Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 04 Contabilidade de Custos e Gerencial p/ CFC 2017.2 (Bacharel em Ciências Contábeis) - Com videoaulas Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 61 SUMÁRIO OLÁ, AMIGOS. ................................................................................................................ 2 1 ± FORMAS DE CONTROLE DOS CUSTOS. ......................................................................... 3 1.1 ± CUSTOS REAIS (HISTÓRICOS). ............................................................................... 4 1.2 ± CUSTOS ESTIMADOS / PROJETADOS. ....................................................................... 4 2 ± CUSTOS PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES. ............................................................. 4 2.1 - CONCEITOS ............................................................................................................ 4 2.1.1 ± PADRÕES FÍSICOS E PADRÕES FINANCEIROS ......................................................... 6 2.2 - FINALIDADE E UTILIDADE DO CUSTO-PADRÃO ........................................................... 6 2.3 ± TRATAMENTO CONTÁBIL .......................................................................................... 6 2.4 - CUSTO PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES .............................................................. 7 2.5 - MÉTODO XI ........................................................................................................... 9 2.6 - CUSTO-PADRÃO APLICADO AO CUSTO FIXO ............................................................. 13 3. FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS. ............................................................................. 15 3.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS ......................................................... 15 3.1.1 - BASEADO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO ................................................................ 16 3.1.2 - BASEADO NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ........................................................... 17 3.2 - FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS COM TRIBUTOS. ................................................. 18 4 ± DECISÃO DE COMPRAR OU PRODUZIR. ...................................................................... 21 5. - CUSTO DE OPORTUNIDADE. CUSTOS PERDIDOS. CUSTOS IMPUTADOS. ........................ 24 5.1 - CUSTO DE OPORTUNIDADE .................................................................................... 24 5.2 - CUSTO DE OPORTUNIDADE E A TAXA DE RETORNO ................................................... 25 5.3 - CUSTOS PERDIDOS (SUNK COSTS) ......................................................................... 27 5.4 - CUSTOS IMPUTADOS ............................................................................................ 27 6 - ANÁLISE DO CUSTO DIFERENCIAL ............................................................................ 28 7. RESUMO GERAL ........................................................................................................ 28 8 - QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................... 30 9. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................ 52 10. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................... 61 AULA 04: F) CUSTOS PARA CONTROLE: CUSTOS REAIS (HISTÓRICOS), ESTIMADOS E PROJETADOS. CUSTO PADRÃO. COMPONENTES DO CUSTO PADRÃO (PADRÕES FÍSICOS E PADRÕES FINANCEIROS). B) CUSTOS PARA CONTROLE: CUSTOS ESTIMADOS. CUSTO PADRÃO. ANÁLISE DAS VARIAÇÕES CUSTO PADRÃO X REAL. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA. DECISÕES ENTRE COMPRAR OU FABRICAR. CUSTO DE OPORTUNIDADE. CUSTOS PERDIDOS. CUSTOS IMPUTADOS. ANÁLISE DO CUSTO DIFERENCIAL. ANÁLISE DOS CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 61 OLÁ, AMIGOS. Nesta aula, veremos os seguintes tópicos do último Edital: Aula 04: f) Custos para controle: custos reais (históricos), estimados e projetados. Custo padrão. Componentes do custo padrão (padrões físicos e padrões financeiros). B) Custos para controle: custos estimados. Custo padrão. Análise das variações custo padrão x real. Fixação do preço de venda. Decisões entre comprar ou fabricar. Custo de oportunidade. Custos perdidos. Custos imputados. Análise do custo diferencial. Análise dos custos de distribuição. Encontramos poucas questões da FBC sobre os assuntos desta aula. Mas vamos complementar com questões de outras bancas (FCC, ESAF, Vunesp, Cesgranrio). O fórum de dúvidas do site do Estratégia Concursos está em pleno funcionamento. Por favor, postem lá as suas dúvidas. Forte abraço! GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA. Observação: Acompanhem nossas redes sociais para dicas, questões e atualizações gratuitas: Facebook: Página - Gabriel Rabelo Página - Luciano Rosa YouTube: Canal do YouTube - Gabriel Rabelo Periscope: @gabrielrabelo87 e @proflucianorosa 3DUWLFLSH� WDPEpP� GR� QRVVR� JUXSR� GH� HVWXGRV� ³Contabilidade para &RQFXUVRV´� no Facebook: Clique aqui! 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 61 1 ± FORMAS DE CONTROLE DOS CUSTOS. 6HJXQGR� R� 3URI�� (OLVHX� 0DUWLQV�� ³&RQWURODU� VLJQLILFD� FRQKHFHU� D� UHDOLGDGH�� compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências H�VXDV�RULJHQV�H�WRPDU�DWLWXGHV�SDUD�VXD�FRUUHomR´���³&RQWDELOLGDGH�GH�&XVWRV´�� 10ª Edição, 2010, pg.305). O primeiro ponto a destacar nessa definição é a necessidade de um padrão, de DOJR�SDUD�FRPSDUDU�FRP�D�UHDOLGDGH��GDTXLOR�TXH�³GHYHULD�VHU´� Geralmente as empresas usam um orçamento anual (ou por prazo maior), detalhando as metas de vendas, custo dos produtos vendidos, despesas, investimentos e o lucro mensal. Assim, a empresa tem controle sobre os seus custos quando tem uma estimativa do que eles deveriam ser, compara os custos reais com essa estimativa, identifica e corrige as distorções. Ciclo de Controle Veremos a seguir outro aspecto relacionado aos Custos Controláveis. A NBC (Norma Brasileira de Contabilidade) T 16.11 - Sistema de Informação de Custos do Setor Público, aprovada pela Resolução CFC nº 1.366, de 25 de Novembro de 2011, fornece a seguinte definição: ³Custo controlável utiliza centro de responsabilidade e atribui ao gestor apenas os custos que ele pode controlar.´ 3RU�HVVH�SRQWR�GH�YLVWD��³RV�&XVWRV�&RQWUROiYHLV�VmR�RV�TXH�HVWmR�GLUHWDPHQWH� sob responsabilidade e controle de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer controlar e analisar, e os Não Controláveis estão fora dessa 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 61 responsabilidade e controle. Não significa que Custos Não Controláveis estejam fora da responsabilidade da empresa, mas sim da pessoa que chefia o setor em análise. O que não é controlável pelo Chefe de Fundição, talvez o seja pela administração da Produção, pela Diretoria da empresa ou pelos seus proprietários. Não existem de fato CustosNão Controláveis. O que existe é Custo só controlável em nível hierárquico superior ao daquele que está sendo FRQVLGHUDGR�¶��(OLVHX�0DUWLQV��RS�FLW���SJ������ 1.1 ± CUSTOS REAIS (HISTÓRICOS). Os Ativos são registrados pelo valor original, ou seja, pelo valor de aquisição (conforme o Princípio do Registro pelo Valor Original). Assim, a matéria prima é registrada (e será considerada no custo do produto) pelo valor histórico de aquisição. O mesmo ocorre com as máquinas e equipamentos de produção, que ficam registrados pelo custo de aquisição e irão impactar o custo do produto (através da depreciação) baseado no custo histórico. 1.2 ± CUSTOS ESTIMADOS / PROJETADOS. Para controlar os custos (e definir responsabilidade), é necessário um padrão, uma estimativa do valor esperado. Mas a empresa não deve apenas calcular a média dos períodos passados, sem qualquer ajuste. É necessário melhorar os números apurados pela média histórica, através de estimativas de custos. 6HJXQGR� R� 3URI�� (OLVHX� 0DUWLQV�� ³&XVWRV� (VWLPDGRV� VHULDP� PHOKRULDV� WpFnicas introduzidas nos custos médios passados, em função de determinadas expectativas quanto a prováveis alterações de alguns custos, de modificação no volume de produção, de mudanças na qualidade de materiais ou do próprio produto, introdução de tecnologiDV�GLIHUHQWHV��HWF�´��³&RQWDELOLGDGH�GH�&XVWRV´�� pg. 311). 