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CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL (CLPG4) PROFESSOR: CAIO CESAR JACOB SILVA E-MAIL: PROFCAIOJACOB@GMAIL.COM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Apostilas e Manuais Zelio Logic; (http://www.schneider-electric.com.br/pt/) Apostilas e Manuais Click 02; (http://www.weg.net/br) Livro: Controladores Lógicos Programáveis - Sistemas Discretos. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Avaliação bimestral 1 (25%); Avaliação bimestral 2 (25%); Exercícios e trabalhos propostos (50%). INTRODUÇÃO AO CLP Controlador Lógico Programável (PLC) O CLP é um dispositivo eletrônico utilizado para executar o controle de máquinas e processos industriais. Normalmente é empregado onde se tem processos repetitivos, proporcionando condições de confiabilidade, segurança, eficiência e velocidade. É um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. DEFINIÇÃO SEGUNDO A ABNT CLP FP0R Panasonic RELÉ PROGRAMÁVEL X CLP O Relé Programável é um “CLP” de menor porte que compreende funções limitadas (se comparados aos tradicionais CLP’s) à fim de atender uma aplicação menos “exigente”. Um exemplo típico deste relé é o CLIC 02 da WEG. Podem ser usados para uma infinidade de ações como por exemplo: intertravamentos, contagem, temporização, etc. Podendo substituir com muita eficiência contatores auxiliares, temporizadores e contadores eletromecânicos tradicionais. RELÉ PROGRAMÁVEL WEG CLICK 02 RELÉ PROGRAMÁVEL X CLP A origem do CLP se remete por volta de 1960, quando os processos industriais ainda eram operados usando o controle por relés. Nesta época, as salas de controles eram formadas por várias colunas, contendo vários relés, blocos de conexões e um cabeamento constituído por uma massa cabos. Esta forma de controle, com o tempo começou a apresentar alguns problemas, como falta de flexibilidade para expandir o processo, assim como a necessidade enorme quantidade de horas para ajustar o processo quando uma mudança era necessária, problemas com tempo de manutenção, devido a desgaste e obstrução dos contatos secos dos relés, cabos soltos, diagramas elétricos desatualizados, dentre outros. Nesta época, devido à enorme dificuldade de manutenção, o termo “cinco horas para encontrar e cinco minutos para consertar” foi criado. HISTÓRIA Painel de relés de um elevador Foi a partir desde cenário que a Divisão Hidramática da General Motors especificou os critérios para o primeiro controlador lógico programável em 1968 com a intenção de reduzir os tempos de parada. Naquela época, toda vez que se necessitava incluir uma modificação na linha de montagem mudar o modelo de carro, a General Motors gastava dias, até semanas para realizar a alteração. Algumas das especificações iniciais foram: O sistema deveria substituir o sistema de controle por relés com um custo competitivo; Deveria programado e mantido por engenheiros e técnicos da fábrica; Deveria ser modular, assim as interfaces de entradas e saídas poderiam ser trocadas ou adicionadas facilmente, no caso de alguma expansão; O sistema deveria ser capaz de suportar o ambiente industrial, normalmente poluído, com vibrações, ruído elétrico e variações bruscas de temperatura e umidade. Quem atendeu a proposta da GM foi a Modicon (nome derivado de Modular Controller, ou controlador modular), quando eles demonstraram à GM o CLP Modicon 084. O Modicon 084 consistia de três distintos componentes, que eram a placa processadora, a memória e a placa de execução lógica, que executava as sequências de programação Ladder. O nome Modicon 084 se deve ao fato por ele ser construído pela equipe nomeada de 084, por o 84º projeto da empresa, que anteriormente era chamada Bedford Associates. Hoje, existem diversos fabricantes no mercado, cada um com diferentes linhas de PLCs. Cada linha é indicada para um determinado tipo de aplicação, desde as mais básicas, como simples máquinas até as aplicações complexas e robustas, como um processo de mineração ou siderurgia. Alguns dos fabricantes mais conhecidos e algumas de suas principais linhas são listados abaixo. Fabricante: Rockwell Linhas: PLC-5, ControlLogix, CompactLogix, MicroLogix, SLC500 Fabricante: Schneider Electric Linhas: Premium, M340, M580, Quantum Fabricante: Siemens Linhas: S7-200, S7300, S7400, S7-1200, S71500 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE UM CLP: Flexibilidade no controle No passado, cada máquina de produção controlada eletronicamente requeria seu próprio controlador dedicado: 10 máquinas requeriam 10 controladores diferentes, caracterizando um controle descentralizado. Hoje, é possível usar apenas um CLP para controlar todas as máquinas, onde cada uma das máquinas sob o controle do CLP tem seu programa próprio. Este tipo de controle também é conhecido como controle centralizado. Flexibilidade para expansão No caso de um painel de controle por relés, a inclusão de novos pontos requer um grande tempo de execução, visto que se torna necessário alterar e/ou refazer diversas interligações no painel. Um PLC pode facilmente ter seu número de pontos alterados sem a necessidade de muita intervenção. Isto porque em geral eles são modulares, o que significa que novos pontos de entradas e saídas (I/Os) podem ser adicionados ao mesmo através da adição de cartões. Alguns até aceitam a adição e retirada de cartões sem a necessidade de desligar o controlador. Esta funcionalidade se torna muito valiosa para processos em que uma parada envolve enormes perdas financeiras. Fácil diagnóstico durante o projeto e após instalação O funcionamento de um programa que está descarregado em um CLP pode ser verificado em tempo real, através de um computador conectado ao mesmo. As linhas dos programas trocam de cores, indicando o funcionamento do circuito. É possível, por exemplo, verificar se um sensor instalado em uma máquina está com mau funcionamento através do monitoramento da cor do sinal do mesmo no programa. Isto facilita na identificação e correção rápida de falhas de funcionamento. Economia de espaço devido ao seu tamanho reduzido; Confiabilidade; Podem ser programados sem interromper o processo produtivo; Possibilidade de criar um banco de armazenamento de programas; Capacidade de comunicação com diversos outros equipamentos; Baixo consumo de energia. ESTRUTURA BÁSICA DO CLP: Basicamente o CLP é um computador dedicado a funções de controle, este possui um processador, memória e dispositivos de entrada e saída PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Quando o PLC é ligado um programa semelhante a BIOS de um computador faz a verificação geral de vários itens tais como reconhecimento dos módulos de entradas e saídas ligadas ao PLC, estado da memória (verifica se existe um programa de usuário instalado). A este processo é dado o nome de inicialização. Se todo o hardware (parte física do PLC) está em condições e se existe um programa de usuário instalado o programa de inicialização inicia o programa do usuário e, a partir daí, começa a realizar um ciclo repetitivo denominado de ciclo de varredura que consiste em verificar o estado das entradas e saídas, armazenar esta leitura na memória (imagem das entradas e saídas), fazer a comparação desta imagem com o programa do usuário e atualizar as saídas caso a imagem esteja diferindo do programa. INICIALIZAÇÃO E CICLO DE VARREDURA https://www.youtube.com/watch?v=KIlaO7PXbHY Módulos de Entrada Os módulos de entrada são interfaces entre os sensores, localizados no campo, e a lógica de controle de um controlador programável. Esses módulos são constituídos de cartõeseletrônicos, cada qual com capacidade para receber certo número de variáveis. Dispositivos para entradas digitais (ou elementos discretos) Os dispositivos para entradas digitais deverão fornecer às entradas digitais do CLP informações elétricas binárias correspondentes a dois níveis diferentes de tensão, respeitando as especificações de valores do CLP. Como exemplo, podemos ter 0 Vcc para baixo nível (desativada) e 24 Vcc para alto nível (ativada). Dispositivos para entradas digitais: (1) interruptor; (2) botoeira; (3) chave fim de curso; (4) termostato; (5) pressostato; (6) sensor indutivo Dispositivos para entradas analógicas (ou elementos analógicos) Os dispositivos para entradas analógicas deverão ser compatíveis com as entradas analógicas do CLP, em relação ao tipo de sinal (corrente ou tensão) e a faixa de valores deste sinal, fornecendo ao CLP sinais elétricos