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e-book 7 Simulados Delegado de Polícia-convertido

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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
JUSPOL CURSOS & CONCURSOS – Prof. Paulo Reyner 
 
 
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[Document Title] 
[Document Subtitle] 
PAULO REYNER CAMARGO MOUSINHO 
 
 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
JUSPOL CURSOS & CONCURSOS – Prof. Paulo Reyner 
 
 
https://juspol.com.br/cursos/ 
MOUSINHO, Paulo Reyner Camargo. 7 Simulados de Peças Práticas para Delegado de 
Polícia. Macapá, AP: Ed. do autor, 2021. Disponível em: https://juspol.com.br/4191-
2/ 
60 p 
 
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PIRATARIA É CRIME! 
 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
JUSPOL CURSOS & CONCURSOS – Prof. Paulo Reyner 
 
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SUMÁRIO AUTOMÁTICO – CLIQUE PARA IR 
 
APRESENTAÇÃO 
SOBRE MODELOS E PEÇAS 
Estrutura das Peças Práticas 
Peças Práticas como Redação Oficial 
Endereçamento 
Cumulação de Pedidos na mesma Peça 
SIMULADOS 
Simulado 01 
simulado 02 
simulado 03 
simulado 04 
simulado 05 
simulado 06 
simulado 07 
ESPELHOS 
Espelho de correção do simulado 01 
Espelho de correção do simulado 02 
Espelho de correção do simulado 03 
Espelho de correção do simulado 04 
Espelho de correção do simulado 05 
Espelho de correção do simulado 06 
Espelho de correção do simulado 07 
 
CURSO DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
FOLHA PAUTADA PARA CONFECÇÃO DOS SIMULADOS 
 
 
 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
JUSPOL CURSOS & CONCURSOS – Prof. Paulo Reyner 
 
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APRESENTAÇÃO 
OLÁ PESSOAL, TUDO BEM?! 
Sobre este e-book! 
Com o objetivo de ajudar alunos, ex-alunos e todos aqueles que 
estão se preparando para a fase de Peças Práticas para 
Delegado de Polícia, preparamos um material bastante especial 
e totalmente gratuito para você: nosso e-book 7 Simulados de 
Peças Práticas DELEGADO DE POLÍCIA. 
Esse pequeno livro digital contém 07 (sete) simulados das peças 
práticas mais cobradas nos concursos públicos para Delegado de 
Polícia! Poderíamos cobrar por este e-book, mas nossa intenção é 
realmente contribuir com aqueles que não podem adquirir um 
material de qualidade, mas têm o desejo inafastável de obter a 
aprovação na carreira de Delgado de Políca. Por isso, valorize o 
conteúdo que tem em suas mãos. 
Todos os enunciados dos simulados são de elaboração própria, 
considerando a análise daquelas peças em que os alunos mais 
costumam ter dúvidas. 
Orientações para fazer os simulados: 
Para que você obtenha o melhor aproveitamento do seu material, sugere-se: 
1. A leitura atenta da parte introdutória do e-book, o Capítulo intitulado Sobre modelos e 
peças, pois contém informações valiosas para a elaboração de uma peça com máxima 
qualidade; 
2. Não olhe o gabarito/espelho-padrão de resposta antes de tentar fazer o simulado; 
3. Caso tenha muita dificuldade em fazer o simulado, veja o espelho-padrão de resposta, mas 
não copie, procure entender a estrutura da peça e os fundamentos jurídicos, após, elabore 
o simulado com suas próprias palavras; 
4. Deve ser feita consulta apenas à legislação seca, ou seja, sem comentários, sem consulta à 
jurisprudência ou à doutrina; 
5. O tempo de elaboração deve ser entre 3 e 4 horas; 
6. Deve ser utilizado o espaço máximo de 150 linhas (folha pautada ao final); 
7. Procure um local tranquilo e longe de qualquer distração para fazer o seu simulado. 
Se tiver dificuldade, conheça nossos Cursos de Peças Práticas. Estamos à 
disposição para ajudá-los. Ademais, por meio deste e-book você pode conferir a qualidade do 
nosso conteúdo! 
Veja no final deste e-book os detalhes do nosso curso. 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
JUSPOL CURSOS & CONCURSOS – Prof. Paulo Reyner 
 
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Um pouco sobre o autor! 
Primeiramente, peço licença ao leitor para me apresentar e compartilhar um pouco da minha história. 
Bem, meu nome é Paulo Reyner, sou Delegado de Polícia há dez anos e há quatro descobri outra atividade que 
desempenho com muito orgulho também, Professor. Como minha vida profissional sempre foi junto ao serviço público, a 
docência na preparação para concursos foi bastante natural. Venho de família humilde e iniciei minha vida nos concursos 
públicos ainda muito jovem, pois sou natural de Brasília e, devido à escassez de outras oportunidades na Capital Federal, 
logo percebi que precisava me dedicar aos concursos para auferir segurança financeira e, não menos importante, servir à 
sociedade! 
Fui aprovado no meu primeiro concurso aos 18 anos de idade, (PMDF), o que me possibilitou cursar 
Direito, concluído em dezembro de 2008. Durante o curso, bem como devido à inicialização na carreira policial (dizem que 
nunca mais sai do sangue rsrsrs) nasceu o desejo de ser Delegado de Polícia. Assim, estudava bastante para atingir o 
sonho/objetivo. Em 2009, após ser aprovado na primeira fase logo no meu primeiro concurso para Delegado (PCRJ), fui 
reprovado na 2ª fase. Daí já pude notar o quanto é importante a preparação para a fase de peças práticas. Mas a gente 
não pode parar, não é mesmo?! 
Continuei estudando, assim, em 2010 as coisas começaram a melhorar: fui aprovado para Analista do 
TRE-GO, Oficial da PMDF, Delegado de Polícia do Estado do Amazonas e para Delegado de Polícia do Estado do Amapá. 
Assumi como Delegado de Polícia no mesmo ano, cargo que exerço até os dias atuais com enorme contentamento, 
fazendo o que gosto e servindo à população. 
Especializei-me em Políticas e Gestão de Segurança Pública. Percebi que poderia contribuir um pouco 
mais, motivo pelo qual passei a dedicar-me à pesquisa e produção doutrinária, momento em que criei o site Justiça & 
Polícia e comecei a escrever artigos jurídicos. Posteriormente, nasceu o desejo de escrever um livro, cujo resultado foi 
concretizado com o lançamento da obra Peças e Prática da Atividade Policial (2016). Já em 2020, participei como 
coautor das obras Tratado Contemporâneo de Polícia Judiciária, Vl. 2 (Ed. Umanos), Manual de Educação Digital, 
Cibercidadania e Prevenção de Crimes Cibernéticos (Ed. Juspodivm), além de outros projetos em andamento. 
Minha outra paixão é ministrar aulas, sejam presenciais ou on-line. Penso que se trata de um constante 
compartilhamento de conhecimento entre alunos e o professor, possibilitando o crescimento mútuo. Ademais, contribuir 
para a mudança de vida das pessoas não tem preço! 
Como professor atuo, principalmente, ministrando cursos para a fase de Peças Práticas para Delegado 
de Polícia, tema sobre o qual, como já mencionado, tenho um livro publicado: Peças e Prática da Atividade Policial. Já 
participei da preparação de muitos alunos para essa importante etapa do concurso para Delegado e tenho o orgulho de 
dizer que muitos ex-alunos hoje são colegas de profissão! 
Dessa maneira, já que agora nos conhecemos melhor, tenho que te dizer que vale a pena todo o esforço 
nos estudos. E nós estamos aqui, para ajudá-lo a conseguir! 
Forte abraço e bons estudos! Espero que este material seja útil na sua preparação. 
 
 
 
 
 
 
 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
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SOBRE MODELOS E PEÇAS 
Bem, antes de iniciar a elaboração dos seus simulados é interessante que seja feita a leitura 
de algumas breves considerações. Vamos agregar a este pequeno e-book com um dos mais 
importantes Capítulos do nosso Livro Peças e Prática da Atividade Policial1, justamente o que trata dos 
aspectos gerais das peças práticas para Delegado de Polícia. informações que podem ser muito úteis na sua 
preparação! 
 