2 ± CUSTOS PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES. 2.1 - CONCEITOS Podemos definir custo padrão de três formas: o custo padrão Ideal, o custo padrão Corrente e o custo padrão Estimado. Vamos ver abaixo as diferenças entre eles: Custo Padrão ideal: É o que seria alcançado com o uso dos melhores materiais possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da capacidade da empresa. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 61 Custo Padrão corrente: É o valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença de levar em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia, etc. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível. �(OLVHX�0DUWLQV��³&RQWDELOLGDGH�GH�&XVWRV´� Custo Padrão estimado: É resultante dos valores observados em períodos anteriores. Considera que a média do custo de períodos passados é um número válido e apenas efetua algumas modificações esperadas, como o volume de produção, mudança de equipamentos, etc. O custo padrão ideal representa, geralmente, um valor que a empresa não consegue atingir. Afinal, em todo processo produtivo, ocorre falhas, defeitos e ineficiência. A diferença entre o custo estimado e o custo corrente é que o segundo considera alguma melhoria no desempenho da empresa. O custo estimado é a média histórica, modificado por alguns ajustes: volume de produção, mudança de equipamentos, etc. Já o custo corrente incorpora alguma melhoria, representa o custo que a empresa deverá atingir se melhorar seu desempenho em determinados pontos. 6HJXQGR�R�3URI��(OLVHX�0DUWLQV��³���R�3DGUmR�&RUUHQWH�p�R�FXVWR que deveria ser, enquanto o Estimado é o que deverá ser. Aquele é o que a empresa deveria alcançar, se conseguisse atingir certos níveis de desempenho, enquanto este é R�TXH�QRUPDOPHQWH�GHYHUi�REWHU´��(OLVHX�0DUWLQV��2S��&LW��SJ������ Assim, quando mencionarmos custo padrão, estaremos nos referindo ao custo padrão corrente. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 61 2.1.1 ± PADRÕES FÍSICOS E PADRÕES FINANCEIROS Os padrões físicos referem-se à quantidade, ao volume de cada fator produtivo utilizado. São, por exemplo, quilos de matéria prima, horas de mão de obra, horas de uso de equipamentos, etc. Já o padrão financeiro é a expressão monetária de cada recurso físico, vale dizer, é a quantificação em moeda do custo. Assim, o custo padrão do produto A pode ser, por exemplo: Matéria prima X: 2 quilos (padrão físico) Preço da matéria prima X: $10,00 por quilo (padrão financeiro) Custo padrão do Produto A: 2 kgs x $ 10,00 = $20,00 2.2 - FINALIDADE E UTILIDADE DO CUSTO-PADRÃO Há, basicamente, duas finalidades do custo-padrão: 1) A contabilização do custo através do custo-padrão; e 2) Análise das variações entre o custo real e o custo padrão (controle dos custos). Vejamos primeiro a contabilização. 2.3 ± TRATAMENTO CONTÁBIL A empresa pode usar o custo-padrão para efetuar a contabilização do custo da empresa. Periodicamente, é necessário apurar a diferença em relação ao custo real e ajustar. Conforme o pronunciamento técnico CPC 16 ± Estoque: 21. Outras formas para mensuração do custo de estoque, tais como o custo- padrão ou o método de varejo, podem ser usadas por conveniência se os resultados se aproximarem do custo. O custo-padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos materiais e bens de consumo, da mão-de-obra e da eficiência na utilização da capacidade produtiva. Ele deve ser regularmente revisto à luz das condições correntes. As variações relevantes do custo-padrão em relação ao custo devem ser alocadas nas contas e nos períodos adequados de forma a se ter os estoques de volta a seu custo. Nesse caso, a empresa deve apurar o custo real e contabilizar as diferenças, proporcionalmente entre Estoque e CPV. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 61 Devemos lembrar que o uso do custo padrão, como instrumento para contabilização do custo, era importante quando ainda não havia computadores. Imaginem o tempo que demorava fechar o estoque de uma empresa com FHQWHQDV��DWp�PLOKDUHV�GH�FRPSRQHQWHV�HP�HVWRTXH��³QD�PmR´� Atualmente, com os controles informatizados, essa função do custo padrão perdeu espaço. Mas vamos ver como era realizada a contabilização pelo custo padrão. Por exemplo: Uma empresa contabilizou a mão de obra direta através do custo padrão de $ 2,00 por unidades. No primeiro trimestre de X1 produziu 10.000 unidades. No mesmo período, o custo real da mão de obra direta foi de $21.500,00. Foram vendidas 9.000 unidades no período. Contabilização do custo Padrão: 10.000 unidades x $2,00 = $20.000 D ± Estoque de Produtos em elaboração 20.000 C ± Custo padrão - MOD 20.000 Pela contabilização do custo real: D ± Custo Padrão MOD 21.500 C ± Caixa (pelo pagamento sal. e encar.) 21.500 Com isso, a conta de Custo Padrão fica com um saldo devedor de $1.500, o que indica que o custo real foi maior que o custo padrão. Como da 10.000 unidades já foram vendidas 9.000, apropriamos o excesso de custo proporcionalmente: D ± CPV (resultado) 1.350 D ± Estoque Produtos acabados 150 C ± Custo padrão MOD 1.500 Neste caso, interessa apenas a diferença total entre o custo padrão e o custo real. 2.4 - CUSTO PADRÃO E ANÁLISE DAS VARIAÇÕES Esta é a função que as banca costumam explorar, nos concursos. Vamos examinar em detalhes, através de exemplos e questões. Exemplo: Uma empresa estabeleceu, para o produto A, o custopadrão de $35,00 por unidade, da seguinte forma: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 61 Custo padrão produto A: matéria prima: 7 unidades Preço Matéria prima: $ 5,00 por unidade Custo unitário total: $ 35,00 Custo Real: matéria prima: 8 unidades Preço Matéria prima: $ 7,00 por unidade Custo unitário total: $ 56,00 O custo real ficou $ 21,00 reais acima do custo padrão. Real Padrão Variação Quantidade (unid.) 8 7 Preço R$ 7,00 R$ 5,00 Total R$ 56,00 R$ 35,00 R$ 21,00 Apuramos a variação de $21,00, positiva. Isso é favorável ou desfavorável? Depende da forma como a variação foi calculada: Real $56 ± padrão $ 35 = + $ 21 Significa que o custo real foi maior que o custo padrão, portanto temos um número positivo Desfavorável (a empresa gastou mais que o previsto). Padrão $ 35 ± Real $ 56 = - $21 Significa que o custo padrão foi menor que o custo real, portanto temos um número negativo Desfavorável (a empresa esperava gastar menos que o custo real) Retornando à tabela de comparação Padrão x Real: Real Padrão Variação Quantidade (unid.) 8 7 Preço R$ 7,00 R$ 5,00 Total R$ 56,00 R$ 35,00 R$ 21,00 Para saber quanto da diferença de $21 foi devido à variação na quantidade, calculamos o custo supondo que não houve nenhuma variação no preço: Quantidade real 8 x preço padrão $ 5 = $ 40,00 $40 - custo padrão $ 35 = $ 5,00 desfavorável Devemos entender o cálculo acima da seguinte forma: se o preço não se alterasse, o custo real ficaria acima do padrão em $5 por unidade do produto A. Portanto, esse aumento foi causado pela variação no uso da matéria prima (de 7 para 8 unidades). 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 61 Vamos calcular agora a influência da variação do preço. Para isso, vamos supor que a quantidade de matéria prima não se alterasse, em relação ao padrão: Preço real $ 7,00 x matéria prima padrão 7 = $49,00 $ 49,00 ± custo padrão $35,00 = $14,00 desfavorável. Vamos conciliar: Diferença variação matéria prima: $ 5,00 Diferença variação de preço: $ 14,00 Total: $ 19,00 Repare que não bateu. A diferença foi de $21,00, e não de $19,00. Falta calcular a variação mista. Essa variação ocorre por sinergia entre as duas outras variações, e não pode ser atribuída nem apenas á variação de materiais, nem à variação de preço. Pode ser calculada assim: Variação Matéria Prima 1 x variação preço $2,00 = $2,00. Agora fechamos o quadro das variações: Variação matéria prima: $ 5,00 Variação de preço: $ 14,00 Variação mista: $ 2,00 Total: $ 21,00 É importante ressaltar que esse tipo de cálculo, para finalidade de controle, normalmente é utilizado para o custo unitário. 