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Relatorio dd observação

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DESCRIÇÕES DE OBSERVAÇÕES 
 
 
 
 
Professora Dra. Luciana Bareicha 
HORÁRIO DA AULA: segunda-feira –matutino – 1º horário 
 10 horas para cada aluno do grupo 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNOS: 
 
Nome completo RA TURMA 
Ana Flávia Hamú RA: TurmaPS6B30 
Lanna Beatriz Ribeiro RA: D43ACI3 Turma PS6B30 
Rita de Cássia Barbosa Oliveira RA: N2271H3 Turma PS5B30 
Sandriely Silva Brzezowski RA: D3771G4 Turma PS6B30
Silvia Ritter Ferronato RA: Turma:PS
Silvia Costa Viana RA: N1124C2 Turma PS6B30 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
Curso Psicologia 
Professora Doutora Luciana Bareicha 
 
 
 
OBSERVAÇÔES PRATICAS SOCIAIS E SUBJETIVIDADE
 
 
Nome completo RA TURMA 
Ana Flávia Hamú RA: TurmaPS6B30 
Lanna Beatriz Ribeiro RA: D43ACI3 Turma PS6B30 
Rita de Cássia B. Oliveira RA: N2271H3 Turma PS5B30 
Sandriely Silva Brzezowski RA: D3771G4 Turma PS6B30
Silvia Ritter Ferronato RA:T4071A2 Turma:PS6B30
Silvia Costa Viana RA: N1124C2 Turma PS6B30 
 
 Trabalho apresentado na disciplina de Práticas Sociais Subjetividade do curso de Psicologia da Universidade Paulista/DF, sob a orientação professora/Doutora, Luciana Bareicha. 
 
 
 
 
 
Brasília,2019. 
Introdução
O presente trabalho foi desenvolvido por meio de uma proposta da disciplina de Práticas Sociais Subjetivas, onde foi sugerido realizar observações de acontecimentos sociais dentro de um tema pré-definido, notando os aspectos da sua subjetividade, pontuando referenciais teóricos e observando os fenômenos na pratica, a fim de ter uma visualização de relações interpessoais ali estabelecidas e uma compreensão do fenômeno a partir do discurso veiculado pela mídia. 
Os temas escolhidos pelo grupo para serem observado foi: Manifestações da afetividade frente as tecnologias nas relações sociais. (HUNTER, 2000; KOWARICK, 2003; LESBAUPIN, 2000; PROENÇA, 2005; SEN, 2000) e tem sido uma categoria importante e presente nas análises sobre direitos civis, violência e a própria historia do Brasil e do mundo, o que justifica nossa escolha, isto é, um dos desafios do trabalho é entender os mais diversos conceitos sobre o tema proposto e relaciona-lo da forma mais lucida e próxima do que vivenciamos nas observações. 
Sobre o tema, os conceitos são muito amplos e diversificados, por esse motivo também escolhemos esse tema, para pesquisarmos nos mais diversos autores o conceito mais atual do que entende-se por cultura e seu histórico até aqui, além disso, são temas que no fim pode ser interligados. Buscamos, portanto, esclarecer nesse trabalho conceitos de exclusão social e cultura da forma mais simples e aplicada ao cotidiano da massa.
 
Práticas sociais e subjetividade 2019/Registro de Observação 
Aluna: Silvia Costa Viana-RA:1124C2 -Turma PS6B30 
Local da Observação: Praça 
Data: 03/092019 
Horário: 17:00 às 18:00 hs 
Tempo total: 1 hora 
 
