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ADMINISTRAÇÃO E CUSTOS INDUSTRIAIS (11/05/18) Gestão de Estoque A gestão de estoque é extremamente importante para o sucesso de uma empresa, especialmente as voltadas para a produção de bens. Falar em gestão de estoque, logística e armazenagem de matérias remete logo de cara a suor, trabalho pesado e muita mão na massa. Trabalhar com gestão de estoque é algo muito desafiador, porém hoje em dia é desnecessário um trabalho cansativo e completamente braçal. Mas o que de fato é a gestão de estoque? No que se refere à indústria e ao comércio, a gestão de estoque trata do controle e da administração dos recursos materiais da organização e que geram receita para a mesma. Uma loja de varejo, por exemplo, como uma loja de departamentos ou mercearia não costuma disponibilizar de uma única vez todos os produtos que são vendidos, e parte dessa mercadoria é mantida em um estoque onde existe uma pessoa ou equipe que é responsável por fazer o seu gerenciamento. A gestão de estoque é extremamente importante para o sucesso de uma empresa, especialmente as voltadas para a produção de bens, mas muitas empresas têm dificuldades em realizar essa tarefa de forma profissional. A grande dificuldade de gestão está ligada à falta de conhecimento dos empreendedores de como realizar o planejamento dos produtos em estoque. Confira alguns princípios básicos para realizar este gerenciamento: 1. Defina a quantidade de estoque Analise sua demanda para definir a quantidade de produtos a serem estocados. Não adianta estocar uma grande quantidade de produtos cuja procura seja baixa, assim como o oposto, é preciso garantir o fornecimento das mercadorias que são mais comercializadas. 2. Invista nos inventários Chamamos de inventário a soma dos produtos na loja e no armazém. Para isso, procure por tecnologias que podem auxiliar no gerenciamento. As ferramentas online são cada vez mais baratas e acessíveis, e podem ajudar nos fluxos de caixa e até mesmo na emissão de notas fiscais. 3. Defina um responsável É primordial que uma pessoa fique responsável por controlar e gerir o seu estoque. É importante ainda que o(s) responsável esteja preparado para prever a necessidade de cada produto. 4. Escolha o modelo de reposição correto As reposições dos diferentes produtos podem ser contínuas ou periódicas. A reposição contínua mantém baixo o nível de estoque, realizando pedidos com maior frequência, o que diminui os gastos com armazenagem. A reposição periódica consiste em pedidos que são recebidos num tempo determinado, mas há o risco de faltar algum produto caso os hábitos de consumo se alterem ou ocorra aumento nas vendas. A reposição contínua é adotada normalmente para produtos de maior valor agregado e os pedidos são realizados quando o estoque estiver acabando. Para otimizar o tempo e o trabalho da gestão de estoques, é importante contar com uma infraestrutura e com materiais adequados. A movimentação de materiais em grande quantidade ou muito pesados deve ser feita utilizando ferramentas adequadas como empilhadeiras e paleteiras. As empilhadeiras são equipamentos para carregar cargas e são divididas em diversos grupos, mas destacamos aqui dois modelos principais: as manuais e as elétricas. As empilhadeiras elétricas, como o nome já diz, são movidas a eletricidade. Elas operam silenciosamente, o que a torna ideal para ser utilizada em lugares fechados, tais