Buscar

REFORMA TRABALHISTA E SEU ARTIGO 442 B Alessandra e Samuel

Prévia do material em texto

12
PROJETO DE LEI Nº 6.787 DE 2016 E SEU ARTIGO 442 – B – TRABALHO DO AUTÔNOMO – REFORMA TRABALHISTA
MESQUITA, Alessandra de Andrade B. S. de1
CAUM, Samuel Henruque2
RESUMO
O objetivo deste estudo é a análise da reforma trabalhista no que se refere ao artigo 442-B que trata sobre o Trabalho Autônomo.
Discutiremos alterações previstas no Projeto de Lei no tocante ao reconhecimento de vínculo empregatício e seus efeitos na contratação de Autônomos sob a ótica de lesão de direitos mínimos do Trabalhador.
Palavras-chave: Artigo Científico; Metodologia; Normas; Reforma trabalhista; Trabalho Autônomo.
INTRODUÇÃO
Amplamente criticada por diversos setores da sociedade, bem como apoiado por outros, a Reforma Trabalhista em tramitação no Senado Federal é a maior alteração já sofrida pela Consolidação das Leis Trabalhistas desde sua criação em 1943.
De modo geral, a legislação trabalhista brasileira passará por uma reestruturação completa, uma vez que mais de cem aspectos da CLT serão atingidos, como a possibilidade do empregador negociar com o empregado, fim do imposto sindical, novas formas de contratação, ações judiciais trabalhistas, etc.
Uma das alterações pretendidas com esta reforma trará grande impacto na rotina de trabalhadores Autônomos e nos processos trabalhistas com pedido de reconhecimento de vínculo empregatício. O texto adiciona um parágrafo ao art. 3º, da CLT, estabelecendo que não há vínculo empregatício, nem responsabilidade solidária ou subsidiária, no negócio jurídico entre empregadores da mesma cadeia produtiva, ainda que em regime de exclusividade.
Se prevalecer, a alteração legislativa, dificultará a responsabilização de grandes indústrias que utilizam serviços de trabalhadores em condições análogas às de escravo, contratados por empresas inseridas na sua cadeia produtiva. Por outro lado, a alteração dá segurança à diversos ramos de atividades que contam com os profissionais Autônomos em sua cadeia e com isso geram renda e empregos informais à sociedade.
DESENVOLVIMENTO
A FIGURA JURÍDICA DA AUTONOMIA E A MUDANÇA PRETENDIDA COM A REFORMA
O trabalhador Autônomo, segundo o Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva designaAutônomo como: 
Palavra que serve de qualificativo a tudo o que possui autonomia ou independência, isto é, de tudo quanto possa funcionar ou manter-se independentemente de outro fato ou ato.	
Segundo Maurício Godinho Delgado (2015, p.357) “O trabalhador autônomo consiste, entre todas as figuras próximas à do empregado, naquela que tem maior generalidade, extensão e importância sociojurídica no mundo contemporâneo. Na verdade, as relações autônomas de trabalho consubstanciam leque bastante diversificado, guardando até mesmo razoável distinção entre si”. (Maurício Godinho Delgado, 2015, p. 357)
O empregado é o trabalhador subordinado, pessoa física, aquele que recebe ordens, que presta serviços com habitualidade, ou seja, não é um trabalhador que presta seus serviços de forma esporádica, e é assalariado.
O art. 3º da CLT define o empregado como:
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Ainda para Maurício Godinho Delgado (2015, p.297) “A caracterização da relação empregatícia é, portanto, procedimento essencial ao Direito do Trabalho, à medida em que propiciará o encontro da relação jurídica básica que deu origem e assegura o desenvolvimento aos princípios, regras e institutos justrabalhistas e que é regulada por esse ramo jurídico especial”.	(Maurício Godinho Delgado, 2015, p. 297)
Em análise a reforma trabalhista proposta no Projeto de Lei nº 6.787 de 2016 especificamente em seu artigo 442–B traz a seguinte redação:
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação.
A regra tem um sentido lógico, pois se o trabalhador é Autônomo não é empregado, o artigo 442-B proposto na reforma, acrescenta que essa prestação de serviços pode ser exclusiva de forma contínua ou não, mas afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º da CLT.
