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CASO 4 TGP

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NOME: CINTIA CARVALHO DE AZEVEDO
MATRICULA 201903561297
TEORIA GERAL DO PROCESSO - CCJ0271 
Título Caso Concreto 4 
Descrição 
Antônio Pedro, brasileiro, viúvo, professor aposentado, recebe mensalmente cerca de R$2.000,00 (dois mil reais) e após realizar uma série de exames no hospital público de sua cidade é diagnosticado com artrite reumatoide. Considerando o estágio avançado da doença e as fortes dores do paciente, o médico receita um medicamento que reduz drasticamente os sintomas e inibe a progressão da enfermidade, porém, cada caixa com 30 (trinta) comprimidos custa R$ 10.000,00 (dez mil reais). Precisando de duas caixas por mês para seu tratamento, Pedro não vê outra solução e procura a Defensoria Pública que, por sua vez, ingressa em juízo pleiteando em sede de tutela provisória de urgência a entrega do medicamento pelo Município. Conclusos os autos, o juiz indeferiu o pedido nos seguintes termos: ?Indefiro o pedido, pois ausentes os requisitos da tutela requerida?. Sem prejuízo do direito material que está sendo tutelado ( direito à vida), houve ofensa a algum princípio processual, considerando o texto utilizado pelo juiz?
 RESPOSTA: Sim princìpio da fundamentação , também chamado das motivações judiciais , previst no art 93, inciso 9 da CF mais tambem previsto no art 489 parg 1 do CPC que determina que todas as decisoes judiciais serão fundamentadas
A obrigatoriedade de fundamentação das decisões judiciais: garantia constitucional ao devido processo legal
Priorizar uma sentença justa e clara não é uma escolha do magistrado mas sim uma obrigação contida no diploma Constitucional, porém o que se tem observado é a afastabilidade dessa garantia como obrigatoriedade, isto é, as sentenças então sendo prolatadas frequentemente de maneira arbitrária ou decisões que não guardam qualquer pertinência com a matéria da lide.
O juiz não pode apenas se utilizar da técnica, é impreterível que este deve ter o cuidado de ilustrar os porquês da sua decisão, quer seja favorável ou desfavorável, pois tal explicação é inafastável e inerente aos direitos das partes.
Em uma sociedade enraizada nos princípios que se consubstanciam no Estado Democrático de Direito, e quando há julgamentos feitos de forma a prevalecer o juízo de valor bem como a inexistência de fundamentação, causa bastante polêmica e desconfiança gerando, deste modo, insegurança acerca da veracidade e legitimidade do Poder Judiciário, uma vez que viola preceitos intrínsecos à Constituição Federal
ART. 93, INC. IX CF/88.
O princípio da motivação das decisões judiciais surge com intuito de disciplinar o poder jurisdicional, impondo-lhe limites para que tal poder afaste da sua função toda e qualquer arbitrariedade em detrimento dos direitos inerentes ao cidadão.
Sendo assim, caracteriza uma garantia constitucional, tendo em vista que dá ao cidadão a plena garantia que seus direitos serão assegurados por um Estado-juiz justo.
A motivação das decisões judiciais se amolda aos direitos e garantias trazidas pelo Estado Democrático de Direito, pois conforme demonstrado acima, o Poder jurisdicional encontra limites e esses limites devem respeitar primordialmente os direitos do cidadão que estão sob sua tutela, desta maneira, prevalecerão os direitos enraizados na democracia.
Nessa linha de raciocínio, ensina a doutrina, vejamos:
“O dever de fundamentar as decisões judiciais, ao mesmo tempo em que é um consectário de um Estado Democrático de Direito, é também uma garantia. Quando o jurisdicionado suspeitar que o magistrado decidiu contra a lei, desrespeitando direitos fundamentais ou extrapolando suas funções institucionais, deverá buscar na fundamentação da decisão subsídios para aferir a qualidade da atividade jurisdicional prestada. É a inserção dessa garantia no texto da Constituição é da maior relevância” (NOJIRI, 2000, apud, ZAVARIZE, 2004, p. 46-47).
Conforme lições do autor supracitado, a fundamentação demonstra inerente a tutela prestada ao cidadão, pois sua observância seria o mesmo que garantir a estes uma atividade jurisdicional embasada nos preceitos constitucionais previstos na Constituição pátria. Outro ponto a se ressaltar, diz respeito ao alcance da fundamentação das decisões judiais, pois tal garantia não deve ficar apenas restrita as partes que compõe a lide, como também a todos os cidadãos de direito.
Tendo em vista que o princípio contido no art. 93, IX da CF/88 é uma garantia constitucional e em virtude disso, o magistrado deve solucionar o caso concreto com base em leis constitucionais e infraconstitucionais e nos fatos carreados no processo, para, assim, estabelecer um dos princípios basilares do sistema processual pátrio, o qual denomina-se devido processo legal.
O doutrinador Auad Lammêgo Bulos (2014, p.525) esclarece os direitos fundamentais da seguinte forma:
Direitos fundamentais é o conjunto de normas, princípios, prerrogativas, deveres e institutos, inerentes à soberania popular, que garantem a convivência pacífica, digna, livre e igualitária, independente de credo, raça, origem, cor, condição econômica ou status social.
Jurisprudência

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