como depósitos, armazéns ou câmaras frigoríficas. Geralmente esse equipamento é destinado à tarefas em corredores estreitos, normalmente possuem uma torre de elevação com grande altura aumentando consideravelmente a capacidade de armazenagem e estocagem em prateleiras. Vantagens das empilhadeiras elétricas: Silenciosa. Possui menor ruído em relação às outras Não emitem fumaças, poluentes ou gases tóxicos Podem ser operadas em áreas de risco Por serem menores podem ser utilizadas em corredores estreitos Menor custo de manutenção As empilhadeiras manuais estão disponíveis no mercado com uma variedade muito grande e diferentes tipos atendendo a diferentes necessidades, mas o grande diferencial deste equipamento é em relação ao operador que pode operá-la em pé sobre o equipamento ou caminhando. Mesmo exigindo força física, a empilhadeira manual possui diversas vantagens quando comparadas às empilhadeiras motorizadas ou elétricas. Veja abaixo: Custo-benefício: sem utilizar motor, o custo da empilhadeira é bem inferior em relação aos outros modelos Treinamento: por não ser uma máquina de tração própria, não é obrigatório o operador ter um treinamento específico para realizar o trabalho. Com alguns minutos de prática o funcionário está pronto para operar Ecologicamente correta: por ser manual, não emite fumaça e poluentes, o que é essencial para operar em locais fechados e em longo prazo. A paleteira por sua vez, se trata de um tipo de empilhadeira manual, cuja a principal função é fazer o deslocamento de materiais. Essa ferramenta também é conhecida como paleteira hidráulica, transpalete ou carro hidráulico, e é de simples manutenção. Assim, é simples vê-la com outros olhos, mais como um aparelho estratégico nas movimentações. Veja as vantagens de ter uma paleteira como ferramenta de organização do seu estoque: Custo baixo em relação à empilhadeira elétrica. Equipamento de fácil manuseio. Não necessita de treinamento e nem demanda muito tempo para aprender a utilizar. Por fim, o que se pode concluir é que a gestão de estoques é um desafio para a maioria das empresas, porém a organização do mesmo, evita acúmulo ou falta de produtos, além de ajudar a controlar as finanças e o espaço físico da empresa. ALTERNATIVAS BÁSICAS QUE DEVEM SER SEGUIDAS PARA PRODUÇÃO EM RELAÇÃO À DEMANDA: 1 – MANTER A TAXA DE PRODUÇÃO CONSTANTE. NESTE CASO INDEPENDENTE DAS VARIAÇÕES DE PRODUÇÕES PREVISTAS NA DEMANDA, MANTEMOS UM PLANO DE PRODUÇÃO COM NÍVEIS CONSTANTES. EM UM PERIODO PRODUZ E ARMAZENA ESTOQUE, OUTRO CONSOME E NOUTRO VOLTA A PRODUZIR E ARMAZENAR ESTOQUE. A ALTERNATIVA PRIVILEGIA A MANUTENÇÃO DE UM RITMO PRODUTIVO CONSTANTE, FAZENDO COM QUE OS RECURSOS PRODUTIVOS TRABALHEM MAIS EFICIENTEMENTE, PORÉM O FATO DE TER QUE CARREGAR ESTOQUES, DEPENDENDO DA VARIAÇÃO DA DEMANDA, PODEM ACARRETAR CUSTOS SIGNIFICATIVOS, E ATÉ, MUITAS VEZES, PELAS PRÓPRIAS CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS FORNECIDOS (PERECÍVEIS, COM VIDA ÚTIL CURTA, SERVIÇOS, ETC. PODEM TORNAR-SE INVIÁVEIS. 