 Cheguei em uma praça chamada Praça da Bíblia. Me sentei em um banco e fiquei esperando as pessoas com quem marquei de encontrar ali. Essa praça tem muito movimento no final da tarde, pois é um local agradável para fazer caminhada ou bater um papo ou então simplesmente passar algumas horas relaxando. Passados alguns minutos observei um rapaz de aproximadamente 20 e poucos anos, vestindo uma bermuda azul, tênis, camiseta cinza e usando um boné azul marinho, segurando um skate na mão, chegando na praça com uma criança que aparenta ter uns 6 anos de idade, branca e cabelos castanho claro, vestindo uma bermuda vermelha e camiseta branca, de tênis, parece que ele trouxe essa criança para andar de bicicleta, após dialogar um pouco com ela, sentou-se no banco e ficou ali de pernas cruzadas e com os braços abertos em cima do encosto do banco. Parece bastante pensativo, com semblante apreensivo e ansioso. Após alguns minutos, chegou uma jovem mulher de aparência distinta, cabelo loiro claro, vestindo uma calça de fazer ginástica preta, blusa vermelha e um casaco Verde musgo, usava tênis e parece que estava vindo de uma academia, pois estava com uma garrafa transparente com água mineral e uma pequena toalha na mão. Ela estava um pouco suada, com o rosto avermelhado, aparentava ter a mesma idade do rapaz, ela dialoga um pouco com ele em pé e depois senta ao seu lado e mantêm a conversa por um tempo, a jovem também parece ansiosa, gesticulando muito enquanto fala. 
 Enquanto conversavam, ela levantou-se para tirou o casaco verde musgo que estava vestida e sentou-se novamente, o rapaz retirou um celular do bolso e ficou mexendo, ficando um silêncio entre ambos. Estava um clima de desentendimento no ar. Fiquei imaginando como é difícil manter um relacionamento hoje em dia, pois a convivência entre casais tem sido abalada por coisa corriqueiras, mas que a maioria não sabe lidar ou não tem mais a paciência para resolver. 
 A criança que estava rodando a praça com sua bicicleta desde que chegara, retorna para falar com o casal, o menino está eufórico e ofegante, pois estava correndo muito com a bicicleta ao redor da praça, eles conversaram por uns instantes e então começaram a sorrir de algo da conversa deles, logo a criança se retira e volta a andar de bicicleta e os dois ficaram observando. Só mesmo uma criança pra quebrar um clima pesado. Mas continuaram um ao lado do outro em um silêncio estranho, não havia clima entre eles, de vez enquando ele observava quando ela mexia em um celular e esboçava um sorriso, durante esse tempo eles permaneceram assim, cada qual olhando seu celular sem falar um com o outro. Fiquei olhando e me sentindo incomodada, duas pessoas, uma do lado da outra, mas tão distantes, separadas pelo celular, é ruim quando vemos um casal se desentendendo e não poder fazer nada. 
 O rapaz levantou-se e pegou o skate que trouxera e começou a acompanhar a criança que andava de bicicleta. Deram uma volta na praça, fazendo uma circunferência, indo até a outra parte da praça e fazendo outro círculo e voltando pela ciclovia. A impressão que tive foi que ele estava tentando pensar um pouco sobre o que estava acontecendo entre ele e aquela jovem. Fizeram isso duas vezes, e após ficou circulando na praça. Depois de alguns minutos andando de skate, foi parando onde ambos, ele e a jovem estavam, sentando-se novamente no mesmo lugar, desta vez de pernas esticadas, porém com os braços cruzados. Ele dialoga com a jovem ao seu lado, gesticulando com a mão direita rapidamente e com o semblante bem rígido, sério, olhando para o celular que a jovem está segurando em suas mãos. 
 A criança retornou até o casal, o rapaz deu a ele uma garrafa transparente com água mineral para beber, e fala algo com a jovem que sorri e segura a sua mão direita olhando bem nos olhos do rapaz. Eles se abraçam e ficam abraçados durante uns minutos, voltando a sua posição inicial e a criança que está perto, está olhando para eles com jeito de quem já viu aquela cena antes, o rapaz abraça a jovem sorrindo e beija o seu rosto e o menino logo sai parabrincar de novo. Enquanto estou aqui sentada, observo o movimento das pessoas que chegam e de outras que vão embora, o número de pessoas que estão ali é razoável, algumas sentadas e outras caminhando ao redor da praça, a maioria mulheres, usando roupas de ginástica, legging, tops e camiseta, calçando tênis. 
 A criança volta, deixando a bicicleta próxima ao casal e conversam mais um pouco, o jovem faz um gesto esticando os braços para trás e voltando, como se estivesse espreguiçando-se. Os três mantêm uma conversa e ele gesticula bastante com a mão direita passando em seu próprio abdômen, a aparência de ambos agora é de alegria, pois eles conversam com um sorriso no rosto, a criança por uns segundos senta no colo da jovem que o apoia com suas mãos, segurando o menino com seus braços em volta da barriga dele, o jovem fala algo e todos se levantam e vão em direção a pista de ciclovia, a criança mostra a eles que sabe andar na bicicleta tentando soltar as mãos e sorrindo, o casal se abraça mantendo-se lá conversando com a criança, eles dão as mãos e o chamam, retornando ao banco onde estavam sentados e a criança os segue, deixa a bicicleta no chão ao lado do banco, sentando dessa vez no meio dos dois, ele então aparentemente cutuca a criança, ela sorri empurrando a mão do rapaz, o mesmo sentou-se de forma arqueada, com os braços no joelho e por vezes voltando seu olhar para a jovem que está com o rosto de alguém que tirou um peso das costas e está bem leve, acho que o que estava causando um clima ruim entre eles foi deixado de lado e a paz voltou a reinar. A jovem pega o celular e continua a mexer e ao mesmo tempo falando com o rapaz que mantem-se olhando ao redor e na mesma posição. As pessoas que eu estava esperando chegaram, então parei de observar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia do Cotidiano 2019/Registro de Observação 
Aluna: Silvia Costa Viana-RA:1124C2 -Turma PS5B30 
Local da Observação: dentro do ônibus 
Data: 23/05/2019 
Horário: 11:00 às 12: 00 hs 
Tempo total: 1:00 hora Observação 2: 
 