2.5 - MÉTODO XI 9HUHPRV�� D� VHJXLU�� XPD� ³UHFHLWD� GH� EROR´� �XP� PpWRGR� padronizado de resolução) para as questões de custo padrão. 1) Identifique se é CUSTO FIXO ou CUSTO VARIÁVEL ( o método XI só funciona para custo variável, como matéria prima ou mão de obra direta). (Observação: no caso da mão de obra, ao invés de Quantidade, usamos o WHUPR�³HILFLrQFLD´��H�DR�LQYpV�GH�SUHoR��XVDPRV�³WD[D´�� 2) Identifique (pelas repostas da questão) se está cobrando o custo unitário ou o custo total (isto irá evitar perda de tempo, calculando por um quando a questão cobra o outro). 3) Faça a estrutura para a resolução: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 61 CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT PREÇO TOTAL Use sempre essa ordem, Real (-) Padrão. 4) Preencha os dados da questão CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT 8 7 1 PREÇO $ 7,00 $ 5,00 2,00 TOTAL $ 56,00 $ 35,00 $ 21,00 5) Faça os cálculos da seguinte forma: Variação de quantidade: Comece pela variação de quantidade ( - 1) e multiplique pelo preço padrão. CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT 1Æ comece por aqui PREÇO $ 5,00 --Æ e multiplique por esse número Variação de preço: Comece pela variação de preço e multiplique pela quantidade padrão: CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT 7Æ e multiplique por esse número PREÇO 2,00Æ comece por aqui Variação Mista: multiplique as duas variações encontradas (de quantidade e preço) CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT 1 -Æ Essa multiplicada por PREÇO 2,00Æessa Quadro completo com o cálculo das variações: CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT 8 7 1 PREÇO $ 7,00 $ 5,00 2,00 TOTAL $ 56,00 $ 35,00 $ 21,00 Variação quantidade: 1 x $ 5,00 = $ 5,00 desfavorável 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 61 Variação preço : $ 2,00 x 7 = $ 14,00 desfavorável Variação mista: 1 x $ 2,00 = $ 2,00 desfavorável Total $ 21,00 desfavorável Vamos exemplificar com uma questão da FCC: (FCC, ANALISTA INFRAERO 2009). A empresa ASA utiliza o sistema de custo padrão. No último mês, os valores apurados foram os seguintes: Consumo real de matéria prima por unidade 50 kg Preço unitário real da matéria prima utilizada na produção R$ 10,00 por Kg Unidades produzidas 20 Consumo unitário planejado no padrão 60 kg Custo da matéria prima (planejada no padrão) R$ 8,00 por kg Com base nos dados acima, as variações de consumo, preço e mista, em relação ao padrão são, respectivamente: (A) R$ 1.600,00 desfavorável, R$ 2.200,00 favorável e R$ 200,00 desfavorável. (B) R$ 1.600,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 400,00 favorável. (C) R$ 2.400,00 favorável, R$ 1.600,00 desfavorável e R$ 800,00 desfavorável. (D) R$ 3.800,00 favorável, R$ 2.400,00 desfavorável e R$ 1.400,00 desfavorável. (E) R$ 4.000,00 desfavorável, R$ 3.000,00 favorável e R$ 1.000,00 favorável. Resolução: Trata-se de matéria prima, portanto é custo variável. Podemos usar o método XI. Por outro lado, verifica-se pelas respostas que a questão refere-se ao custo total (o que não faz o menor sentido. Enfim...) ............................real......padrão....variação quant...................1000.......1200.......-200 preço.....................10...........8............2 total...................10000......9600........400variação quantidade ( -200 x 8).......-1600 (FAVORÁVEL custo real <padrão) variação preço(2 x 1200).................2400 (DESFAVORÁVEL custo real >padrão) variação mista( -200 x 2).................-400 FAVORÁVEL custo real <padrão) Total das variações..........................400 (DESFAVORÁVEL custo real >padrão) Gabarito Letra B. Vamos ver mais uma questão? (FCC) A Patrocínio é uma empresa produtora de queijos. Para sua linha de queijo minas, foi estabelecido o um padrão de consumo de 2 litros de leite a um preço de R$ 1,20/litro para cada quilo de queijo produzido. Em determinado mês, apurou-se que para cada quilo de queijo foram usados 2,2 litros de leite a um preço de R$ 1,10 cada litro. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 61 Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações: quantidade, preço e mista. Sendo assim, a variação de preço da matéria-prima, em reais, foi de (A) 0,24 desfavorável. (B) 0,10 desfavorável. (C) 0,10 favorável. (D) 0,20 favorável. (E) 0,20 desfavorável. Resolução detalhada: CUSTO CUSTO REAL (- ) PADRÃO = VARIAÇÃO QUANT 2,2 2,0 +0,2 var. quant. começe por aqui e multiplique por 1,2 PREÇO 1,1 1,20 -0,1 var. preço começe por aqui e multiplique por 2,0 TOTAL 2,42 2,40 +0,02 Cálculo das variações: Var. quantidade : +0,2 x 1,2 = 0,24 desfavorável Var. preço : -0,1 x 2,0 = - 0,20 favorável GABARITO letra D Variação mista +0,2 x -0,1 = -0,02 favorável Total variação = 0,24-0,20-0,02 = + 0,02 desfavorável Para facilitar a memorizaçãR��FKDPDPRV�GH�³0e72'2�;,�³� O cálculo das variações de quantidade e preço formam um X. E o cálculo da variação mista forma um I. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 61 2.6 - CUSTO-PADRÃO APLICADO AO CUSTO FIXO Já vimos que o custo Fixo total não apresenta variação, em função da quantidade produzida. Mas o custo fixo unitário varia de forma inversamente proporcional à produção. Assim, não é possível usar o Método XI para custos fixos. O cálculo deve ser feito da seguinte maneira: Padrão: Total de Custo Fixo: $ 10.000 Produção : 1.000 Unidades Custo fixo unitário padrão: ($ 10.000 / 1000 unid.) = $ 10,00 / unid. Real: Total de Custo Fixo: $ 13.000 Produção: 800 Unidades Custo fixo unitário Real: (($ 13.000 / 800 unid.) = $ 16,25 / unid. Análise: Vamos verificar inicialmente quanto do aumento do custo fixo unitário ocorreu por causa da diminuição da produção: Custo Fixo Padrão: $10.000 / produção real 800 unid. = $12,50/unid. Portanto, o custo fixo unitário aumentou $2,50 apenas porque a produção passou de 1.000 para 800 unidades. Agora vamos ver o impacto do aumento do custo Fixo: Custo fixo Real $ 13.000 ± Custo fixo padrão $ 10.000 = $ 3.000 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 61 Variação valor CF $ 3.000 / unidades produzidas 800 = $3,75 Total das variações: Custo fixo unitário padrão: $10,00 Variação quantidade: $ 2,50 desfavorável Variação de custos: $ 3,75 desfavorável Custo fixo unitário real: $ 16,25 Vejamos uma questão: (TRE AM Contador ± FCC ± 2010) A empresa Ferradura utiliza o custo-padrão para acompanhar o desempenho operacional do setor produtivo. O custeio por absorção é utilizado tanto para apuração do custo real quanto para a determinação do custo-padrão. Em determinado mês a empresa obteve as seguintes informações: insumo custo padrão custo real MP 60,00/unidade( 2kg*30,00) 68,20/unidade( 2,2kg*31,00) CIF 276.000,00 80.000,00 Para a determinação dos padrões a empresa estimou uma produção de 12.000 unidades e, de fato, produziu 10.000 unidades. Sabendo que a empresa considera a variação mista como parte da variação do preço, com base nas informações acima, é correto afirmar que a variação A) dos custos indiretos fixos devido à variação de volume é de R$ 46.000,00 desfavorável. B) de preço da matéria-prima é de R$ 20.000,00 favorável. C) dos custos indiretos devido ao preço é de R$ 4.000,00 favorável. D) de preço da matéria-prima é de R$ 82.000,00 desfavorável. E) de quantidade de matéria-prima é de R$ 62.000,00 desfavorável. Gabarito letra A Devemos efetuar o cálculo para os valores unitários: Custo fixo padrão unitário: $ 276.000 / 12.000 = $ 23,00 Custo Fixo Real unitário: $ 280.000 / 10.000 = $ 28,00 Diferença: $ 5,00 Explicação da diferença: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 61 Variação quantidade: $ 276.000 / 10.000 = $ 27,60 - $ 23,00 = $ 4,60 Variação custo fixo total: $280.000 - $ 276.000 = $ 4.000 / 10.000 = $0,40 Variação do custo fixo unitário: $ 4,60 + $ 0,40 = $ 5,00. A variação unitária multiplicada pela quantidade vendida indica a variação total: Variação quantidade $4,60 x 10.000 un. = $46.000 (gabarito) Variação custo fixo $ 0,40 x 10.000 un. = $4.000 Muito bem. Vamos mudar de assunto. Vejamos agora... 3. FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS. A formação do preço de vendas envolve diversos aspectos e disciplinas. Envolve conceitos de Economia (demanda, elasticidade da demanda, concorrência, preço dos produtos substitutos, e outros), de Marketing, de Administração de Empresas, enfim, é um processo extremamente importante e complexo. A contabilidade de custos oferece um parâmetro para a fixação do preço de vendas. Afinal, nenhuma empresa pode vender um produto abaixo do custo, sob pena de incorrer em prejuízos e eventualmente encerrar as atividades. Antigamente, quando não havia a competição globalizada que existe hoje, a formação do preço de vendas limitava-se a estabelecer um percentual ou valor acima do custo. Com as complexas formas de competição que as empresas enfrentam atualmente, não é mais possível usar apenas essa abordagem. O custo do produto limita-se a fornecer um patamar mínimo para os preços. Entretanto, nesse curso, vamos ver como ocorre a formação dos preços de venda com base em custos, pois as outras disciplinas envolvidas não estão incluídas no Edital do concurso. 3.1. FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS 2� SUHoR� GH� YHQGD� SRGH� VHU� HVWDEHOHFLGR� ³GH� IRUD� SDUD� GHQWUR´�� DWUDYpV� GD� análise do preço dos concorrentes, dos produtos similares, do potencial de FRQVXPR�GR�PHUFDGR��RX�³GH�GHQWUR�SDUD�IRUD´��SDUWLQGR�GR�FXVWR�GRV�SURGXWRV� Nesse segundo caso, a partir do custo do bem ou serviço apurado segundo alguma das formas de custeio já estudadas (custeio por absorção, custeio variável, etc), a empresa agrega uma margem chamada markup, estimada para cobrir eventuais gastos não incluídos no custo e formar o lucro desejado. 91501598287 - risonilza Contabilidadede Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 61 Veremos, a seguir, algumas formas de calcular o preço a partir do custo dos produtos. 3.1.1 - BASEADO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO No custeio por absorção, o custo do produto já inclui todos os custos da produção. Assim, para a formação do preço de venda, a empresa deve incluir um markup suficiente para cobrir as despesas e formar o lucro. Vamos a um exemplo. Suponhamos que uma empresa apresente as seguintes informações: Material Direto $ 1.000,00 Mão de Obra Direta $ 1.300,00 Custos Indiretos de Fabricação $ 900,00 = Custo Unitário Total $ 3.200,00 Estes dados representam a melhor estimativa da empresa, baseada em condições normais de volume e produção. A empresa estima as despesas operacionais em 50% dos custos e deseja um lucro, antes dos impostos, de 20% sobre o total dos custos e despesas. Com base nestas informações, podemos calcular o preço de venda da seguinte forma: R$ Custo Unitário Total 3.200,00 Despesas operacionais (40%) 1.600,00 Total Custos + despesas 4.800,00 Margem de lucro (20% custos e despesa) 960,00 Preço de Venda 5.760,00 Vamos supor que uma questão repetisse todas as informações acima, mas com uma margem de lucro de 20% sobre o preço de venda. A partir do total de Custos + despesas (4.800,00), o cálculo ficaria assim: Preço de venda ???? 100% Custos+ despesas 4.800 80% Lucro desejado (20% vendas) ???? 20% Dividindo 4.800 por 80% encontramos o preço de venda (que corresponde a 100%): 4.800 / 80% = 6.000 Portanto, temos: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 61 Preço de venda 6.000 100% Custos+ despesas (4.800) 80% Lucro desejado (20% vendas) 1.200 20% 3.1.2 - BASEADO NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Neste método, atribuímos aos produtos os custos e despesas variáveis. Os custos fixos e as despesas fixas serão somados ao lucro desejado, para apurar o markup. Este método apresenta algumas vantagens: não há necessidade do rateio dos custos fixos, o que pode distorcer o custo dos produtos; e a inclusão das despesas variáveis permite um tratamento mais adequado para o valor das despesas em função da variação do volume de produção. Vejamos um exemplo: Suponhamos que uma empresa apresente as seguintes informações: Material Direto $ 1.000,00 Mão de Obra Direta $ 1.300,00 Despesas Variáveis $ 1.200,00 A empresa deseja um lucro, antes dos impostos, de 40% sobre o total dos custos e despesas variáveis. Cálculo do preço de venda: Material Direto 1.000,00 Mão de Obra Direta 1.300,00 Despesas variáveis 1.200,00 Total custos variáveis + despesas variáveis 3.500,00 Markup (40% custos var. + despesas variáveis 1.400,00 Preço de venda 4.900,00 Caso a questão mencionasse lucro de 40% sobre o preço de venda, o cálculo ficaria assim (partindo do total de custos variáveis + despesas variáveis): Preço de venda ???? 100% Custos+ despesas var. 3.500 60% Lucro desejado (40% vendas) ???? 40% Calculando 3.500 / 60%, encontramos $ 5.833,30 como preço de venda, conforme o quadro abaixo: Preço de venda 5.833 100% Custos+ despesas var. 3.500 60% Lucro desejado (40% vendas) 2.333 40% 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 61 O preço de venda pode ser baseado no custo de transformação, seguindo a ideia de que o produto que possui um esforço produtivo maior deve possuir o maior preço. Ou pode ser calculado em função de alguma outra variável que a questão determine. Mas não deve fugir dos cálculos que mostramos acima. 3.2 - FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDAS COM TRIBUTOS. No processo de fixação do preço de venda, a empresa deve considerar os tributos que incidem sobre a venda ou sobre o lucro. Vamos apresentar abaixo os principais tributos que influenciam no resultado da empresa. 3.2.1. IRPJ ± Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas. Incide sobre o lucro das empresas. O lucro apurado contabilmente deve ser ajustado para obedecer ao Regulamento do Imposto de Renda, com adições e exclusões para apurar o Lucro Real, que é a base do IR. A alíquota é de 15%, sendo que sobre a parcela do lucro que ultrapassar $20.000 por mês incide um adicional de 10%. As diferenças entre a contabilidade comercial e o Regulamento do IR são ajustadas no LALUR ± Livro de Apuração do Lucro Real. O IR pode ser recolhido com base no Lucro Presumido, através a aplicação de uma porcentagem sobre a receita da empresa. 3.2.2 ± CSLL ± Contribuição Social sobre o Lucro Líquido É uma contribuição Social, com alíquota de 9%, e cuja base de cálculo é muito parecida com a base do IR. Também pode ser recolhida sobre o lucro ajustado (semelhante ao lucro real do IR) ou sobre o lucro presumido. 3.2.3 ± PIS/COFINS São contribuições que incidem sobre o faturamento das empresas. Podem ser na modalidade cumulativa ou não cumulativa. Atualmente as alíquotas são: PIS: Cumulativo = 0,65%; não cumulativo = 1,65 COFINS: Cumulativo = 3,0%, não cumulativo = 7,6% 3.2.4 ± ICMS e IPI O ICMS é o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços. É um imposto estadual, com alíquota variável, e é não cumulativo, ou seja, a empresa pode se creditar do ICMS sobre as compras. O IPI é o Imposto sobre Produtos Industrializados. Também é não cumulativo, e tem alíquotas variáveis. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 61 8P�SRQWR� LPSRUWDQWH�D� OHPEUDU�p�TXH�R�,&06�p�XP�LPSRVWR�³SRU�GHQWUR´��RX� VHMD�� Mi� FRQWD� QR� SUHoR� LQIRUPDGR�� HQTXDQWR� TXH� R� ,3,� p� ³SRU� IRUD´�� R� TXH� significa que o IPI é acrescido ao preço do produto. Normalmente, as questões informam as alíquotas que devem ser utilizadas. Vamos a um exemplo: a empresa KLS apresenta as seguintes informações: Custo unitário 90,00 Despesas Administrativas 14% IR e CSLL 25% ICMS 18% Margem de lucro desejada 6% Qual deve ser o preço de venda do produto? Esse tipo de questão pode ser resolvida facilmente através da estrutura da Demonstração do Resultado (DRE). Assim: R$ Base vendas Base IR Vendas ? 100% ICMS ? 18% Receita líquida ? 82% Custo dos produtos 90 ? Lucro Bruto ? ? Despesas administrativas ? 14% LAIR ? ? 100% IR e CSLL ? ? 25% Lucro líquido ? 6% 75% Vamos resolver de baixo para cima. Repare que o Lucro Líquido é 6% da base vendas, e 75% da base IR. Como o LAIR é 100%, podemos calcular o percentual do LAIR sobre as vendas. (6% / 75%) x 100% = 8 %. Vamos preencher esse valor na estrutura da DRE: R$ Base vendas Base IR Vendas ? 100% ICMS ? 18% Receita líquida ? 82% Custo dos produtos 90 ? 91501598287 - risonilza 3 Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br20 de 61 Lucro Bruto ? ? Despesas administrativas ? 