração entre os 
órgãos de Segurança Pública do Brasil. 
Art.3º. ʹ PrincípiosInstitucionais 
Princípios são, obrigatoriamente, em todo o ramo do direito, tema extremamente 
importante. Quanto à LOPc-Go não é diferente. 
Vale mencionar que este tema foi explorado em TODAS as provas da polícia civil de 
Goiás, razão pela qual, merece atenção especial. 
De acordo com a Lei Orgânica da PCGO, São os princípios que orientam TODAS as 
atividades do policial e do próprio órgão policial. 
Art. 3º São princípios institucionais da Polícia Civil: 
I ± proteção dos direitos humanos; 
II ± participação e interação comunitária; 
III ± resolução pacífica de conflitos; 
IV ± uso proporcional da força16; 
V ± eficiência na repressão das infrações penais; 
VI ± indivisibilidade da investigação policial; 
VII ± indelegabilidade das atribuições funcionais; 
VIII ± hierarquia e disciplina funcionais; 
IX ± atuação técnico-científica e imparcial na condução da atividade investigativa. 
Parágrafo único. No conceito de atuação técnico-científica não se compreende o exercício de 
perícia oficial. 
Sabendo disso, é necessário que você DECORE os 09 (nove) princípios institucionais 
da Polícia Civil e, de antemão, aviso: 
 
Atenção!! Todas as vezes que o art.3º caiu 
em provas, o examinador trocou esse rol de 
princípios pelas diretrizes (art.4º.) e até mesmo 
 
15http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/521605-CRIACAO-DO-SISTEMA-UNICO-DE-SEGURANCA-
PUBLICA-E-APROVADA-EM-COMISSAO.html 
16 A Súmula Vinculante n.11 estabelece o uso de algema como exceção. 
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pelas finalidades da PC (art.2º.). ± não deixe de ver abaixo o quadro comparativo -. 
Veja como o tema já foi cobrado.. 
 
CESPE/2017/DELEGADO DE POLÍCIA) A Lei Estadual de Goiás n.º 16.901/2010 prevê 
expressamente como princípio institucional da Polícia Civil a Parte superior do formulário 
a. Elegibilidade das atribuições funcionais. 
b. Indivisibilidade da investigação policial. 
c. Proteção dos direitos e garantias fundamentais e interação comunitária. 
d. Atuação técnico-científica e imparcial no exercício da perícia oficial. 
e. Eficiência na prevenção e na repressão das infrações penais. 
Comentários 
Alternativa a: Errada. 
Alternativa b: Correta. Conforme dispõe o art. 3º. VI, da Lei Orgânica. 
Alternativa c: Errada. O correto é proteção dos direitos humanos ± Art. 3º. I, LOPC-GO. 
Alternativa d: Errada. O correto é Atuação técnico-científica e imparcial na condução de atividade 
investigativa. Art. 3º. IX, LOPC-GO 
Alternativa e: Errada. O erro está na palavra prevenção. O correto é Eficiência na repressão das 
infrações penais. Lembre-se que a polícia civil não é polícia preventiva, mas judiciária. Art. 3º. V, 
LOPc-GO. 
Por fim, atente-se para o fato de que o exercício de perícia oficial NÃO é abrangido 
pela atuação técnico-científica. 
Art.4º. ʹ Diretrizes 
A atuação da polícia civil é pautada sob as seguintes diretivas, conforme dispõe o art. 
4º. Da LOPC; 
Art. 4º A atuação da Polícia Civil deverá atender às seguintes diretrizes: 
I ± atendimento imediato ao cidadão; 
II ± planejamento estratégico e sistêmico; 
III ± integração com os outros órgãos do sistema de segurança pública, as demais 
instituições do poder público e a comunidade; 
IV ± distribuição proporcional do efetivo policial; 
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V ± interdisciplinaridade da ação investigativa; 
VI ± cooperação técnico-científica na investigação policial; 
VII ± uniformidade de procedimentos; 
VIII ± prevalência da competência territorial na atuação policial; 
IX ± complementaridade da atuação policial especializada; 
X ± desburocratização das atividades policiais; 
XI ± cooperação e compartilhamento de experiências; 
XII ± utilização de sistema integrado de informações e de dados disponíveis; 
XIII ± capacitação fundamentada nas regras e nos procedimentos do SUSP, com ênfase 
em direitos humanos. 
Uma das principais diferenças que pode ser estabelecida entre as diretrizes (art.4º.) e 
os princípios (art, 3º.), de imediato, é que os princípios são sempre mais genéricos, 
trata-se de normas gerais que cuidam de fundamentar a relação da sociedade como 
um todo. 
Lado outro, as diretrizes são mais específicas, em regra, cuida de normas de 
atendimento, regulando, portanto, a relação da polícia civil com o cidadão e não com 
a sociedade. 
 