 A presente observação se deu em ônibus de transporte público, no trajeto da Universidade Unip/DF à cidade satélite Riacho Fundo I/DF. O ônibus passa por algumas cidades como Candangolândia, Núcleo Bandeirantes e Park Way, antes de seu destino final, sempre com bastante passageiros, costuma realizar esse trajeto em um tempo estimado de 45 minutos, quando o trânsito está tranquilo, sem muito engarrafamento. Me acostumei tanto com a distância, que para mim, parece que o tempo é bem menor. 
 Peguei o ônibus na W3 Sul ainda com várias cadeiras disponíveis, porém fiquei em pé para melhor observação. Por volta de umas cinco paradas depois, o ônibus já estava completamente cheio, para mim essa é a pior parte, sardinhas exprimidas numa lata. Em um dos pontos do trajeto adentrou no ônibus uma jovem aparentando ter 26 anos, cabelo loiro, trajando um vestido florido, a mesma estava grávida, mas por causa de seu porte físico bem cheio pouco se percebia a barriga. Ao entrar no ônibus, ela parou próximo a um desses assentos reservado para preferenciais, porém o mesmo estava ocupado por duas mulheres, uma jovem que estava de óculos escuros, com a cabeça recostada no vidro da janela do ônibus, aparentemente estava dormindo, e uma senhora aparentando 50 anos que virou o rosto no sentido da janela fingindo não perceber a presença da gestante. Então o cobrador percebendo o desconforto da mulher gravida em solicitar para que alguém lhe desse o assentou ele pediu que alguém desse lugar a moça gestante. Sinceramente, eu fico indignada com isso, porque ñ era necessário ninguém pedir, pois uma mulher grávida não tem condições de fazer uma viagem dentro de um ônibus que balança tanto. e que para o ônibus seguir seu itinerário a moça gestante precisava está sentada. Foi então que um rapaz que estava sentado na frente cedeu o seu lugar a mulher gestante e seguimos viagem. 
 É triste observar a dificuldade que as pessoas têm de locomoção nos transportes públicos das grandes cidades. Os ônibus são poucos para a demanda de pessoas que utilizam o meio de transporte, viajar neles é um grande sufoco, as pessoas entram com mochilas nas costas, atrapalhando a locomoção dos outros passageiros dentro dos ônibus, as pessoas muitas vezes ignoram assentos reservados para os que mais necessitam e quando um desses adentram nos ônibus elas fingem não saber que estão em locais indevidos. 
 Haviam muitas pessoas no ônibus algumas em pé outras sentadas. Observei que sentado à minha frente, um homem de pele branca, cabelos castanhos, de camiseta azul, calça preta, ele usava óculos de sol. Ao seu lado havia outro homem de pele parda, cabelo preto, de blusa cinza e bermuda preta, que conversavam. O primeiro falou: Ultimamente está acontecendo muitos assaltos dentro desses ônibus cara, dependendo do lugar é muito perigoso andar de ônibus em certos horários. 
 Ele disse que ouviu de um dos motoristas que fazem linha para Samambaia que só em dia sofreu quatro assaltos e todos a luz do dia. O outro homem olhou com semblante de admiração! Até eu fiquei admirada com aqueles dados, já que sou usuária assídua do meio de transporte público. Um dos homens continuou falando com o outro: Sabia que as pessoas que sofrem assaltos dentro de ônibus têm direito a de receber indenização pelos prejuízos desde que apresente as provas. Os passageiros são amparados pelo Código de Defesa do Consumidor que diz que as empresas que fornecem serviços públicos são responsáveis pela segurança dos usuários. Para falar a verdade, eu fiquei mais surpresa do que aquele homem, por não ter conhecimento desse fato que nos beneficia, porque eu mesma já fui assaltada dentro do ônibus a uns meses atrás e fiquei muito chateada. Ele disse que o código do consumidor diz que os órgãos públicos, por si ou suas empresas, ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros. O outro disse: Eu ouvi dizer que vítimas podem entrar direto na Justiça, por meio do juizado especial de pequenas causas para ter seu direito. O pior que quase ninguém sabe disso e acaba arcando com o prejuízo. 
 Um deles pediu parada e se despediu: Cara vou indo ali, até mais, tenha uma boa semana, abraços. Em seguida ele cumprimentou o homem que estava ao seu lado com um aperto de mão e foi embora. Eu pensei: andar de ônibus também é cultura (risos). 
 Fui chegando um pouco mais para traz do ônibus e parei perto de uma mulher de pele branca, cabelos castanhos, calça preta e blusa azul, sentada ao lado de um homem branco, cabelos grisalhos, com calça jeans azul e blusa azul, que disse: estou sem saber direito em qual ponto desço para chegar no atacado Base, você pode me ajudar? Ele respondeu: Faltam dois pontos. Ela sorriu e falou que era a primeira vez que vinha nesse atacadão, por isso estava meio perdida, e sorriu. Olhei para trás e percebi dois homens que estavam sentados lado a lado e conversavam bastante. Acho que tinham um vínculo de amizade e pareciam empolgados, mas não conseguir entender sobre qual assunto falavam, mas eles sorriam bastante. Na camiseta preta de um deles estava escrito, Direito, acho que eram estudantes e assim como eu estavam voltando da faculdade. A moça que iria descer no atacadão, levantou e foi em direção à porta e eu me sentei em seu lugar. 
 Durante todo o trajeto as pessoas entram e saem, são muitas as pessoas que utilizam transporte público todos os dias e por isso os motoristas se tornam conhecidos das pessoas que pegam o ônibus diariamente. Observei que tanto quem entrava como alguns que desciam, o cumprimentava ou faziam um sinal com a mão dando adeus. O motorista por sua vez, retribuía os cumprimentos dos passageiros com um sorrisoque mostrava seus dentes grandes e brancos, contratando com sua pele morena, bem escura. O lugar onde irei descer se aproxima, então me levanto e vou em direção à porta, esperando o ônibus parar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia do Cotidiano 2019/Registro de Observação 
Aluna: Silvia Costa Viana-RA:1124C2 -Turma PS5B30 
Local da Observação: Em um supermercado 
Data: 18/05/2019 
Horário: 9:00 às 10:00 hs 
Tempo total: 1 hora Observação 3: 
 