 
 
Assim, trataremos dos seguintes tópicos iniciais: 
 
✓ Estrutura das peças práticas 
✓ Peças práticas como redação oficial 
✓ Endereçamento 
✓ Cumulação de pedidos na mesma peça 
✓ Estrutura da fundamentação jurídica 
 
 
1 As informações deste Capítulo foram extraídas da obra com a seguinte referência: MOUSINHO. Paulo Reyner Camargo. 
Peças e prática da atividade policial. 3 ed. Macapá, AP: Ed. do autor, 2021. p. 47-80. 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
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ESTRUTURA DAS PEÇAS PRÁTICAS 
Trechos do livro Peças e Prática da Atividade Policial: 
Caso se entenda a estrutura comum a quase todas as peças jurídicas, torna-se menos 
tormentosa sua elaboração. Deve-se pensar no objetivo de uma peça ou um documento oficial, pois ambos 
têm a finalidade precípua de comunicar, ou seja, o simples ato de transmitir uma mensagem de forma oficial, 
clara, precisa e, se possível, elegante e harmoniosa. 
Em relação às peças, sobretudo àquelas ligadas ao exercício da atividade policial, podemos 
apontar, de maneira didática, o esquema por nós denominado 7.8.9-10, correlacionando o número aos 
pontos/requisitos de cada peça. Confira abaixo: 
Despachos: 7 pontos; 
Portaria: 8 pontos; 
Representações: 9 pontos, e 
Relatório Final de Inquérito Policial: 10 pontos. 
 
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No que diz respeito aos Despachos (7 pontos), muito embora não sejam comumente objeto de 
cobrança em concursos públicos, relembra-se que o certame para preenchimento do cargo de Delegado de 
Polícia do Estado Piauí (2014) cobrou a peça. Com absoluta certeza, a falta de conhecimento prático da 
estrutura aparentemente simples afastou a possibilidade de muitos candidatos se habilitarem. 
O despacho, como se nota no tópico n. 5.15, nada mais é que uma série de determinações 
diante de uma ocorrência policial que necessita de encaminhamento. Geralmente, é agregado na própria 
Portaria de instauração de Inquérito Policial, no conjunto de determinações pertinentes à elucidação da 
infração penal e formalização do procedimento. No entanto, pode perfeitamente ser elaborado em separado, 
seja no início das investigações, quando não existem elementos para instauração do procedimento policial, 
seja no decorrer da fase inquisitorial, quando há necessidade de novo direcionamento das investigações. 
Por fim, pode também ser utilizado para arquivamento de alguns Boletins de Ocorrência em 
casos muito específicos, como, por exemplo, quando não se tratar de fato típico para justificar a liberação do 
conduzido ou, ainda, justificando a não lavratura do Auto de Prisão em Flagrante. 
Já em relação à Portaria (8 pontos), também já cobrada em certame para Delegado de Polícia 
(Espírito Santo em 2019), remetemos o leitor para o tópico específico desta obra (n. 6), onde o tema foi 
pormenorizadamente tratado. 
As Representações (9 pontos), com certeza, são as peças mais cobradas em concursos 
públicos para a carreira de Delegado de Polícia, por serem, em certa medida, as postulações judiciais mais 
realizadas na prática. 
Representação é a exposição de motivos fundamentada, dirigida ao Poder Judiciário, 
informando a necessidade e adequação de determinada medida, geralmente cautelar, como a busca e 
apreensão, a prisão temporária, a interceptação telefônica entre tantas outras. Podemos elencar nove pontos 
para construção de sua estrutura básica. 
Quase todas as peças endereçadas ao Poder Judiciário obedecem a essa estrutura; uma 
exceção, no entanto, é o Relatório Final de Inquérito Policial (10 pontos), na medida em que, geralmente, não 
se pleiteia nada nele, mas se narra o fato, mencionam-se as providências adotadas no curso da investigação, 
justifica-se o indiciamento ou não, remetendo-o ao juízo competente. Sem olvidar a possibilidade de eventuais 
adaptações de acordo com o caso concreto, pois em certas circunstâncias pode haver cumulação do Relatório 
Final com pedidos ou relato de excepcional ocorrência. 
Em razão da importância dos Despachos, Portarias, Representações e do Relatório Final de 
Inquérito Policial, seguem nas próximas páginas esquemas explicativos de cada uma dessas peças, salientando 
que em relação ao Relatório, foi cuidadosamente tratado no tópico n. 33; já as representações, há vários 
modelos no decorrer desta obra, a exemplo de representações por Prisão Temporária e Preventiva, Infiltração 
Policial, Interceptação Telefônica, entre outras. 
 
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Os sete pontos dos Despachos: 
 
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Os oito pontos da Portaria de Instauração de IP 
 
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A fim de facilitar o aprendizado, graficamente temos a seguinte figura relativa ao modelo 
geral das Representações (9 pontos) elaboradas pelo Delegado de Polícia: 
 
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A seguir exemplo da estrutura do Relatório Final de Inquérito Policial (10 pontos): 
 
 
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https://juspol.com.br/cursos/PEÇAS PRÁTICAS COMO REDAÇÃO OFICIAL 
As peças práticas elaboradas pelo Delegado de Polícia têm a finalidade de materializar a 
comunicação entre duas autoridades públicas, quais sejam: o Delegado de Polícia e o Magistrado. Assim, não 
deixam de ser um documento oficial. 
Por isso, é pertinente destacar os atributos da redação oficial, como a clareza, a objetividade, 
a coesão, a coerência entre outros. Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o 
Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos. Neste Capítulo, interessa-nos tratá-la do ponto 
de vista que se alinhe à produção de peças práticas. 
A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua 
finalidade básica – comunicar com objetividade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz 
da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc. 
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, passemos à análise pormenorizada de 
cada um de seus atributos. 
Clareza e precisão 
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele 
texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Não se concebe que um documento oficial ou um ato 
normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua 
compreensão. A transparência é requisito do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto oficial ou 
um ato normativo não seja entendido pelos cidadãos. O princípio constitucional da publicidade não se esgota 
na mera publicação do texto, estendendo-se, ainda, à necessidade de que o texto seja claro. 
No caso de Peças Práticas redigidas pelo Delegado de Polícia, não se deve esquecer, ainda, que 
tudo será analisado pelo Poder Judiciário (quando da decisão), pelos membros do Ministério Público, seja 
quando for exarar seu parecer seja no próprio oferecimento da denúncia, bem como escrutinado pela defesa 
do investigado/ indiciado ou representado. 
Para a obtenção de clareza, sugere-se: 
a) Utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto versar 
sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área; 
b) Usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar 
intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da 
ordem inversa da oração; 
c) Buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto; 
d) Não utilizar regionalismos e neologismos; 
e) Pontuar adequadamente o texto; 
f) Explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e 
g) Utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em razão 
de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. 
 
O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por: 
a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia 
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b) veiculada no texto; 
c) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o emprego 
de sinonímia com propósito meramente estilístico; e 
d) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto. 
 
É indispensável, também, a releitura de todo o texto redigido. A ocorrência, em peças práticas, 
de trechos obscuros provém principalmente da falta da releitura, o que tornaria possível sua correção. Na 
revisão de um expediente, deve-se avaliar se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos 
parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. 
O domínio que adquirimos sobre certos assuntos, em decorrência de nossa experiência 
profissional, muitas vezes, faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é 
verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e das abreviações 
e os conceitos específicos que não possam ser dispensados. 
A revisão atenta exige tempo, o que pode ser escasso na elaboração de peças práticas durante a prova do 
concurso público. Assim, quanto mais houver treino prévio, melhor será o aproveitamento. Desse modo, 
dedique-se aos simulados, corrija-os e revise-os. 
Objetividade 
Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem 
redundâncias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia principal e 
quais são as secundárias. 
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma 
complexidade: as fundamentais e as secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-
las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao 
texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas, o que também 
proporcionará mais objetividade ao texto. 
A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o assunto e com as informações, 
sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a objetividade suprime a 
delicadeza da expressão ou torna o texto rude e grosseiro. 
Concisão 
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica da peça prática. Conciso é o texto 
que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se deve de forma alguma 
entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com 
o único objetivo de reduzi-lo em tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias 
e passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. 
Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários 
supérfluos, adjetivos e advérbios inúteis, subordinação excessiva. 
Na peça prática, a concisão é muito bem-vinda na narrativa dos fatos, pois o examinador já 
sabe quais são e simplesmente transcrevê-los denota falta de concisão e, até mesmo, de conhecimento 
jurídico, como se o candidato quisesse preencher o espaço vazio disponível. 
 
