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DIREITOS HUMANOS NO BRASIL

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DIREITOS HUMANOS NO BRASIL.
A EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL.
AUTORES:
ANDREW LUIZ DA SILVA RODRIGUES
DIEGO MACHADO MOURA
JONATHAN DE SANTANA MATTOS
MARIANA GALVÃO DA COSTA
SERGIO AUGUSTO DA SILVA
DISCIPLINA: 
SOCIOLOGIA JURIDICA
PROFESSOR: 
LEONARDO MELLO DE SOUSA
OBJETIVOS: DAR UMA BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE COMO SURGIRAM OS DIREITOS HUMANOS E COMO FOI SUA EVOLUÇÃO NO BRASIL, FALAR SOBRE O DISPOSOTIVO QUE OS PROTEGEM (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 88), E UMA ANÁLISE SOBRE OS DIREITOS QUE SÃO VIOLADOS NO BRASIL. 
METODOLOGIA: TRABALHO BIBLIOGRÁFICO. FORAM PESQUISADOS NO GOOGLE ACADÊMICO ARTIGOS QUE ESCLARECESSEM OS FATOS CITADOS DURANTE A EVOLUÇÃO DO TRABALHO, E PESQUISAS MAIS BÁSICAS NO GOOLE UTILIZANDO OS TERMOS: “OS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL” “COMO SURGIRAM OS DIREITOS HUMANOS” “DIREITOS HUMANOS VIOLADOS NO BRASIL”. TAMBÉM FOI CONSULTADA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NO VADE MACUM DA SARAIVA 23ª EDIÇÃO. 
COMO SURGIRAM OS DIREITOS HUMANOS?
Podemos afirmar que os primeiros reconhecimentos dos Direitos Humanos surgiram durante a Revolução Americana em que a carta Bill of Rights assegura alguns direitos aos que nascessem no país. Entre eles, o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à propriedade. Posteriormente, na mesma época, houve a Revolução Francesa e em 1789 foi redigida a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujo objetivo era assegurar que nenhum homem tivesse mais poderes ou mais direitos do que outro. Porém, essas declarações ainda não asseguravam todos os direitos da humanidade, pois ainda existia a escravidão e as mulheres ainda não podiam exercer todos os direitos existentes. 
Apenas em 1948, foi publicada a carta oficial contendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual asseguraria, para todos e todas, os seus direitos básicos. Garantindo direitos fundamentais, como a vida, a liberdade, a saúde e a segurança das pessoas, bem como o direito à defesa e ao justo julgamento a quem seja acusado de um crime. 
O principal objetivo durante o surgimento dos Direitos Humanos era de que as tragédias ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial nunca mais acontecessem. Como as prisões arbitrárias e o exílio de judeus, bem como a escravização de povos, outros genocídios etc. Para garantir que episódios como estes não voltassem a se repetir, representantes de 50 países de reuniram para criar um organismo mundial que visava a garantir a paz e o respeito entre os povos. Criou-se então, primeiramente, uma comissão de Direitos Humanos da ONU, que fizeram um documento prescritivo que listava todos os direitos fundamentais dos seres humanos. 
O Brasil foi um dos membros criadores da ONU, portanto, entre outras coisas, o Estado deve garantir em nosso território o respeito aos direitos básicos dos cidadãos. Podemos perceber que as Constituições brasileiras foram se adequando quanto às garantias dos Direitos Humanos dos cidadãos brasileiros. Na Constituição Federal de 1934, consolidou-se o direito de voto às mulheres e a Constituição Federal de 1988, está completamente de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
A EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL
Uma das formas de entendermos a evolução dos direitos humanos no Brasil é através das diversas constituições brasileiras. Princípios de garantia dos direitos políticos e civis apareciam já na Constituição de 1824, ainda que o poder estivesse concentrado nas mãos do imperador. Porém, neste período ainda existia a escravidão, e os escravos eram tratados como produto e propriedade do senhor. As violências sofridas por estas pessoas, com a perda de liberdade, desrespeito à sua integridade física e a perda da própria vida foram nitidamente um desrespeito aos direitos humanos.