 A observação se deu em um supermercado na W3 Sul, lugar onde dezenas de pessoas vão todos os dias, afim de fazer compras de diferentes tipos de produtos que são essenciais no seu dia a dia. Eram 9 horas da manhã e o local já estava repleto de pessoas dispostas a comprar. A lanchonete que fica dentro do supermercado, tinha muitas pessoas comendo provavelmente o café da manhã. 
 Durante a observação fiquei posicionada em um poltrona próximo aos caixas de frente para os corredores do supermercado. Durante o entra e sai de pessoas, observei um rapaz, Moreno, cabelos castanhos, aparentando 25 anos, vestindo uma calça preta e camisa de manga comprida esverdeadas, entrando no supermercado e se dirigindo à sessão de doces, o mesmo estava atentamente olhando a prateleira de barras de chocolate, ele pegou uma barra, olhou o verso da mesma e colocou de volta na prateleira, fez isso diversas vezes, por fim pegou uma barra e começou a falar consigo mesmo. 
 Depois de um tempo pega uma e sai gesticulando e balançando a cabeça como se não estivesse de acordo com o preço, andou mais a frente e entrou em outra sessão e não pude mais vê-lo. Logo outro fato observado foi o de uma criança com a sua mãe, que ao passar pelo corredor de doces do supermercado pediu que ela comprasse determinada barra de chocolate, a mãe se negou e a criança pediu outra diferente e novamente teve seu pedido rejeitado, então a criança começou a chorar e pedir chocolate, nesse momento duas pessoas que não estravam juntas nas suas compras, passaram pelo corredor em que estava a criança a chorar e demoraram o olhar em direção a ela como gesto de negação, então a mãe da criança que até então estava irredutível se convenceu, possivelmente pelo constrangimento passado e não pela criança, porque as pessoas que olhavam a reação da criança, em relação a atitude da mãe, pareciam não concordar em parte com essa cena negativa. Em outro momento minha atenção voltou-se a um adolescente aparentando ter uns 13 anos de idade, trajando roupas meio batidas e sujas ao entrar, notei que alguns funcionários e clientes os seguiram com os olhos e chegaram inclinar a cabeça para ver até onde ela se dirigia. 
 Passados alguns minutos a mesma retornou com um pacote de bolacha recheada, foi andando para o caixa, pegou umas moedas e depois de entregar a moça, saiu do supermercado. havia uma certa insatisfação de alguns clientes nas filas do caixa, uns reclamando da demora do atendimento , outros clientes reclamavam que havia pessoas em filas de caixa que estavam fora da especificação disponível em cada caixa, haviam clientes com carrinhos cheios na fila em que, só podia ter a quantidade de vinte produtos. No ambiente do supermercado acontecem diversos comportamentos, pessoas que “pensavam alto” pois falavam consigo mesmas, nas filas pode- se ver pessoas mais estressadas com o atendimento e a vagareza com que trabalham as meninas, outras que com muita calma, apesar de perder muito tempo em filas, não reclamavam de nada. Mas algo que me chamou a atenção, foi a reação de algumas pessoas quando uma adolescente morena, de aproximadamente 17 anos entrou no supermercado. Ela estava trajando roupas sujas, e seus cabelos despenteados, estava totalmente desajeitada, eu pensei comigo: talvez se ela estive andando na rua, muitas pessoa nem a notariam. Porém no contexto do supermercado a mesma não tinha como não chamar a atenção pela sua aparência. Logo que ela entrou no supermercado os seguranças do local começaram a segui-la disfarçadamente, além de também está sendo seguida por olhares de muitos que ali estavam, mostrando assim que vivemos em uma sociedade preconceituosa, que se deixa levar pela falta de compaixão para como outro, fazendo com isso, que se propague o ódio, muitas vezes sem nem ter noção do que está se fazendo. Ela foi a uma sessão onde estão os biscoitos, olhou e escolheu um pacote e caminhou em direção ao caixa. 
 A atendente do caixa estava fazendo seu trabalho normalmente, com seu cabelo preso com um coque, usando maquiagem leve, vestindo o uniforme padrão do local, e aparentando ter trinta anos de idade, quando olhou para aquela adolescente deu sinais de espanto abrindo bem os olhos, eu acho que se aquela caixa pudesse não atenderia aquela adolescente, e sairia dali correndo, tamanha foi a sua reação de espanto, após atende-la e a adolescente ir embora, ninguém se direcionou à seu caixa, após cerca de dois minutos, então começou a conversar com a atendente do caixa que estava atrás dela. Conversaram e gesticulavam apontando para a rua, não conseguir escutar o que elas conversavam mas pelos gestos que fazia, ela não gostou muito da experiência que passou, alguns minutos e logo outro cliente chega em seu caixa. 
 Levantei-me para dar uma volta dentro do supermercado antes de ir embora, caminhei em direção a sessão de brinquedos, logo em frente estava um homem por volta de seus trinta anos, com mais ou menos de 1,80m de altura, cabelos escuros, usando uma camisa social cinza e usava uma aliança na mão esquerda que refletia o brilho de longe por ser bem grossa, está com um garoto que provavelmente era seu filho, pois o garoto parecia muito com ele e logo eu ouvi lhe chamando de pai. O garoto de cabelo castanho escuro, usando uniforme escolar, parecia ter por volta de cinco anos de idade, o garoto segurava a mão do homem, mas logo solta a mão e começa a correr pela loja, o homem que antes de entrar na loja com o garoto demonstrava felicidade e calma em sua face, logo sua feição mudou, agora parecia inquieto, falava em tom alto enquanto corria atrás do garoto para o mesmo se acalmar e parar de correr. Achei lindo o brilho nos olhos do menino, as crianças nessa fase amam brinquedos, e está vendo tantos assim de perto é pra fazer a festa mesmo. Mas logo o garoto ouviu os avisos do homem e fez uma carinha que pareceu medo e então decidiu parar, segurando novamente na mão do pai andam em volta da sessão. Enquanto falava dos brinquedos que o garoto poderia levar para casa o menino observa os brinquedos para ver com mais detalhes. 
 Os olhos do garoto brilhavam toda vez que pegava um brinquedo novo. Antes de direcionarem-se ao caixa, o garoto havia pegado um carro de controle remoto, perguntou ao homem: pode ser esse? O homem respondeu que sim, o menino quase não acreditou, ficou muito feliz e concordou com o pai que seria apenas um brinquedo. Caminharam em direção ao caixa para efetuar o pagamento. Pagaram o brinquedo novo e saíram da loja. Andei por mais algumas sessões, fiz umas comprinha e me dirigi ao caixa onde as adolescente passou a sua compra, agora a moça do caixa está mais tranquila. Ela sorriu para mim, me cumprimentou com um bom dia, eu respondi bom dia, paguei e fui caminhando até a saída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia do Cotidiano 2019/Registro de Observação 
Aluna: Silvia Costa Viana-RA:1124C2 -Turma PS5B30 
Local da Observação: Em uma fila para o cinema 
Data: 22/05/2019 
Horário: 19:00 às 19:25 hs Tempo total: 25 minutos Observação 4: 
 