14% LAIR ? 8% 100% IR e CSLL ? ? 25% Lucro líquido ? 6% 75% Agora, somando o percentual do LAIR de 8% com as despesas administrativas de 14%, obtemos o Lucro Bruto de 22% das vendas brutas. A Receita Líquida é de 82%. Para atingir o Lucro Bruto de 22%, o CPV deve ser de 82% - 22% = 60% Até o momento, a estrutura da DRE está assim: R$ Base vendas Base IR Vendas ? 100% ICMS ? 18% Receita líquida ? 82% Custo dos produtos 90 60% Lucro Bruto ? 22% Despesas administrativas ? 14% LAIR ? 8% 100% IR e CSLL ? ? 25% Lucro líquido ? 6% 75% Agora, para calcular o preço total, basta dividir o custo dos produtos, de $90, pelo percentual de 60%. Preço de venda = $ 90 / 60% = $150,00 Podemos agora preencher a estrutura da DRE completa: Vendas 150 100% ICMS 27 18% Receita líquida 123 82% Custo dos produtos 90 60% Lucro Bruto 33 22% Despesas administrativas 21 14% LAIR 12 8% 100% IR e CSLL 3 2% 25% Lucro líquido 9 6% 75% Muito bem. Vamos trocar de assunto: 91501598287 - risonilza 6 Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 61 4 ± DECISÃO DE COMPRAR OU PRODUZIR. Uma importante função da contabilidade de Custos é auxiliar a administração na decisão entre produzir ou comprar. Vamos a um exemplo simples: A empresa KLS produz as embalagens do seu principal produto. O custo fixo refere-se ao aluguel da fábrica, no total de $100.000, e é rateado com base na área utilizada. As informações de custo são as seguintes: Produto: Produção mensal: 1.000 unidades Material e mão de obra direta: $ 230/unidade Custos fixos atribuídos ao produto: $70.000 Custos fixos unitários: $70.000 / 1000 un. = $70 por unidades Custo unitário total: $230 + $ 70 = $300 Embalagem: Produção mensal: 1.000 unidades Material e mão de obra direta: $ 60/unidade Custos fixos atribuídos às embalagens: $30.000 Custos fixos unitários: $30.000 / 1000 un. = $30 por unidades Custo unitário total: $60 + $ 30 = $90 Um fornecedor ofereceu a venda das embalagens ao preço unitário de $ 70. A empresa deve aceitar? (observação: não iremos considerar nenhum imposto, para efeito didático). Á primeira vista, compensa. O custo da embalagem produzida internamente é de $ 90. O preço oferecido pelo fornecedor é de $70. Para a produção atual, de 1.000 unidades, resulta numa economia de $20.000 (($90 - $70) x 1000 un.). Mas já sabemos que a análise deve ser um pouco mais profunda. O custo fixo rateado refere-se ao aluguel da fábrica. Se a empresa desativar o setor de produção de embalagem, o custo fixo total (o aluguel da fábrica, no valor de $100.000) permanecerá. Mas agora será atribuído inteiramente ao produto. A comparação de custos fica assim: Produção interna das embalagens: Produto: Custo unitário total = $300 Embalagens: Custo unitário total = $90 Total produto + embalagem = $390 91501598287 - risonilza b Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 61 Já detalhamos acima o cálculo destes valores. Embalagens adquiridas de fornecedor: Produto: Produção mensal: 1.000 unidades Material e mão de obra direta: $ 230/unidade Custos fixos atribuídos ao produto: $100.000 (valor total do aluguel) Custos fixos unitários: $100.000 / 1000 un. = $100 por unidades Custo unitário total: $230 + $ 100 = $330 Embalagens: Preço para aquisição = $70 Total produto + embalagem = $330 + $ 70 = $400 A opção de comprar as embalagens produz um custo total maior, no valor de $400, ao invés de $390 no caso da produção interna. Isso ocorre devido ao custo fixo (aluguel da fábrica), que permanece e passa a ser atribuído ao produto, no caso da compra das embalagens. A diferença apontada ($10 por unidade) pode ser calculada diretamente, se compararmos o custo variável da produção da embalagem com o valor da compra com o fornecedor: Custo variável da embalagem: $60 Preço da compra com o fornecedor: $70 Ou seja, a empresa paga $10 a mais, comparando com o custo variável, e mantém os custos fixos. Mas não precisa ser necessariamente assim. Se a desativação da fábrica de embalagens eliminar parte ou mesmo a totalidade dos custos fixos, pode ser interessante aceitar a proposta do fornecedor. Vamos supor, no nosso exemplo, que a empresa KLS alugue duas fábricas: uma para fabricação do produto, com aluguel de $70.000, e outra para a produção de embalagens, com aluguel de $30.000. Se a empresa desativar a fábrica de embalagens, poderá devolver o imóvel e não terá o custo fixo do aluguel. Nesse caso, a compra das embalagens é mais vantajosa: Produção interna das embalagens: 91501598287 - risonilza d Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 61 Produto: Custo unitário total = $300 Embalagens: Custo unitário total = $90 Total produto + embalagem = $390 Embalagens adquiridas de fornecedor (supondo que o imóvel da fábrica de embalagens foi desocupado): Produto: Produção mensal: 1.000 unidades Material e mão de obra direta: $ 230/unidade Custos fixos atribuídos ao produto: $70.000 Custos fixos unitários: $70.000 / 1000 un. = $70 por unidades Custo unitário total: $230 + $ 70 = $300 Embalagens: Preço para aquisição = $70 Total produto + embalagem = $300 + $ 70 = $370 Além da eliminação dos custos fixos, há outra possibilidade para que a proposta do fornecedor seja interessante. Vamos supor que a empresa produza apenas 1.000 unidades por mês devido ao espaço disponível na fábrica de produto. Assim, a desativação da fábrica de embalagens poderia liberar espaço para o aumento da produção (naturalmente, estamos considerando que a empresa conseguirá vender a produção adicional pelo mesmo preço atual). Se considerarmos que a produção mensal aumentará para 1.300 unidades o custo do produto ficará assim: Produto: Produção mensal: 1.300 unidades Material e mão de obra direta: $ 230/unidade Custos fixos atribuídos ao produto: $100.000 (valor total do aluguel) Custos fixos unitários: $100.000/1300 un. = $77 por unidade (arredondamos) Custo unitário total: $230 + $ 77 = $307 Embalagens: Preço para aquisição = $70 Total produto + embalagem = $307 + $ 70 = $377 91501598287 - risonilza 2 Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 61 Essa opção é mais vantajosa para a empresa, comparada com o custo inicial de $390 por unidade. O ponto a destacar é que a análise não deve ser feita apenas na estrutura de custos atual. A empresa deve considerar possíveis mudanças na estrutura de produção, com a diminuição dos custos fixos ou o aumento da produção. Há também outros fatores a considerar: 1) se a empresa tem capital de giro para aumentar a produção e consegue vendê-la ao preço atual; 2) os riscos de depender de um fornecedor para a embalagem do produto; 3) a qualidade da embalagem produzida pelo fornecedor; E outras considerações que envolvem a administração da empresa, e não apenas os custos.Mas, se a decisão de comprar ou produzir não deve se basear unicamente no custo, não há dúvida de que este é um ponto de fundamental importância para tal decisão. 5. - CUSTO DE OPORTUNIDADE. CUSTOS PERDIDOS. CUSTOS IMPUTADOS. 5.1 - CUSTO DE OPORTUNIDADE CONCEITO: O custo de oportunidade é, sinteticamente, aquilo que a empresa sacrificou por ter preferido uma alternativa em substituição a outra. É, repita-VH��VHJXQGR�(OLVHX�0DUWLQV��³o quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos em uma alternativa ao invés de outra´�� O custo de oportunidade representa, em verdade, um conceito econômico, não-contábil, daí a sua pequena utilização na contabilidade, seja ela geral, seja ela de custos. Se a empresa se utilizou de um terreno para montar um estacionamento para carros, por exemplo, o custo de oportunidade representa o quanto ela deixou de ganhar por não ter alugado o espaço. A análise, todavia, com base tão-somente nos retornos apresentados é algo temerário, posto que não estamos levando em consideração algo essencial: O 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 61 RISCO. Quem garantiria que os clientes guardariam carros efetivamente dentro de meu estacionamento? E quem garantia que eu conseguiria, de pronto, alugar o galpão para terceiros? Assim, para resolver esse problema (de riscos distintos como regra) Eliseu Martins aponta duas soluções como viável: 1) Tomar como comparações investimento de mesmo risco; ou 2) Tomar sempre como parâmetro investimentos de risco zero (títulos do Governo Federal ou Caderneta de Poupança). Vamos exemplificar... A empresa acima citada investiu R$ 600.000,00 em imobilizado para seu negócio. Resolveu montar o empreendimento (estacionamento), obtendo os seguintes resultados: Receitas 1.000.000,00 (-) Custos totais 900.000,00 Lucro do projeto 100.000,00. Considere a inflação inexistente, um custo de oportunidade de 10% com base nos juros da caderneta de poupança (risco zero). Nosso custo de oportunidade é, nesta situação, R$ 60.000,00 (10% x R$ 600.000,00 ± esse é o valor que obteríamos se deixássemos no investimento de risco zero) Se tirarmos do lucro do projeto o custo de oportunidade de R$ 60.000,00, nosso resultado/lucro será, em verdade, de R$ 40.000,00 (100.000 ± 60.000), porquanto é este o valor que conseguimos a mais do que se tivéssemos aplicado o capital em investimento de risco zero. Contabilmente, este é o chamado VALOR ECONÔMICO AGREGADO (ECONOMIC VALUE ADDED ± EVA). No nosso caso: EVA: 100.000,00 ± 60.000,00 = R$ 40.000,00. EVA = LUCRO CONTÁBIL ± CUSTO DE OPORTUNIDADE. 