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CAPÍTULO 78 – Insulina, Glucagon e Diabetes Mellitus O pâncreas, além de suas funções digestivas, secreta insulina e glucagon, cruciais para a regulação do metabolismo da glicose, dos lipídios e das proteínas O pâncreas também secreta amilina, somatostatina e o polipeptídeo pancreáticos Anatomia e Fisiologia do Pâncreas O pâncreas é formado por dois tipos de tecidos: (1) os ácinos, que secretam o suco digestivo no duodeno e (2) as ilhotas de Langherans, que secretam insulina e glucagon diretamente no sangue As ilhotas contêm três tipos celulares: alfa, beta e delta As células beta (60%) estão no centro das ilhotas e secretam insulina e amilina; as células alfa (25%) secretam glucagon; e as células delta (10%) secretam somatostatina. Outras células, chamadas PP, secretam o polipetídeo pancreático A insulina inibe a secreção de glucagon, a amilina inibe a secreção de insulina e a somatostatina inibe tanto a secreção da insulina como do glucagon A Insulina e seus Efeitos Metabólicos São as anormalidades do metabolismo das gorduras que provocam condições tais como a acidose e arteriosclerose, as causas usais de mortes nos pacientes diabéticos A insulina afeta o metabolismo de lipídios e proteínas quase tanto como o metabolismo de carboidratos A Insulina é um Hormônio Associados à Abundância de Energia Quando existe grande abundância de alimentos muito energéticos, em especial carboidratos, a secreção de insulina aumenta A insulina desempenha papel importante no armazenamento de energia; armazenando o excesso de carboidratos como glicogênio no fígado e nos músculos. Além disso, o carboidrato que não pode ser armazenado é transformado em gordura e depositado no tecido adiposo A insulina estimula a captação de aminoácidos pelas células e na sua conversão em proteína. Além disso, inibe o catabolismo da proteínas já existentes nas células Química e Síntese da Insulina A insulina é formada por duas cadeias de aminoácidos conectadas por meio de ligações dissulfeto. Quando as duas cadeias se separam, a atividade funcional da insulina desaparece A tradução do RNAm nos ribossomos ligados ao RER formar a pré-pró- insulina. Ela é clivada no retículo endoplasmático, para formar a pró- insulina, que consiste em três cadeias, A, B e C. A maior parte da pró- insulina é novamente clivada no aparelho de Golgi, para formar insulina composta pelas cadeias A e B, ligadas por dissulfeto e o peptídeo cadeia C. Ambos são secretados em quantidades equimolares. 5% a 10% do produto secretado ainda é pró-insulina O peptídeo C se liga a receptores acoplados a proteínas G e ativa dois sistemas: sódio-potássio ATPase e óxido nítrico sintetase endotelial A insulina circula na corrente sanguínea quase inteiramente livre. Com exceção da parte da insulina que se liga ao receptor, o restante é degradado pela enzima insulinase, no fígado, nos rins e nos músculos, além de um pouco em outros tecidos Ativação dos Receptores das Células-alvo pela Insulina e os Efeitos Celulares Resultantes O receptor de insulina possui quatro subunidades unidas por ligações dissulfeto: duas subunidades alfa, no lado externo da membrana e duas subunidades beta que penetram através da membrana A insulina se acopla às subunidades alfa e as porções beta são autofosforiladas – então é um receptor ligado à enzima – a autofosforilação ativa uma tirosinocinase¸ que causa fosforilação de diversas outras enzimas intracelulares, inclusive o grupo chamado substratos do receptor de insulina (IRS). Dessa forma, ativa algumas enzimas e inibe outras Assim, a insulina dirige a maquinaria metabólica intracelular para os efeitos finais: 1. efeito rápido - aumenta a captação de glicose, principalmente nos tecidos musculares e adiposo. 