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Psicologia do cotidiano final

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
MARIA FERNANDA SANTOS SILVA – T0824C4
PSICOLOGIA DO COTIDIANO
Relatórios de Observação – 15 horas
Chácara Santo Antônio II
São Paulo – 2023
SUMÁRIO
1. Registro de observação (1) ...........................................................................03
2. Registro de observação (2) ...........................................................................05
3. Registro de observação (3) ...........................................................................06
4. Registro de observação (4) ...........................................................................08
5. Registro de observação (5) ...........................................................................10
6. Registro de observação (6) ...........................................................................12
7. Registro de observação (7) ...........................................................................14
8. Registro de observação (8) ...........................................................................17
9. Registro de observação (9) ...........................................................................20
10.Registro de observação (10) .........................................................................22
11. Registro de observação (11) .........................................................................25
12.Registro de observação (12) .........................................................................27
Registro de Observação (1)
Data: 05/03/2023
Horário de Início: 13h Horário de Término: 14h
Duração: 01 hora.
Local da observação: Restaurante Beija Flor, localizado na área rural da cidade de
Embu-Guaçu.
Registro de Observação: 
No dia 05 de março, um domingo ensolarado, iniciei a primeira atividade de
observação da disciplina de psicologia do cotidiano em um restaurante da minha
cidade. O restaurante está localizado na parte rural de Embu-Guaçu e é um
ambiente ao ar livre, arborizado e muito fresco. 
Cheguei ao restaurante para almoçar com meus pais e irmão por volta das 13h,
quando chegamos já havia algumas mesas cheias, duas mesas com o que era
aparentemente um casal de idosos. Não se passou muito tempo quando um grupo
de 6 pessoas chegou, nesse grupo havia um casal, o rapaz aparentava ter até 26
anos, a moça parecia ser mais nova, por volta de 20 a 23, os dois estavam com a
filha de aparentemente 2 anos, percebi o parentesco pois a menina chamava os
mesmos de “pai e mãe”, junto ao casal havia uma mulher um pouco mais velha,
cerca de 45 anos, que acredito ser mãe de um dos dois do casal pois a criança a
chamava de vó. Além dos 4 havia um rapaz de aproximadamente 25 anos e um
menino que tinha entre 5 e 6 anos. 
Eles chegaram, realizaram o pedido e ficaram aguardando, até que uma situação
chamou muito a minha atenção, o menino estava impaciente e perguntava muitas
coisas para o pai, o pai parecia muito irritado, foi quando ele fechou a mão e bateu
na cabeça do menino, foi uma situação péssima, as mesas estavam muito perto,
fiquei extremamente desconfortável com a situação e a vontade era afrontar o
mesmo e perguntar o por que ele tinha feito aquilo com o menino, já que o mesmo
não havia feito mal algum a ele, só estava impaciente como qualquer criança. A
mulher que estava junto a eles questionou o porquê ele havia batido no menino e ele
disse que ele tinha “pedido”, passaram cerca de 5 minutos e o almoço deles chegou,
3
o rapaz se serviu e eu momento algum pensou em servir o menino, ele ficou olhando
o pai comer e não comeu.
Na mesma mesa observei que o casal que estava com a menina estava totalmente
disperso, dentro de um mundo particular dos dois, a menina estava no cadeirão e se
pendurava de diversas maneiras, correndo risco de cair e se machucar a qualquer
momento e a única pessoa que prestava atenção nisso era a mulher mais velha que
eu acredito que seja a avó da criança. 
Finalizando atividade de observação cheguei à conclusão de que a violência ainda é
muito comum como forma de punição aos filhos e acho que deveríamos falar mais
sobre os malefícios que isso irá gerar na vida de uma criança, o pai ao menos
conversou com ele ou tentou entreter o mesmo.
4
Registro de Observação (2)
Data: 06/03/2023
Horário de Início: 16h40 Horário de Término: 17h10
Duração: 30 minutos.
Local da observação: Linha EMTU, Embu-Guaçu/ metrô Capão Redondo.
Registro de Observação: 
No dia 06 de março, uma segunda-feira, iniciei uma breve atividade de observação
durante um trajeto que faço de ônibus em direção a faculdade. Normalmente o
ônibus costuma passar no ponto pontualmente às 16h40, nesse dia em específico
acredito que ele tenha se adiantado e veio a passar no ponto às 16h33, entrei no
ônibus e ele ainda estava vazio, estava bem abafado e ameaçava chover, escolhi
meu lugar em um banco alto e na janela, sentei-me no banco e comecei a atividade.