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Por isso, evite transcrever o enunciado do caso apresentado, procure utilizar o espaço “Dos Fatos” para 
fazer a subsunção das circunstâncias fáticas à norma penal e processual aplicável. Por exemplo, ao invés de 
narrar que “TÍCIO matou JOSÉ por conta de uma briga de bar”, mencione que “TÍCIO, com animus necandi, 
por motivo fútil, ceifou a vida da vítima JOSÉ, nos termos do art. 121, § 2º, II, do Código Penal.” Percebe? 
Assim o candidato já demonstra conhecimento jurídico logo na narrativa dos fatos. 
Coerência e coesão 
É indispensável que o texto tenha coesão e coerência. Tais atributos favorecem a conexão, a 
ligação, a harmonia entre os elementos de um texto. Percebe-se que o texto tem coesão e coerência quando 
se lê um texto e se verifica que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade 
uns aos outros. 
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência, 
substituição, elipse e uso de conjunção. 
A referência diz respeito aos termos que se relacionam a outros necessários à sua 
interpretação. Esse mecanismo pode dar-se por retomada de um termo, relação com o que é precedente no 
texto, ou por antecipação de um termo cuja interpretação dependa do que se segue. 
Impessoalidade 
A impessoalidadedecorre de princípio constitucional (CF, art. 37), e seu significado remete a 
dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que a administração pública proceda de modo a não 
privilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, sempre, o interesse público; o segundo, a abstração 
da pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a ação administrativa ser exercida por intermédio de 
seus servidores, é resultado tão somente da vontade estatal. 
A redação oficial é elaborada sempre em nome do serviço público e sempre em atendimento 
ao interesse geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser 
tratados de outra forma que não a estritamente impessoal. 
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam 
das comunicações oficiais decorre: 
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, 
de uma peça assinada por Delegado de Polícia, a comunicação é sempre feita em nome do serviço público. 
Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite que as comunicações elaboradas em diferentes 
setores da administração pública guardem entre si certa uniformidade; 
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão, 
sempre concebido como público, ou a uma instituição privada, a outro órgão ou a outra entidade pública. Em 
todos os casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; e 
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações 
oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural não caber qualquer tom 
particular ou pessoal. 
Não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam 
de uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação 
oficial deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a elabora. 
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os 
expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade. 
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Sugere-se, também, a utilização de verbos na terceira pessoa do singular, justamente por 
conferir impessoalidade à redação. Por exemplo, preferia “Ante o exposto, REPRESENTA-SE pela Prisão 
Preventiva de [...]” a “Ante o exposto, REPRESENTO pela Prisão Preventiva de [...]. 
Nas peças práticas todos esses atributos são úteis e bem-vindos, especialmente para a 
caracterização da técnica redacional desejada. A demonstração da necessidade e adequação de determinada 
medida cautelar numa representação, por exemplo, não significa que o Delegado de Polícia tenha reservas de 
natureza pessoal contra o representado. 
 ENDEREÇAMENTO 
Aspectos técnicos do endereçamento: 
O endereçamento é o primeiro item da estrutura (também chamado de esqueleto) das 
representações, podendo ser utilizado, a depender do estilo adotado, também no Relatório Final de Inquérito 
Policial. 
Assim, é bem importante que o futuro aprovado dê a devida atenção a ele, pois, afinal, será o 
seu cartão de visitas, sendo o primeiro tópico que o examinador vai verificar, analisar e conferir pontuação. 
Analisaremos o endereçamento sob dois enfoques, o primeiro deles do ponto de vista 
técnico, abrangendo o uso da língua culta ou do vernáculo, e o segundo sob o ponto de vista jurídico, já que 
tem estreita correlação com a competência do juízo. Ao final deste tópico constam, ainda, diversos modelos 
de endereçamento. 
Conforme o Manual de Redação da Presidência da República (2018, p. 29) o endereçamento é 
a parte do documento que informa quem receberá o expediente ou, no nosso caso, a peça prática, a petição. 
No caso de peças práticas para a carreira de Delegado de Polícia, absolutamente superada a 
ideia de representação encaminhada ao Ministério Público (veja mais no Capítulo 1. Capacidade Postulatória 
do Delegado de Polícia), exceto pela Portaria de Instauração de Inquérito Policial, os Despachos e a Ordem de 
Missão, o destinatário das peças lavradas pelo Delegado é o Poder Judiciário. 
Importante ressaltar, também, que após a entrada em vigor da Lei n. 13.964/19 (Pacote 
Anticrime), o juízo competente para analisar as cautelares durante a fase da investigação policial será o 
chamado Juiz das Garantias, nos termos dos artigos 13-A a 13-F, do Código de Processo Penal, conforme será 
melhor analisado mais a frente ainda neste capítulo. 
Algumas questões chamam atenção no endereçamento, podendo levantar dúvidas. 
Destacamos: 
✓ Posso abreviar palavras no endereçamento? 
✓ Uso ou não “Doutor”? 
✓ Coloco todas as palavras em letras maiúsculas (caixa alta)? 
Vamos procurar saná-las. 
 
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Posso abreviar palavras no endereçamento? 
A resposta a esta pergunta é simples: NÃO, por uma simples razão: seu texto precisa ser claro. 
A clareza é um dos atributos da redação oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita 
imediata compreensão pelo leitor. 
Ademais, sugere-se, e assim o fazemos com todas as abreviaturas, que a primeira vez que 
mencionar determinada palavra no seu texto escreva-a por extenso, sem abreviaturas, a partir da segunda vez, 
permite-se o uso das abreviaturas. Como o endereçamento está localizado logo no início da peça prática, 
evidentemente, será a primeira vez que as expressões serão escritas, assim, não abrevie. 
Desse modo, apenas a título de exemplo, prefira escrever ‘Código de Processo Penal’ antes de 
usar a forma abreviada ‘CPP’. Prefira escrever ‘artigo’ antes de abreviar na forma ‘art.’ Do mesmo modo, 
prefira, ao menos no endereçamento, escrever a forma completa das palavras. 
 
NÃO RECOMENDADO: 
Exmo. Senhor Min. do Colendo Supremo Tribunal Federal 
Excelentíssimo Senhor Desemb. do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado __________/UF. 
Exmo. Sr. Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF. 
 
 RECOMENDADO: 
Excelentíssimo Senhor Ministro do Colendo Supremo Tribunal Federal 
Excelentíssimo Senhor Desembargador do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado __________/UF. 
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF 
Uso ou não “Doutor”? 
Bem, essa é uma indagação cuja resposta é polêmica, então, pode ter duas respostas. 
Sob o ponto de vista técnico doutor não é pronome de tratamento, mas sim nomenclatura outorgada àqueles 
que possuem a titulação acadêmica respectiva. 
O Manual de Redação da Presidência da República – MRPR (2018, p. 27) orienta: 
 
“Evite-se o uso de “doutor” indiscriminadamente. O tratamento por meio de Senhor confere a formalidade 
desejada.” 
 
Ressalta-se, ainda, que no endereçamento, comumente, já temos dois pronomes de 
tratamento, quais sejam: ‘Excelentíssimo’ e ‘Senhor’. Caso se entenda pelo uso do ‘Doutor’, teremos a 
exagerada utilização de três pronomes para a mesma finalidade. 
No entanto, não raro nos deparamos com manuais de elaboração de peças práticas para 
carreira de Delegado e, até mesmo, espelhos de questões de concursos públicos utilizando o famigerado 
‘Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito’ (...). 
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Ocorre que a praxe forense utiliza bastante "doutor'' como pronome de tratamento para se 
referir Delegados, Advogados, Promotores, Juízes, Defensores Públicos etc. A força do hábito,por vezes, 
supera a técnica. Assim, o uso comum e diário do doutor como pronome de tratamento acabou por ser 
incorporado à nossa língua. 
Veja o trecho inicial do espelho da Peça Prática do concurso de Delegado de Polícia Civil do 
estado do Mato Grosso do Sul (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul – 
FAPEMS - 2017), que além de abreviar as palavras iniciais utilizou doutor: 
 
 No concurso para Delegado de Polícia Federal (2018), a tradicional banca Cespe/Cebraspe, 
também acostou em seu espelho o doutor no endereçamento: 
 
 
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Porém, no ano de 2016, a mesma banca, no concurso para Delegado de Polícia Civil do Estado 
de Pernambuco, não utilizou a palavra: 
 