 
Abaixo, alguns incisos muitíssimos semelhantes que podem servir de verdadeiras 
³FDVFDV�GH�EDQDQDV´�QD�KRra da sua prova. 
PRINCÍPIOS Art.3º. DIRETRIZES Art. 4º. 
IV ± Uso proporcional da força; IV ± Distribuição proporcional do efetivo; 
IX ± ATUAÇÃO técnica-científica e imparcial VI ± COOPERAÇÃO técnico-científica na 
Estabelecem normas 
gerais que regem a 
relação da PC com a 
sociedade.
PRINCÍPIOS
Procedimentos 
específicos;
Regem a relação da 
PC com o cidadão -
em regra, ideia de 
eficiencia na prestação 
de serviço.
DIRETRIZES
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na condução da atividade investigativa; investigação policial; 
I ± Proteção dos Direitos Humanos; XIII ± Capacitação fundamentada nas regras e 
nos procedimento do SUSP, com ênfase em 
direitos humanos. 
Art.5º. ʹ Compete à PCGO 
7HFQLFDPHQWH��D�H[SUHVVmR�³FRPSHWrQFLD´�é utilizada em processo penal para indicar 
limite territorial ou material do poder jurisdicional. 
1RXWUDV�SDODYUDV��QmR�p�FRUUHWR�IDODU�HP�³FRPSHWrQFLD´�GD�SROtFLD�MXGLFLiULD��PDV�HP�
atribuições das polícias judiciárias. Mas, certo é, de que as funções da autoridade 
policial também se encontram delimitadas, a priori, em determinado território 
(circunscrição), do que decorre a existência das delegacias especializadas, como 
exemplo, as delegacias de furto, drogas, homicídios, antissequestros, da 
mulher, do idoso e etc17. 
Porém, a LOPC-*2� XWLOL]D� D� H[SUHVVmR� ³FRPSHWH´� SDUD� UHIHULU-se à atribuições, 
vejamos: 
Art. 5º Compete à Polícia Civil: 
(...) 
E agora, Professor? 
Essa expressão, aparentemente, seguiu o mesmo raciocínio do Código de Processo 
Penal. Logo, significa dizer que essa expressão é utilizada como designativo de 
atribuições da polícia civil que, exatamente por não ser detentora de jurisdição, não 
tem competência stricto sensu. 
CUIDADO! Para a sua prova, você deve considerar o que o examinador está pedindo 
no enunciado! 
 
ESTRATÉGIA/CARREIRAS POLICIAIS/2018 
De acordo com a Lei Organiza da Polícia Civil de Goiás é correto afirmar que, compete a Polícia Civil, 
elaborar estudos e promover a organização e o tratamento de dados e informações indispensáveis ao 
exercício de suas funções. 
COMENTÁRIOS 
A alternativa está correta. Art. 5º.VII da LOPC-GO. 
Superada essa fase, vejamos o rol de atribuições da Polícia Civil de Goiás. 
 