2 – MANTER UMA TAXA DE PRODUÇÃO CASADA COM A DEMANDA A PRODUÇÃO É GERENCIADA PELO NIVEL DE VENDAS. ESTE PLANO EVITA ESTOQUES PELA FLEXIBILIZAÇÃO DA PRODUÇÃO. PARA SISTEMAS PRODUTIVOS QUE OS BENS OU SERVIÇOS SÃO PERECÍVEIS, OU EXIGEM A PRESENÇA DO CONSUMIDOR NO MOMENTO DE SUA EXECUÇÃO, ESTA É A ALTERNATIVA MAIS VIÁVEL. PORÉM , NORMALMENTE PROCURA-SE NÃO VARIAR EM DEMASIA OS NIVEIS DE PRODUÇÃO, POIS OS CUSTOS DE CONSTRATAÇÕES E DEMISSÕES DE MÃO DE OBRA, HORAS EXTRAS, SUBCONTRATAÇÕES ETC. SÃO ALTOS E DEVEM SER EMPREGADOS COM CAUTELA 3 – TAXA DE PRODUÇÃO EM PATAMARES É A MAIS EMPREGADA E CONSISTE NA COMBINAÇÃO DAS 2 ANTERIORES. PROCURA ACOMPANHAR A DEMANDA ALTERANDO A TAXA DE PRODUÇÃO EM PATAMARES DE TEMPO QUE PERMITAM CERTO RITMO DE PRODUÇÃO E REDUZEM OS NÍVEIS DE ESTOQUE. Os Passos Básicos para gerar um Plano de Produção são os seguintes: 1- Agrupar os produtos em Famílias afins; 2- Estabelecer o horizonte e o período de tempo a serem incluídos no plano; 3- Determinar a previsão de demandas destas famílias para os períodos no horizonte de planejamento; 4- Determinar a capacidade de produção pretendida por períodos, para cada alternativa disponível (turno normal, turno extra, subcontratações, etc.);5- Definir a politica de produção e estoques que balizarão o plano (por ex, manter um estoque de segurança de 10% da demanda,, não atrasar entregas, ou buscar estabilidade para mão de obra para pelo menos seis meses, etc.) 6- Determinar os custos de cada alternativa de produção disponível; 7- Desenvolver planos de produção alternativos e calcular os custos decorrentes; 8- Analisar as restrições de capacidade produtiva; 9- Eleger o plano mais viável estrategicamente. OS PLANOS DE PRODUÇÃO SÃO DESENVOLVIDSO EM PLANILHAS QUE AJUDAM A CALCULAR E RESUMIR AS ALTERNATIVAS PESQUISAS E COM AS FACILIDADES COMPUTACIONAIS ATUALMENTE DISPONÍVEIS, PODE-SE VISUALIZAR OS RESULTADOS PARA TOMADA DE DECISÕES. EXEMPLO ILUSTRATIVO: DESENVOLVER UM PLANO DE PRODUÇÃO EM UMA FAMILIA DE PRODUTOS, PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS COM PERIODOS TRIMESTRAIS. OS DADOS DE ESTOQUES, PREVISÃO DE DEMANDA E CUSTOS SÃO APRESENTADOS NA TABELA ABAIXO : Periodo 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. Total Demanda 200 200 200 300 400 300 200 200 2000 Estoque Inicial 50 Custos: Produtivos: Turno Normal = $ 4 por unidade Turno Extra = $ 6 por unidade Subcontratação =$ 10 por unidade De Estocagem : $ 2 por unidade por trimestre sobre o estoque médio De atraso na entrega: $ 20 por unidade por trimestre Na 1ª alternativa vamos supor que a estratégia adotada seja de manter a capacidade produtiva constante de 250 unidades/ trimestre (2000/8=250) e utilizar os estoques para absorver as variações de demanda. Iremos admitir atrasos e transferências de entregas para os períodos seguintes. Periodo 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. Total 1-Demanda dado 200 200 200 300 400 300 200 200 2000 Produção: 2-Normal Capacidade constante 250 250 250 250 250 250 250 250 2000 3-Turno Extra 4-Subcontratação 5-Produção- Demanda (2–1) 50 50 50 (50) (150) (50) 50 50 0 Estoques : 6-Inicial (*) dado (6+5) 50(*) 100 150 200 150 0 0 (50) 0 7-Final (5+6) 100 150 200 150 0 0 (50) 0 50 8-Médio (6+7)/2 75 125 175 175 75 0 0 25 650 9-Atrasos (vide 7) 0 0 0 0 0 50 0 0 50 Custos $ Produção: 10- Normal (2*4 $ (dado)) 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 8000 11-Turno Extra 12-Subcontratação 13-Estoques (8*2$) 150 250 350 350 150 0 0 50 1300 14-Atrasos 0 0 0 0 0 1000 0 0 1000 TOTAL $ 1150 1250 1350 1350 1150 2000 1000 1050 10300 Resultado da 1ª ALTERNATIVA DISPOSTA ACIMA: Conforme verificado na Planilha acima, este plano de produção apresenta um custo total de $10.300, sendo $8000 referentes a produção em regime normal das 2000 unidades, $1300 de custos de armazenagem do estoque médio de 650 