Como não existe uniformidade nos espelhos das bancas examinadoras, muito embora 
consideremos pouco técnico o uso da palavra doutor como pronome de tratamento, não podemos afirmar que 
é errado utilizá-la dessa forma. 
Coloco todas as palavras em letra maiúscula (caixa alta)? 
Aqui o tema se resolve de forma um pouco mais pragmática, tendo em vista o usual no MRPR 
(2018, p. 48), quando nos ensina que "não se deve utilizar texto em caixa alta para destaques de palavras ou 
trecho da mensagem, pois denota agressividade por parte do emissor da comunicação.” 
Neste caso, prefira utilizar apenas a primeira letra da palavra em maiúsculo. Dessa forma: 
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF 
 
O novo acordo ortográfico tornou opcional o uso de iniciais maiúsculas em palavras usadas 
reverencialmente, por exemplo para cargos e títulos, como é o caso de Juiz, Desembargador, Ministro etc. 
Ademais, os próprios exemplos do MRPR (2018, p. 23) apresentam-se dessa forma ao tratar do 
endereçamento. Veja a seguir: 
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 Neste momento, é importante mencionar que consideramos (na prática forense) forma de 
endereçamento o que o MRPR considera como vocativo. Em rigor, correto mesmo seria fazer o 
endereçamento desta forma: 
A Sua Excelência o Senhor Juiz de Direito da _ Vara Criminal da Comarca de _________/ UF 
 
Todavia, a fim de não causar estranheza ao examinador, orientamos que não seja usada a 
forma acima descrita. Fiquemos com o usual, pois muito embora se assemelhem com os documentos oficiais, 
as peças práticas utilizadas no meio forense ganharam características próprias. 
Aspectos jurídicos do endereçamento 
Juízo ou Juiz? 
Importante traçarmos uma distinção inicial antes de avançar com os aspectos jurídicos do 
endereçamento: a diferença entre juiz e juízo. 
Juiz(a) é a pessoa investida do Poder Jurisdicional para julgar uma causa. Pode ser o Juiz 
togado, membro da Magistratura e investido por meio de concurso público, mas também o jurado, como 
ocorre no Tribunal do Júri ou, ainda, juízes leigos, presentes nos Juizados Especiais Cíveis (art. 21, caput, da Lei 
9099/05). 
Por outro lado, juízo é a somatória do magistrado com os órgãos auxiliares, atuantes sob o 
seu comando e, até mesmo, evidentemente sem qualquer hierarquia, o Membro do Ministério Público que 
oficia perante aquele juízo. 
Notamos o Código de Processo Penal mencionar ora o termo juízo, ora a própria pessoa do 
juiz. Vejamos: 
 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo 
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão 
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. 
 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao 
Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido 
distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 
 
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo: 
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. 
 
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da sua 
competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a 
infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação aos 
demais processos. 
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se 
vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a 
competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente. 
 
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Notamos, destarte, que o termo juízo é mais amplo, e se refere a toda a estrutura que envolve 
o órgão julgador, podendo ser um Juiz singular de primeira instância ou um colegiado de juízes. 
Vale a pena observar, entretanto, que, às vezes, se emprega uma figura de linguagem 
conhecida como metonímia, que consiste em usar uma palavra em lugar da outra, desde que ambas tenham 
entre si algum tipo de relação e de proximidade. 
E na peça prática, deve-se colocar no endereçamento juiz ou juízo? O mais usual realmente é a 
inserção de juiz, porém, considera-se plenamente correto a utilização do juízo, igualmente. 
Lembra-se que o art. 319, I, do Novo CPC/15, aplicável subsidiariamente ao Processo Penal, 
não mais menciona que a petição deve ser dirigida ao Juiz (como mencionava o art. 282 do revogado 
CPC/1973), mas sim ao juízo: 
CPC 1973 CPC 2015 
Art. 282. A petição inicial indicará: 
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; (..) 
 
 
Competência do juízo 
É evidente que a competência do juízo está diretamente relacionada com o endereçamento, 
pois a remessa da representação ao órgão julgador competente faz parte da aferição do conhecimento jurídico 
que se espera do candidato. 
Nesse sentido, é necessário que observemos aspectos previstos na Lei de Organização 
Judiciária, o juízo prevento, foro por prerrogativa de função e, mais recentemente, e certamente será o mais 
comum doravante, a competência do Juiz das Garantias. 
Lei de Organização Judiciária 
No que se refere à Lei de Organização Judiciária, é ordinário que a referida legislação disponha 
sobre varas especializadas, tais como Varas de Violência Doméstica, Varas de Crimes de Trânsito, Varas de 
Crime Organizado etc. Assim, caso haja previsão no Edital do Concurso Público, o concursando deve prestar 
atenção nesse detalhe, uma leitura detida da legislação estadual pode render valiosos pontos. 
Nesse aspecto, ressalta-se a previsão inserida pela Lei n. 13.964/19 (Pacote Anticrime) na Lei 
n. 12.964/12, no que concerne às Varas Criminais Colegiadas, com competência para processo e julgamento 
de crimes de pertinência de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à sua disposição; 
constituição de milícia privada (CP, art. 288-A) e infrações penais conexas. Veja os artigos acrescentados: 
Art. 1º-A. Os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais poderão instalar, nas comarcas 
sedes de Circunscrição ou Seção Judiciária, mediante resolução, Varas Criminais Colegiadas com 
competência para o processo e julgamento: 
I - de crimes de pertinência a organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição;
 
II - do crime do art. 288-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código 
Penal); e
 
III - das infrações penais conexas aos crimes a que se referem os incisos I e IIdo caputdeste artigo. 
§ 1º As Varas Criminais Colegiadas terão competência para todos os atos jurisdicionais no decorrer da 
investigação, da ação penal e da execução da pena, inclusive a transferência do preso para 
estabelecimento prisional de segurança máxima ou para regime disciplinar diferenciado. 
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§ 2º Ao receber, segundo as regras normais de distribuição, processos ou procedimentos que tenham 
por objeto os crimes mencionados no caput deste artigo, o juiz deverá declinar da competência e 
remeter os autos, em qualquer fase em que se encontrem, à Vara Criminal Colegiada de sua 
Circunscrição ou Seção Judiciária. 
§ 3º Feita a remessa mencionada no § 2o deste artigo, a Vara Criminal Colegiada terá competência para 
todos os atos processuais posteriores, incluindo os da fase de execução. 
Como se nota, até mesmo Resoluções dos Tribunais de Justiça e dos Tribunais Regionais 
Federais devem ser consultadas para verificar a existência das Varas Criminais Colegiadas e o correto 
endereçamento a elas nos casos pertinentes. 
Juiz das Garantias 
Como ponto de destaque no chamado Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019), sancionado e 
publicado pelo Presidente da República no dia 24 de dezembro de 2019, foi positivada a figura do Juiz das 
Garantias, justamente visando resguardar a imparcialidade do órgão julgador. 
Trata-se de legislação relativamente recente. Mas o certo é que será obrigatório aos 
candidatos ao cargo de Delegado de Polícia o conhecimento minucioso da competência do Juiz das Garantias, 
pois estreitamente relacionado com o trabalho de investigação policial. 
Todas as cautelares e demais decisões relacionadas à investigação na fase pré-processual será 
de competência do juiz das garantias, tais como receber comunicação de prisão, decidir sobre o 
requerimento/representação de prisões temporárias e preventivas, prorrogação do prazo do inquérito policial, 
busca e apreensão domiciliar, interceptação telefônica e vários outros assuntos, conforme tratamento dado 
nos artigos 3º-A a 3º-F do CPP. 
Como a figura do Juiz das garantias há uma designação para que um magistrado atue 
especificamente na fase da investigação preliminar, tendo sua competência encerrada com o recebimento da 
denúncia ou queixa. 
Conforme art. 3º-B do CPP, ”O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da 
investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à 
autorização prévia do Poder Judiciário”. 
Lembramos o disposto no 3º-C do CPP, na medida em que nos Juizados Especiais Criminais, 
cuja competência se restringe aos crimes de menor potencial ofensivo, está afastada a competência do Juiz 
das Garantias. 
Ocorre que no momento na elaboração desta edição já constavam o ajuizamento de três 
Ações Direta de Inconstitucionalidade (6.298, 6.299, 6.300 e 6.305), questionando a constitucionalidade do 
Juiz das Garantias, apontando como fundamentos principais os seguintes: 
1. A lei nova não previu a criação do Juízo das Garantias no âmbito dos Tribunais, uma vez que o rito 
dos inquéritos e das ações penais está disciplinado, para o STJ e STF, nos artigos 1º a 5º da Lei n. 
8038/90, que teve sua eficácia estendida para os TJ´s e TRF´s pela Lei 8658/93; 
2. Exíguo tempo de vacatio legis (30 dias); 
3. Falta de magistrados em número suficientes para divisão entre juiz das garantias e juiz do 
julgamento; 
4. Vício formal de competência por disciplinar tanto normas gerais quanto à forma de procedimento 
em matéria processual, cuja competência da união se restringe a estabelecer normas gerais (CF, §1º do 
art. 24), violando a competência concorrente legislativa da União com os Estados (CF, art. 24,XI), já que 
a fase processual é caracterizada por normas procedimentais; 
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5. No âmbito da Justiça dos Estados cabe ao legislador ordinário estadual, por meio de iniciativa do 
Tribunal de Justiça, elaborar a lei que vier a criar, efetivamente, a figura do Juiz das Garantias; no 
âmbito da Justiça Federal cabe ao STJ tal iniciativa legislativa, conforme previsão do art. 96, I, “d” e II, 
“b” e “d”, da CF; 
6. Violação do art. 93, caput, da CF, em razão da criação de classe própria de juiz, com competência 
restrita à fase de investigação criminal; 
7. Violação do princípio do juiz natural, por ser a jurisdição uma e indivisível (art. 5º, LIII), criando uma 
instância interna dentro do 1º grau; entre outros. 
Considerando tais argumentos, o Min. Luiz Fux suspendeu sine die a eficácia, ad referendum 
do Plenário, da implantação do juiz das garantias e de seus consectários (CPP, arts. 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3º-
E e 3º-F), afirmando, ademais, que a concessão dessa medida cautelar não teria o condão de interferir nem 
suspender os inquéritos e processos então em andamento, nos termos do art. 10, §2º, da Lei n. 9.868/95. 
Assim, deve-se ficar atento ao andamento da decisão de mérito a ser julgada pelo STF. 
Juízo prevento 
Sempre orientamos nossos leitores e alunos a terem atenção quanto ao juízo prevento, em 
caso de já ter sido deferida alguma medida cautelar anteriormente no curso da investigação. 
Nesse sentido, caso, por exemplo, o Juízo da 1º Vara Criminal de determinada Comarca tenha 
proferido decisão concedendo mandado de busca e apreensão domiciliar, na continuidade das investigações o 
mesmo juízo é o destinatário de posterior representação por prisão preventiva relacionada à mesma 
investigação, em razão do disposto no art. 69, VI c/c art. 83, todos do CPP: 
 