17 MARCÃO, Renato. Código de Processo Penal Comentado. 1ª. Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2015, p.73. 
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I ± exercer, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e 
apurar as infrações penais, exceto as militares; 
Constitucionalmente, o rol de atribuições da Polícia Civil é residual, dessa forma, as 
apurações das infrações que não forem da Polícia Federal tampouco de caráter militar, 
será inclinado para o rol de atribuições da Polícia Civil.Nesse caso, a LOPC-GO apenas reproduziu a ordem constitucional vazando em seu 
corpo a mesma ordem constitucional. 
II ± planejar, coordenar, dirigir e executar as ações de polícia judiciária e de 
apuração de infrações penais, que consistem na produção e na realização de 
inquérito policial e de outros atos formais de investigações; 
Ações ou atividades da polícia judiciária, nos precisos termos deste inciso, c/c art. 
144, caput da CR/88, são àquelas atividades investigatórias que se materializam em 
inquérito policial, levada a efeito, obrigatoriamente, pela polícia judiciária, seja ela, 
estadual ou federal. 
Mas cuidado, não se trata de carreiras policiais nos quadros do Poder judiciário, como 
uma leitura rápida e desatenta pode sugerir. 
Nas palavras de Renato Marcão18, 
³'HQRPLQD-se policia judiciária a atividade de polícia assim considerada, em razão de suas 
funções se encontrarem voltadas ao fornecimento de informações e à realização de diligências 
diretamente ligadas à atividade judiciária criminal, além da apuração de fatos dotados de 
DSDUHQWH�IHLomR�GHOLWLYD´ 
Os próximos incisos determinam rol exaustivo de providências a cargo da policia 
civil. Dessa forma, logo que tiver conhecimento da pratica de qualquer infração 
penal, diligências deverão ser feitas no sentido de esclarecer circunstancias, na 
celeridade que o caso requer. 
Importante entender que, toda providencia a cargo da polícia tem, como plano de 
fundo, o objetivo da colheita de provas a fim de subsidiar o esclarecimento de fatos e 
circunstâncias, art. 6º. III do CPP apuração de fatos, autoria, eventual materialidade, 
existência de circunstâncias e agravantes ± art. 61 e 62 CP- atenuantes, causas de 
aumento e diminuição ± 68 CP. 
Diante disso, vejamos o rol de providências: 
III ± cumprir mandados de prisão e de busca domiciliar, bem como outras ordens expedidas 
pela autoridade judiciária competente, no âmbito de suas atribuições. 
IV ± preservar locais, apreender instrumentos, materiais e produtos de infração penal, bem 
como REQUISITAR perícia oficial e exames complementares; 
 