O conceito de exclusividade é definido pelo o que é privativo, que cabe por privilégio, ou seja, trazendo para o cenário da aplicação do novo dispositivo legal, aquele trabalhador poderá prestar serviços única e “exclusivamente” a um único contratante, mas não terá o vínculo de emprego reconhecido, pois a exclusividade não é um dos requisitos da relação de emprego.
Podemos ter empregados contador, economista, advogado, médico, arquiteto, analista de sistema etc., que realizam suas atividades profissionais para um empregador, contratado para tal. Mas por outro lado Eles podem desenvolver os mesmos trabalhos na condição de Autônomo, pois seus meios de produção são, nesses exemplos, intelectuais.
Imaginemos o médico de consultório em comparativo aos médicos plantonista e o médico de UTI, que no primeiro exemplo conseguimos definir facilmente como Autônomo, pois ele pode prestar os serviços sem nenhuma caracterização dos requisitos da relação de emprego. Mas nos dois últimos exemplos nos deparamos com quase todos os requisitos sendo eles a onerosidade, não eventualidade e a alteridade. Restando analisar a pessoalidade e a subordinação que sem muito esforço elas são trazidas em situações em que um médico não pode fazer-se substituir por outro que não seja do quadro do hospital, ou seja, instalada a pessoalidade. No requisito da subordinação o médico não tem a liberdade de montar a sua escala, ou seja, ele deve se submeter a escala estabelecida pelo hospital e, geralmente, existe nesse modelo, de prestação de serviços, uma subordinação hierárquica também estabelecida pelo contratante, logo todos os requisitos do vínculo de emprego são identificados.
Portanto é mais uma insegurança jurídica, pois será difícil separar o autônomo de fato do que estará com a vestimenta dele como burla a legislação com o suporte do artigo 442-B.
CRÍTICA AO DISPOSITIVO: BANALIZAÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
Muito nos causa estranheza o legislador trazer tal dispositivo abrindo margem para termos uma avalanche de contratações de Autônomos, estes com todos os requisitos da relação de emprego, pois no referido dispositivo pouco nos traz para o diferenciarmos.
O fato de existir contrato de prestação de serviços escrito ou com as formalidades legais não afasta, por si só o liame empregatício. O direito da relação de emprego é irrenunciável o que o afasta é a ausência dos requisitos contidos nos artigos 2º e 3º da CLT.
Ademais a inclusão na CLT, do artigo supracitado, mais parece uma tentativa de burlar a relação de emprego, que de reconhecer que o Autônomo não é empregado. E quem poderá ser Autônomo? Como faremos a distinção do Autônomo e o empregado com vínculo de emprego? 
Hoje a população do Brasil, segundo o Portal Brasil, é de aproximadamente 206 milhões de habitantes e, segundo o IBGE, temos 33,7 milhões de pessoas que trabalham por conta própria e 22,2 milhões de pessoas com carteira assinada.
Com as referências acima nos leva a crer que o número de pessoas que trabalham por conta própria aumentará numa curva de crescimento desenfreado, pois se abrirá margem para a informalidade nas relações de trabalho.
O trabalhador Autônomo para se configurar nessa modalidade deve ocorrer a prestação de serviços de forma eventual, contudo o artigo proposto diz que pode ser de forma contínua, ou seja, o oposto do eventual o que causará tamanha insegurança jurídica.
Como se dará a distinção do trabalhador Autônomo do trabalhador com o vínculo de emprego será a grande problemática da aplicação do proposto dispositivo legal.
No que tange aos mecanismos de evidência, recorremos ao entendimento de Sergio Pinto Martins que descreve de forma breve o seguinte:
(...) O elemento subordinação é, portanto, odivisor de águas.
Pois bem da forma como como prevê o art. 442- B da Reforma Trabalhista abrirá margem para a burla da legislação no que refere a inserção de mão de obra mascarada de Trabalhador Autônomo, com a cristalina subordinação ao contratante.
O que nos parece que será abarrotado o judiciário com pedidos de Reconhecimento de Vínculo de Emprego com alegação de subordinação preenchendo assim, junto com os demais, todos os requisitos da relação de emprego, sendo os demais a alteridade, pessoalidade, onerosidade e não eventualidade.
Portanto ficaremos à mercê do judiciário decidir em que Suprema Corte venha “legislar” ao decidir sobre a matéria. 