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: 
I - o lugar da infração: 
II - o domicílio ou residência do réu; 
III - a natureza da infração; 
IV - a distribuição; 
V - a conexão ou continência; 
VI - a prevenção; 
VII - a prerrogativa de função. 
 
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes 
igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática 
de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da 
denúncia ou da queixa. 
 
O leitor deve ter atenção, também, em concursos públicos, em relação à menção no 
enunciado da questão da Peça Prática de dois ou mais juízos em investigações independentes, quando havia 
sido instaurado outro inquérito policial para apurar infração penal diversa da que originou o primeiro 
procedimento investigativo. Isso ocorreu, por exemplo, na Prova do Concurso de Delegado de Polícia do 
Estado do Mato Grosso do Sul. Veja o enunciado elaborado pela Banca FAPEMS: 
 
(2017 – PC-MS – Delegado de Polícia) Após autorização pelo juízo da 1ª Vara Criminal de determinada capital 
brasileira para realização de interceptação de comunicações telefônicas, visando a investigação o crime de 
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lavagem de dinheiro, colheu-se a informação da prática do crime de tráfico ilícito de drogas por membros da 
facção conhecida como “CZN” (Comando Zona Norte), integrada pelos condenados Wesley Ferreira, Daniel 
Inocêncio, Lindomar Praxedes e Ribamar das Neves, que cumprem penas pela prática de crime de roubo (art. 
157 do Código Penal), há pelo menos 15 anos na mesma cela em Penitenciária Estadual de Segurança Máxima. 
Baseado nessas informações foi instaurado novo Inquérito Policial, para apurar eventual prática de tráfico de 
drogas e/ou de outros ilícitos. Dos esforços investigativos, inclusive advindos de nova interceptação de 
comunicaçõestelefônicas, autorizada pelo juízo da 2ª Vara Criminal desta capital, foi possível compreender 
que todo o gerenciamento e a divisão de tarefas são definidos verbalmente entre os suspeitos, no interior do 
estabelecimento prisional, bem como se constatou que os referidos reclusos vêm cooptando outros membros, 
inclusive não aprisionados, visando integrar a facção e ampliar seu poder de atuação. Não obstante, não foi 
possível estabelecer indícios suficientes de autoria e prova cabal da materialidade delitiva, razão pela qual não 
se concluiu o Inquérito Policial. 
Em face do caso narrado, na qualidade de Delegado de Polícia responsável pela investigação, elabore, 
fundamentadamente, a medida pertinente ao caso, visando à constituição de justa causa para o oferecimento 
de eventual ação penal.” 
 
Note que no caso proposto acima pela Banca o juízo competente para análise da nova medida 
cautelar não era prevento, pois relacionada a instauração de novo inquérito policial, visando a apuração de 
outros crimes que não foram objeto inicial da investigação. Deveria ser endereçada, então, a representação ao 
“Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 2º Vara Criminal de Determinada Capital Brasileira.” 
Talvez ocorra a menção de dois juízos, mas um relacionado ao primeiro grau e outro 
relacionado a determinado investigado com foro por prerrogativa de função. 
Modelos de endereçamento 
A seguir alguns modelos sugestivos de endereçamento, inclusive com direcionamento tanto ao 
juízo quanto ao membro do Poder Judiciário: 
STF 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Presidente do Egrégio Supremo Tribunal Federal. 
 Ao Juízo da Presidência do Egrégio Supremo Tribunal Federal. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Presidente da ____ Turma - Egrégio Supremo Tribunal Federal. 
 Ao Juízo da Presidência da ____ Turma do Egrégio Supremo Tribunal Federal. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Relator(a) _________ - Egrégio Supremo Tribunal Federal. 
 
STJ 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Presidente do Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
 Ao Juízo da Presidência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
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 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Presidente da ____ Turma - Egrégio Superior Tribunal de 
Justiça. 
 Ao Juízo da Presidência da ____ Turma do Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Relator(a) _________ - Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
 
TSE 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro (a) Presidente do Egrégio Tribunal Superior Eleitoral. 
 Ao Juízo da Presidência do Egrégio Tribunal Superior Eleitoral. 
 
STM 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Presidente do Egrégio Superior Tribunal Militar. 
 Ao Juízo da Presidência do Egrégio Superior Tribunal Militar. 
 
TRF 
 Excelentíssimo Senhor(a) Desembargador(a) Federal Presidente do Colendo Tribunal Regional Federal 
da __ Região. 
 Ao Juízo da Presidência do Colendo Tribunal Regional Federal da __ Região. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Desembargador(a) Federal da __ Turma - Colendo Tribunal Regional 
Federal da __ Região. 
 Ao Juízo da __ Turma do Colendo Tribunal Regional Federal da __ Região. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Desembargador(a) Federal Relator - Colendo Tribunal Regional Federal da 
__ Região. 
 
TRE 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Presidente do Colendo Tribunal Regional Eleitoral de(a/o) ____/UF. 
 Ao Juízo da Presidência do Colendo Tribunal Regional Eleitoral de(a/o) ____/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) Eleitoral Membro da __ Turma - Colendo Tribunal Regional 
Eleitoral de(a/o) ____/UF. 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
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 Ao Juízo da __ Turma do Tribunal Regional Eleitoral de ___/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) Eleitoral Membro do Colendo Tribunal Regional Federal de(a/o) 
____/UF. 
 
TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Presidente do Colendo Tribunal de Justiça do Estado de(a/o) ____/UF. 
 Ao Juízo da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de(a/o) ____/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Desembargador(a) da __ Câmara Criminal do Colendo Tribunal de Justiça 
do Estado de(a/o) ____/UF. 
 Ao Juízo da __ Câmara Criminal do Colendo Tribunal de Justiça do Estado de(a/o) ____/UF. 
 
