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trabalho coletivo, livro de Iamamoto

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Redação: ‘’O Serviço Social enquanto trabalho coletivo: principais
Condicionantes’’
 Segundo a autora Iamamoto o serviço Social é considerado como uma especialização do trabalho coletivo dentro de uma divisão social e técnica do trabalho participam do processo de produção e reprodução das relações sociais. A profissão e vista a partir de uma abordagem da profissão ao lado de outras, que enriquecem o debate acadêmico plural considerando as particularidades do serviço social. Desde 1982 o serviço social foi entendido como forma de trabalho esboço de uma intepretação teórica e metodológica, no qual apresenta o serviço social como trabalho base numa leitura de Marx. Iamamoto chamam a atenção para a análise todas as consequências teóricas e políticas mais profundas relacionadas ao conceito do assistente social como trabalhador assalariado de instituições pública e privadas, resultante do processo de profissionalização e institucionalização da profissão nos marcos do capitalismo monopolista. Bem como a interpretação da profissão que pretende desvendar suas características como parte do trabalho coletivo, uma vez que o trabalho não é a ação isolada de um indivíduo, mas é sempre atividade coletiva de caráter social, e como se da à relação desse trabalho coletivo do assistente social determinado por seus condicionantes. 
 Com a chegada do sistema capitalista monopolista o serviço social emerge na sociedade no contexto da questão social, pelo seu caráter de classe, respondendo as demandas do estado e fazendo a intervenção não apenas nos pontos econômicos, mas também nos políticos e sociais. Sua institucionalização se relaciona com a progressiva intervenção do estado no momento em que as expressões da manifestação da questão social aparecem como objeto das políticas sociais, com dois pontos de vista: no sentido de garantir condições adequadas para o desenvolvimento capitalista e o seu processo de acumulação privada em benefício ao grande capital monopolista, e também de forma contraditória no sentido de responder as pressões das lutas de classes que exigia o atendimento das necessidades sociais coletivas e individuais derivadas do processo de produção de reprodução social.
 Contudo, é esse mesmo processo de profissionalização do assistente social e institucionalização da profissão na divisão social e técnica do trabalho que reduz as condições reais para que o trabalho do assistente social entre no processo de mercantilização e no mundo do valor e da valorização do capital, principal parte da sociedade capitalista. Entretanto, o assistente social se impõem socialmente como um trabalhador assalariado, onde sua inclusão no mercado de trabalho passa por uma relação de compra e venda de sua força de trabalho com organismos empregadores, públicos ou privados. Sendo os assistentes sociais proprietários de sua força de trabalho qualificada, não dispõem de todos os meios e para a efetivação de seu trabalho, parte dos quais lhes são fornecidos pelas partes empregadoras. É nessas condições que se concretiza a autonomia do profissional nas suas ações.
 O assistente social preserva uma relativa independência nas formas de execução de seu trabalho. Como já citado antes, o assistente social, em posto de sua denominação profissional, tem uma relativa autonomia teórica, técnica e ético-política para direção de suas atividades, Porém essas dependem de meios para serem concretizadas, os quais não são propriedades do assistente social, visto que se encontra alienado de parte dos meios e condições necessárias à efetivação de seu trabalho. Ainda que dispondo de autonomia ética e técnica - protegida inclusive pelo Código, de Ética e pela regulamentação legal da profissão -, o assistente social é chamado a exercer sua profissão em um processo de trabalho coletivo, preparado dentro de condições sociais dadas, da qual produto, em suas dimensões materiais e sociais, é fruto do trabalho coletivo. Na área da saúde, por exemplo, o assistente social participa ao lado (de vários outros profissionais) - nutricionistas, enfermeiros, médicos, psicólogos etc. na construção um projeto de prevenção de doenças. o trabalho coletivo permite acender a qualificação de um trabalho particular na totalidade dos trabalhos combinados.
 A forma de trabalho em que muitos trabalham planejadamente, lado a lado e conjuntamente, no mesmo processo de produção ou em processos de produção diferentes, mas conexos, denomina-se cooperação A cooperação, qualidade do trabalho combinado, é condição de colocar em movimento trabalho social médio, indissociável do caráter coletivo do trabalho, que se impõe com a sociedade capitalista. As condições de trabalho tornaram-se, de fato, sociais. O trabalho coletivo provoca o barateamento das mercadorias produzidas, a redução do valor da força de trabalho, contribuindo para modificar a grandeza entre mais-valia e o valor total.
Sendo assim, podemos afirmar que o serviço social como trabalho coletivo, identifica o seu sujeito vivo como trabalhador assalariado problematizando como se dá a relação de compra e venda dessa força de trabalho a empregadores diversos, como o Estado, as organizações privadas empresariais, não governamentais ou patronais. O que se pode concluir dessas considerações é que os resultados ou produtos dos processos de trabalho em que participam os assistentes sociais situam-se tanto no campo da reprodução da força de trabalho, da obtenção das metas de produtividade das empresas, da viabilização de direitos e da prestação de serviços públicos de interesse da coletividade.

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