Chegamos no shopping bem cedo porque o filme dos vingadores além de ser um lançamento estava disputadíssimo, e nós não queríamos perder por nada. Entramos na fila para comprar o ingresso na maior ansiedade de ver um filme como aquele nocinema em primeira mão. Uma jovem de estatura mediana, cabelos pretos curtos, de calça e blusa pretos e uma maquiagem forte, está a conversar com um grupo de jovens próximos a ela, todos na maior euforia. Eu já sei como funcionam as coisas, fiquei observando. Um jovem com a pele de tom pálido, medindo perto de 1,70m de altura, cabelos ondulados castanhos e com olhos verdes, chamava a atenção com seu charme e sua conversa. Enquanto ela conversava com o grupo, de tempos em tempos olhava ao seu celular demonstrando preocupação. Demonstrava sinais de muita ansiedade, verificava as horas em seu relógio que usava no pulso do braço esquerdo e em seu celular. Com um olhar preocupado, sempre voltava sua visão aos guichês de venda de ingressos, não conseguia permanecer parado, suas mãos tremiam um pouco, sempre que olhava seu celular e relógio. 
Chegando na metade da fila, uma mulher anuncia no interfone que os ingressos para a sessão do filme das 17:50 haviam se esgotado. A pior coisa é a pessoa querer uma coisa é antes de conseguir receber uma notícia ruim e isso acaba com a alegra de qualquer um. Com a cara de decepção, ela conversa com o grupo de pessoas que provavelmente a acompanhava, o grupo faz sinais e gesticulam bastante fazendo como se concordassem com o que a jovem falava e então, todos os que estavam naquele grupo, incluindo a jovem observada saem da fila. 
 Voltei o olhar para dois rapazes sentados em um banco de madeira. Um vestindo uma camisa branca, e o outro vestindo uma camisa vermelha. Sentados durante cinco minutos sem trocarem palavras ou olhares. O rapaz de branco começa a conversar com o rapaz de vermelho, então, o rapaz de branco se levanta e começa a andar pelo corredor em direção à cantina. O rapaz de vermelho permanece sentado, olhando e interagindo com seu aparelho celular, após três minutos o rapaz de camisa branca retorna, o rapaz de camisa vermelha coloca seu celular em algo parecido com uma sua bolsa, então o rapaz de camisa branca senta-se ao lado do de camisa vermelha e os dois voltam a conversar por mais quatro minutos. Enquanto isso, chega a moça para liberação dos ingressos, para a sessão das 18:30, a fila se movimenta bastante todos começam a caminhar em direção à catraca. Os que tinham saído da fila. Os jovens também precisam aprender que na vida não é tudo como querem . 
Compramos nosso ingresso e vibramos com a entrada para a sala onde veríamos o filme. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia do Cotidiano 2019/Registro de Observação 
Aluna: Silvia Costa Viana-RA:1124C2 -Turma PS5B30 
Local da Observação: Igreja Cristã no Brasil 
Data: 25/05/2019 
Horário: 18:00 às 18:40 hs 
Tempo total: 40 minutos 
Relatório da observação: 
 