 Quando eu acabo de me acomodar o motorista para no segundo ponto, poucas
pessoas entram e ele segue viagem, até que escuto um grito, uma mulher
desesperada pois estava prestes a perder o ônibus, os passageiros alertam o
motorista, mas ele ignora e segue viagem, diante disso foi visível o
descontentamento dos outros passageiros, os passageiros falavam alto, era fácil
notar que todos queriam que o motorista percebesse o descontentamento. Ao
chegar no terceiro ponto temos uma surpresa, a mulher que o motorista abandonou
aos berros entra no ônibus e com ironia agradece o mesmo, os passageiros que
estavam descontentes minutos atrás mudaram de feição ao perceber a entrada da
mulher, comemoram como se fosse uma grande vitória de algo muitíssimo especial. 
Cheguei à conclusão de que as pessoas se mostram empáticas na maioria das
vezes no transporte público, se colocam no lugar da mulher pois sabem das
dificuldades que enfrentamos diariamente, minutos são preciosos para quem
depende do transporte público para trabalhar ou estudar. 
5
Registro de Observação (3)
Data:08/03/2023
Horário de Início: 17h15 Horário de Término: 17h55
Duração: 40 minutos.
Local da observação: Linha EMTU, Embu-Guaçu/ metrô Capão Redondo.
Registro de Observação: 
Dia 08 de março, uma quarta-feira, iniciei mais uma atividade de observação no
ônibus que costumo pegar para ir para a faculdade, nesse dia a observação foi mais
breve pois era um dia em que estava muito calor e eu não estava me sentindo tão
atenta, o ônibus estava cheio, algo considerável normal nesse horário, muitas
pessoas aparentavam estar voltando do trabalho e alguns jovens pareciam ir para a
faculdade. 
Costumo pegar o ônibus no ponto de partida, consequentemente estava sentada e
muito confortável, estava em um banco alto e minha visão era muito boa, a feição da
maioria das pessoas demonstrava cansaço, já era quarta feira, metade da semana
já havia passado. A maior parte estava mexendo no celular, com fone de ouvido,
alguns só estavam encostados com a cabeça no vidro e outros dormiam. 
Estava sentada do lado direito do ônibus, no assento da janela, no outro lado do
corredor se encontrava um casal composto por dois rapazes, pude perceber isso
pois ambos estavam de mãos dadas. Um dos rapazes aparentava ser mais velho,
estava usando uma roupa que a meu ver é comum, calça jeans e camiseta de algum
anime que não me lembro ao certo qual era, o outro estava vestido de forma
diferente, chamava mais atenção, estava com uma calça quadriculada vermelha e
preta, uma regata branca, muitos acessórios e tinha várias tatuagens.
Passado um tempo os dois começaram a se beijar de forma incessante, eu logo
fiquei em alerta e confesso que achei estranho por não observar nenhum sinal de
rejeição ou insatisfação dos demais, acredito que por ser um casal homossexual
esperava algum sinal de desconforto das pessoas, mas isso não aconteceu e
6
acabou me surpreendendo positivamente, diante disso pude perceber como
estamos condicionados a esperar reaçõesnegativas das pessoas e também como o
meu olhar estava propenso a pensar que a única reposta seria essa. Encerrei a
atividade e continue o percurso em direção a faculdade.
7
Registro de Observação (4)
Data:09/03/2023
Horário de Início: 22h05 Horário de Término: 22h55
Duração: 50 minutos.
Local da observação: Linha lilás, Borba gato sentido Capão redondo. 
Registro de Observação: 
No dia 09 de março, uma quinta-feira, estava voltando da faculdade na linha lilás do
metrô sentido capão redondo, quando iniciei mais uma atividade de observação,
estava acompanhada de uma prima, o dia estava muito abafado, eu estava cansada
e não via a hora de chegar em casa. 
Ao entrar no trem não conseguimos nenhum lugar para sentar-se, era por volta de
22h da noite, muitas pessoas voltavam da faculdade e trabalho, consequentemente
o metrô já estava cheio. Dentro do vagão fiquei encostada do lado da porta, na
minha frente tinha uma mulher que se mostrava muito irritada, o mal humor estava
estampado em seu rosto, ela estava em pé aparentava ter cerca de 35 anos, não
conseguia ficar quieto sequer um minuto, estava muito agitada. 
Chegamos à estação Santo Amaro quando um rapaz de mais ou menos 23 anos
entrou no vagão acompanhado de uma moça da mesma faixa etária, o rapaz estava
vestindo roupa social e a menina uma calça jeans e camiseta rapaz levava em mãos
uma maleta plástica preta, pude escutar os dois conversando e eles mostravam
entusiasmo pois estavam no primeiro semestre de arquitetura, com isso a presença
da pasta já fora desvendada. Apesar de parecerem cansados, os dois colegas
estavam felizes, conversavam e riam o tempo todo, acredito que estavam
entusiasmados com o início das aulas.
