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INTRODUÇÃO À ARQUITETURA E URBANISMO 
• A palavra arquitetura deriva do grego arché, que significa 
primeiro ou principal e tékton, que quer dizer construção, 
portanto, refere-se a arte ou técnica de projetar e construir 
ambientes. Como atividade humana, existe desde que o 
homem passou a se abrigar das intempéries e a construir ou 
organizar o ambiente em que vivia . 
 
• A arquitetura é o conjunto de normas , princípios, técnicas 
materiais utilizados pelo arquiteto para criar um espaço 
arquitetônico. O arquiteto é o profissional legalmente 
habilitado para o exercício da arquitetura. 
 
• Na atualidade, definir o que seja Arquitetura, não é tarefa 
das mais fáceis, visto que a complexidade e a dinâmica da 
vida contemporânea, nos obriga a uma constante revisão 
de conceitos e no agir. Lúcio Costa, reconhecido arquiteto 
e urbanista brasileiro, em 1940, definiria arquitetura das 
seguintes maneiras: 
 
"Pode-se então definir arquitetura como construção 
concebida com a intenção de ordenar e organizar 
plasticamente o espaço, em função de uma determinada 
época, de um determinado meio, de uma determinada 
técnica e de um determinado programa." 
 
• Para Colin: 
 
“A arquitetura é antes de mais nada uma profissão de nível 
superior, mas é também um produto cultural e uma forma 
de arte. É uma atividade complexa que compõe-se de várias 
disciplinas como a matemática, as ciências exatas, as artes, 
a tecnologia, as ciências sociais, a política, a história, a 
filosofia, etc.” 
 
• Stroeter acredita que 
qualquer tentativa de 
definição de arquitetura, 
remetera a uma teoria, por 
exemplo, para Vitruvio ela 
seria sintetizada pela tríade 
firmitas/ utilitas/ venustas, 
ou seja, solidez, utilidade e 
beleza. Le corbusier 
acreditava que “a casa é a 
máquina de morar”, mas 
também precisava 
emocionar e ser utilitária. 
 
• Frank Lloyd Wrigth dizia 
que a arquitetura deveria 
procurara a qualidade das 
coisas e a experiência 
com a natureza dos 
materiais. Ela deveria ser 
orgânica, ou seja, estar 
em harmonia com a 
natureza. Dizia que 
“economia não quer dizer 
necessariamente 
simplicidade”. 
 
• Francesco Milizia, arquiteto italiano, em 1871, propunha nove princípios 
que deveriam ser seguidos na construção, muitos deles vieram compor 
algumas das correntes do modernismo, como o funcionalismo e o 
racionalismo: 
 
• Simetria; • Unidade e variedade; 
• Decoro; • Tudo deve parecer necessário; 
• As Ordens não são ornamentos e sim esqueletos; 
• O que não tiver papel no edifício ou integrado à arquitetura, não deve ser 
visto; o que for representado deve estar funcionando; 
• Nada deve ser feito sem que haja, para tanto, boas razões; 
• A arquitetura deve derivar da arquitetura primitiva natural: a cabana; 
• A autoridade do passado jamais inibirá quem estiver seguindo os 
princípios da razão. 
 
• Na Bauhaus 1919, rejeitava-se a especulação estética, as 
doutrinas e o formalismo. Walter Gropius dizia 
“recusamo-nos a reconhecer os problemas da forma: só 
reconhecemos os problemas da edificação. A forma não é 
o objetivo de nosso trabalho, apenas o resultado. A 
forma não existe por si só. A forma como objetivo é 
formalismo, e nós rejeitamos”. 
• No Movimento Moderno, acreditava-se que a perfeita 
adequação ao uso conferiria ao edifício qualidades 
estéticas, portanto, o projeto, deveria ser direcionado 
para satisfazer uma necessidade, que era sua utilidade 
prática e social. 
 
• O modernismo também corroborava com a idéia de que a 
arquitetura surgia de um programa, e que este 
incorporava as variáveis sociais, culturais, econômicas e 
artísticas de um determinado momento histórico. A 
teorização proposta na Arquitetura Moderna englobava 
também toda a arquitetura produzida antes dela, no 
entanto combatia a cópia de outros momentos históricos 
no momento contemporâneo. 
 