 A observação se deu dentro de um templo de uma igreja cristã , frequentada por diversas pessoas, era um dia de domingo em que celebração é voltada para a família. A igreja tem capacidade para aproximadamente 200 pessoas e até o final da presente observação estava com sua lotação quase completa. Cheguei ao local por volta das 18h30, sendo que a realização do culto já havia iniciado, observei que uma boa quantidade de pessoas ao adentrarem no templo me olhavam de um jeito meio diferente, aparentemente por eu ser uma pessoa estranha para eles porque era a primeira vez que eu frequentava aquele local. 
 O local também tinha bancos separados por sexo, mulheres ficavam a esquerda de quem adentrara o templo e os homens a direta. Ao adentraram alguns dos frequentadores se ajoelhavam e faziam as suas orações, enquanto alguns ficavam em silêncio ao fazerem suas súplicas, outros pareciam que cochichavam e outros faziam em voz alta. Um deles, um jovem bem vestido, com a aparência alegres, aparentando 25 anos, trajando roupas social, me chamou atenção pois fazia em voz alta suas súplicas, pedindo que Deus ajudasse aos que estavam presos, que passavam fome e entre os seus pedidos, falava algumas palavras de maneiras incompreensíveis. Fiquei tocada com a sensibilidade do jovem, pois além de falar, também chorava. Havia grupo de moças que ao entrarem e se assentarem, conversavam com as outras e sorriam. Algumas outras pessoas olhavam para elas e com o olhar manifestavam a sua desaprovação com aquele comportamento. 
 Ao iniciar a reunião os presentes fizeram uma oração, desta vez todos juntos ao comando de um homem que seria o pastor da congregação, em seguida, duas jovens bem vestidas, uma estava com vestido vermelho, cabelos soltos e lisos e bem maquiada, a outra usava saia e blusa de cores pastéis e as duas usavam sapatos com salto alto, cantaram algumas músicas hinário ou como é popularmente chamado de harpa cristã juntamente com todas as pessoas que estavam presentes ali. Algumas ficavam em pé e levantavam as mãos cantando bem forte, até me causou um arrepiou. Do meu ponto de vista aquilo que causa a dor e muitas é levado a Deus em forma de oração e essa descarga emocional acaba trazendo uma certa paz e alivio muita das vezes momentâneo. 
 Depois, iniciou a leitura do livro sagrado, a bíblia, uma pessoa foi chamada para conduzir a leitura, algumas mulheres cantaram mais uma música, seguidas por um grupo de jovens formado por homens e mulheres que também cantaram e por fim um grupo formado por crianças. 
 Enquanto esses grupos cantavam pude notar que no ambiente que, várias pessoas agiam de maneira diferentes, enquanto uns choravam com as músicas, outros pareciam estar felizes, estampando um sorriso em seus rostos em um clima de muita harmonia e paz. Nesse mesmos momento outro jovem, com aparência de uns 25 anos de idade, branco, olhos claros, também trajando social, olhou para mim e disse: Seja bem vinda! Eu respondi obrigado! Uma mulher aparentemente com uns 50 anos de idade, trajando um vestido florido, com um cabelo amarrado em forma de um coque, chorava muito ao ouvir as músicas ali cantada. Apesar dos cânticos que se ouvia no local, pude perceber que o semblante dela que aparentemente era de tristeza (não pelo choro pois havia quem chorava e sorria ao mesmo tempo) mudou e começou a sorrir. Após esses momentos de cânticos foi lido um trecho da bíblia e foi recolhido uma oferta em dinheiro, a mesma foi recolhida por um homem denominado obreiro que passou com uma salva. Depois foi lido de novo a bíblia e o pastor fez um sermão baseado em uma vida após a morte. 
 Logo depois eles fizeram um convite a todos que estavam presentes perguntando a quem não fazia parte da congregação e quisesse à partir daquele dia fazer parte, para se converterem a sua fé. Uma pessoa foi a frente para receber a oração. Terminado essa parte, fizeram alguns anúncios dos próximos dias de reunião entre eles e finalizaram a reunião. Isso me faz compreender a importância de se respeitar a fé dos outros e o que é diferente a nossas convicções, de uma forma racional muitas coisas ali observadas são muito forte, pode ser considerado coisa de “louco”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia do Cotidiano 2019/Registro de Observação 
Aluna: Silvia Costa Viana-RA:1124C2 -Turma PS5B30 
Local da Observação: Academia de ginástica e musculação FITNESS 
Data: 13/04/2019 
Horário: 18:00 às 18:30 hs 
Tempo total: 30 minutos 
Relatório da observação : 
 