Algumas estações depois a mulher que havia citado a cima, que parecia de mal
humor se prepara para descer, na estação Campo Limpo, as portas se abriram e ela
saiu sem nem olhar para trás, saiu empurrando as pessoas, sem ao menos pedir
8
licença ou desculpa, com isso a mesma acabou esbarrando no rapaz com a pasta e
quase levando a pasta contigo, imediatamente o rapaz ficou em choque, foi visível
em seu rosto a expressão de indignação, ele olhou para mim como quem diz "não
acredito nisso”, assim que a mulher saiu ele disse em voz alta “Como as pessoas
são educadas nesse horário né" de forma irônica, as pessoas em volta do rapaz
ficaram bem incomodadas com a situação, inclusive eu, a mulher não teve cautela
nenhuma ao sair do metrô.
Encerrei a atividade pensativa, coloquei muitas coisas na balança para tentar
entender o porquê da atitude daquela mulher, talvez poderia ter tido um dia ruim ou
só estava cansada e mal-humorada, mas além de tudo isso percebi que mesmo com
essa situação desconfortável o rapaz não levou o sentimento de descontentamento
a frente, ele só comentou na hora do ocorrido seguiu viagem conversando com a
colega com o mesmo entusiasmo de antes.
9
Registro de Observação (5)
Data:11/03/2023
Horário de Início: 23h35 Horário de Término: 00h35
Duração: 01 hora.
Local da observação: Deck Bar São Paulo, Avenida Atlântica. 
Registro de Observação: 
No dia 11 de março, um sábado, fui com alguns amigos comemorar o aniversário de
um deles em um bar na avenida atlântica, não é um lugar que costumo frequentar,
mas a noite estava muito agradável e eu fiquei muito feliz e entusiasmada de estar
ali.
 Estava sentada em uma mesa, e na nossa frente havia um grupo de amigos, 3
meninas e 5 meninos, as meninas aparentavam ser mais novas, entre 18 e 19 anos
e os meninos aparentavam ter entre 21 e 24 anos. Todos estavam bem arrumados,
alguns bebiam e outros fumavam, entre o grupo, um rapaz e uma menina formavam
um casal, pude perceber por que se beijavam a todo momento e usavam aliança de
compromisso também. 
A noite foi passando e o casal que antes se mostrava muito feliz, aparentava
começar a ter alguns desentendimentos, o rapaz parecia alterado e a menina não,
eles discutiam tão alto que era impossível não ouvir e não prestar atenção, o rapaz
gritava para a moça que não queria mais namorar com ela, tentava tirar a aliança e
ela não deixava, a discussão foi tomando proporções maiores, e foi então quando
um dos meninos que estava junto com eles se colocou no meio dos dois e apartou a
briga. 
Assim a noite seguiu, eles não ficaram perto como estavam antes, mas também não
estavam distantes um do outro, o menino que fazia parte do casal continuava a
beber e no rosto da moça era visível a expressão de descontentamento. Após uns
10 minutos da primeira briga ter sido encerrada eles iniciaram outra discussão, o
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rapaz voltava a ideia que não queria estar namorando-a, a menina de forma exaltava
apontava o dedo indicador para ele e ele abaixava o dedo dela. O rapaz que
separou os dois na primeira discussão se aproxima de novo e tenta conversar com
ele, ele se revolta e sai falando que não estavam mais namorando e que ele ia atrás
de outra pessoa para se relacionar ali no mesmo bar, ela muito brava vai atrás dele,
não demora muito para eles retornarem à mesa, os dois estavam muito bravos e ele
muito exaltado, o único que demonstra preocupação do grupo era o rapaz que
separou as duas brigas, cerca de 20 vinte minutos depois eles decidem ir embora.
A situação como um todo me deixou muito incomodada, a menina me parecia muito
frágil aquilo tudo, ao mesmo tempo que ela discutia com ele, ela se mostrava acatar
o que ele falava e não expor completamente o que estava pensando, outra coisa
que me chamou a atenção foi o fato de só uma pessoa do grupo intervir, tinham
outras mulheres junto e nenhuma se sensibilizou com a discussão e quis intervir,
somente o rapaz, nas duas vezes. Conclui a observação muito chateada e
pensativa, quantas pessoas devem manter relacionamentos danosos só por conta
da comodidade ou dependência emocional.
11
Registro de Observação (6)
Data:12/03/2023
Horário de Início: 10h Horário de Término: 11h
Duração: 01 hora.
Local da observação: Capela São José, localizado no bairro Mombaça- Itapecerica
da Serra.
Registro de Observação: 
No dia 19 de março, domingo, participei de uma missa pela manhã em uma capela
em que eu não tenho hábito de frequentar, estava sol, e a missa acontecia no
ambiente externo da capela. Me acomodei em uma cadeira do lado de uma menina
que aparentava ter seus 14 anos e de um casal de idosos. Todas as pessoas
estavam com o semblante muito bom, transmitiam felicidade e alegria de estar
naquele ambiente. A menina se mostrava mais acuada, parecia estar ali por
obrigação, e o casal de idosos que mais tarde percebia que poderia se tratar dos
avós dela, se mostravam preocupados e atentos com ela.