5.2 - CUSTO DE OPORTUNIDADE E A TAXA DE RETORNO Outra hipótese que pode ser cobrada em prova (e são somente estas que nos interessam) é a comparação entre a avaliação constante do custo de oportunidade de determinado investimento e o retorno que uma ou mais linhas de produtos estão trazendo para a empresa. Senão vejamos... 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 61 A empresa Gabriel e Luciano LTDA fabrica os produtos X, Y, Z e W. Temos as seguintes informações: Produto X Y Z W Total Receita R$ 100.000,00 R$ 70.000,00 R$ 90.000,00 R$ 40.000,00 R$ 300.000,00 (-) Custos variáveis -R$ 80.000,00 -R$ 60.000,00 -R$ 75.000,00 -R$ 35.000,00 -R$ 250.000,00 Margem de contribuição R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 R$ 15.000,00 R$ 5.000,00 R$ 50.000,00 (-) Custos fixos R$ 30.000,00 Lucro R$ 20.000,00 Analisemos as hipóteses. PRIMEIRA HIPÓTESE Caso o investimento feito tenha sido de R$ 500.000,00, o retorno de R$ 20.000,00 não está sendo condizente com aquilo que esperávamos, se temos um custo de oportunidade de 10%, por exemplo. Neste caso, temos um retorno de 4% (20.000,00/500.000,00), enquanto esperávamos 10%. Isso resulta numa taxa negativa de 6%. Para este caso, alternativas como aumentar o preço de venda, bolar estratégias para aumentar o volume de vendas, reduzir custos ou substituir o produto que apresente menor margem de contribuição (neste caso w) são viáveis. Caso esses esforços sejam envidados e não haja melhoria, a saída é desistir do empreendimento. SEGUNDA HIPÓTESE Caso o investimento feito tenha sido de R$ 200.000,00 e tenhamos um custo de oportunidade de 5%, teremos então um resultado satisfatório, no caso concreto de 10% (20.000,00/200.000,00). Todavia, para melhorar ainda mais a rentabilidade, podemos substituir um ou mais produtos ou acrescentar outros produtos à linha de produção, sem a necessidade de aumentar o investimento. Nesta hipótese, deve ser analisada a margem de contribuição. Dos nossos produtos, seria interessante qualquer produto que apresente margem de contribuição maior do que R$ 5.000,00 (maior que a margem de w), independentemente de a quantidade produzida ser maior ou menor. TERCEIRA HIPÓTESE Supondo um investimento de R$ 500.000,00 (retorno 20.000/500.000 = 4%). 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 61 Podemos excluir o produto que apresente menor margem de contribuição, no nosso caso w. O produto w apresenta uma margem de R$ 5.000,00. A empresa pode desativar este produto, reduzindo o investimento em R$ 100.000,00. Retirando w, ainda haverá uma diminuição dos custos fixos nos montante de R$ 7.000,00. O lucro de R$ 20.000,00 se transformaria neste caso em R$ 22.000,00 (20.000,00 ± 5.000 + 7.000). Certamente, a retirada do produto da fabricação é algo interessante, posto que houve aumento do lucro, tanto em termos absolutos (R$ 2.000,00), como em termos relativos (22.000/400.000 = 5,5%). Além disso, a empresa terá disponibilidade no montante de R$ 100.000,00 para aplicar em outro negócio que lhe for conveniente. 5.3 - CUSTOS PERDIDOS (SUNK COSTS) CONCEITO: Custos perdidos são valores que já foram gastos no período e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro. Por isso são irrelevantes para as tomadas de decisões, a não ser o que diz respeito a seus efeitos sobre o fluxo de caixa, principalmente por sua influência na distribuição do Imposto de Renda ao longo dos exercícios. (Eliseu Martins). Alguns autores denominam a expressão custos perdidos como custos afundados, custos passados e custos irrecuperáveis. 5.4 - CUSTOS IMPUTADOS Segundo Eliseu Martins: CONCEITO: Custo imputado é um valor apropriado ao produto para efeitos internos, mas não contabilizável. O Custo de Oportunidade é seu exemplo maior, representando o quanto está sendo o sacrifício da empresa em empregar determinado recurso num projeto, ao invés de em outra alternativa. Quando dissemos sobre o custo de oportunidade, dissemos que este é um valor não contabilizável, é um conceito econômico. Este é o grande exemplo de custo imputado. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 61Os custos imputados não são contabilizáveis por diversas causas: são conceitos subjetivos, não geram gastos, despesas, efetivas para a empresa, são polêmicos, são utilizados apenas para informação gerencial, etc. 6 - ANÁLISE DO CUSTO DIFERENCIAL Frequentemente, as empresa se deparam com a escolha de diferentes opções: comprar um veículo ou alugar, fabricar ou comprar determinado produto. O Custo Diferencial é aquele que resulta da escolha de determinada alternativa, em comparação com as outras. A Análise de Custos Diferenciais é uma técnica que consiste em focalizar os custos que apresentam diferenças nas alternativas. Assim, se determinado custo for o mesmo nas duas alternativas, a sua análise não é importante. 7. RESUMO GERAL ��� ³Controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar DWLWXGHV� SDUD� VXD� FRUUHomR´�� �(OLVHX� 0DUWLQV�� ³&RQWDELOLGDGH� GH� &XVWRV´�� ��� Edição, 2010, pg.305). 2. Custo Padrão ideal: É o que seria alcançado com o uso dos melhores materiais possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da capacidade da empresa. 3. Custo Padrão corrente: É o valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença de levar em conta as deficiências sabidamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia, etc. É um valor que a empresa considera difícil de ser alcançado, mas não impossível. �(OLVHX�0DUWLQV��³&RQWDELOLGDGH�GH�&XVWRV´�. 4. Custo Padrão estimado: É resultante dos valores observados em períodos anteriores. Considera que a média do custo de períodos passados é um número válido e apenas efetua algumas modificações esperadas, como o volume de produção, mudança de equipamentos, etc. 5. Há, basicamente, duas finalidades do custo-padrão: a contabilização do custo através do custo-padrão; e a análise das variações entre o custo real e o custo padrão (controle). 6. Há três variações para calcular no Custo Padrão: Variação de Quantidade, variação de Preço e variação Mista. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 61 7. O preço de venda SRGH�VHU�HVWDEHOHFLGR�³GH�IRUD�SDUD�GHQWUR´��DWUDYpV�GD� análise do preço dos concorrentes, dos produtos similares, do potencial de FRQVXPR�GR�PHUFDGR��RX�³GH�GHQWUR�SDUD�IRUD´��SDUWLQGR�GR�FXVWR�GRV�SURGXWRV�� Na contabilidade, estudamos a formação do preço de venda a partir do Custo. 8. O custo de oportunidade é, sinteticamente, aquilo que a empresa sacrificou por ter preferido uma alternativa em substituição a outra. 9. Custos perdidos são valores que já foram gastos no período e que, mesmo que ainda não contabilizados totalmente como custos, o serão no futuro. Por isso são irrelevantes para as tomadas de decisões. 10. Custo imputado é um valor apropriado ao produto para efeitos internos, mas não contabilizável. 11. A Análise de Custos Diferenciais é uma técnica que consiste em focalizar os custos que apresentam diferenças nas alternativas. Assim, se determinado custo for o mesmo nas duas alternativas, a sua análise não é importante. Chegamos ao fim da teoria. Vamos resolver algumas questões? 