No período Republicano, em 1891, foi garantido o direito de voto para a escolha de deputados, senadores, presidente e vice-presidente, mas ainda assim, mulheres, mendigos e analfabetos não tinham esse direito. Outras medidas desta constituição são: direito à plena liberdade religiosa, à defesa ampla aos acusados, direito à livre associação e reunião, etc. 
Com a revolução constitucionalista de 1932 e a posterior Constituição de 1934, algumas medidas em relação à proteção do ser humano foram estabelecidas, como por exemplo, a proteção ao direito adquirido, proibição da prisão por dívidas, criação da assistência judiciária aos necessitados (que até hoje acontece em muitos estados brasileiros) e a obrigatoriedade de comunicação imediata ao juiz competente sobre qualquer prisão ou detenção. Também instituiu garantias ao trabalhador, como: proibição de diferença salarial para o mesmo trabalho em razão de gênero, idade, etc, Proibição de trabalho para menores de 14 anos, estipulou o salário mínimo, descanso semanal remunerado e a limitação diária de jornada a 8 horas.
No Período de 1937 a 1945, temos o Estado Novo e Getúlio Vargas como presidente foi um período conturbado em relação aos direitos humanos, pois houve o fechamento do Congresso e a proibição de funcionamento de quase todos os partidos políticos, resultando no fim da liberdade política e a imposição de mecanismos de controle da sociedade. Passa a vigorar a Constituição de 1937, que tinha influências fascistas e autoritárias, em meio a este cenário problemático, os direitos fundamentais foram enfraquecidos e esquecidos.
Em 1946 o período do Estado Novo chegou ao fim, trazendo uma nova constituição que reestabelecia os direitos e garantias individuais, mas, em 1964, com o início da Ditadura Militar, os direitos fundamentais voltam a ser violados. 
O período militar foi conturbado para os direitos humanos no Brasil, quando centenas de pessoas foram presas arbitrariamente, exilados, torturados, sequestrados e até assassinados por causa das suas orientações políticas ou pela afronta ao governo ditatorial, também o fechamento do Congresso, extinção dos partidos políticos e a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI), uma espécie de polícia política.
Em 1979, o então presidente João Baptista Figueiredo decretou a lei de anistia, que permitia a volta ao país dos opositores do regime, mas também defendia que os militares não poderiam ser processados pelos crimes cometidos durante a ditadura.
A CONTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. 
Nossa atual Constituição está totalmente de acordo com os Direitos Humanos. Todos os seus dispositivos asseguram direitos a todos os indivíduos de forma igualitária. Tais direitos incluem dignidade, igualdade e justiça, independente de raça, cor, religião, gênero ou classe social.
A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL
Entretanto, esbarramos em alguns problemas em relação à garantia desses direitos no território brasileiro. O relatório Estado dos Direitos Humanos no Mundo, organizado pela Anistia Internacional, mostra que entre as principais falhas do Brasil em Direitos Humanos, aparecem problemas como: Direito aos reclusos; Direito à juventude; O direito à diferença; O direito à moradia; O direito à saúde; O direito ao trabalho; O direito ao salário mínimo; 
No que diz respeito ao Direito dos reclusos, podemos afirmar que estes são notavelmente violados uma vez que as condições de alguns presídios brasileiros encontram-se precários. Celas com superlotação, ambientes sujos e a falta de educação, trabalho e saúde. Violando os direitos deste modo, promove-se mais um problema: a ressocialização. Pois quando o praticante do delito sai do sistema penitenciário, não consegue se reintegrar na sociedade, e muitas vezes, acaba cometendo o mesmo delito. 
Quanto à juventude, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), resguarda onde direitos, e entre eles o direito à vida, à saúde, à dignidade e ao respeito. Entretanto, de acordo com a Anistia Internacional, em 2012, foram assassinados 30 mil jovens e 120.344 casos de violência contra crianças e adolescentes. Existem também 24 mil crianças e adolescentes que são moradores de rua. Obviamente, a violação desses direitosmancha a imagem do nosso país de uma maneira muito crítica, pois o Estado pouco tem feito para resolver essa problemática.
