procedimentos Administrativos

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNIO DE GAZA 
FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Disciplina: Direito Administrativo II 
Semestre: II 
2º Nível 
Tema: PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
 
Discentes Código Docente 
Regozeja Sousa Ulombe 20181220 Acácio Juventino Massingue 
Hénrica Letícia A. Cossa 20181225 
Jéssica 20171211 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lionde, 2019 
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 
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ÍNDICE 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 
1.1. OBJECTIVOS ................................................................................................... 3 
1.1.1. GERAL ....................................................................................................... 3 
1.1.2. ESPECÍFICOS ........................................................................................... 3 
1.2. METODOLOGIA .............................................................................................. 3 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 4 
2.1. OBJECTIVOS DA REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA DO 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ................................................................... 4 
2.2. NATUREZA JURÍDICA DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ........ 5 
2.3. ESPÉCIES DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS ........................... 6 
2.4. FASES DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO .................................... 6 
2.5. A LEGISLAÇÃO DAS REGRAS DO PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO – A LEI 14/2011 DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
E O DECRETO 30/2001 DE 15 DE OUTUBRO ......................................................... 7 
2.6. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO(LEI 14/2011 DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ) . 8 
3. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 9 
4. REFERÊNCIA BILBLOGRÁFICA ....................................................................... 10 
 
 
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 
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1. INTRODUÇÃO 
“A actividade da Administração Pública é uma actividade processual”: começa num 
determinado ponto e depois caminha por fases, desenrolando-se de acordo com um 
certo modelo, avança pela prática de actos que se encadeiam uns nos outros e pela 
observância de certos trâmites, de certos ritos, de certas formalidades que se sucedem 
numa determinada sequência.Chama-se a esta sequência Procedimento 
Administrativo, ou processo burocrático, ou processo administrativo gracioso, ou ainda 
processo não contencioso. 
Procedimento é a sucessão ordenada de actos e formalidade que visam assegurar a 
correta formação ou execução da decisão administrativa e a defesa dos direitos e 
interesses legítimos dos particulares, na opinião do Prof. João Caupers( apud 
www.keepcalmandtalkaboutadministrativelow.com.) 
 
1.1. OBJECTIVOS 
 
1.1.1. GERAL 
 Compreender os Procedimentos Administrativos. 
1.1.2. ESPECÍFICOS 
 Definir os Procedimentos Administrativos. 
 Ilustrar os objectivos dos procedimentos administrativos 
 Diferenciar os procedimentos dos processos administrativos 
 Falar da natureza jurídica do procedimento administrativo 
 Distinguir as Espécies dos procedimentos administrativos 
 Caracterizar as fases dos procedimentos administrativos 
 Relatar A legislação das regras do procedimento administrativo 
 Explicar Princípios fundamentais do procedimento administrativoAs fases do 
procedimento administrativo 
 
1.2. METODOLOGIA 
Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, com base na revisão bibliográfica com 
abordagem descritiva na qual foram realizadas pesquisas em leis, artigos, sites, bem 
como literaturas onde abordassem sobreos procedimentos administrativos. 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O procedimento constitui uma sequência juridicamente ordenada. É a lei que determina 
quais os actos a praticar e quais as formalidades a observar; é também a lei que 
estabelece a ordem dos trâmites a cumprir, o momento em que cada um deve ser 
efectuado, quais os actos antecedentes e os actos consequentes. 
Para o Prof. Freitas do Amaral o “procedimento administrativo” é a sequência 
juridicamente ordenada de actos e formalidades tendentes à preparação da prática de um 
acto da Administração ou à sua execução. ( apud 
www.keepcalmandtalkaboutadministrativelow.com.) 
O Procedimento Administrativo traduz-se numa sequência de actos e formalidades. Na 
verdade, não há nele apenas actos jurídicos ou tão-só formalidades: no Procedimento 
Administrativo tanto encontramos actos jurídicos como meras formalidades. 
O Procedimento Administrativo tem por objecto um acto da Administração. A 
expressão “acto da Administração” engloba genericamente todas essas categorias. O 
que dá carácter administrativo ao procedimento é o envolvimento da Administração 
Pública e o facto de o objecto dele ser um acto da Administração. 
O Procedimento Administrativo tem por finalidade preparar a prática de um acto ou 
respectiva execução. Daqui decorre a distinção, entre 
procedimentos decisórios e executivos. [https://escola.mmo.co.mz> o-procedimento-
administrativo (4/9/2019 -20:13)] 
Diferença Entre Procedimento Administrativo E Processo Administrativo 
A distinção funcional vem no art. 1º do Decreto 30/2001 de 15 de Outubro: 
Entende-se por Procedimento Administrativo a sucessão ordenada de actos e 
formalidades tendentes à formação e manifestação da vontade da Administração Pública 
ou à sua execução. 
Entende-se por processo administrativo o conjunto de documentos em que se traduzam 
os actos e formalidades que integram o Procedimento Administrativo. 
2.1. OBJECTIVOS DA REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA DO 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
 