Ela estava sentada do meu lado e quanto mais passava o tempo mais ela se
mostrava incomodada e ansiosa com a situação, pude perceber pois ela balançava
as pernas de forma incansável, depois de olhar para ela por conta da movimentação
das pernas reparei que havia muitas cicatrizes nos pulsos dela, algo que parecia
muito com cicatrizes de automutilação, imediatamente consegui ter entendimento do
que poderia estar acontecendo ali. Ela não parava um só minuto, quando não estava
balançando as pernas, estava roendo as unhas ou se arranhando em cima dos
cortes.
O avô se mostrava preocupado, tentava conter ela, segurava sua mão de forma
carinhosa, era quando ela esboçava um sorriso curto, como quem dizia obrigada, a
12
avó era mais distante, não notei preocupação alguma nela, estava prestando
atenção na cerimônia a todo momento, não desviava o olhar para a neta um minuto
sequer. Com o término da missa o avô se levantou e ela continuou ali parada, o avô
voltou e pediu para que ela o acompanhasse, ela foi, mas não demonstrava
entusiasmo algum
Encerrei a atividade e tive como conclusão de que a menina poderia estar passando
por um processo delicado, como um processo de luto, ausência dos pais ou um
processo de depressão. Achei muito bonita a atitude do avô em tentar acalmá-la e
contê-la, acredito que esse gestodo avô tornava as coisas um pouco mais tranquilas
e mostravam a menina que ela tinha com quem contar.na avó. A falta de cuidado da
avó com a menina me despertou curiosidade, será que as duas tinham dificuldades
na relação familiar, será que a avó entendia os processos que a neta estava
passando, acredito que deveríamos tratar esses assuntos com mais naturalidade e
tentar informar cada dia mais sobre a gravidade disso aos mais velhos.
13
Registro de Observação (7)
Data: 17/03/2023
Horário de Início: 23h Horário de Término: 01h
Duração: 02 horas.
Local da observação: PH Adega e Lounge, localizado no centro da cidade de
Embu- Guaçu.
Registro de Observação: 
No dia 17 de março, sexta-feira, iniciei uma atividade de observação em um bar
localizado em Embu-Guaçu, cidade onde resido. Estava muito cansada pois tinha
chegado da faculdade, mas fui até lá porque já havia combinado com alguns
colegas.
Era uma sexta tranquila e quente, o lugar não estava cheio, no ambiente interno,
onde eu estava, tinha em torno de umas 15 pessoas e no externo que era integrado
umas 5 pessoas.
Estava sentada do lado da minha colega, junta da gente tínhamos mais dois, ao todo
éramos em 4. Na mesa ao lado acontecia uma comemoração, era um grupo grande
de pessoas, eles variavam de 23 a 27 anos, eram 4 mulheres e 5 rapazes, no meio
disso tudo havia um bebê de aparentemente 01 ano, era uma menina. A bebê
dormia no colo de uma das moças, que aparentava ser a mais nova do grupo, a
criança estava de calça e camiseta, não era frio, mas para uma criança daquele
tamanho não era o suficiente as roupas que ela estava usando.
A maioria das pessoas do grupo bebiam e estavam bem alterados, a única pessoa
que não bebeu em momento algum foi a moça que estava com a criança no colo.
Passado alguns minutos que me questionei comigo mesma sobre a roupa da bebê,
14
a moça que carregava ela, que até esse momento eu tinha concepção de ser a mãe,
chamou uma das outras moças e perguntou se ela não teria trago nenhum agasalho
e nem coberta, essa moça em questão que era a mãe da criança, ela se mostrava
muito alterada. Ao ser questionada ela pediu para o rapaz que estava ao seu lado,
que era seu esposo ou namorado e pai da criança, ir buscar a blusa no carro, pude
notar isso porque eles estavam abraçados e de mão dada a todo momento e ao
pedir ela disse algo parecido com “Busca a blusa da sua filha no carro por favor”.
Em outra mesa havia duas moças, aparentavam ter entre 20 e 21 anos, uma usava
um vestido curto preto e a outra calça jeans e camiseta, elas conversavam e
pareciam estar se divertindo muito, foi quando um rapaz que apresentava ser mais
velho, entre 26 e 29 anos, se sentou do lado da moça que estava de calça, elas
esboçaram uma reação de surpresa, aparentemente não conheciam o rapaz, e ele
sequer pediu licença para se sentar. Ela não o expulsou, mas começou a
questionado do porquê ele havia sentido que teria direito de fazer isso, o mesmo a
ignorou e começou a elogiar a moça de forma incessante, enquanto se aproximava
mais dela. Era visível que ambas estavam desconfortáveis com a situação, foi
quando um rapaz se aproximou e começou a conversar com o que estava na mesa,
com alguns minutos de conversa o homem se desculpou e saiu da mesa
acompanhado do aparentemente amigo.