 
• No curso de arquitetura são abordados temas como história da 
arte, história da arquitetura e do urbanismo, representação 
gráfica, informática, resistência dos materiais, construção, 
planejamento urbano, projeto de edificações, conforto 
ambiental, paisagismo, conservação e restauro, arquitetura de 
interiores, entre outras disciplinas. 
• No Brasil, as primeiras escolas de arquitetura originaram-se nos 
cursos de Belas Artes (Rio de Janeiro) e Engenharia (São Paulo). 
Atualmente existem mais de 140 escolas e cursos de 
arquitetura espalhados pelo Brasil. 
O ARQUITETO E SUA 
ATUAÇÃO 
o Arquiteto é um profissional de formação 
superior, reconhecido pelo Ministério do 
Trabalho de acordo com a Lei Federal nº 
5194/1966 e sua formação é obtida por meio 
dos cursos de arquitetura e urbanismo, que 
tem duração de cinco anos. 
O arquiteto é um profissional 
multiuso. 
A formação do arquiteto possibilita atuação em várias 
áreas. 
 
Atualmente a Lei 12.378, criou o Conselho de 
Arquitetura e Urbanismo (CAU), regulamentando 
exclusivamente a profissão. Esta legislação determina 
as atribuições do ARQUITETO E URBANISTA, com as 
especificações de serviços que podem executar cabendo ao 
arquiteto as seguintes atividades referentes a edificações, 
conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura 
paisagística e de interiores; planejamento físico, local, 
urbano e territorial, e serviços afins e correlatos: 
O QUE FAZ UM 
ARQUITETO 
• Estudo, planejamento, projeto e 
especificação. 
• Assistência, assessoria e 
consultoria. 
• Direção de obra e serviço 
técnico. Vistoria, perícia, 
avaliação, arbitramento, laudo e 
parecer técnico. 
• Desempenho de cargo e função 
técnica. 
• Ensino, pesquisa, análise, 
experimentação, ensaio e 
divulgação técnica e extensão. 
• Elaboração de orçamento 
• Execução de desenho técnico. 
 
 
 
• Padronização, mensuração e 
controle de qualidade. 
• Execução de obra e serviço 
técnico. 
• Fiscalização de obra e serviço 
técnico. 
• Produção técnica e 
especializada. 
• Condução de equipe de 
instalação, montagem, 
operação, reparo ou 
manutenção. 
• Execução de instalação, 
montagem e reparo. 
• Operação e manutenção de 
equipamento e instalação. 
 
O TRABALHO DO 
ARQUITETO 
• O trabalho do profissional de arquitetura pode ser 
iniciado com a escolha do terreno para a implantação do 
projeto, auxiliando na localização, legislações, aspectos 
ambientais, topográficos, etc. Antes de iniciar os estudos 
deverá existir uma etapa de montagem de programa 
preliminar a ser desenvolvido em conjunto com o cliente. 
Com a definição do terreno e esses dados e inicia-se a 
fase do projeto, com as seguintes etapas: 
• 1. Estudo Preliminar: Estudo 
do problema para 
determinação da viabilidade 
de um programa e do partido 
a ser adotado. 
• 2. Anteprojeto ou Projeto Pré 
Executivo: Solução geral do 
problema com a definição do 
partido adotado, da 
concepção estrutural e das 
instalações em geral 
possibilitando clara 
compreensão da obra a ser 
executada. 
 
• 3. Projeto Legal: Desenhos e textos exigidos por leis, 
decretos, portarias ou normas e relativos aos diversos 
órgãos públicos ou concessionárias, os quais o projeto 
legal deve ser submetido para análise e aprovação. 
 
• 4. Projeto Básico (opcional): Solução intermediária do 
Projeto Executivo Final, que contém representações e 
informações técnicas da edificação que possibilitem uma 
avaliação de custo, já compatibilizadas com os projetos 
das demais atividades projetuais complementares. 
 
 
• Projeto Executivo Final: Solução definitiva do 
Anteprojeto, representada em plantas, cortes, elevações 
especificações e memoriais de todos os pormenores de 
que se constituia obra a ser executada: determinação da 
distribuição dos elementos do sistema estrutural e dos 
pontos de distribuição das redes hidráulicas, sanitárias, 
telefônicas, ar condicionado, elevadores e de 
informática. 
 
 
• O arquiteto também pode acompanhar a 
execução da obra através de várias maneiras: 
desde simplesmente como fiscalizador da 
execução, até ser responsável por todas 
etapas da execução, desde a compra do 
material, até a finalização da obra. O arquiteto 
também pode ser contratado para uma etapa 
seguinte à obra executada, que é o de 
desenvolvimento do projeto de arquitetura de 
interiores, que, nas mesmas fases anteriores, 
aborda todo tratamento e mobiliário do 
interior da edificação.

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