Para Godinho o seu entendimento quanto à possibilidade do trabalho Autônomo com pessoalidade é da seguinte forma:
O trabalho autônomo pode, contudo, ser pactuado com cláusula de rígida pessoalidade - sem prejuízo da absoluta ausência de subordinação. É o que tende a ocorrer com a prestação de serviços contratada a profissionais de nível mais sofisticado de conhecimento ou habilidade, como médicos, advogados, artistas, etc.
Discordamos do Mestre Godinho, pois sendo rígida a pessoalidade dificil a ausência total de subordinação, pois a pessoalidade caminha junto com a subordinação quase sempre.
E na mesma seara de forma amplamente divergente do Godinho, a Professora Vólia Bomfim Cassar se expressa:
A principal diferença entre o autônomo e o empregado é que este presta serviço por conta alheia e não sofre qualquer risco em sua atividade (...). Normalmente o autônomo trabalha para clientela diversificada, demonstrando a falta de pessoalidade na prestação de seu serviço (...). Os autônomos têm subordinação mais tênue, hoje chamada pela doutrina de parassubordinação.
Discordamos de Godinho, ao afirmar que o autônomo não tem pessoalidade e subordinação em relação ao tomador, pois os representantes comerciais, assim como os empreiteiros de lavor são considerados autônomos e têm pessoalidade e subordinação (leve) em relação ao tomador de serviços. (...)
ANALISANDO O OUTRO LADO: FAVORECIMENTO À INOVAÇÃO E AO EMPREENDEDORISMO
Como acabamos de explorar, ao análisar a letra fria da lei, ficam evidentes os prejuizos que os trabalhadores sofrerão pela aprovação deste artigo: Banalização do empreendedorismo, “Pejotização de profissoes”, perda de direitos trabalhistas, etc; Porém, ao se analisar quaisquer mudança, deve-se ir à fundo, de maneira a entender o posicionamento contrário ao seu.
Vivemos uma fase ímpar em nossa sociedade, a internet facilitou a comunicação, aproximou o mundo e mudou a forma como fazemos tudo: Nos comunicamos, nos divertimos, trabalhamos, fazemos compras, etc. Todas essas mudanças vieram acompanhadas de novas realidades: hoje em dia, ninguem estende o braço na rua para um taxi que esta passando, chama-se o motorista por um aplicativo disponivel no celular; compramos itens pela internet para economizar tempo e dinheiro; etc; E essas mudanças requerem adaptações em determinadas areas para continuarem existindo.
Recentemente, foi amplamente divulgada na mídia, sentença¹ que reconheceu o vínculo empregaticio de um motorista de Uber em São Paulo, condenando a empresa inclusive ao pagamento de horas extras, adicional noturno, e valores gastos com combustível e também com água e balas oferecidas aos passageiros. [1: BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da 03ª Região – 33ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.Sentença da Reclamação Trabalhista 0011359-34.2016.5.03.0112 Autor: Rodrigo Leonardo Silva Ferreira Réu: Uber Do Brasil Tecnologia Ltda.. Disponível em: https://pje.trt3.jus.br/visualizador/pages/conteudo.seam?p_tipo=2&p_grau=1&p_id=1j1mK4cU7PLfN5%2F5oMAy%2Bw%3D%3D&p_idpje=NOwlKP%2F%2FCqU%3D&p_num=NOwlKP%2F%2FCqU%3D&p_npag=xAcesso em: 07 junho 2017.]
Na sentença, o juiz Márcio Toledo Gonçalvez da 33ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, entendeu que o aplicativo oferecia remuneração, pois decidia de forma exclusiva toda a política de pagamento do serviço prestado, como o preço cobrado por quilômetro rodado e tempo de viagem e também as promoções e descontos para usuários. Segundo o magistrado, caso o Uber se tratasse apenas de uma empresa de tecnologia, e não de transporte, deveria cobrar de uma quantia fixa pelo uso do aplicativo, deixando sob responsabilidade dos motoristas as estipulações de cobranças, e negociação de valores.