2. a membrana celular fica mais permeável à aminoácidos e a íons potássio e fosfato 3. efeito mais lento – altera o estado de fosforilação de enzimas 4. efeito ainda mais lento – variação na tradução de RNAm Efeito da Insulina sobre o Metabolismo de Carboidratos A insulina causa a pronta captação, armazenamento e utilização da glicose por quase todos os tecidos, em especial pelos músculos, tecido adiposo e pelo fígado Captação e metabolismo da glicose nos músculos: o tecido muscular usa glicose e ácidos graxos, pois sua membrana é pouco permeável à glicose, exceto quando estimulada pela insulina. Sob duas condições os músculos usam muita glicose: durante realização de exercícios moderados ou intensos e nas poucas horas seguintes à refeição (alta insulina) - Armazenamento de glicogênio no músculo: quando os músculos não estão se exercitando - Efeito da insulina para ajudar o transporte de glicose através da membrana da células muscular: a insulina pode aumentar o transporte de glicose no músculos em repouso, pelo menos por 15 vezes Promove a captação, o armazenamento e a utilização da glicose hepática: a maior parte da glicose absorvida após refeição é armazenada no fígado, como glicogênio. Durante as refeições, essa glicose é liberada para o sangue. Mecanismos para captação e armazenamento no fígado: (1) inativa a fosforilação hepática, impedindo a clivagem do glicogênio; (2) aumenta a captação de glicose por aumento da atividade da enzima glicocinase, que fosforila a glicose intra-hepática, impedindo-a de atravessar novamente a membrana; e (3) aumenta a ação da glicogênio sintase - O efeito global das ações anteriores é aumentar o glicogênio hepático, que pode corresponder a 5% a 6% da massa hepática, cerca de 100g - A glicose é liberada do fígado entre as refeições: (1) a redução da glicose sanguínea faz com que o pâncreas reduza a secreção de insulina; (2) ausência de insulina impede a síntese de glicogênio e a captação hepática de glicose; (3) a ausência de insulina ativa a enzima fosforilase, que cliva o glicogênio; e (4) a glicose fosfatase antes inibida, é ativada, retirando o radical fosfato da glicose, que pode atravessar a membrana plasmática. Cerca de 60% da glicose da refeição é armazenada no fígado e liberada depois - A insulina promove a conversão do excesso de glicose em ácidos graxos (triglicerídeos) e inibe a gliconeogênese no fígado, inibindo enzimas hepáticas A falta do efeito da insulina sobre a captação e utilização de glicose pelo cérebro: no cérebro a insulina apresenta pouco efeito sobre a captação ou a utilização de glicose; ao contrário, a maioria das células neurais é permeável à glicose e pode utilizá-la sem a intermediação da insulina; os neurônios só podem usar glicose como fonte de energia O efeito da insulina sobre o metabolismo dos carboidratos em outras células: aumenta o transporte e a utilização da glicose pela maioria das outras células do organismo; no tecido adiposo, fornece substrato para a produção glicerol da molécula de gordura O Efeito da Insulina no Metabolismo das Gorduras O efeito a longa prazo da falta de insulina provoca aterosclerose, levando à acidentes isquêmicos A insulina promove a síntese e o armazenamento das gorduras: aumenta a utilização de glicose em todos os tecidos, poupando gordura; promove a síntese de gordura quando há excesso de carboidratos. Fatores que aumentam a síntese de ácidos graxos pelo fígado: (1) insulina aumenta o transporte da glicose para as células hepáticas; (2) o ciclo do ácido cítrico produz quantidade excessiva de íons citrato e de íons isocitrato, e esses íons ativam a acetil-CoA carboxilase, enzima que forma malonil-CoA, o primeiro estágio na síntese de ácidos graxos; (3) a maior parte dos ácidos graxosé então sintetizada no fígado e utilizada para formar triglicerídeos - O papel da insulina no armazenamento das gorduras nas células adiposas: (1) a insulina inibe a ação da lipase hormônio-sensível, que provoca a hidrolise de triglicerídeos; (2) a insulina promove o transporte da glicose através da membrana celular para as células adiposas, usada para formar glicerol A deficiência de insulina aumenta o uso das gorduras como fonte de energia: lipólise das gorduras armazenadas e liberação de ácidos graxos (lipase hormônio-sensível fica ativada), aumentando sua concentração no sangue A deficiência de insulina aumenta as concentrações de colesterol e de fosfolipídios plasmáticos: os ácidos graxos sanguíneos são convertidos em colesterol e fosfolipídios no fígado, aumentando a chance de aterosclerose A utilização excessiva das gorduras durante a falta de insulina causa cetose e acidose: forma quantidades excessivas de ácido acetoacético nas células hepáticas, que é liberado para a circulação. Parte desse ácido é convertida em beta-hidroxibutírico e acetona. Essas três substâncias são chamadas de corpos