 Esta observação se deu em uma academia FItNESS de musculação onde diariamente diversas pessoas de diferentes idades vão em busca de uma saúde física e mental melhor, no início da observação tinha por volta de 20 pessoas no ambiente, que é muito agradável, climatizado e com equipamentos de últimas geração, com alunos que ficam alternando para mais e para menos durante o tempo de observação. A observação se inicia com um jovem aparentemente de 19 anos de idade, moreno, cabelos pretos e muito simpático, quando o vi logo percebique a cada série de exercício o mesmo sempre vai ao espelho para verificar seu corpo, o mesmo também tira diversas fotos com o seu celular diante do espelho, notei que ele é muito vaidoso com sua aparência, aparenta haver um certo narcisismo por parte dele. 
 Observei também o comportamento de um senhor aparentemente com mais de 50 anos, o mesmo fazia exercícios mais aeróbicos como caminhada na esteira, bicicleta o mesmo se mostra muito prestativo com os demais frequentadores da academia, conversando e se divertindo com alguns que se encontravam no ambiente. Muito simpático. Me chamou a atenção o comportamento de uma jovem aparentemente 23 anos, cabelo loiro, com um porte fisico muito esbelto e com seus músculos definidos que chamava muita atenção pela sua beleza física, notei que ela sabe que atrai os olhares dos homens que frequentavam o ambiente, há nela um olhar meio de superioridade uma cabeça levantada e um nariz meio empinado. Ela também atraia olhares de algumas mulheres, olhares esses de admiração e alguns olhares de desdém também., eu frequento mas me sinto tímida com tanta exposição. 
 O ambiente da academia pode se notar diversos tipos de pessoas com comportamentos e personalidades bem diferentes umas das outras. Alguns vão em busca de um corpo “perfeito” imposto pelos padrões de beleza impostas pela sociedade e mídias de comunicações, outros vão em busca de uma vida mais Saudável depois de terem alcançado uma idade mais avançada, outros vão para descontrair encontrar amigos e conversarem. Portanto a academia é um local onde encontramos diversos tipos de pessoas com diversos tipos de condutas, propósitos e motivações diferentes para frequentarem aquele lugar 
 