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 61 8 - QUESTÕES COMENTADAS 1. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2) No mês de agosto de 2016, a ,QG~VWULD�³$´�SURGX]LX�����XQLGDGHV�GH�XP�GHWHUPLQDGR�SURGXWR�H�DSUHVHQWRX� a seguinte composição do custo de produção: Para apurar o custo de produção, adota-se o Custeio por Absorção. No início do mês de setembro de 2016, a Indústria recebe uma proposta para adquirir 600 SHoDV�VHPLDFDEDGDV�GD�,QG~VWULD�³%´�D�XP�FXVWR�GH�5��������SRU�XQLGDGH��H� mais um frete de R$40,00 por unidade. 3DUD� SURFHVVDU� H� DFDEDU� HVVH� ORWH� DGTXLULGR� GD� ,QG~VWULD� ³%´�� HP� YH]� GH� SURGX]LU�LQWHJUDOPHQWH�R�ORWH�GH�SHoDV�LQWHUQDPHQWH��D�,QG~VWULD�³$´�LQFRUUHULD� nos seguintes custos: Diante das informações apresentadas, assinale a alternativa CORRETA. D��$�,QG~VWULD�³$´�GHYH�UHFXVDU�D�SURSRVWD��SRLV�R�FXVWR�XQLWiULR�GD�SHoD�VHUi� de R$915,00, que é maior do que o custo atual, no valor de R$700,00. E�� $� ,QG~VWULD� ³$´� GHYH� DFHLWDU� D� SURSRVWD�� SRLV�� FRP� UHGXomR� GRV� FXVWRV� GH� fabricação, o custo unitário da peça será de R$894,00, que é menor que o custo atual, no valor de R$920,00. F��$�,QG~VWULD�³$´�GHYH�DFHLWDU�D�SURSRVWD��SRLV�R�FXVWR�XQLWiULR�GH�FDGD�SHoD� será de R$890,00, que é menor que o custo atual, no valor de R$920,00. G��$�,QG~VWULD�³$´�GHYH�recusar a proposta, pois o custo unitário da peça será de R$934,00, que é maior do que o custo atual, no valor de R$920,00. Comentários: 4XHVWmR� TXH� WUDWD� GH� ³&XVWRV� SDUD� GHFLVmR´�� LVWR� p�� GHFLV}HV� JHUHQFLDLV� baseadas nas informações obtidas pela Contabilidade de Custos. Para analisarmos as hipóteses previstas, é necessário que tenhamos informações como o custo unitário do produto produzido integralmente pela empresa, bem como o custo unitário do produto adquirido semiacabado. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 61 Como a empresa adota o Custeio por absorção, todos os custos, diretos, indiretos, fixos, variáveis serão apropriados aos produtos. Custo Unitário do Produto produzido integralmente pela empresa: Custo Unitário do produto produzido parcialmente pela empresa: Concluímos que, se a empresa produzir integralmente os produtos, o custo unitário será de R$ 920,00 e se ela terceirizar parte da produção, o custo unitário aumentará para R$ 934,00. Analisando o cenário, diante das variáveis apresentadas, a empresa deve RECUSAR a proposta, visto que ela acarretará em AUMENTO de custos. GabaritoÆ D 2. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 ± 2) Uma Sociedade Empresária apresenta os seguintes dados: --- Custo de Aquisição dos produtos R$10,00 --- ICMS sobre a venda 18,00% --- PIS sobre a venda 0,65% --- Cofins sobre a venda 3,00% --- Comissão sobre as vendas 5,00% --- Margem líquida desejada 40,00% Matéria-prima(a) 84.000,00R$ Mão de Obra Direta9b) 336.000,00R$ Custos Fixos (c ) 132.000,00R$ Custo Total(d=a+b+c) 552.000,00R$ nº unidades(e) 600 Custo Unitário(d/e) 920,00R$ Custo de aquisição(a) 850,00R$ Frete(b) 40,00R$ Custo Parcia(c=a+b ) 890,00R$ Matéria-prima(d) 9.000,00R$ Mão de Obra Direta(e) 6.000,00R$ Custos Fixos (f) 11.400,00R$ Custo Total(g=d+e+f) 26.400,00R$ nº unidades(h) 600 Custo Unitário a apropriar(i=g/h) 44,00R$ Custo Unitário Total(c+i) 934,00R$ 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 61 Com base nos dados informados, o preço de venda mínimo do produto deve ser de, aproximadamente: a) R$13,63.b) R$18,18. c) R$26,08. d) R$29,99. Comentários: Podemos resolver facilmente esta questão usando a estrutura da Demonstração dos Resultados. Assim: DRE Valor Percentual Receita Bruta (Preço de venda) 100,00% (-) ICMS sobre venda -18,00% ( -) PIS sobre venda -0,65% (-) Cofins sobre venda -3,00% Receita Líquida 78,35% Custo Mercadoria Vendida R$ 10,00 ??????? (-) Comissões sobre a venda 5,00% Margem líquida desejada 40,00% Receita líquida 78,35% - Comissões 5,00% = 73,35% 73,35% - CMV = 40% CMV = 33,35% Agora só precisamos dividir o CMV de $10,00 pelo percentual encontrado de 33,35%: $10,00 / 33,35% = R$29,99 Aqueles versados nas artes matemáticas e aritméticas (o que infelizmente não é o meu caso...), podem resolver assim: 100% - 18% - 0,65% - 3% - 5% - 40% = 33,35% $10,00 / 33,35% = R$ 29,99 A DRE completa fica assim: DRE Valor Percentual Receita Bruta (Preço de venda) R$ 29,99 100,00% (-) ICMS sobre venda -R$ 5,40 -18,00% ( -) PIS sobre venda -R$ 0,19 -0,65% (-) Cofins sobre venda -R$ 0,90 -3,00% 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 61 Receita Líquida R$ 23,50 78,35% Custo Mercadoria Vendida -R$ 10,00 -33,34% Lucro Bruto R$ 13,50 45,01% (-) Comissões sobre a venda -R$ 1,50 -5,00% Margem líquida desejada R$ 12,00 40,00% Gabarito Æ D 3. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2014-1) Uma indústria estabeleceu os seguintes padrões de consumo de matéria-prima para cada unidade de produto fabricado: Tipo de Matéria-Prima Quantidade Preço A 2 kg R$1,50 por kg B 3 m2 R$4,00 por m2 No mês de janeiro de 2014, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto, e ocorreu o seguinte consumo de matéria-prima: Tipo de Matéria prima Quantidade total consumida Custo da matéria prima consumida A 4.000 kg R$ 6.800,00 B 6500 m² R$ 26.000,00 Com base nos dados fornecidos e em relação ao custo com matéria-prima: A) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de preço desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima B. b) o custo padrão superou o custo real em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de preço desfavorável na matéria-prima B. C) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de preço desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima B. D) o custo real superou o custo padrão em R$2.800,00, em decorrência de uma variação de quantidade desfavorável na matéria-prima A, e uma variação de preço desfavorável na matéria-prima B. Comentário: Vamos calcular a quantidade e o preço reais para cada matéria prima: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 61 Matéria prima A: Quantidade 4.000 kg / 2.000 unidades = 2 kg por unidade Preço: R$6.800,00 / 4.000 kg = $1,70 por kg. Matéria prima B: Quantidade 6.500 m² / 2.000 unidades = 3,25 m² Preço: R$ 26.000,00 / 6.500 m² = $4,00 por m². Vamos comparar: MP A - REAL MP A - Padrão Diferença Quantidade 2 2 zero Preço $1,70 $1,50 $0,20 Total A $ 3,40 $ 3,00 $ 0,40 MP B - REAL MP B - Padrão Diferença Quantidade 3,25 3 0,25 Preço $ 4,00 $ 4,00 zero Total B $ 13,00 $ 12,00 $ 1,00 TOTAL A + B $ 16,40 $ 15,00 $ 1,40 Custo padrão total (A + B): $15,00 x 2.000 unidades = $30.000,00 Custo Real Total (A+B): $16,40 x 2.000 unidades = $32.800,00 Assim, o custo real superou o custo padrão em $2.800,00, devido ao aumento no preço da matéria prima A e ao aumento da quantidade da matéria prima B. Gabarito Æ C 4. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2013-2) Uma Sociedade elaborou o orçamento para o ano de 2013 com base em dados históricos do ano de 2012 e com base nas estimativas estabelecidas por seus gestores. _ Os seguintes dados históricos foram apresentados: Custo das mercadorias vendidas no ano de 2012 R$1.050.000,00 Estoque médio do ano de 2012 R$175.000,00 _ Dados estimados para o ano de 2013: Estoque médio R$200.000,00 Fator de multiplicação Markup 1,80 Tributos incidentes sobre a receita 20% Considera-se que a empresa estima que o giro do estoque será igual ao de 2012 e que o preço de venda é estabelecido, multiplicando-se o custo estimado da mercadoria. De acordo com o giro do estoque, pelo Markup, o Lucro Bruto orçado para o ano de 2013 será de: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 61 A) R$462.000,00. B) R$492.800,00. C) R$528.000,00. D) R$678.000,00. Comentário: Como a empresa pretende manter o mesmo giro do estoque, podemos calcular rapidamente o custo das mercadorias vendidas estimado para 2013 assim: CMV 2013 = (Estoque médio 2013 / Estoque médio 2012) x CMV2012 CMV 2013 = ($200.000,00 / $175.000,00) x $1.050.000,00 CMV 2013 = $1.200.000,00 Receita 2013 = CMV 2013 x Markup Receita 2013 = $1.200.000,00 x 1,80 = $2.160.000,00 Agora, é só esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) R$ Receita Bruta 2.160.000,00 (-) Tributos sobre vendas (20%) - 432.000,00 Receita líquida 1.728.000,00 (-) Custo mercadoria vendida (CMV) - 1.200.000,00 Lucro Bruto 528.000,00 Gabarito Æ C 5. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012-2) Uma sociedade estabeleceu os seguintes padrões para sua principal matéria prima e para a mão de obra direta: Consumo Preço Matéria-prima 2kg por unidade R$4,00/kg Mão de obra 3 horas por unidade R$2,00/hora --- A produção do período foi de 5.000 unidades. --- Foram utilizados 12.000kg de matéria-prima e 15.500 horas de mão de obra direta. --- O custo de mão obra direta foi de R$29.450,00. --- No início do período não havia Estoque de matéria-prima. --- Durante o período, foram comprados 50.000kg de matéria-prima ao custo total de R$205.000,00. Considerando os dados e a apuração de custos, é CORRETO afirmar que, em relação à quantidade: A) a variação da Matéria Prima é R$1.200,00 negativa e a variação da Mão de obra é R$1.550,00 positiva. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 61 B) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 negativa e a variação da Mão de obra é R$1.000,00 negativa. C) a variação da Matéria Prima é R$8.000,00 positiva e a variação da Mão de obra é R$1.000,00 positiva. D) a variação da Matéria Prima é R$9.200,00 negativa e a variação da Mão de obra é R$550,00 positiva. Comentário: Matéria Prima: Quantidade Real = 12.000 kg / 5.000 unidades = 2,4 kgs. Preço Real = R$ 205.000,00 / 50.000 kgs = R$ 4,10 Mão de Obra: Quantidade Real = 15.500 horas / 5.000 unidades= R$ 3,10 Preço = $29.450,00 / 15.500 horas = $1,90 Comparação Real x Padrão: Matéria Prima MP REAL MP Padrão Diferença Quantidade 2,4 2,0 0,4 Preço R$ 4,10 R$ 4,00 R$ 0,10 Total MP R$ 9,84 R$ 8,00 R$ 1,84 Mão de Obra Mão de obra real Mão de obra padrão Diferença Quantidade 3,1 3,0 0,1 Preço R$ 1,90 R$ 2,00 - R$ 0,10 Total MO R$ 5,89 R$ 6,00 - R$ 0,11 TOTAL MP + MO R$ 15,73 R$ 14,00 R$ 1,73 Variação da quantidade de Matéria prima: 0,4 x $4,00 = $1,60 x 5.000 unidades = $ 8.000,00 desfavorável (o custo real foi maior que o custo padrão). Variação da quantidade de Mão de Obra: 0,1 x $ 2,00 = $ 0,20 x 5000 unidades = $ 1.000,00 desfavorável (o custo real foi maior que o custo padrão). $�TXHVWmR�PHQFLRQD�³YDULDomR�QHJDWLYD´��(QWHQGD�FRPR�GHVIDYRUiYHO� Gabarito Æ B 6. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012-1) Uma empresa industrial estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade: 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 61 QUANTIDADE PREÇO Matéria-Prima 0,5 kg R$4,00 por kg Mão de Obra Direta 15 minutos R$10,00 por hora Em determinado período, foram produzidos 10.000 produtos, com os seguintes custos reais: QUANTIDADE PREÇO Matéria Prima 6.500 kg R$4,20 por kg Mão de Obra Direta 2.500 h R$12,00 por hora Em relação aos custos apurados no período e variações do custo real em comparação ao custo padrão, assinale a opção INCORRETA. A) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável. B) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no preço. C) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de matéria prima e R$2,50 de custo com mão de obra. D) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra. Comentário: Vamos calcular inicialmente a quantidade e o preço reais para a matéria prima e a mão de obra. Atenção especial com a mão de obra, o tempo está em minutos e o valor em horas. Matéria prima: Quantidade 6.500 kg / 10.000 unidades = 0,65 kg por unidade Preço: R$ 4,20 por kg. Mão de obra: Quantidade 2.500 h. / 10.000 unidades = 0,25 h x 60 min = 15 min Preço: R$ 12,00 por hora. Agora, comparar: Matéria Prima MP REAL MP Padrão Diferença Quantidade 0,65 0,5 0,15 Preço R$ 4,20 R$ 4,00 R$ 0,20 Total A R$ 2,73 R$ 2,00 R$ 0,73 Mão de Obra Mão de obra real Mão de obra padrão Diferença Quantidade 15 min 15 min zero 91501598287 - risonilza ==36bd2== Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 61 Preço $ 12 por hora $ 10 por hora 2 Total B R$ 3,00 R$ 2,50 R$ 0,50 TOTAL A + B R$ 5,73 R$ 4,50 R$ 1,23 Finalmente, vamos analisar as alternativas: A) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável. ERRADO. A variação no custo da matéria prima foi de R$ 0,73, mas foi desfavorável, pois o custo real foi maior que o custo padrão. B) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no preço. CERTO. Pois não houve variação na quantidade de mão de obra unitária. C) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de matéria prima e R$2,50 de custo com mão de obra. CERTO. Confira na tabela acima os números mencionados, que destacamos em negrito. D) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra. CERTO. Confira na tabela acima os números mencionados, que destacamos em negrito. Gabarito Æ A 7. (FUNDATEC/Prefeitura de Viamão-RS/Contador/2012) Determinada empresa utiliza o Custeio por Absorção para a apuração dos seus custos industriais e, no período analisado, apresentou a seguinte situação: Custos Padrão Unitário Custo Real Unitário Materiais Diretos R$ 220 Materiais Diretos R$ 240 Mão de Obra Direta R$ 100 Mão de Obra Direta R$ 110 Custos Indiretos R$ 75 Custos Indiretos R$ 70 A partir dessas informações, qual das afirmações abaixo está INCORRETA? A) A expectativa na projeção dos custos para o período subestimou o custo da mão de obra direta. B) Num mercado sem oscilação de preços, o custo com materiais diretos por unidade não irá variar, de acordo com o volume produzido. C) No estabelecimento do Custo-Padrão Unitário, os custos indiretos foram superestimados. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 61 D) O Custo-Real Unitário variou favoravelmente em relação ao Custo-Padrão Unitário. E) O Custo-Real Unitário da mão de obra direta foi superior ao estimado no Custo-Padrão Unitário. Comentários: Vamos analisar as alternativas: A) A expectativa na projeção dos custos para o período subestimou o custo da mão de obra direta. CERTO. O custo da mão de obra projetado (custo padrão) foi de $100, e o custo real foi de $110. B) Num mercado sem oscilação de preços, o custo com materiais diretos por unidade não irá variar, de acordo com o volume produzido. CERTO. O custo variável unitário não se altera com o volume de produção. Vamos considerar, por exemplo, a produção de automóveis, com 5 pneus cada um (4 rodas + um estepe). Cada pneu custa 100 reais, portanto o custo variável unitário é de $500. Pois bem: quer a empresa fabrique 100, 1.000 ou 5.000 automóveis, cada um continuará usando 5 pneus e terá custo variável unitário de $500. (considerando apenas o custo dos pneus, naturalmente). C) No estabelecimento do Custo-Padrão Unitário, os custos indiretos foram superestimados. CERTO. O custo padrão foi de 75 e o custo real de 70. D) O Custo-Real Unitário variou favoravelmente em relação ao Custo-Padrão Unitário. ERRADO. O custo Real unitário foi de 240+110+70 = 420 e o custo padrão unitário foi de 220+100+75 = 395. E) O Custo-Real Unitário da mão de obra direta foi superior ao estimado no Custo-Padrão Unitário. CERTO. O custo da mão de obra projetado (custo padrão) foi de $100, e o custo real foi de $110. Gabarito Æ D 8. (FUNDATEC/Pref. De Charqueadas±RS/Contador/2011) Considere as afirmações a seguir: I. O Custo-Padrão Corrente representa o valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, considerando as deficiências existentes. 91501598287 - risonilza Contabilidade de Custos para o EXAME 2017 - 2 Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo ± Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 61 II. O Custo-Padrão Ideal representa uma meta da empresa a longo prazo, e não a fixada para o próximo período ou para determinado mês. III. O Custo-Padrão Ideal é extremamente abrangente, sendo uma ferramenta para utilização constante. IV. O Custo-Padrão Corrente representa o custo que deveria ser na realidade, enquanto o Custo Estimado representa o que deverá ser. Considerando a nomenclatura e a classificação dos custos, quais estão corretas? A) Apenas I, II e III. B) Apenas I, II e IV. C) Apenas I, III e IV. D) Apenas II, III e IV. E) I, II, III e IV. Comentários: Vejamos as definições: Custo Padrão
Compartilhar