Nesse dia acredito que a minha observação foi com um olhar mais julgador, estava
naquele lugar, trade da noite e já estava incomodada com o barulho e o cansaço,
então me coloquei no lugar daquela criança que estava dormindo no colo de uma
pessoa que nem era sua mãe, que não estava agasalhada da forma correta e nem
confortável do jeito que deveria. Acredito que devemos respeitar a rotina e a idade
das crianças, alguns ambientes não cabem a elas, em uma sexta feira próximo das
da meia noite já era hora de um bebê estar de banho tomado e confortável para
descansar, não imagino qual seja a realidade desses pais, mas se eles queriam
tanto estar ali, poderiam ter procurado uma alternativa para que a bebê não
precisasse acompanhar eles. Eles também não estavam sóbrios e aparentemente o
pai da menina era o que dirigia.
Acredito que devemos dar mais espaço para a conscientização do assédio também,
o rapaz foi extremamente inconveniente ao se sentar com as moças, não questionou
elas em momento algum e quando ela pedia para sair ele a ignorava, precisou de
15
uma outra figura masculina para que ele saísse dali sem hesitar, isso só reafirma o
quanto a cultura machista de que mulheres não devem ser ouvidas ainda esta
enraizada no nosso cotidiano.
Encerrei a atividade pensativa sobre esses dois tópicos que presencie, não imagino
como a criança estava se sentindo, mas consigo me colocar no lugar da moça que
esta presente na outra situação, pois ao decorrer da minha vida já me senti
invalidada por simplesmente ser uma mulher.
16
Registro de Observação (8)
Data: 18/03/2023
Horário de Início: 19h Horário de Término: 21h
Duração: 02 horas.
Local da observação: Restaurante Outback, shopping Granja Viana 
Registro de Observação:
No dia 18 de março, sábado, iniciei mais uma atividade de observação em um
restaurante que costumo ir esporadicamente, vale ressaltar que não costumo
frequentar essa unidade do restaurante que é localizado no último piso o Shopping
Granja Viana que é localizado na cidade de Cotia. 
Em geral o restaurante estava bem ocupado, não tinha fila de espera, mas a maioria
das mesas estavam ocupadas, era uma noite muito tranquila, o dia tinha sido bem
quente, mas quando começou a anoitecer começou a ventar um pouco, estava
acompanhada de três amigos, estávamos em uma despedida de um do integrante
do grupo, me sentia feliz por estar em um lugar que eu gosto de frequentar com
eles, mas também chateada por se tratar de uma despedida.
Nos acomodamos em uma mesa do meio do salão, tinha uma ótima visão para
várias mesas, foi quando observei um casal e uma criança, que estavam sentados
em uma mesa na minha direita, aparentemente eram pais da criança, a mulher tinha
em torno de 35 anos e o homem aparentava ser mais velho, talvez entre 45 anos, o
menino que acompanhava o casal beirava os 09 anos. O casal estava sentado no
mesmo sofá e o menino sentado no outro sofá do outro lado da mesa.
17
O casal comia um pão e tomavam suco e o menino bebia refrigerante enquanto
assistia um desenho que não consegui identificar em um tablet. Os dois
conversavam e davam risada e o menino não desviava o olhar da tela nem por um
segundo, para o casal aquela situação estava confortável, não mostraram incômodo
em momento algum. A comida não demorou muito para chegar, o menino comia um
hambúrguer, algo parecido como um combo infantil e o casal um prato maior que os
dois dividiram, junto ao prato chegaram algumas porções.
Do meu lado esquerdo havia um casal, ambos estavam com capacete na mão
quando chegaram, a moça aparentava ter entre 22 a 25 anos e rapaz por volta de 25
anos, eles se acomodaram e sentaram um do lado do outro, não demorou muito
quando o garçom trouxe para eles duas canecas de chopp, estranhei a situação, até
por que a presença do capacete me deu certeza de que eles estavam motorizados,
o meu julgamento foi instantâneo, já tenho uma concepção de que moto e um
veículo mais perigoso, com o motorista alcoolizado isso potencializa. Minutos
depois a comida começou a chegar, estranhei novamente porque a meu ver era um
exagero da parte deles, porque só estavam os dois, junto com a comida o garçom
trouxe em uma estrutura de metal três drinks, a minha reação que já não era positiva
se tornou pior, a única coisa que conseguia pensar era como aquelas duas pessoas
iriam embora sendo que estavam ambos alcoolizados.
Voltando ao olhar para a mesa da direita pude perceber que o menino já tinha
encerrado a sua refeição e que continuava a assistir no tablet, o casal se mostrava
satisfeito também mas ainda tinha uma quantidade considerável de comida na
mesa, eles chamaram o garçom para pagara conta e pude perceber que o mesmo
questionou se gostariam de levar as sobras, os dois concordaram que não levariam, 
garçom se mostrou surpreso mas encerrou o atendimento normalmente, os dois
levantaram e o menino foi atrás, pegou o tablet da mesa e saiu assistindo, quase
esbarrando nas outras mesas.