Conclusão 
 
 Concluímos que o processo de observações, foi muito construtivo, onde inicialmente percebemos uma certa dificuldade de compreensões próprias, tornando difícil deixar de lado os pré-julgamentos, pois tudo o que fazemos é com uma concepção formada socialmente e individualmente. Quando olhamos uma cena que parece normal aos olhos de algumas pessoas, para outras tem um significado um pouco incomum. 
 Nas observações, é normal que algumas coisas passem despercebidas por não termos apenas um foco, mas todo o local para observar, porém aprendemos com isso, observar sem formular um pré-julgamento no contexto ou individualmente por atos cometidos. Observar é desconstruir, é expandir a mente e a percepção, é olhar o outro com outros olhos, é tentar entender o que se passa no cotidiano dos seres humanos, compreender suas atitudes e seu estilo de vida, se identificar e ou achar incomum tais atitudes, é procurar olhar o outro livre de julgamentos e preconcepções. Percebemos também uma construção e desconstrução das ideias sociais, tal como Bauman (1999), propõe a liquidez das relações sociais, e a mesma tende a ser, a partir de sua compreensão de mundo. 
 As dificuldades apresentadas pelo grupo variam, entretanto juntamos pontos em comum para o debate. O primeiro dos pontos é sobre o ambiente e sua descrição que é algo muito importante, percebemos que nas primeiras observações achávamos os detalhes do local não fazia muita diferença. 
 Se formos comparar as primeiras observações até agora notaremos uma evolução do grupo, essas observações foram mais fáceis ou menos difíceis de transcrever, seguindo as orientações e analisando a correção da primeira fase, porque procuramos nos atentar para os pequenos detalhes, não só no ambiente em si, mas também no comportamento de todos que estão inseridos nesse meio. 
 Outro ponto em comum no nosso debate é a descrição das pessoas observadas, os detalhes sobre roupas, cabelo faz-se importante, mas não mais importante que descrever as aparentes formas da face do observado durante determinados momentos, assim como descrever os núcleos do momento e não as situações de uma forma geral. 
 Conversamos sobre algo que intitulamos “catarse sociocultural”, isto é, a cada observação percebemos que um cenário é todo montado, como um teatro social. Por exemplo, as observações feitas no shopping na praça de alimentação descrevem uma forma deste teatro, os atos tornam-se mecânicos e não pensamos no porque compramos ou fazemos, apenas somos condicionados a determinadas ações e não nos questionamos sobre a real necessidade de estarmos ali. Apesar dessas condições, as observações nos fizeram notar cenas que passam todos os dias por nós e não tomamos consciência. Além disso conseguimos um foco mais fácil do que foi observado. Muitas vezes vamos a lugares acompanhados ou mesmo sozinhos e não há um planejamento ou objetivo concreto do vamos fazer naquele local, o porquê de estarmos ali. Apenas sentimos vontade de fazer e obedecemos a essa vontade. 
 Concluímos portanto que a experiência de observação pode descontruir paradigmas em relação a vários fenômenos observados, e como futuros profissionais é necessário termos esse cuidado em relação ao préjulgamento, pois é muito difícil saber o que está passando em seus pensamentos ou seus sentimentos, ou até que ponto a linguagem e os comportamentos manifestam ou ocultam as emoções e reações de cada pessoa em seu cotidiano. Não é fácil, talvez nem possível responder, por isso enquanto estudantes e futuros profissionais de psicologia precisamos nos atentar em levantar hipóteses, e não, simplesmente fazer interferência que muitas vezes não condiz com a realidade que se apresenta, e em nosso julgamento acreditamos que seja o ideal no momento.

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