variáveis, proporcionais à variação da grandeza física que está sendo medida. Dispositivos para entradas analógicas: (1) potenciômetro; (2) sensor de pressão; (3) termopar; (4) sensor de vazão; (5) sensor de distância Módulos de Saída Os módulos de saída são elementos que fazem interface entre o processador e os elementos atuadores. Esses módulos são constituídos de cartões com capacidade de enviar sinal para atuadores, conforme a lógica de controle. Dispositivos para saídas digitais (ou atuadores discretos) Este tipo de saída pode assumir dois estados definidos: ligado e desligado (0 ou 1). Dispositivos para saídas digitais: (1) contator; (2) soft- starter; (3) lâmpadas de sinalização; (4) válvula eletrohidráulica Dispositivos para saídas analógicas (ou atuadores analógicos) Os dispositivos para saídas analógicas recebem do CLP sinais elétricos variáveis, de tensão ou corrente, controlando a atuação de um equipamento elétrico. Como exemplo, temos o controle de temperatura, posicionadores, controle de nível, controle de velocidade de motores elétricos, etc. Dispositivos para saídas analógicas: conversor de frequência (ou inversor de frequência) Terminal de programação O terminal de programação é um dispositivo (periférico) que, conectado temporariamente ao CLP permitindo introduzir o programa do usuário e a configuração do sistema. Pode ser um equipamento dedicado, ou seja, um terminal que só tem esta utilidade e específico de um fabricante, ou um software que transforma um computador pessoal em um programador. CONSTRUÇÃO Compacta Os CLP’s compactos são muito utilizados em máquinas de pequeno porte como elevadores, unidades hidráulicas e até mesmo para automação residencial para realizar funções de temporização, contagem, comparação e diversas outras funções. CLP compacto LOGO! Compacta com módulos de expansão A CPU de um CLP compacto na maioria dos casos é composta por um microcontrolador, fato que diminui o custo e o tamanho final do CLP mas que limita seu desempenho geral a algumas dezenas de I/O’s e menos linhas de programação. CLP Compacto com módulos de expansão S7-1200. Modular O CLP modular é o grande responsável pelo atual nível de automação das grandes indústrias, como seu próprio nome sugere, sua composição é formada por vários módulos interligados por uma base ou conector, seu poder de processamento e controle pode chegar a milhares de pontos. As principais partes de um CLP modular são: Rack, Bastidor ou Backplane; Fonte de alimentação; CPU; Módulos de I/O como entradas e saídas digitais e analógicas. Cada fabricante apresenta sua própria configuração, mas de forma geral os CLP’s modulares tendem a seguir a mesma forma de composição e utilização. CLP Modular Siemens S7-300 Soft CLP O soft CLP tem sido uma nova tendência no mercado mundial, diversas empresas estão apostando nessa tecnologia. Este arquitetura de controle consiste na utilização de um PC industrial como CPU e redes de campos interligando I/O’s remotas. PC Industrial Essa configuração tem sido muito eficaz em sistemas que exigem grande capacidade de processamento e de comunicação, como em sistemas de controle de movimento, visão de máquina, sistemas em tempo real (real-time) e loops de controle avançado. Arquitetura de um Soft-PLC PAC Controlador Programável de Automação O PAC representa uma evolução natural do CLP, pois reunindo características do PC industrial e do CLP, o PAC agrega valores que permitem deslumbrar um novo patamar nos sistemas de controle. Com maior velocidade de processamento o PAC se torna um controlador multifuncional na indústria, realizando operações tanto de controle de processos como de controle de movimento por exemplo, sua enorme capacidade de comunicação e armazenamento de dados representa uma de suas vantagens. Controlador Siemens S7-400 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO - NORMA IEC-61131 A norma IEC 61131 foi elaborada pela International Electrotechnical Commission com o objetivo de padronizar diversos aspectos relacionados aos de Controladores Programáveis (CP). A norma é composta por 8 partes, sendo que a parte 3 (61131-3) é destinada ao modelo de software e às linguagens de programação. Esta norma é geralmente conhecida pela padronização de 5 