Visto isso conclui a observação pensativa, não entendi o porquê de eles não
trocarem sequer uma palavra com o menino, a situação parecia muito confortável, o
tablet parecia fazer o papel de uma "babá". O exagerado desperdício de comida
também me chateou, quantas pessoas dariam valor aquele prato de comida, para
eles não significava nada, não hesitaram em deixar todos os restos lá. 
18
Já o outro casal, que estava com os capacetes não pararam de beber durante um
minuto do jantar, sai de lá preocupada em como ambos chegariam em casa, acredito
que devemos dar mais importância em causas como essa, não devemos
em hipótese alguma dirigir quando ingerimos bebida alcoólica, visando poupar a
nossa vida e a do próximo que também se encontra nas estradas.
19
Registro de Observação (9)
Data: 20/03/2023
Horário de Início: 09h30 Horário de Término: 11h
Duração: 01h30 minutos.
Local da observação: Linha EMTU, Embu-Guaçu/ metrô Capão Redondo.
Registro de Observação: 
No dia 20 de março, uma segunda-feira iniciei mais uma atividade de observação,
peguei o ônibus no ponto de partida, consequentemente ele estava vazio, era um dia
ensolarado, as janelas do ônibus estavam abertas e o ambiente estava fresco. O
ônibus continuou o percurso e dois pontos depois todos os bancos já estavam
ocupados, inclusive os preferenciais com pessoas que aparentemente não
preenchiam os requisitos para estarem sentados ali.
Era um grupo de 6 jovens, eles tinham entre 17 e 18 anos, 2 meninas, uma vestida
com um vestido preto curto e a outra com um short e camiseta, os outros 4 eram
meninos, todos estavam vestidos de forma semelhante, bermuda ou calça e
camiseta. Alguns ocupavam bancos preferenciais, eles estavam todos sentados
perto, conversavam e se mostraram muito animados, não pareciam nem um pouco
sonolentos e nem cansados.
Era visível no rosto das pessoas o descontentamento, pois eles falavam muito alto,
chegando a gritar em alguns momentos, além deles, havia alguns idosos e um grupo
diversificado de adultos entre 25 e 30 anos, todos pareciam ir em direção a seus
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trabalhos, pude identificar pois usavam uniformes e crachás. Já os jovens pareciam
sair em lazer, a roupa era muito informal para um trabalho.
Chegando em quase metade do trajeto pude observar que uma senhora deu sinal
em um ponto e o motorista parou, os adolescentes que se mostravam enérgicos
desde que entraram no veículo se acanham, alguns fingiram até estarem dormindo,
a mulher que deveria ter entre 60 e 65 anos procurava um lugar para sentar e
nenhum deles cedeu a ela, foi quando estava me preparando para levantar para
oferecer o lugar para a mulher, a mesma cutucou um dos jovens que estava no
banco preferencial e disse “Com licença, o banco e preferencial e eu preciso me
sentar, já sou uma idosa e estou a caminho de uma consulta médica" o menino se
espanta e fica paralisado por alguns segundos, começa a gaguejar e ela apressa ele
mais uma vez, com tom irônico diz “Vamos querido, estou cansada e sou velha,
diferente de você", ele levanta sem hesitar e os colegas ficam paralisados e se
mostram envergonhados.
O menino fica em pé do lado do banco dos colegas e o motorista segue viagem ,
acredito que uns dois pontos depois o motorista para novamente e um senhor entra
no ônibus, o menino que teria sido expulso pela senhora o banco preferencial olha
com um olhar desesperado para o colega como quem diz “Levante, para não passar
pela mesma coisa que eu”, o colega levanta sem nem hesitar e oferece o lugar para
o senhor que aceita com sorriso no rosto, a senhora que já estava sentada olhou
para os dois com um olhar de aprovação e deu um sorriso tímido.
Com isso pude concluir que a “bronca” da senhora teve efeito imediato, nos pontos
seguintes ninguém precisou nem olhar para eles para que eles se comportassem da
forma que deveria, cedendo o lugar para quem realmente precisava, depois de toda
essa situação até a conversa que era muito alta entre eles diminuiu, acredito que
eles devem ter ficado envergonhados com a situação em um todo.
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Registro de Observação (10)
Data: 23/03/2023
Horário de Início: 14h Horário de Término: 16h
Duração: 2 horas.
Local da observação: Parque Ecológico Várzea, Embu-Guaçu.
Registro de Observação: 
 No dia 23 de março, quinta-feira, iniciei mais uma atividade de observação em um
local que não tenho hábito de frequentar, fui até o parque ecológico da minha
cidade, local que frequentava quando era criança. O parque não é um lugar tão
amplo, conta com uma pequena biblioteca, com um parquinho, três quadras e
alguns espaços para realização de piqueniques. O parque conta com uma estufa e
uma pequena exposição de bichos empalhados e alguns vivos.
