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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - SUPROT CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE IRECÊ – CETEP PORTARIA 8.677/2009 CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES RANNA VERCINA MARIA ALVES MENDES PRODUÇÃO TEXTUAL CANTEIRO E LOCAÇÃO DE OBRAS IRECÊ 2019 RANNA VERCINA MARIA ALVES MENDES PRODUÇÃO TEXTUAL CANTEIRO E LOCAÇÃO DE OBRAS Produção textual sobre Canteiro e locação de obras apresentado como requisito parcial para obtenção de notas nas disciplinas: Planejamento e Instalações Especiais do Prof: Kaique Alvim do 3° Semestre Técnico em Edificações, Educação Profissional (Subsequente), pelo Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê – CETEP. IRECÊ 2019 PRODUÇÃO TEXTUAL CANTEIRO E LOCAÇÃO DE OBRAS • Canteiro de obras O canteiro de obras é a “área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra” (NR-18). O conjunto de “áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. (NB1367) Sendo de grande importância o canteiro pois é a “fábrica” que produz o edifício. Sendo assim, é fundamental pensar na logística: -Impedir a ociosidade de equipamentos e de mão de obra -Diminuir os tempos de deslocamento -Otimizando os processos de produção e garantindo o cumprimento do cronograma de obra. -Impedir operações semelhantes em locais espaçados -Minimizar as interferências: materiais x mão de obra O Canteiro é organizado segundo o sistema construtivo a ser adotado, quanto mais elementos prontos forem agregados à edificação, menor a interferência de sistemas menores no processo de execução do edifício. A utilização de elementos pré-fabricados numa obra implica na demarcação em canteiro do depósito provisório destes componentes antes de serem aplicados, ou se ainda, pode-se aplicar um sistema de gerenciamento na hora certa, que implica numa diminuição de áreas de estoque, pois os produtos chegam à obra na hora da sua aplicação. Podendo nele conter elementos podem ser classificados em: Ligados à produção, Apoio à produção, Sistemas de Transporte, Apoio Administrativo e Outros elementos. O canteiro de obras vai sendo modificado ao longo da execução da obra em função: dos materiais presentes e dos serviços a serem executados. • Locação de obras A locação da obra é o processo de transferência da planta de locação do projeto da edificação para o terreno, ou seja, dos recuos, dos afastamentos, das fundações, das paredes, das aberturas etc. Locar ou marcar uma obra é uma das etapas de maior importância na construção. Ela consiste em medir e marcar no terreno a posição dos furos ou valas de fundações, paredes, pilares etc. Tudo de acordo com um projeto. Para iniciar a locação é necessário que o terreno esteja limpo sem a presença de lixo, raízes ou entulhos, materiais de construção etc, em seguida define-se gabarito como uma estrutura provisória, construída de tábuas e pontaletes de madeira, espaçados a 1,5 metro da construção, que contorna toda área edificante da obra, permitindo que se estabeleçam eixos que irão orientar a construção dos elementos do edifício. O projeto sempre é locado com relação aos eixos, para distribuição proporcional dos desvios que possam ocorrer ao longo do processo de locação da obra. O início da montagem da tabeira acontece através de um referencial, que pode ser: - Muro do vizinho - Ponto deixado pelo topógrafo - Alinhamento de rua - Poste de iluminação - Boca de lobo etc. Execução: A conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando os limites do terreno; Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,2 metros da futura construção (1,2 a 1,5 m), considerando como a obra vai ficar no terreno; Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3") espaçados de 1,5 a 3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces (esticar uma linha de nylon). Depois de consolidados no terreno, os pontaletes devem ser nivelados (nível de mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50 cm do solo (até 1 a 1,2 m) e ter pregado na sua face interna tábuas (de boa qualidade) de 1"x6“ (pode ser 1"x4") devidamente niveladas; A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do gabarito, usando triângulos retângulos (gabaritos), para garantir a ortogonalidade do conjunto (esquadro), conferindo sempre até travar todo o conjunto com mãos-francesas e contraventamento, se necessário; Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser látex); Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto de locação, faz-se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em alturas diferentes (ou de diferentes diâmetros) para identificar eixos, faces laterais de paredes etc. Marcar na tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha; marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e efetuar a conferência (mestre ou engenheiro). Um bom método de conferência é o inverso, ou seja, voltar do último ponto marcado, fazendo o caminho inverso da locação; Com duas linhas de nylon ou de preferência arame de aço recozido esticados, a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas, transferir as coordenadas das estacas (sapata ou elemento que venha a ser executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o ponto exato da estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco); No caso de haver movimentação de equipamentos pesados (bate-estacas, máquinas e caminhões) proceder a cravação com um rebaixo em relação ao terreno e marcar o local do piquete com cal ou areia; remarcar sempre que ocorrer dúvida em relação a locação do piquete; Colocar proteções e avisos da existência do gabarito para evitar abalroamento e deslocamentos que possam pôr em risco a exatidão do controle geométrico da obra. Alertar para que não utilizem o gabarito como andaime, apoio para materiais, passarelas etc. ANEXOS REFERENCIAS BIBLIOGRFAFICAS AZEREDO, H. A. O Edifício Até Sua Cobertura. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2006. CARDAO, C. Técnica da Construção. 8. ed. São Paulo: Engenharia e Arquitetura, 1988. BARROS, et al. Serviços Preliminares – Anotações de Aula EPUSP. São Paulo, 2007.
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