linguagens de programação: Diagrama Ladder – LD Diagrama de Blocos Funcionais – FBD Lista de Instruções – IL Sequenciamento Gráfico de Funções – SFC Texto Estruturado –ST LINGUAGEM LADDER Ladder Diagram (LD) É uma linguagem gráfica baseada na lógica de relés e contatos elétricos para a realização de circuitos de comandos de acionamentos. Por ser a primeira linguagem utilizada pelos fabricantes, é a mais difundida e encontrada em quase todos os CLP's da atual geração. Bobinas e contatos são símbolos utilizados nessa linguagem. Os símbolos de contatos programados em uma linha representam as condições que serão avaliadas de acordo com a lógica. Como resultado determinam o controle de uma saída, que normalmente é representado pelo símbolo de uma bobina. SÍMBOLOS BÁSICOS SÍMBOLOS BÁSICOS DIAGRAMA DE CONTATOS EM LADDER VARREDURA CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL – CLPG4 Professor Caio Cesar Jacob Silva profcaiojacob@gmail.com CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE UM CONTROLADOR A escolha de um controlador para uma aplicação industrial é cada vez mais difícil, com tantas opções disponíveis. Existem alguns critérios que podem ajudar a escolher entre os relés, os temporizadores, os instrumentos analógicos, os relés inteligentes, os CLP’s e os controladores programáveis para automação (PAC’s). CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE UM CONTROLADOR Características Relé/temporiza dores Relés inteligentes CLP PAC I/O Máximo 10 20 Até 2000 Até 10000 Capacidade de Expansão N/A Pequena Média Grande Linguagens de Programação N/A LADDER/FBD Todas Todas Custo do Software N/A Livre e baixo Livre até médio Médio e alto Custo de Hardware Menor Baixo Médio Alto Memória de programação N/A Baixo Alto Muito Alto Complexidade Muito baixo Baixo Médio Alto Flexibilidade Muito baixo Baixo Alto Alto Conectividade com outros sistemas Fios Uma porta de comunicação e protocolo. Múltiplas portas de comunicação e protocolos. Múltiplas portas de comunicação e protocolos. SOFTWARE ZELIOSOFT 2 -VERSÃO 4.6 SCHNEIDER-ELECTRIC VARREDURA • Neste exemplo apenas I4 aciona Q1 (por ser a última). VARREDURA EXEMPLO EXERCÍCIOS 01. Implemente as funções lógicas: AND; OR; NOT; NAND e NOR. 02. XOR e XNOR. 03. Desenhe odiagrama Ladder para as equações lógicas abaixo. Q1 = I1.I2+I3 Q2 = I4.(I5+I6) Q3 = I7.ഥI8+I9 Q4 = (IA+ ഥIB).IC Q5 = (ID+ഥIE).(IF+IG) EXERCÍCIOS PROBLEMA 01 Um depósito é alimentado por uma bomba que retira água de um poço. Pretende-se que a bomba B1 apenas entre em funcionamento quando as válvulas V1 e V2 estiverem abertas simultaneamente ou enquanto o nível de água no tanque estiver abaixo de um valor predeterminado, essa indicação é fornecida por um sensor de nível S1. Considere que os estados de cada uma das variáveis podem ser representados pelos seguintes níveis lógicos: A partir dessas definições monte a tabela-verdade, o mapa de Karnaugh e implemente em linguagem Ladder. CONTROLADOR LÓGICOPROGRAMÁVEL – CLPG4 Professor Caio Cesar Jacob Silva profcaiojacob@gmail.com CIRCUITOS DE SELOS Os selos são as combinações mais básicas entreelementos, destinados a manter uma saída ligada,quando se utilizam botoeiras. EXERCÍCIOS 04. Monte um circuito em LADDER que acione umalâmpada com auto retenção e botão liga dominante. 05. Monte um circuito em LADDER que acione umalâmpada com auto retenção e botão desliga dominante RELÉS INTERNOS Funcionam exatamente como as bobinas de saída Q. A únicadiferença é que não possuem terminais de ligação. São utilizados paramemorizar ou substituir um estado. EXERCÍCIO 06 – Implemente uma bobina de pulso. CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL – CLPG4 Professor Caio Cesar Jacob Silva profcaiojacob@gmail.com PROBLEMA 02 Um reator químico pode receber quatro produtos químicos A, B, C e D. A natureza dos produtos é tal, que é perigoso misturar B e C, a não ser que A também esteja junto. Também é perigoso misturar C e D se A não estiver junto. B e D nunca podem ser misturados. As demais condições não são consideradas perigosas. Escreva uma expressão para a variável lógica auxiliar M que permita o acionamento do misturador L somente se houver uma condição segura (considere a presença do produto como nível lógico