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 Disciplinar da melhor forma o desenvolvimento da actividade administrativa, 
procurando nomeadamente assegurar a racionalização dos meios a utilizar pelos 
serviços; 
 Salvaguardar os direitos subjectivos e os interesses legítimos dos particulares, 
impondo à Administração todas as cautelas para que eles sejam respeitados ou, 
quando hajam de ser sacrificados, para que o não sejam por forma excessiva; 
 Evitar a burocratização e aproximar os serviços públicos das populações; 
 assegurar a participação dos cidadãos na preparação das decisões que lhes digam 
respeito; 
 assegurar a racionalização de meios a utilizar pelos serviços (princípio da 
eficiência previsto noartigo 12˚ da Lei n˚ 14/2011 do Procedimento 
Administrativo); 
 esclarecer de melhor forma a vontade da Administração de forma a que sejam 
sempre tomadas decisões corretas e adequadas, ou seja, prosseguir da melhor 
maneira possível o interesse público. 
A regulamentação jurídica do Procedimento Administrativo visa, por um lado, garantir 
a melhor ponderação possível da decisão a tomar à luz do interesse público e, por outro, 
assegurar o respeito pelos direitos dos particulares. Nesta medida, as normas que 
regulam o Procedimento Administrativo são, típicas normas de Direito Administrativo, 
por isso que procuram conciliar as exigências do interesse colectivo com as exigências 
dos interesses individuais. 
 
2.2. NATUREZA JURÍDICA DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
Confrontam-se a respeito desta questão duas teses opostas: 
a) A Tese Processualista - o Procedimento Administrativo é um autêntico processo; 
b) A Tese Anti-processualista- o Procedimento Administrativo não é um processo, 
Procedimento Administrativoe Processo Judicial não são duas espécies de um mesmo 
género, mas sim dois géneros diferentes, irredutíveis um ao outro. 
O “processo” será a sucessão ordenada de actos e formalidades tendentes à formação ou 
à execução de uma vontade funcional. Sempre que a lei pretende disciplinar a 
manifestação de uma vontade funcional, e desde que o faça ordenando o encadeamento 
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sequencial de actos e formalidades para a obtenção de uma solução final ponderada e 
adequada, aí teremos um processo. 
O Procedimento Administrativo é um processo – tal como são o Processo Legislativo e 
o Processo Judicial. Múltiplas diferenças os separam; aproxima-os à circunstâncias de 
todos serem uma sequência juridicamente ordenada de actos e formalidades tendentes à 
formação de uma vontade funcional ou à respectiva execução. 
 
2.3. ESPÉCIES DE PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS 
 Procedimentos de iniciativa pública: ex.: construção de uma estrada 
 Procedimento de iniciativa particular: ex..:pedido do Direito de Uso e 
Aproveitamento de Terra 
 Procedimento decisórios: ex.: 
 Procedimentos executivos: ex.: 
 Procedimento de 1º grau:ex.: 
 Procedimentos de 2º grau:ex.: 
 Procedimento comum:ex.: 
 Procedimentos especiais:ex.:( https://direitoadministrativo.blogs.sapo.pt ) 
 