PRIMEIRA INSTÂNCIA 
Varas Colegiadas 
 Excelentíssimo Senhor Juiz Presidente da Vara Criminal Colegiada de Crime Organizado da Comarca de 
____________/UF. 
 Ao Juízo da Vara Criminal Colegiada de Crime Organizado da Comarca de ____________/UF. 
 Excelentíssimo(a) Juiz(a) Presidente da _____ Turma Recursal dos Juizados Especiais (Cíveis e) Criminais 
do Estado de(a/o) ____/UF. 
 Ao Juízo da Presidência da _____ Turma Recursal dos Juizados Especiais (Cíveis e) Criminais do Estado 
de(a/o) ____/UF . 
 
Juízos singulares 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) Federal do Juizado Especial Federal da __ Vara Federal da Seção 
Judiciária de _______/UF. 
 Ao Juízo do Juizado Especial Federal da __ Vara Federal da Seção Judiciária de _______/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz de Direito do Juizado Especial Criminal da Comarca de ________/UF. 
 Ao Juízo do Juizado Especial Criminal da Comarca de ________/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da __ Vara do Tribunal do Júri da Comarca de 
________/UF. 
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7 SIMULADOS DE PEÇAS PRÁTICAS PARA DELEGADO DE POLÍCIA 
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 Ao Juízo da __ Vara do Tribunal do Júri da Comarca de ________/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) Presidente da __ Vara do Tribunal do Júri da Comarca de 
________/UF. 
 Ao Juízo da Presidência do Tribunal do Júri da __ Vara da Comarca de ________/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF. 
 Ao Juízo da __ Vara Criminal da Comarca de _______/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da __ Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de 
__________/DF. 
 Ao Juízo da __ Vara Criminal da Circunscrição Judiciária de __________/DF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da Vara de Execuções Penais da Comarca de 
_______/UF. 
 Ao Juízo da Vara de Execuções Penais da Comarca de ___________/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da __ Zona Eleitoral - _______/UF. 
 Ao Juízo da __ Zona Eleitoral de(a/o) _______/UF. 
 
 MINISTÉRIO PÚBLICO 
Impende mencionar, considerando o teor do art. 28 do CPP, com redação dada pela Lei n. 13.964/19, 
que modificou consideravelmente a sistemática de remessa dos autos do inquérito policial, embora sua 
eficácia esteja suspensa pelo STF, há possibilidade de endereçamento do Relatório Final de Inquérito Policial 
ao Ministério Público. Veja a nova redação (suspensa pelas ADIs 9.298, 9.299 e 9.300) do art. 28 do CPP: 
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão 
ministerial para fins de homologação, na forma da lei. 
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito 
policial, poderá, no prazode 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a 
matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a 
respectiva lei orgânica. 
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e 
Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia 
do órgão a quem couber a sua representação judicial. 
Por esse motivo, abaixo seguem modelos de endereçamento ao Ministério Público. 
Ministério Público Federal: 
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Excelentíssimo(a) Senhor Procurador(a)-Geral da República. 
(Oficia junto ao STF e ao STJ - art. 48, II da LC 75/93) 
 
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Subprocurador(a) -Geral da República. 
(Oficia perante o STF, STJ, TSE (por delegação) e nas Câmaras de Coordenação e Revisão - art. 66 da LC 
75/93) 
 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Procurador(a) Regional da República. 
(Oficia perante os Tribunais Regionais Federais) 
 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Procurador(a) da República 
(Oficia perante os Juízos Federais) 
 
Ministério Público Estadual: 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Procurador(a)-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado 
_______/UF. 
(Oficia nos processos de competência originária dos TJs – art. 29 da Lei 8.625/93) 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Promotor(a) de Justiça da Promotoria Criminal da Comarca de 
_______/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Promotor(a) de Justiça que Oficia perante a Comarca de _______/UF. 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Promotor(a) de Justiça que Oficia perante o Juiz das Garantias da Comarca 
de _______/UF. 
 
Caso haja efetiva implantação do juiz das garantias, deve-se acrescentar nos endereçamentos 
logo após a palavra ‘Juiz(a)’a expressão ‘das Garantias’. Assim: 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito das Garantias da __ Vara do Tribunal do Júri da Comarca 
de _______/UF 
 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito das Garantias da __ Vara Criminal da Comarca de 
_______/UF. 
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 Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito do Núcleo Garantias da Comarca de _______/UF. 
 Ao Juízo do Núcleo de Garantias da Comarca de ______/ UF. 
 
 CUMULAÇÃO DE PEDIDOS NA MESMA PEÇA 
 
Atendendo aos princípios da economia processual e da celeridade não é raro haver 
cumulação de pedidos ou de representações na mesma peça, exceto, obviamente, se os pedidos forem 
totalmente incompatíveis, como, por exemplo, representação por prisão temporária cumulada relatório final 
de IP, posto que inconciliáveis, pois não se mostra razoável o pedido por uma medida instrumental, que visa 
obter elementos indiciários suficientes, junto com a conclusão do procedimento. Ora, se ainda existem 
diligências a serem realizadas, não se pode relatar o inquérito. 
Situação bastante comum é a representação por prisão temporária cumulada com busca e 
apreensão, vez que na execução da medida de constrição da liberdade comumente se ingressa no domicílio do 
indivíduo, sendo ótima oportunidade para angariar mais elementos probatórios para esclarecer o fato 
criminoso. 
Entendemos que, desde que juridicamente razoável, também não há óbice para pedidos 
alternativos, compreendidos como aqueles que o Juiz pode conceder um ou outro pedido, como pode 
ocorrer, por exemplo, em representação por Prisão Preventiva ou Medida Cautelar Diversa da Prisão. Nesse 
caso, se o Magistrado atender um dos pedidos, por consequência lógica, não poderá atender o outro. 
Vislumbramos, ainda, a possibilidade de se representar por pedidos sucessivos, aqueles em 
que se faz à Autoridade Judiciária determinado pedido, com prevalência como pedido principal e, caso não 
entenda preenchidos os requisitos, defere-se o outro pedido de forma subsidiária. Cita-se como exemplo a 
representação por interceptação telefônica com pedido principal e, como pedido subsidiário, se o Juiz 
entender não preenchidos os requisitos da Lei n.º 9.296/96, a quebra do sigilo de dados telefônicos, o qual 
possui requisitos mais elásticos que o primeiro. 
Por oportuno, entendemos também que em situações excepcionais há os pedidos 
necessariamente cumulados. Em algumas circunstâncias mostra-se imprescindível para o deferimento de 
determinado pedido que outro o acompanhe, devendo o Delegado de Polícia representar por dois ou mais 
pedidos. Cita-se como exemplo o caso da representação por infiltração; sabendo-se que somente o 
depoimento pessoal do agente infiltrado pode ser insuficiente, faz-se necessária alguma cautelar para 
resguardar as provas por ele colhidas, como, por exemplo, a captação ambiental. 
Tanto na vida prática da atividade policial como em concursos voltados para essa área, 
sobretudo concursos para o cargo de Delegado de Polícia, cada vez mais tem se exigido a cumulação de 
pedidos, até como forma de mensurar, no caso dos concursos, a capacidade de raciocínio jurídico do 
candidato e adaptabilidade ao caso concreto. 
Assim, não se deve ficar vinculado a somente o modelo de uma das peças, mas se atentar para 
a possibilidade de várias combinações entre elas, que devem ser feitas com a devida fundamentação fática e 
jurídica, de preferência separando por tópicos ou capítulos as razões de cada pedido formulado. 
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Finalmente, cumpre salientar que, com o avanço dos meios tecnológicos de transmissão de 
dados, os modelos de peças tendem a ficar circunscritos a plataformas padronizadas, com comunicação on-
line entre a Polícia e o Poder Judiciário. 
A necessidade, contudo, de raciocinar soluções que atendam o caso concreto é insubstituível 
e, obrigatoriamente, passa pelo Delegado de Polícia. 
 
