Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Estácio de Sá – Norte Shopping Psicodiagnóstico Resenha: O Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas Capítulo I - O Processo Psicodiagnóstico Professora: Rosana Bustamante Rio de Janeiro 2019 Resenha: O Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas é um livros de Maria Luísa S. de Ocampo e Maria E. Garcia Arzeno, que aborda as novas técnicas de análise clínica dos pacientes. No início primeiro capítulo do livro as autoras fazem uma crítica ao modo como os psicólogos agiam em relação aos seus pacientes na hora de dar o psicodiagnóstico, lhes aplicando apenas testes psicológicos e mantendo um distanciamento deles, de modo que lhes é feita uma comparação com o tratamento que um clínico geral dá a seu paciente. E como seus informes eram carregados de informações, muitas das vezes desnecessárias e com o objetivo de reafirmarem seu valor e competência perante os outros profissionais e eles mesmos. Elas mostram que só aplicar o modelo de entrevista livre ou totalmente aberta assim como a psicanalista não é muito eficaz devido ao curto período de tempo que se têm para chegar a um psicodiagnóstico. Mas que a técnica da entrevista livre foi supervalorizada enquanto o valor da aplicações de testes eram colocados em segundo plano. Porém o processo de psicodiagnóstico é uma situação bi-pessoal e de duração limitada, cujo objetivo é conseguir uma descrição e compreensão, o mais profunda e completa possível, da personalidade total do paciente ou grupo familiar. As autoras retratam quatro momentos do processo psicodiagnóstico. O primeiro se trata do primeiro contato, seja ele pessoalmente ou por telefone, e entrevista inicial com o paciente; segundo consiste na aplicação de testes e técnicas projetivas previamente selecionada e ordenada de acordo com o caso; o terceiro que é o encerramento do processo e o quarto que é o informe são integrados. Definem o enquadre como uma espécie de "contrato" que se estabelece com o paciente o lugar onde será realizada a entrevista, honorários, esclarecimento dos papéis de cada um, horários e duração. Sua formulação dependerá da característica de cada paciente ou responsável, podendo ser alterado ou quebrado perante a uma real necessidade que o psicólogo deve saber discriminar corretamente. Na leitura desse capítulo vemos que antes era comum clinicar de forma distante, mantendo os pacientes o mais isolados possível, para que a análise tivesse "uma visão de alguém de fora", mas agora isso caiu em desuso. As autoras deixam claro que essa prática clínica de manter distância é a falta de uma autêntica identidade profissional por parte do psicólogo, mostrando a contribuição da psicanálise em prol das possibilidades de diagnóstico e estabelecendo fundamentos de uma técnica baseada em aproximação do paciente.
Compartilhar