Na sequencia, o acordão reformou a sentença, determinando que não há vínculo empregatício na relação trabalhista em questão, e que a subordinação nao se caracteriza apenas por orientações de abordagem ao passageiro:
Tais orientações não caracterizam subordinação jurídica do reclamante à reclamada, não implicam na ingerência da empresa na forma da execução do contrato, devendo ser aferida a adequação dos serviços e infraestrutura prestados pelo motorista às necessidade do sistema de atendimento projetado pela empresa ré. Isso não extrapola os limites do ajuste entre os contratantes, constituindo normas pontuais da reclamada a serem observadas para execução do contrato, de modo a atender o próprio objetivo deste. Ressalte-se que, no aspecto da não obrigatoriedade de manutenção de "balinhas e água" nos veículos, reconheceu o próprio Juízo Sentenciante, no penúltimo parágrafo, p. 24, do id. 2534b89 que "O fornecimento de 'balinhas', água, o jeito de se vestir ou de se portar, apesar de não serem formalmente obrigatórios, afiguram-se essenciais para que o trabalhador consiga boas avaliações e, permaneça 'parceiro' da reclamada, com autorização de acesso a plataforma"[2: BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da 03ª Região – 09ª Turma. Acordão da Reclamação Trabalhista 0011359-34.2016.5.03.0112 Autor: Rodrigo Leonardo Silva Ferreira Réu: Uber Do Brasil Tecnologia Ltda.. Disponível em: https://pje.trt3.jus.br/visualizador/pages/conteudo.seam?p_tipo=2&p_grau=2&p_id=ckUXzmJVhNvfN5%2F5oMAy%2Bw%3D%3D&p_idpje=DJedstSGRrc%3D&p_num=DJedstSGRrc%3D&p_npag=x Acesso em: 07 junho 2017.]
No caso em questão, os motoristas realizam todo o processo de cadastro no aplicativo On-line, mediante o envio dos documentos digitalizados. A comunicação da empresa com os motoristas se dá atraves de comunicações institucionais, e o motorista possui plena autonomia para exercer suas atividades no horario que achar melhor, sem estipulação de metas. É evidente que nao há subordinação nesta relação. 
Atualmente, a cidade de São Paulo conta com aproximadamente cinquenta mil motoristas de aplicativos como o Uber, pessoas que diante da grave crise financeira que açoita nosso país viram na oportunidade oferecida pelo aplicativo uma forma de sustentar suas familias, e outras tantas que viram no aplicativo uma forma de complementar sua renda, conciliando a atividade com o trabalho formal. 
Processos trabalhistas com pedido de reconhecimento de vínculo empregaticio de motoristas de Uber tem sentenças diferentes em todo o país, muitas reconhecem o vínculo, outras tantas não. 
Analisamos este caso da empresa Uber pela sua ampla divulgação na mídias nos ultimos meses, ele é apenas um, dentre muitos exemplos que retratam bem a necessidade de atualização em nossas leis trabalhistas: diversas outras empresas inovadoras deixam de apostar suas fichas no Brasil por medo da insegurança juridica decorrente do reconhecimento de vínculo, pois mais que um risco econômico, reside aqui o risco de ter o nome da empresa vinculado à uma prática ilegal. Esta insegurança afasta investidores e inovações que poderiam gerar oportunidades e aquecendo nossa tão morna economia. 
Não se pode precarizar as relações trabalhistas, mas é preciso normatizar as demais relações além da empregatícia, afastando assim o receio dos investidores, e trazendo clareza aos limites entre as modalidades de relações trabalhistas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
Nossa CLT esta defasada, natural para um texto criado em 1943, para estabelecer regras para um ambiente que é alterado constantemente ao receber novas tecnologias. Uma reforma é imprescindivelpara adequar o instrumento à realidade social atual, onde a população mundial ultrapassou os 7,5 bilhões, a internet aproximou o mundo, e miséria e riqueza estão cada vez mais distantes uma da outra. 
Como vimos, a legislação trabalhista brasileira deixa inseguranças em sua compreensão, o que afasta investidores e inovações em nosso país, e esse é um dos nichos em que esta reforma deveria atuar: trazer critérios e clareza sobre alguns aspectos legais, para deixar claros os limites de atuação de empresas com seus funcionários. 
A inserção do artigo 442-B não traz estas definições, pelo contrário, ela possui um viés claramente politico e financeiro, para privilegiar o empregador que desejar se valer de mão de obra barata, aliás, prática já corriqueira atualmente em escritórios de advocacia e agências de publicidade. 