alto. Para acionar o misturador devem ser atendidas as condições e ligar um botão. Deve-se adicionar um botão desliga dominante. BOBINAS SET/RESET Outra maneira de fazer a auto retenção de uma bobina é pela instrução set. A instrução set liga uma saída e a mantém ligada mesmo que o contato da entrada deixe de conduzir. Para desligar a saída é utilizada a instrução reset. No ZelioSoft o reset é dominante, independente da ordem das bobinas. Pode variar em outros CLP’s. EXEMPLO Um alarme contra incêndio possui três entradas, uma em cada andar de um prédio. Se qualquer um deles for acionado, o alarme deve ser disparado e assim permanecer enquanto não for pressionado outro botão, localizado na central, que o faz silenciar. EXERCÍCIOS 07. Construa uma bobina de pulso com as funções SET/RESET. PROBLEMA 03 Projete uma esteira selecionadora de peças, com um botão liga/desliga e um botão de emergência, que caso seja pressionado, desliga a esteira e ascende uma lâmpada. Adotar: Q1 = Motor da esteira Q2 = Peça pequena Q3 = Peça média Q4 = Peça grande Q5 = Lâmpada I1 = S1 I2 = S2 I3 = S3 I4 = LIGA/DESL I5 = EMERG PROBLEMA 04 Considere um sistema de alarme residencial, constituído de um sensor colocado na janela (SJ) e um sensor de presença (SP) para indicar a entrada de um invasor. Além desses dois sensores, o sistema possui uma chave liga/desliga (CLD) para acionar o alarme. O alarme somente será acionado se a chave liga/desliga estiver na posição liga e caso o sensor da janela e/ou o sensor de presença estejam ativados. A partir dessas definições monte a tabela-verdade, o mapa de Karnaugh e implemente em linguagem Ladder. Controlador Lógico Programável – CLPG4 Professor Caio Cesar Jacob Silva profcaiojacob@gmail.com Temporizadores A instrução temporizador realiza a mesma função do relé de tempo dos comandos elétricos. Geralmente são habilitados por contatos NA ou NF e quando o valor do tempo decorrido se iguala ao valor prefixado, o temporizador energiza um bit interno que indica que já transcorreu o tempo pré-programado. Cada instrução de temporização tem dois registros associados que devem armazenar o valor pré-selecionado e o valor acumulado. Esses registros são definidos da seguinte forma: ♦ Valor pré-selecionado (PT - Preset Time): deve ser definido pelo usuário; indica o intervalo de tempo desejado. ♦ Valor acumulado (ET - Elapsed Time): armazena o valor do tempo decorrido desde a habilitação do temporizador, isto é, a energização da bobina do temporizador. A Figura abaixo ilustra um bloco genérico em que observamos posições ou células do bloco que devem ser definidas pelo programador na configuração do bloco. A Tabela a seguir descreve os tipos de dados do bloco temporizador, conforme a norma IEC 61131-3. Temporizador de pulso Existem três instruções de temporização na norma IEC 61131-3: ♦ TP (Pulse Timer): temporizador de pulso Temporizador com retardo para ligar ♦ TON (Timer On Delay) Temporizador de atraso para desligar ♦ TOF – (Timer Off Delay) Zelio Soft – Exemplo TON (Função A) Zelio Soft – Exemplo TON (Função A) Zelio Soft – Exemplo TOF (Função C) Zelio Soft – Exemplo TP (Função B)* Exercícios 1. Monte um temporizador, utilizando a função A (TON), que ligue após dois segundos e desligue após 3 segundos em fluxo contínuo. 2. Monte um temporizador, utilizando a função A (TON), que ligue após dois segundos e desligue após 2 segundos em fluxo contínuo, utilizando apenas um timer. 3. Elabore, em linguagem Ladder, um programa para acionar dois motores elétricos (Motor 1 e Motor 2) de modo que, após o Motor 1 ser ligado através de uma botoeira de impulso (push-button) (Liga), aguardem-se dez segundos e o Motor 2 seja ligado. Também deve ser prevista uma chave que desliga simultaneamente os dois motores (Desliga). 4. Elabore um programa para o acionamento de dois motores, Motor 1 e Motor 2. Pressionando a botoeira de impulso (push-button) (Liga), o Motor 1 entra em funcionamento. O Motor 2 entra em funcionamento 15 segundos após o motor 1. O botão DESLIGA deve desligar os dois motores ao mesmo tempo. O relé de sobrecarga do Motor 2 desliga somente o Motor 2, porém o relé de sobrecarga do Motor 1 desliga os dois motores.
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