Era uma terça feira ensolarada de muito calor, cheguei no parque estava lá somente
para a realização da atividade, sentei-me num quiosque e observei uma
movimentação grande dos funcionários, parecia que eles estavam se preparando
para receber alguém.
Minutos depois uma van estaciona e a porta se abre, em torno de 10 crianças
descem da van, não me lembro ao certo quantos eram meninos e quantos eram
meninas, mas me lembro de não ser discrepante a diferença. Eles estavam
acompanhados de 5 mulheres adultas e 1 homem, o motorista. As crianças tinham
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entre 4 e 5 anos, se tratava de um passeio escolar de um colégio particular, pude
perceber pois estavam todos uniformizados.
Uma das moças que acompanhava eles, no qual eu deduzi ser a professora porque
estava usando avental, auxiliou as crianças a descerem e uma outra moça formou
uma fila com eles, eles foram orientados a escolherem um amiguinho para ficar de
mão dada e “cuidar” durante o passeio. Era perceptível o quanto eles estavam
felizes de estar ali, por mais simples que fosse, eles olhavam para o espaço inteiro,
cutucavam os colegas para mostrar o que estavam observando e não paravam de
falar nem por um minuto. 
Eles se dirigiram a exposição dos bichos, que era um local mais próximo do
quiosque que eu estava, com isso consegui observar parte da explicação da guia
para eles, eles se sentaram no chão com as perninhas cruzadas e com o olhar
atento ficaram em silêncio, respeitando a fala da guia, a moça apresentou a eles o
bicho de pau, explicou a importância do inseto, o que ele comia e onde vivia. Por fim
ela perguntou se alguém gostaria de pegar o animalzinho, e eles nem hesitaram na
hora de dizer não, estavam curiosos, mas o medo ainda era presente, um menino do
grupo fazia muitas perguntas e se mostrava o mais curioso e mais corajoso entre
eles, ele era o único que havia ficado de pé e mais próximo da guia com o bicho. Foi
quando a professora aceitou pegar o bichinho que eles foram deixando o medo de
lado, a professora era figura de mais autoridade e confiança ali, e quem convive com
eles diariamente, acredito que por conta disso eles foram encorajados a chegar mais
perto e em até passar a mão o bicho pau.
A monitoria da guia encerrou e então eles partiram para fora do espaço, para
realizar um piquenique, a professora estendeu a toalha no chão e as outras
mulheres que acompanhavam começaram a organizar os lanches que eles haviam
levado. Poucos minutos depois todos já estavam comendo, eles demonstravam ser
muito independentes e tinham muita facilidade em se comunicar entre eles e com as
professoras também, era notório o quanto elas estavam preocupadas com o
bem-estar das crianças.
Com o encerramento do piquenique eles começaram a questionar sobre o parque,
foi o único momento que percebi que as crianças demonstraram um pouco de
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impaciência. A dúvida era se poderiam brincar nos brinquedos, entre eles tinha uma
balança com dois balanços,duas gangorras, um escorregador e uma casinha. As
professoras autorizaram e lá foram eles, brincavam em pequenos grupos de mais ou
menos três crianças, pude observar que a imaginação era extremamente presente, a
casinha por exemplo já havia se tornado um castelo, os galhos das árvores, espadas
e varinhas de condão. 
Encerrei a atividade e tive como conclusão a importância do estudo em campo, o
quão especial será para o crescimento delas a visita no parque que eu não
frequentava desde os meus 10 ou 11 anos.
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Registro de Observação (11)
Data: 24/03/2023
Horário de Início: 16h40 Horário de Término: 17h40
Duração: 01 hora.
Local da observação: Linha EMTU, Embu-Guaçu/ metrô Capão Redondo.
Registro de Observação: 
No dia 24 de março, sexta-feira, iniciei mais uma atividade de observação, estava a
caminho da faculdade para a aula de teoria psicanalítica, me encontrava sentada no
ônibus e animada para a aula. Era um dia ensolarado de muito calor, já havia
percebido que as sextas os ônibus são um pouco mais vazios, acredito que muitas
pessoas não devem ter aula ou até mesmo faltam, por ser sexta-feira.
A maioria das pessoas no ônibus se mostravam cansadas, o desanimo era
estampado no rosto, a maioria mexia no celular, alguns dormiam e outros só
olhavam pela janela para que acredito eu que o tempo passasse mais rápido.
Eu estava sentada no banco da janela, na minha frente observei duas meninas, de
aparentemente 18 e 19 anos, eles estavam com mochilas e conversavam sobre a
faculdade, por estar muito próxima consegui observar o que elas estavam
discutindo. Ambas falavam sobre a dificuldade de depender do transporte público,
tanto para ir para a faculdade quanto para o trabalho.