2.4. FASES DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
 Fase inicial:( artigo 80˚ da Lei n˚ 14/2011 do Procedimento 
Administrativo)desencadeamento do procedimento administrativo 
 Fase de instrução: se rege pelo principio do inquisitório ( artigo 63˚ da Lei n˚ 
14/2011 do Procedimento Administrativo)averiguar factos que interessem para a 
decisão final 
 Fase da audiência dos interessados: ( artigo 115˚ da Lei n˚ 14/2011 do 
Procedimento Administrativo)caracterizada pelo principio da democracia 
participativa (artigo 3ºda Constituição da República de Moçambique ), bem 
como aquela fase em que haverá uma colaboração entre o particular e a 
Administração Pública ( artigo 9º daLei n˚ 14/2011 do Procedimento 
Administrativo). 
 Fase de preparação da decisão : análise de documentos, provas, argumentos e 
outras informações relevantes. 
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 Fase de decisão:(artigo 104º da Lei n˚ 14/2011 do Procedimento Administrativo 
)a tomada de decisão tendo em conta as divergências entre o orgão decisor e o 
orgão instrutor, na medida em que as decisões de ambos podem divergir. 
 Fase complementar:são praticadas determinadas formalidades, tais como: 
registos, arquivos, notificação da decisão, publicação no Boletim da República, 
entre outras (artigo 127º da Lei n˚ 14/2011 do Procedimento Administrativo ). ( 
https://direitoadministrativo.blogs.sapo.pt ) 
2.5. A LEGISLAÇÃO DAS REGRAS DO PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO – A LEI 14/2011 DO PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO E O DECRETO 30/2001 DE 15 DE OUTUBRO 
A Lei que hoje vigora entre nós - Decreto 30/2001de 15 se Outubro - resulta do Decreto 
36/89 de 27 de Novembro. A Lei do Procedimento Administrativo viria a ser aprovado 
pela AR, aos 20 de Abril de 2011. A entrada em vigor do Lei n˚ 14/2011 do 
Procedimento Administrativo verificou-se 180 dias após a sua publicação. 
A Lein˚ 14/2011 do Procedimento Administrativo não trata apenas do Procedimento 
Administrativo propriamente dito, dando-se mesmo a circunstância, um tanto insólita, 
do CapítuloVI apresentar epígrafe idêntica ao nome da própria lei: Do Procedimento 
Administrativo. 
Para além desta, a Lei tem uma primeira parte dedicada às disposições gerais, uma 
segunda relativa aos princípios da actuação da Administração Pública, a terceira parte 
referente às Garantias dos Administrados e da Administração Pública, uma quarta 
ilustrando os Órgãos daAdministração Pública e a quintados interessados no 
procedimento administrativo. Disciplina pois, bem mais do que o Procedimento 
Administrativo. 
O art. 3º da Lei n˚ 14/2011 do Procedimento Administrativocontém as regras que 
determinam o âmbito de aplicação da Lei. 
 Quanto ao âmbito subjectivo, a Lei do Procedimento Administrativo aplica-
se às entidades que compõem a Administração Pública em sentido orgânico , 
aos órgãos do Estado estranhos a esta mas que desenvolvam actividades 
materialmente administrativa (enumeradas n.º 1), e ainda às empresas 
concessionárias, quando actuem no exercício de poderes de autoridade (n.º 2); 
 Quanto ao âmbito material de aplicação, há a registar sobretudo que: 
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Os princípios da actividade administrativa e as normas de concretização constitucional 
são aplicáveis, em quaisquer circunstâncias, a todo e qualquer tipo de actividade, seja 
ela de gestão pública, de gestão privada ou de índole técnica (n.º 4); 
As disposições relativas à organização e à actividade administrativas são aplicáveis às 
actividades de gestão pública (n.º 5); 
As restantes disposições da Lei do Procedimento Administrativo são aplicáveis, 
igualmente apenas no domínio das actividades de gestão pública, ao Procedimento 
Comum e, supletivamente, também aos Procedimentos Especiais, desde que daí não 
resulte diminuição das garantias dos particulares (n.º 6). 
 
2.6. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO(LEI 14/2011DO PROCEDIMENTO 
ADMINISTRATIVO) 
 Carácter escrito 
 O Princípio da Legalidade (art. 4º); 
 O Princípio da Proporcionalidade (art. 6º); 
 O Princípio da Justiça e Imparcialidade (art. 7º); 
 O Princípio da Boa Fé (art. 8); 
 O Princípio da Colaboração da Administração com os Particulares (art. 9º); 
 O Princípio da Participação (art. 10º); 
 O Princípio da Decisão (art. 11º); 
 O Princípio da Desburocratização e da Eficiência (art. 12º); 
 O Princípio da Gratuitidade (art. 16º); 
 Princípio do Acesso aos Tribunais (art. 62 da Constituição da República de 
Moçambique ); 
 O Princípio do Acesso à Justiça (art. 17º); 
 O Princípio do Inquisitório(art. 63º); 
 O Princípio da Celeridade (art. 64º); 
 O Princípio da Colaboração dos Interessados(art. 66º-2); 
 Direito de informação dos particulares:(art. 67˚) opõe-se ao carácter secreto do 
procedimento administrativo que tradicionalmente caracterizava a 
Administração 
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3. CONCLUSÃO 
O procedimento administrativo é a via formal dos actos em que se realiza a acção 
administrativa para a realização de um fim. A finalidade consiste na emissão de um 
acto administrativo. 
A obrigação de obedecer a trâmites legais estritos que supõem a garantia dos 
cidadãos distingue a acção por parte das autoridades (acção pública) da actividade 
privada. Esta garantia consegue-se através da ordem jurídica e pela segurança de 
que a informação possa ser conhecida e fiscalizada por todas as pessoas. 
O procedimento administrativo tem uma grande importância na medida em que 
permite à Administração tomar uma melhor e mais adequada decisão, permite-lhe 
prosseguir melhor o interesse publico e acima de tudo defender e salvaguardar os 
interesses dos particulares e os seus interesses legítimos. Tudo isto resulta 
principalmente da mudança de uma administração autoritária para uma 
administração prestador preocupada fundamentalmente em prosseguir o interesse 
publico e os direitos dos particulares. 
O procedimento administrativo configura-se como uma garantia da acção 
administrativa, que não pode ser arbitrária e discricional, uma vez que está sujeita às 
regras do procedimento. 
 
 
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4. REFERÊNCIA BILBLOGRÁFICA 
 
 Constituição da Repúblicade Moçambique; 
 Lei 14/2011; 
 Decreto 30/2001; 
 https://escola.mmo.co.mz> o-procedimento-administrativo (4/9/2019 -20:13); 
 https://pt.m.wikipedia.org> wiki> procedimento-administrativo; 
 https://direitoadministrativo.blogs.sapo.pt; 
 www.keepcalmandtalkaboutadministrativelow.com; 
 www.direitoonline.com.