O instrumento em questão distorce a realidade para privilegiar o empregador, e esta realidade será legalizada na hipótese de aprovação da reforma trabalhista. Ressaltamos que a norma deteriora completamente não apenas a CLT, mas também a Norma Constitucional acerca da Proteção ao Trabalho Humano, destruindo uma proteção construída e conquistada ao longo de anos.
No viés financeiro, além de todos os aspectos sociais retirados dos funcionários, temos também o fato de que tributação do empregado é maior que a do Autônomo, e com a aplicação do referido artigo aumentar-se-a a sonegação de informações previdenciárias e o recolhimento do Imposto de Renda, pois se deixa de recolher na condição de empregado, além de deixar de efetuar os depósitos do FGTS. 
Tal prática vai de choque com a justificativa da Reforma Trabalhista, qual seja, fomentar o mercado e modernizar as relações de trabalho, pois além de retirar dinheiro da arrecadação de impostos, ainda promove a concorrência desleal criando uma situação de dumping social à medida que as empresas que trabalham com empregados terão o custo social mais elevado.[3: O "dumping social" caracteriza-se pela adoção de práticas desumanas de trabalho, pelo empregador, com o objetivo de reduzir os custos de produção e, assim, aumentar os seus lucros. 
Trata-se de descumprimento reincidente aos direitos trabalhistas, capaz de gerar um dano à sociedade e constituir um ato ilícito]
Por todo o exposto, acreditamos que a Reforma Trabalhista em questão possui viés político e economico privilegiando empresários e investidores, sem, no entanto, olhar para o empregado e para a realidade social de nosso país, bem como para o histórico de justiça social alcançada pela Justiça do Trabalho. Uma mudança tão grande não pode ser feita sem amplas e profundas consultas à todos os lados afetados, e não pode deixar de lado a realidade social de nosso país.
REFERÊNCIAS 
DELGADO, Maurício Godinho. Curso De Direito Do Trabalho – 14.ed – São Paulo: LTr, 2015
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 9. Ed. Rio de Janeiro. Forense. 1986
CLT Organizada/organizadores Isabelli Gravatá ... [et al.]. – São Paulo: LTr, 2012.
Redação final da Reforma trabalhista disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=5F139B05D59FE461ADFA06EB7133B75E.proposicoesWebExterno2?codteor=1550864&filename=REDACAO+FINAL+-+PL+6787/2016
População do Brasil disponível em: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2016/08/populacao-brasileira-cresce-0-8-e-chega-a-206-milhoes
Número de Brasileiros com carteira assinada disponível em: http://economia.ig.com.br/2017-03-31/desemprego-dados-ibge.html
MARTINS, Sergio Pinto. Curso de Direito do Trabalho. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2015
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2014
Sentença Caso UBER:
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da 03ª Região.Sentença da Reclamação Trabalhista 0011359-34.2016.5.03.0112 Autor: Rodrigo Leonardo Silva Ferreira Réu:
Uber Do Brasil Tecnologia Ltda. Disponível em:https://pje.trt3.jus.br/visualizador/pages/conteudo.seam?p_tipo=2&p_grau=1&p_id=1j1mK4cU7PLfN5%2F5oMAy%2Bw%3D%3D&p_idpje=NOwlKP%2F%2FCqU%3D&p_num=NOwlKP%2F%2FCqU%3D&p_npag=x
Acesso em: 07 junho 2017.
Acordão Caso Uber:
BRASIL. Tribunal Regional do Trabalho da 03ª Região – 09ª Turma. Acordão da Reclamação Trabalhista 0011359-34.2016.5.03.0112 Autor: Rodrigo Leonardo Silva Ferreira Réu: Uber Do Brasil Tecnologia Ltda.. Disponível em:
https://pje.trt3.jus.br/visualizador/pages/conteudo.seam?p_tipo=2&p_grau=2&p_id=ckUXzmJVhNvfN5%2F5oMAy%2Bw%3D%3D&p_idpje=DJedstSGRrc%3D&p_num=DJedstSGRrc%3D&p_npag=x Acesso em: 07 junho 2017.
1Pós-Graduanda do Curso de Direito e Processo do Trabalho Mackenzie
alessandradeandrade2008@hotmail.com
2. Pós-Graduando do Curso de Direito e Processo do Trabalho Mackenzie - 
samuelcaum@outlook.com

Continue navegando