unidades, e $1000 devido ao atraso de entregas, no sexto trimestre, de 50 unidades por um trimestre. Na 2ª alternativa vamos admitir a introdução de turnos extras de até 40 unidades por trimestre, um ritmo de produção normal de 230 unidades e a possibilidade de atrasar e entregar pedidos nos períodos seguintes. Periodo 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. Total 1-Demanda dado 200 200 200 300 400 300 200 200 2000 Produção: 2-Normal 230 230 230 230 230 230 230 230 1840 3-Turno Extra 20 40 40 40 140 4-subcontratação 5-Produção-Demanda (2–1) 30 30 50 (30) (130) (30) 30 30 (20) Estoques : 6-Inicial (*) dado (6+5) 50(*) 80 110 160 130 0 0 (30) 0 7-Final (5+6) 80 110 160 130 0 0 (30) 0 30 8-Médio (6+7)/2 65 95 135 145 65 0 0 15 520 9-Atrasos (vide 7) 0 0 0 0 0 30 0 0 30 Custos $ Produção: 10- Normal (2*4 $ (dado)) 920 920 920 920 920 920 920 920 7360 11-Turno Extra (3*6 $ (dado)) 0 0 120 240 240 240 840 12-Subcontratação 13-Estoques (8*2$ (dado)) 130 190 270 290 130 0 0 30 1040 14-Atrasos (9*20$ (dado)) 0 0 0 0 0 600 0 0 600 TOTAL $ 1050 1110 1310 1450 1290 1760 920 950 9840 Resultado da 2ª ALTERNATIVA DISPOSTA ACIMA: Conforme podemos verificar na planilha acima, a alternativa 2, do Plano de Produção com a inclusão de turnos extras apresenta um custo total de $9840, inferior ao da alternativa 1. Deste total, $7360 são referentes à produção em regime normal das 1840 unidades, $840 de custos de turnos extras para produzir as 140 unidades, $1040 de custos de armazenagem do estoque médio de 520 unidades, e $600 devido ao atraso de entrega, no sexto trimestre, de 30 unidades por um trimestre Para uma 3ª Alternativa vamos supor que o ritmo de produção normal seja de 200 unidades por trimestre, e que até 40 unidades por trimestre possam ser obtidas com turnos extras e or restante subcontratado de terceiros em lotes de 25 unidades. Não se aceitam atrasos na entrega. Periodo 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. Total 1-Demanda dado 200 200 200 300 400 300 200 200 2000 Produção: 2-Normal 200 200 200 200 200 200 200 200 1600 3-Turno Extra 0 0 0 40 40 40 0 0 120 4-subcontratação 0 0 0 25 150 75 0 0 250 5-Produção-Demanda (2+3+4)- (1) 0 0 0 (35) (10) 15 0 0 (30) Estoques : 6-Inicial (*) dado (6+5) 50(*) 50 50 50 15 5 20 20 7-Final (5+6) 50 50 50 15 5 20 20 20 8-Médio (6+7)/2 50 50 50 32,5 10 12,5 20 20 245 9-Atrasos (vide 7) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Custos $ Produção: 10- Normal (2*4 $ (dado)) 800 800 800 800 800 800 800 800 6400 11-Turno Extra (3*6 $ (dado)) 0 0 0 240 240 240 0 0 720 12-Subcontratação (4*10 $ (dado)) 0 0 0 250 1500 750 0 0 2500 13-Estoques (8*2$ (dado)) 100 100 100 65 20 25 40 40 490 14-Atrasos (9*20$ (dado)) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL $ 900 900 900 1355 2560 1815 840 840 10110 Resultado da 3ª ALTERNATIVA DISPOSTA ACIMA: De acordo com os dados obtidos na Planilha acima, a alternativa 3 situa-se entre as 2 anteriorres. O Plano de Produção 3 apresenta um custo total de $10110, sendo $6400 referentes a produção em regime normal das 1600 unidades,$720 de custos de turnos extras para produzir 120 unidades, $ 2500 de custos de contratações , e $ 490 de custos de armazenagem do estoque médio de 245 unidades. OS RESULTADOS ENCONTRADOS MOSTRAM QUE A ALTERNATIVA 2, APRESENTOU O MENOR CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO.
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