cetônicos, causando cetose O Efeito da Insulina no Metabolismo das Proteínas e no Crescimento A insulina promove a síntese e armazenamento de proteínas: (1) a insulina estimula o transporte de muitos aminoácidos para as células, mesma ação do GH; (2) a insulina aumenta os processos de tradução do RNAm; (3) a insulina também aumenta a transcrição de sequências genéticas selecionadas do DNA; (4) a insulina inibe o catabolismo das proteínas; e (5) no fígado, a insulina deprime a gliconeogênese, conservando aminoácidos A deficiência de insulina causa depleção de proteínas e aumento dos aminoácidos plasmáticos: o catabolismo proteico aumenta, cessa a síntese proteica e grande quantidade de aminoácidos é lançada no plasma A insulina e o hormônio do crescimento interagem de modo sinérgico para promover o crescimento: como ela é essencial para a síntese proteica, também é necessário para o crescimento do animal, como o GH; os dois hormônios atuam de forma sinérgico para promover o crescimento Mecanismos da Secreção da Insulina As células beta contêm grande número de transportadores de glicose (GLUT-2). Uma vez na células, a glicose é fosforilada pela glicocinase em glicose-6-fosfato A glicose-6-fosfato é oxidada, formando ATP, que inibe os canais de potássio sensíveis ao ATP. O fechamento desses canais despolariza a membrana, abrindo os canais de cálcio dependentes de voltagem. O influxo de cálcio estimula a exocitose de vesículas contendo insulina Glucagon e o peptídeo inibidor gástrico elevam o cálcio intracelular, aumentando o efeito da glicose, mas não causam secreção de insulina A somatostatina e a norepinefrina inibem a exocitose de insulina Controle da Secreção de Insulina A glicose, os aminoácidos e outros fatores plasmáticos são importantes no controle da secreção de insulina O aumento da glicose sanguínea estimula a secreção de insulina Mecanismos de feedback entre a concentração da glicose sanguínea e a secreção de insulina Outros fatores que estimulam a secreção de insulina: - Aminoácidos: os mais potentes são arginina e lisina; eles potencializam intensamente o estímulo da glicose sobre a secreção de insulina - Hormônios gastrointestinais: gastrina, secretina, colecistocinina e o peptídeo insulinotrópico dependente de glicose – causam aumento moderado da secreção de insulina. Aumentam a sensibilidade da resposta da insulina ao aumento da glicose sanguínea - Outros hormônios e o SNA: glucagon, hormônio do crescimento, cortisol, progesterona e estrogênio. O parassimpático é capaz de aumentar a secreção de insulina e o simpático pode diminuir a secreção de insulina O Papel da Insulina (e de Outros Hormônios) na “Comutação” entre o Metabolismo de Carboidratos e de Lipídios A insulina promove a utilização de carboidratos para energia, ao mesmo tempo em que deprime a utilização dos lipídios. Quando a glicose está baixa, cessa a secreção de insulina e os lipídios são utilizados, exceto no encéfalo O excesso de glicose é armazenado como glicogênio hepático, lipídios hepáticos e glicogênio muscular O GH e o cortisol são secretados na hipoglicemia, inibindo a utilização de celular de glicose enquanto promove a utilização de lipídios A epinefrina aumenta a concentração de glicose plasmática durante períodos de estresse, quando o simpático está estimulado. Contudo, aumenta simultaneamente a concentração de ácidos graxos – tem efeito de glicogenólise e lipolítico Glucagon também é muito importante, sendo discutido abaixo O Glucagon e suas Funções É o hormônio secretado pelas células alfa das ilhotas de Langherans quando a concentração da glicose sanguínea cai. Aumenta a concentração da glicose sanguínea – “hormônio hiperglicêmico” Efeitos sobre o Metabolismo da Glicose Provoca (1) a quebra do glicogênio hepático e (2) aumento da gliconeogênese no fígado O glucagon provoca glicogenólise e aumento da concentração da glicose sanguínea: (1) ativa a adenilil ciclase na membrana hepática; (2) essa ativação forma AMPc; (3) que ativa a proteína reguladora da proteinocinase; (4) que ativa a proteinocinase; (5) que ativa a fosforilase cinase b; (6) que converte a fosforilase b em fosforilase a; (7) que promove a degradação do glicogênio em glicose-1-fosfato; (8) que então é desfosforilada, e a glicose é liberada das células hepáticas O glucagon aumenta a gliconeogênese: aumenta a captação de aminoácidos pelas células hepáticas, que serão convertidos em glicose Outros efeitos do glucagon: ativa a lipase das células adiposas; inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado; aumenta a força do coração; aumenta o fluxo de sangue para alguns tecidos, como os rins; aumenta a secreção da bile; e inibe a secreção de ácido gástrico Regulação da Secreção de Glucagon A glicose sanguínea aumentada inibe a secreção do glucagon O aumento de aminoácidos no sangue estimula a secreção de glucagon: essa resposta é igual a da insulina, portando, nesse caso não possuem efeitos opostos O exercício estimula a secreção do glucagon A Somatostatina Inibe a Secreção de Glucagon e de Insulina A somatostaina é secretada pelas células delta das ilhotas de Langherans Quase todos os fatores relacionados à ingestão de alimentos estimulam a secreção desse hormônio, como: (1) glicose aumentada, (2) aminoácidos aumentados, (3) ácidos graxos aumentados e (4) concentrações aumentadas de hormônios gastrointestinais Efeitos: 1. Age localmente na ilhotas de Langherans 2. Diminui a motilidade do estômago, duodeno e da vesícula biliar 3. Diminui a secreção e a absorção no trato gastrointestinal Assim, a somatostatina prolonga o tempo em que os alimentos são assimilados e impede o consumo imediato dos alimentos Suprime o hormônio do crescimento (GH) Resumo da Regulação da Glicose Sanguínea A glicose de jejum normal está entre 80 e 90 mg/100 mL. Essa concentração aumenta para 120 a 140 mg/100 mL durante a primeira hora depois da refeição Mecanismos para estabilizar o nível da glicose: - O fígado funciona como importante sistema tampão da glicose sanguínea - Tanto a insulina quanto o glucagon funcionam como importantes sistemas de controle por feedback para manter a concentração de glicose sanguínea normal - Na hipoglicemia grave o hipotálamo estimula o sistema nervoso simpático – epinefrina estimula liberação da glicose hepática - O GH e o cortisol são secretadosem estados hipoglicêmicos, diminuindo a utilização de glicose A Importância da Regulação da Glicose Sanguínea A glicose é o único nutriente que pode ser utilizado normalmente pelo encéfalo, pela retina e pelo epitélio germinativo das gônadas A maioria da glicose formada pelo gliconeogênese durante o período interdigestivo é empregada para o metabolismo neural É importante que a glicose sanguínea não aumente demais por quatro motivos: (1) valores excessivos pode causar desidratação celular, (2) perde de glicose na urina, (3) aumento da diurese osmótica pelos rins, devido a perda de glicose na urina, e (4) lesões em diversos tecidos, como os vasos sanguíneos – doença renal, ataques cardíacos, AVC e cegueira Diabetes Mellitus Síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídios e proteínas, causado tanto pela ausência da secreção de insulina como pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina Diabetes tipo I – insulinodependente, causado pela ausência da secreção de insulina Diabetes tipo II – não dependente de insulina, causado pela resistência insulínica A concentração de glicose sanguínea aumenta, a utilização celular da glicose cai e a utilização de lipídios e proteínas aumenta Diabetes Tipo I – Ausência da Produção de Insulina pelas Células Beta do Pâncreas Lesões das células beta do pâncreas ou doenças que prejudiquem a produção de insulina podem levar ao diabetes tipo I As infecções virais ou distúrbios autoimunes podem estar envolvidos nisso, embora a hereditariedade desempenhe papel importante na destruição das células beta Pode se desenvolver de forma abrupta, com três sequelas principais: (1) glicose aumentada; (2) aumenta da utilização de lipídios; e (3) depleção de proteínas A concentração da glicose sanguínea atinge níveis elevados no Diabetes Mellitus A glicose sanguínea aumentada provoca perda de glicose na urina: quando a glicose sanguínea ultrapassa 180 mg/100 mL A glicose sanguínea aumentada causa desidratação Diminuição da reabsorção tubular de líquidos Poliúria, desidratação intracelular e extracelular, e aumento da sede são sintomas clássicos A concentração da glicose elevada crônica causa lesões teciduais: - Os vasos sanguíneos começam a funcionar anormalmente e passam por alterações estruturais que resultam em aporte inadequado de sangue