18 MARCÃO, Renato. Código de Processo Penal Comentado. 1ª. Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2015, p.72. 
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V ± organizar e realizar ações de inteligência, destinadas ao exercício das funções da polícia 
judiciária e à apuração de infrações penais, na esfera de sua competência; 
VI ± realizar correições e inspeções, em caráter permanente ou extraordinário, na esfera de 
sua competência; 
VII ± organizar e realizar pesquisas técnico-científicas relacionadas com as funções de polícia 
judiciária e com a apuração de infrações penais; 
VIII ± elaborar estudos e promover a organização e o tratamento de dados e informações 
indispensáveis ao exercício de suas funções; 
IX ± estimular e participar do processo de integração dos bancos de dados existentes no âmbito 
dos órgãos do SUSP; 
X ± manter, na apuração das infrações penais, o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da sociedade; 
XI ± propor ao Secretário da Segurança Pública o planejamento e a programação dos 
investimentos da Polícia Civil; 
XII ± coordenar, controlar, orientar e exercer as atividades de polícia judiciária, a cargo das 
delegacias de polícia, excetuando-se a competência da Polícia Federal, bem como executar em 
todo o Estado as atividades de repressão da criminalidade, ressalvadas as atribuições da Polícia 
Militar; 
XIII ± propor ao Secretário da Segurança Pública a ampliação do aparelho policial nas áreas em 
que ocorrer aumento da criminalidade; 
XIV ± formar e treinar permanentemente os policiais civis; 
XV ± articular-se com a Polícia Militar e com os demais órgãos da Secretaria da Segurança 
Pública, do Departamento de Polícia Federal e das Forças Armadas, a fim de colaborar na defesa 
e na segurança do Estado e das instituições; 
XVI ± manter atualizados: 
a) os arquivos sobre mandados de prisão e documentos correlatos; 
b) o cadastro de fotografias de criminosos procurados, providenciando, sempre que necessário, 
sua divulgação pelos meios cabíveis; 
c) as estatísticas sobre crimes e contravenções. 
Algumas dessas diligências merecem destaques, vejamos. 
ƒ Preservação do Local ± (Inciso IV, art.5) 
A preservação de local é medida que se impõe em qualquer apuração, primeiro 
porque revela ou esclarece a dinâmica dos fatos, segundo porque desenvolve 
inúmeros esclarecimentos acerca da materialidade, autoria e causa. 
Atento a essa realidade, a regra é reiterada inúmeras vezes por nossos dispositivos 
legais que devem ser lidos de forma combinada: Art. 158, 6º.I, 169, todos do CPP. 
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Nesse mesmo sentido, a doutrina se posiciona, Eduardo Espínola Filho19, afirma: 
As diligências tendem, primeiramente, a constatar a realidade da existência de 
infração penal, seja crime, seja contravenção, na sua materialidade. 
ƒ Apreensão de instrumentos x busca domiciliar (Inciso IV, c/c IV, art.5) 
Importante destacar que no Processo Penal brasileiro admite-se a busca e apreensão 
de instrumentos e coisas de três formas 
1. No local do delito; 
2. No domicílio 
3. Pessoal 
De forma que ao comparecer no local do delito só se deve prender instrumentos que 
tiverem relação com o fato ± art. 6º.II CPP. 
Imediatamente, após apreendê-los, a autoridade policial formaliza o ato com a 
lavratura do auto de apreensão ± leia-se: documento que detalha hora, local, forma, 
fatos. 
Finalmente, os objetos apreendidos são submetidos à perícia, especialmente os 
empregados para a prática da infração, a fim de se verificarem a natureza ± Art. 175 
CPP. 
No entanto, também é possível que a apreensão de objetos seja realizada em 
domicílio, já que, por vezes, os objetos não se encontram no local onde se deram os 
fatos, regra vazada no art. 240 CPP. 
No entanto, sobre a diligência domiciliar, a CR/88 art. 5º. XI, determina a cláusula de 
inviolabilidade domiciliar, a saber�� ³a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial´ . 
Diante disso, conclui-se que, a respeito do da busca e apreensão domiciliar, esta só 
poderá ocorrer nas seguintes condições: 
9 Durante o dia: por determinação judicial e nas situações abaixo 
9 Durante a noite: consentimento do morador flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro. 
A par disso, é possível encontrar a manifestação do STF a partir do informativo 806, 
a Suprema Corte seguinte entendimento de parâmetros para a validade da entrada 
forçada em domicílio sem mandado judicial20: 
 
19 FILHO, Eduardo Espínola. Código de Processo Penal brasileiro anotado. 3ª. Edição. Rio de Janeiro, Borsoi, 1954,v; I, p.280. 
20 CAVALCANTE, Márcio Andrade. Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito 3ª. Edição. Salvador: Editora JusPodivm, 2017, 
p.31. 
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A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em 
SHUtRGR�QRWXUQR��TXDQGR�DPSDUDGD�HP�IXQGDGDV�UD]}HV��GHYLGDPHQWH�MXVWLILFDGDV�³�a 
SRVWHULRUL´�que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito , 
sobe pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da 
autoridade, e de nulidade dos atos

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