Uma das meninas mencionou que a na época que seu irmão frequentava a
faculdade a cidade disponibilizava um ônibus fretado para as faculdades para os
estudantes. As meninas começaram a discutir sobre o quanto isso seria vantajoso
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aos estudantes, visto que temos que nos que residimos em Embu-Guaçu temos que
praticamente embarcar em uma viagem para ter acesso a uma universidade.
No meu lado esquerdo do outro lado do corredor, tinha um casal de idosos sentados,
a senhora apresentava ter entre 60 e 65 anos e o senhor uns 67 anos, eles não
tiveram nenhuma dificuldade de locomoção ao entrar e se mostravam
bem-dispostos, coincidentemente os dois também conversando sobre a dificuldade
na dependência do transporte publico e comentavam também sobre a neta que
pegara aquele ônibus diariamente para frequentar a faculdade.
Com essa observação pude concluir sobre como seria vantajoso se a prefeitura da
cidade reservasse uma verba para algo parecido com o antigo fretado para as
faculdades, os estudantes com certeza seriam gratos pois isso faria economizar
tempo, visar mais segurança e conforto a quem precisa se locomover para outra
cidade para a conclusão de um curso superior, levando em conta também que seria
vantajoso na questão financeira também, pois normalmente quem está em período
de formação não conta com uma remuneração tão alta.
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Registro de Observação (12)
Data: 28/03/2023
Horário de Início: 18h40 Horário de Término: 20h10
Duração: 01h40 minutos.
Local da observação: Show em comemoração ao aniversario da cidade de
Embu-Guaçu, Praça Ivan Braga de Oliveira.
Registro de Observação: 
No dia 28 de março, terça-feira, iniciei a minha ultima atividade de observação,
realizei a mesma em um show de comemoração do aniversario da minha cidade, em
Embu-Guaçu, o dia 28 de março é feriado. O publico era tomado por moradores da
cidade, o show em questão era da banda “Sampa Crew”, grupo que era bem popular
nos anos 90. Sendo assim o publico era a maioria de pessoas entre 35 e 50 anos,
alguns jovens e muitas crianças. A noite era agradável, não estava calor, mas era
um clima fresco, a praça contava com várias barracas de comidas e bebidas.
A praça contava com alguma s grades, as pessoas não tinham acesso por todos os
lados, estava sentada em um banco observando o movimento quando reparei que
havia uma moça entrando com algo que parecia um carrinho de bebida, na festa já
haviam comentado que seria ilegal a venda de produtos fora das barracas, ao se
deparar com a mulher entrando com o carrinho que obviamente não seria para
consumo próprio, um dos barraqueiros se espantou e se mostrou muito bravo no
mesmo minuto.
O rapaz saiu da barraca e voltou em minutos com a fiscalização do evento, o fiscal
abordou a moça de forma educada, eu estava perto e consegui observar o diálogo,
ele a questionou se as bebidas alcoólicas que se encontravam no carrinho era para
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consumo próprio, pergunta que foi feita sem necessidade, visto que a quantia que a
mulher tinha era exorbitante, era impossível ela estar com aquela quantia toda para
consumir no local, visto que a festa tinha previsão de encerramento aos 21h. A moça
respondeu que não e então o fiscal pediu para que ela o acompanhasse, eles se
colocaram atras de mim, ele colocou todas as bebidas em um banco e começou a
fotografar o conteúdo, a moça o questionou e ele disse que era o procedimento que
ele deveria seguir ao aprender mercadorias que estava ali de forma ilegal. A mulher
aceitou todo o procedimento e assistiu toda a ação do fiscal, o rapaz que havia
denunciado olhava de longe, se mostrava muito irritado e falava alto que havia pago
para estar ali, que era injusto os donos das barracas arcarem com os custos e os
ambulantes venderem de forma ilegal. A mulher não o questionou e nem discutiu em
nenhum momento, acredito que ela sabia dos riscos que tinha e aceitou o
acontecido.
O show estava previsto para iniciar as 19h30, e assim foi, pontualmente os
participantes da banda iniciaram a apresentação, as pessoas se mostravam muito
entusiasmadas, assistiam o show, cantavam as músicas, comiam e conversavam
com os amigos. A apresentação estava acontecendo, as pessoas gostando, quando
um apagão no palco aconteceu, um coro de vaia tomou conta da praça, o grupo
pediu paciência, enquanto a manutenção era feita as pessoas continuaram por ali,
como se nada houvesse acontecido. Na cidade não é comum eventos como esse, a
população é muito carente em relação a cultura e lazer, a cidade é pequena e a
tempos não havia algo parecido com isso.
O evento ficou parado durante uns 40 minutos, e o publico não abandonou o local, a
apresentação voltou e todos continuaram ali, visto isso pude concluir o quão
benéfico seria se a cidade investisse mais em relação a cultura, muitas vezes temos
que se deslocar para vivenciar um resquício de lazer, a cultura é extremamente
importante para a formação do ser humano, todos devemos ter acesso a isso, de
uma forma acessível, pois a realidade das pessoas é totalmente diferente.
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