A violação do direito à diferença está fortemente presente na sociedade atualmente. Tomemos como exemplo um estudo feito pelo Instituto Avon em parceria com o Data Popular (nov/2016), mostra que 3 em cada 5 mulheres já sofreram algum tipo de violência em seus relacionamentos. Por outro lado, apenas 1% dos indígenas tem acesso ao mundo acadêmico, segundo os dados do Ministério da Educação. Em 2017, o IBGE levantou que 40% dos indígenas vivem fora de suas terras. O Brasil lidera o ranking de assassinato de homossexuais, tendo a mais alta taxa de homicídios de travestis e transexuais, como mostra a pesquisa Do Grupo Gay da Bahia e da ONG Transgender Europe. Todos os assassinatos no Brasil, 70% têm vítimas negras. Um negro tem 3,7 mais chances de ser morto do que um branco, como levantou o IPEA. 
A moradia do brasileiro de baixa renda ainda é uma questão a ser resolvida. Principalmente nas grandes cidades, onde se localizam imensas favelas, nas quais os moradores, na maioria, desconhecem o que seja dignidade humana. O déficit habitacional perpassa governos, de vários partidos, e esse preceito constitucional de direito à moradia continua à espera de uma solução digna.
O direito à saúde é um dos direitos humanos mais violados neste país. Médicos que não cumprem sua jornada de trabalho, Unidade Básica de Saúde com equipamentos quebrados ou em falta, hospitais públicos com superlotação, atendendo pacientes em macas nos corredores. Essas situações são corriqueiras e acontecem por todo país, impedindo que se receba um atendimento que se configure como saúde preventiva. As consequências de não se ter uma saúde preventiva à disposição, são internações hospitalares e maiores gastos com medicação.
A violação do direito ao trabalho e ao direito ao salário mínimo está presente, por exemplo, nos episódios em que as autoridades encontram pessoas sendo submetidas ao trabalho análogo à escravidão e, ainda, recebendo muito pouco ou às vezes, trabalhando em troca de um prato de comida, quando a legislação determina que a pessoa deva receber, em troca de seu trabalho, um valor justo para o seu sustento. O valor do salário mínimo brasileiro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, deveria ser de R$ 3.928,73, quase quatro vezes mais do que o salário fixado em janeiro deste ano (R$ 998). O cálculo, feito pelo Dieese, se refere ao chamado “salário mínimo necessário”, levando em conta os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. A metodologia leva em conta o que está na lei – o atendimento das necessidades mínimas do trabalhador -, mas não é cumprido. Ao não oferecer trabalho e salário que supram as necessidades básicas do trabalhador, o Estado está de uma só vez, violando dois direitos humanos.
Conclusão: 
Podemos concluir, portanto, que os direitos humanos é um dispositivo essencial para a valorização e segurança do individuo, e deve ser defendido, respeitado e resguardado por todos. Embora o Brasil e os brasileiros ainda tenham um longo caminho a percorrer até que todos respeitem e sejam respeitados, isso inclui as leis e as pessoas, porque os direitos humanos são inerentes a todas as pessoas, independente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos devem ser garantidos pelo ordenamento jurídico interno dos Estados, o qual deve assegurar a proteção a indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. Em síntese, necessitamos de mais educação, mais respeito às diferenças, leis severas às violações aos direitos humanos, a fim de garantir a tão sonhada igualdade garantida pela Carta Magna.
Fontes de pesquisa: 
http://www.cadernojuridico.com.br/artigo/92/A-violacao-dos-direitos-humanos-no-Brasil
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/salario_minimo.htm
http://www.justificando.com/2015/05/29/os-7-direitos-constitucionais-mais-violados-no-brasil/
https://www.unidospelosdireitoshumanos.org.br/what-are-human-rights/violations-of-human-rights/democracy.html
https://www.unidosparaosdireitoshumanos.com.pt/what-are-human-rights/violations-of-human-rights/
https://portalrevistas.ucb.br/index.php/EALR/article/view/8668
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/a-educacao-no-sistema-penitenciario-sua-importancia-na-ressocializacao.htm
Artigo: A Internacionalização dos Direitos Humanos, Constituição, Racismo e Relações Internacionais, de Celso Lafer, disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/79059610.pdf
Vade Mecum da Saraiva 23ª Edição.

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