para os tecidos >>> aumenta risco de infarto, AVC, doença renal, retinopatia, gangrena e cegueira - Também causa neuropatia periférica e disfunção do SNA - Hipertensão secundária à lesão renal, e a aterosclerose, secundária ao metabolismo anormal dos lipídios, também se desenvolvem em diabéticos O Diabetes Mellitus causa aumento da utilização dos lipídios e acidose metabólica O Diabetes causa depleção das proteínas do organismo: perde de peso rápida e astenia, apesar de apresentar polifagia Diabetes Tipo II – Resistência aos Efeitos Metabólicos da Insulina A obesidade é o fator de risco mais importante para o diabetes tipo II Obesidade, resistência à insulina e “síndrome metabólica” geralmente precedem o desenvolvimento do diabetes tipo II: - Esse diabetes está associado ao aumento da concentração plasmática de insulina (hiperinsulinemia). Isso é uma resposta compensatória à resistência insulínica nos tecidos alvos - Pode haver menos receptores para insulina no músculo esquelético, no fígado e no tecido adiposo, nos indivíduos obesos do que nos de peso normal. Entretanto, a resistência à insulina está mais correlacionada com alteração nas vias de sinalização que ligam a ativação do receptor a diversos efeitos celulares - Síndrome metabólica: (1) obesidade; (2) resistência insulínica; (3) hiperglicemia de jejum; (4) anormalidades lipídicas; e (5) hipertensão. Todos esses aspectos estão relacionados com acúmulo de tecido adiposo abdominal Outros fatores capazes de provocar resistência insulínica e diabetes tipo II: - A síndrome do ovário policístico está relacionado com aumento da produção de androgênios ovarianos e da resistência à insulina - A formação excessiva de glicocorticoides (síndrome de Cushing) ou de hormônio do crescimento (acromegalia) diminui a sensibilidade do tecido ao efeitos da insulina e pode causar diabetes Desenvolvimento do Diabetes tipo II durante prolongada resistência à insulina: - Nos casos de resistência à insulina prolongada e grave, até mesmo níveis aumentados de insulina são incapazes para manter a regulação normal da glicemia - Nos estágios mais avançados, as células beta ficam exauridas, sendo incapazes de produzir insulina suficiente para impedir uma hiperglicemia mais grave - Fármacos que aumenta a sensibilidade à insulina, como tiazolidinedionas, fármacos que suprimem a produção de glicose no fígado, como metformina, ou fármacos que provocam liberação adicional de insulina, como as sulfonilureias, também podem ser usados. Nos estágios mais avançados é necessário a administração de insulina Fisiologia do Diagnóstico de Diabetes Mellitus Glicose urinária: a pessoa normal perde quantidade indetectável de glicose na urina, enquanto o portador de diabetes elimina de pequenas a grandes quantidades Glicose sanguínea de jejum e níveis de insulina: no jejum o normal é entre 80 e 90 mg/100 mL; 110 é considerado o valor máximo da glicose. No DIA I os níveis de insulina são muito baixos ou indetectáveis; no DIA II esses níveis podem ser superiores à normalidade Teste de tolerância à glicose: os diabéticos apresentam elevação de glicose muito acima da prevista após uma refeição Hálito cetônico: ácido acetoacético no sangue são transformados em acetona, devido ao aumento da utilização de lipídios pelo metabolismo Tratamento do Diabetes Requer administração de insulina suficiente, de modo que o paciente possa ter metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas tão normal quanto for possível Relação entre o tratamento e a arteriosclerose: os diabéticos, devido a seus altos níveis de colesterol e outros lipídios circulantes, desenvolvem arteriosclerose Insulinoma – Hiperinsulinismo Quantidade excessiva de insulina por adenoma de uma ilhota de Langherans A quantidade excessiva de insulina retira grande parte da glicose para os tecidos periféricos, deprimindo o metabolismo do SNC, que depende muito da glicose. Isso ocorre no choque insulínico Choque insulínico: primeiramente, o paciente fica com o SNC excitado. Contudo, quando a glicose cai mais ainda, o paciente entre em coma hipoglicêmico. Esse coma é diferente do coma diabético, pois não há hálito cetônico e nem respiração profunda. Tratamento com administração intravenosa imediata de glicose Leonardo F. R. Isquerdo
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