Estrutura da fundamentação jurídica 
Por questão de coerência lógica, sugere-se que no momento da elaboração da fundamentação 
jurídica se faça um encadeamento piramidal dos diversos diplomas normativos pertinentes. 
A pirâmide de Kelsen é um sistema de escalonamento de normas jurídicas desenvolvido pelo 
jurisconsulto europeu Hans Kelsen. E tem como objetivo promover um plano de hierarquia entre as diversas 
espécies de normas jurídicas, fazendo com que elas sejam tratadas como superiores/ inferiores entre si. 
Assim, no cume da pirâmide está a Constituição Federal e, modernamente, os Tratados e 
Convenções Internacionais que versem sobre Direitos Humanos aprovados com o rito descrito no § 3º do art. 
5º da CF/88 (compreendido como “bloco de constitucionalidade”), seguidos das normas infraconstitucionais, 
mais precisamente Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos não aprovados com o quórum qualificado, 
demais Tratados e Convenções Internacionais (CF, art. 5º, §2º), as Leis Complementares e Ordinárias, 
Resoluções Legislativas, as Constituições Estaduais, as Leis Estaduais e, por fim, os atos infralegais, a exemplo 
de Decretos, Portarias e Instruções Normativas. 
Desse modo, ao abordar determinado tema, mostra-se interessante que o profissional jurista 
ou candidato a um cargo público adote essa mesma ordem de fundamentação, inserindo num primeiro 
momento as normas constitucionais e convencionais para, posteriormente, descer às minúcias dos demais 
diplomas normativos nacionais, constituições e leis estaduais e atos infralegais. 
Assim, além de ser uma forma de verificar possíveis vícios de constitucionalidade das normas 
inferiores, a estrutura textual tem maiores chances de ficar clara, objetiva e harmoniosa.Caso se trate de peça elaborada pelo Delegado de Polícia, é imprescindível que o preâmbulo 
faça referência à Lei n. 12.830/13, que dispõe sobre a investigação criminal conduzida por esse profissional. 
É de se notar, também, que a fundamentação jurídica do preâmbulo perpassa por dois 
aspectos: o primeiro deles deve demonstrar a legitimidade do postulante, ou seja, o amparo legal que 
permite o peticionário ingressar em juízo; o segundo, no entanto, relacionado à fundamentação do pedido 
em si, aquilo no mundo dos fatos que se deseja. 
 
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Exemplificando: 
 
 
O Delegado de Polícia que abaixo subscreve, legitimado pelo art. 144, 
§ 1º (se Delegado de Polícia Federal) ou § 4º (se Delegado de Polícia Civil), da CF/88 
c/c a Lei 12.830/13; pelo art. _____ Constituição do Estado _________, vem, 
perante Vossa Excelência, representar por 
 
BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR 
 
 Com fulcro no art. 5º, inciso XI, da CF/88 c/c art. 11.2, do Pacto São 
José da Costa Rica e arts. 240, 241, 242 e seguintes do Código de Processo Penal, 
em relação ao domicílio ao final indicado, onde reside [...] 
 
 
 
 
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SIMULADOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SIMULADO 01 
PEÇA PRÁTICA DE NATUREZA POLICIAL N. 1 
 
No dia 10 de dezembro de 2020, por volta das 21 horas, uma guarnição da Polícia Militar, 
comandada pelo 3º SGT/PM SOUSA, composta por quatro Policiais, foi acionada para atender uma 
ocorrência de roubo, que estava acontecendo no estabelecimento comercial denominado PEGUE & 
LEVE, localizado no Município paraense de Cametá. Ao chegar ao local dos fatos, os Policiais Militares 
avistaram dois indivíduos, ambos armados com armas de fogo e, mesmo após os Policiais 
determinarem que se entregassem, os indivíduos efetuaram vários disparos na direção dos militares, 
mas nenhum Policial foi atingido. 
Após realizar o cerco no local, os Policiais iniciaram procedimento de incursão, logrando 
êxito em render os dois indivíduos, os quais, percebendo que não tinham chances de empreender 
fuga ou enfrentar com êxito dos quatro policiais, se entregaram, jogando as armas de fogo no chão e 
deitando em seguida com as mãos na cabeça. Cessada a agressão, os Policiais Militares, devido os 
dois indivíduos terem efetuado disparos iniciais, ainda com eles rendidos, efetuaram disparos contra 
eles, matando-os no interior do estabelecimento comercial. 
Em seguida, dirigiram-se até a Delegacia de Polícia Judiciária Civil do Município de 
Cametá, apresentando as armas de fogo utilizadas pelos dois indivíduos mortos, posteriormente 
identificados como JOÃO e JOSÉ, alegando legítima defesa, solicitando que o Delegado lavrasse auto 
de resistência. O Delegado de Plantão procedeu nas oitivas dos Policiais Militares, contudo, o dono 
do estabelecimento comercial chegou à delegacia de polícia de posse das imagens do circuito interno 
de filmagens, entregando-as ao Delegado. 
De posse das imagens, a Autoridade Policial percebeu que a versão dos militares não 
correspondia à verdade completa dos fatos. Os militares, por sua vez, notando a possibilidade de 
responder criminalmente por homicídio, alegaram que a atribuição para investigar e instaurar 
inquérito policial era da própria Polícia Militar, por meio de inquérito policial militar, conforme 
recente decisão do Supremo Tribunal Federal, retirando-se todos da delegacia em seguida. 
Na qualidade de único Delegado de Polícia Civil da Delegacia de Polícia Judiciária Civil 
de Cametá/PA, elabore a peça procedimental de natureza policial pertinente ao caso, abordando 
os seguintes itens: 
 
1. Qual(is) crime(s) os Policiais Militares estão, em tese, incursos? 
2. Seria possível a voz de prisão em flagrante aos Policiais Militares? 
3. De qual instituição é a atribuição para a investigação de crimes dolosos contra a 
vida, praticados por militares contra civis? O STF já pacificou a questão? 
 
 
 
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SIMULADO 02 
PEÇA PRÁTICA DE NATUREZA POLICIAL N. 2 
DIONÍSIO foi eleito Prefeito do Município de Mossoró, no Estado do Rio Grande do 
Norte, para exercício do mandato 2013/2016. Após o término do mandato não foi reeleito. Ocorre 
que em 2018 se candidatou ao cargo de Deputado Federal, sendo eleito para exercício do mandato 
entre os anos 2019/2022, diplomado para o referido cargo em 17 de dezembro de 2018. 
Ocorre que em dezembro de 2020 a senhora LINDALVA compareceu à unidade de 
Polícia Judiciária da circunscrição de Mossoró, noticiando à Delegada de Polícia TÁTICA ter 
descoberto recentemente que enquanto trabalhava como empregada doméstica na casa de 
DIONÍSIO, em meados de 2016, sua filha CÍNTIA, à época com de 11 anos de idade, teria sido abusada 
sexualmente por ele. 
Conforme narrou LINDALVA, era comum levar sua filha para a casa do então Prefeito e, 
somente agora, em 2020, após sua mãe ter sido demitida, a vítima teve coragem de contar ter sido 
sucessivamente submetida a sevícias e que, inclusive, as relações sexuais eram gravadas e 
armazenadas por DIONÍSIO. CÍNTIA narrou à sua genitora, também, que DIONÍSIO lhe confidenciou 
ter mantido relações sexuais com outras meninas, inclusive mostrou alguns vídeos a ela, com a 
finalidade de convencê-la a manter a mesma prática com ele. 
Diante das informações, a Delegada de Polícia instaurou o inquérito policial n. 
100/2020 – DEAM, encaminhando a vítima ao instituto pericial da localidade. No dia 30 de dezembro 
de 2020 o laudo pericial foi disponibilizado, sendo constatada a ruptura do hímen, porém, com sinais 
defloramento antigo devido à cicatrização. 
Diante dos fatos narrados, na qualidade de presidente das investigações, elabore a 
peça prática procedimental pertinente ao caso em apreço com vistas à colheita de elementos de 
autoria e materialidade, abordando, necessariamente, no corpo da peça: 
1. A tipificação do(s) crime(s) que, em tese, está incurso o investigado; 
2. A necessidade de autorização judicial para início das investigações; 
3. O juízo competente para analisar eventuais pedidos por medidas cautelares. 
 
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SIMULADO 03 
PEÇA PRÁTICA DE NATUREZA POLICIAL N. 3 
No dia 10 de janeiro de 2021, por volta das 02h da madrugada, após JAIR e sua 
namorada CHAIENE saírem de uma festa na cidade de CURITIBA/ PR, quando estavam indo em 
direção ao carro do casal, foram perseguidos por dois indivíduos em uma motocicleta, ocasião em 
que um deles saltou da garupa do veículo e, de arma em punho, anunciou um roubo, exigindo que as 
vítimas deitassem no chão com as mãos na cabeça. CHAIENE, bastante nervosa, logo obedeceu às 
determinações do criminoso, entregando sua bolsa, que continha um aparelho celular e a quantia 
aproximada de R$ 300,00 (trezentos reais), além do seu relógio, um colar e um par de brincos, 
ambos em ouro. Já JAIR, indignado com situação, recusou-se a deitar no chão, tentando argumentar 
com os dois indivíduos e, ato contínuo, travou luta corporal com um deles, no entanto, acabou sendo 
dominado e alvejado com dois disparos de arma de fogo, um atingiu sua perna e o outro o coração, 
culminando no seu óbito quase que imediato. Após a morte da vítima JAIR, osdois indivíduos 
empreenderam fuga do local levando consigo os bens subtraídos de CHAIENE. 
As investigações foram iniciadas pela 1º Delegacia de Curitiba, sendo colhidas as 
declarações de CHAIENE, que saiu ilesa, bem como de duas testemunhas que passavam pelo local. 
Além disso, as imagens do circuito externo de filmagens de estabelecimento comercial localizado às 
adjacências foram determinantes para identificar a placa da motocicleta utilizada no crime, uma 
Honda CG de cor preta, placa XXX-0121. De posse dos dados do veículo, a Polícia Judiciária Civil 
logrou êxito em identificar o proprietário como sendo JÚNIOR CAVEIRA, residente à Av. Curitibanos, 
123, Bairro Boa Viagem, Curitiba/PR. A vítima CHAIENE e as testemunhas realizaram o 
reconhecimento fotográfico de JÚNIOR CAVEIRA, mas apesar de considerarem ele parecido com um 
dos indivíduos, não o reconheceram com plena certeza, informando ao Delegado que o 
reconhecimento pessoal poderia ser mais preciso. 
Durante as diligências os Agentes de Polícia apresentaram Relatório de Investigação, 
no qual constava que JÚNIOR tinha se evadido da sua residência e escondido a motocicleta nos 
fundos do lote, coberta por uma lona. Foi descoberto ainda que ele estava homiziado na casa de um 
primo, localizada na Rua Esperança, n. 200, Bairro Latino – Curitiba/PR. A perícia do local de morte 
violenta foi apresentada ao Delegado de Polícia presidente das investigações, constando no laudo 
que foi encontrado e apreendido um estojo de munição calibre .380, que continha vestígios de digital 
aptos para confronto datiloscópico e balístico porém, nos Sistemas de Pesquisa Policiais não 
constavam as digitais de JÚNIOR para comparação. 
Considerando o caso acima proposto, na qualidade de Delegado de Polícia 
responsável pelo inquérito, represente pela medida cautelar apropriada ao andamento das 
investigações e capaz de solucionar o caso, abordando todos os aspectos jurídicos pertinentes à 
situação apresentada. 
 
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SIMULADO 04 
PEÇA PRÁTICA DE NATUREZA POLICIAL N. 4 
 
No dia 26 de fevereiro de 2021, por volta das 15 horas, RICARDO estava em seu local de 
trabalho, uma empresa do ramo de construção civil, juntamente com MARIA. Como se tratava de uma sexta-
feira, final de mês, na ocasião havia uma soma considerável em dinheiro na sede da empresa, pois comumente 
os servidores são pagos em dinheiro nesse período. 
Repentinamente, entrou no recinto um indivíduo e, simulando portar arma de fogo, anunciou 
um roubo, exigindo que RICARDO e MARIA entregassem a ele toda a quantia em dinheiro disponível, 
subtraindo o valor aproximado de R $100.000,00 (cem mil reais). Após, empreendeu fuga. 
Durante as investigações a Polícia Judiciária instaurou inquérito policial n. 171/2021 e colheu 
as declarações das vítimas, ao que o Delegado estranhou que somente MARIA se recordava das características 
físicas do autor da subtração. 
Ademais, inexplicavelmente, o circuito de filmagens da empresa havia sido desligado dois dias 
antes do crime. Continuando as diligências, logrou-se êxito colher imagens do circuito de filmagens de um 
estabelecimento comercial localizado às adjacências da sede da empresa, sendo possível identificar a placa da 
motocicleta utilizada no crime, prefixo KTZ-1200, cadastrada em nome de JOSÉ DA SILVA, residente à Av. Rio 
Amazonas, n. 1234, Bairro Central, Belém/PA. Ante tais informações, os Policiais Civis passaram a fazer 
vigilância nas proximidades da residência, quando filmaram JOSÉ DA SILVA e RICARDO conversando em frente 
ao imóvel. 
Assim, relatado o fato à Autoridade Policial, esta representou pela quebra de sigilo de dados 
telefônicos de RICARDO. Deferido o pedido pelo juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Belém/PA, restou 
comprovado pelo extrato telefônico várias ligações recebidas e efetuadas entre JOSÉ e RICARDO, inclusive 
minutos antes do crime. Nesse ínterim, MARIA procurou a Delegacia e narrou que RICARDO lhe confidenciou 
que iria pedir demissão nos próximos dias e fazer uma viagem. 
No entanto, MARIA percebeu que ele havia trocado de telefone, adquirindo um modelo de 
última geração, avaliado em mais de R $10.000,00 (dez mil reais). Quando ela o confrontou e procurou saber 
como ele tinha adquirido um celular tão caro, ele disse para ela ficar calada e não se intrometer na vida dele, 
senão iria se arrepender. 
Diante as circunstâncias narradas acima, na qualidade de Delegado de Polícia responsável 
pelo caso, elabore a peça prática de natureza policial com as medidas cautelares necessárias e adequadas, 
capazes de robustecer os autos do inquérito Policial, com vistas a instrumentalizar ainda mais as 
investigações em andamento. 
Aponte a tipificação em relação a cada um dos envolvidos, especialmente no caso de restar 
comprovada a participação de RICARDO. 
 
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SIMULADO 05 
PEÇA PRÁTICA DE NATUREZA POLICIAL N. 5 
 
No dia 17 de janeiro de 2019, por volta das 22h, DANIEL VENTURA, Deputado Federal pelo 
Estado do Espírito Santo, de 25 anos de idade, capaz e habilitado, estava trafegando em via pública com seu 
veículo GM CAMARO, placa IAM-0007 e, em determinado trecho da via pública, próximo de uma boate, iniciou 
manobras exibicionistas, tais como frenagens bruscas, derrapagens, utilizando o citado veículo, no entanto, 
perdeu o controle do automóvel e acabou atingindo uma mulher que estava às margens da via, causando-lhe o 
óbito. 
Após perceber que a vítima havia falecido, a fim de não ser identificado pelas pessoas que ali 
estavam, DANIEL VENTURA empreendeu fuga no veículo. Populares que Presenciaram o fato, no entanto, 
ligaram para a Polícia Militar, a qual compareceu local e, após colher informações sobre as características do 
condutor e do veículo envolvido, inclusive a placa, realizou breves diligências logrando êxito localizar DANIEL 
VENTURA ainda na condução do automóvel. 
Ao ser abordado pelos Policiais, DANIEL VENTURA estava bastante alterado, ocasião em que se 
identificou como parlamentar, alegou que não poderia ser preso, bem como xingou um dos policiais de 
“merdinha fardado”. Ciente que DANIEL era, de fato, um parlamentar, os policiais militares não o prenderam, 
nem tampouco o apresentaram na Delegacia de Polícia. 
Após alguns dias, o laudo pericial foi acostado aos autos do procedimento investigativo, sendo 
constatado que o veículo estava com velocidade aproximada de 120 km/h no momento do atropelamento 
uma via de velocidade máxima de 50 Km/h, assim como que houve morte instantânea da vítima. 
Os Familiares da vítima compareceram à Delegacia de Polícia, solicitando providências sobre o 
caso. Foi instaurado procedimento investigativo no mesmo dia dos fatos, ocasião em que DANIEL VENTURA foi 
intimado, mas não compareceu alegando que tinha a prerrogativa de escolher o local e a data da sua oitiva. 
Cerca de cinco testemunhas foram inquiridas, sendo que todas foram unânimes em apontar DANIEL VENTURA 
como condutor do veículo, não havendo mais diligências a serem efetuadas. 
Na qualidade de Delegado de Polícia responsável pelo caso, elabore a peça adequada caso 
apresentado, datando no último dia do prazo, respondendo seguintes questionamentos: 
a) Os policiais que atenderam a ocorrência agiram corretamente? Fundamente Sua Resposta 
Diferenciado as fases da prisão em flagrante.
 
b) Qual o foro competente para processar e jugar eventual ação penal proposta em desfavor 
de DANIEL VENTURA? 
 
c) Por qual(is) crime(s) ele deverá responder? 
 
d) A alegação de DANIEL VENTURA para não comparecer ao interrogatório 
foi pertinente? 
Poderá eles ser conduzido coercitivamente em alguma circunstância?
 
Observação: Simulado aplicado antes da vigência

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