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1 Resumo de Ciências Políticas - AV1 ✓ TEORIA NATURALISTA: Defendia a concepção de que o homem é um animal político. O mais importante nome dentre os que defendem a teoria naturalista é Aristóteles. ✓ TEORIA CONTRATUALISTA: Na tentativa de formular explicações acerca dos motivos que levam as pessoas a formar governos e manter a ordem social, foram estabelecidas algumas teorias de exercício de poder. Embora possuam algumas divergências, todas elas partem da ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre os humanos. Os filósofos mais relevantes acerca de tal, são: Hobbes, Locke e Rousseau: ♦ O estado de natureza e contrato em HOBBES: O estado de natureza é uma situação hipotética idealizada por determinados filósofos com o intuito de explicar a forma na qual se encontravam os homens antes de se organizarem em sociedade. No Estado de Natureza em Hobbes não havia nenhum tipo de norma ou lei, o direito natural seria o direito de todos os homens sobre todas as coisas e também sobre todos. Por não haver nenhum tipo de regra que regulasse, a sociedade era um caos, definida por ele como ‘’guerra de todos contra todos’’, neste ambiente de grande violência o homem se torna o lobo do próprio homem por conta de sua vaidade, orgulho e aspiração de glória. Para solucionar tal conflito, Hobbes propõe um contrato, no qual os homens delegariam todos os seus poderes na mão de um soberano. O autor defende o contrato social para criação do Estado a ser governado pela via ABSOLUTISTA. As três finalidades do Estado em Hobbes eram: Representação, Segurança e Soberania, caso tais pressupostos não forem respeitados, poderia surgir um novo contrato. 2 ♦ O estado de natureza e o contrato em LOCKE: Diferentemente do Estado de Natureza em Hobbes, a violência não é a regra, pelo contrário, é a exceção que quebra a harmonia da relação homem- natureza e cujo os responsáveis são as paixões e o dinheiro. No estado de natureza lockeano, os homens possuem direitos inatos à vida, à propriedade e à liberdade, bem como a faculdade de castigar qualquer ofensa, ou seja, o estado de natureza não é um estado de violência, pois a própria sociedade possuiria o direito de, com suas próprias mãos, defender os seus direitos naturais. A necessidade de estabelecer um contrato em Locke, é justamente para garantir o respeito aos direitos naturais dos seres humanos, proporcionando assim, maior segurança caso tais sejam violados. Locke defende um Estado Liberal, ou seja, com pouca interferência estatal na vida das pessoas. Assim, ao entrar na sociedade civil, o indivíduo não delega todos os seus direitos, apenas o direito de punir. Um governo que não esteja habilitado a garantir tais direitos é ilegítimo, configurando, a legitimidade da rebelião. ♦ O estado de natureza e o contrato em Rousseau: Para Rousseau o homem era naturalmente bom e no seu estado de natureza (hipotético) era o reino da liberdade, espontaneidade, da moralidade e também da felicidade do homem, onde não existia agregações sociais e nem mesmo família. Porém, ao se deparar com os grupos sociais o homem acaba se corrompendo a partir do momento em que o indivíduo delimita o seu espaço e toma posse das propriedades. Para o mesmo, o que leva a corrupção do estado natural são: os obstáculos exteriores (ex: mudanças climáticas), a necessidade de trabalho e a desigualdade. Para Rousseau, havia dois tipos de desigualdades, sendo elas: Desigualdade natural: idade, saúde, vigor, habilidades físicas e aptidões intelectuais. Desigualdade moral ou política: quantidade de capital, propriedade que um indivíduo possui. 3 Para contornar tais problemas, propuseram, então, instituir ordenamentos de justiça e de paz, criando assim, leis e a sociedade. Com o Estado democrático- plesbicitário, Rousseau, acreditava que a vontade geral deveria ser respeitada e que o povo deveria ter autonomia política (os cidadãos participavam da produção das leis. A principal crítica feita a Rousseau era sobre o direito das minorias. ✓ O ESTADO: A primeira versão do Estado Moderno é a configuração do Estado Absoluto. Os elementos essenciais do Estado são: Soberania, Povo e Território. Faltando qualquer um desses elementos, este não poderá mais ser considerado Estado. Elementos materiais: Povo e território Elementos formais: Soberania ✓ O TERRITÓRIO: O território é elemento essencial para composição do Estado, isto é, sem território não existe Estado. Caso haja uma perda temporária do território, este não estará desqualificado até que a perda seja considerada definitiva. Não existe a possibilidade de duas soberanias em um mesmo território, pois ele é uno e indivisível. O território é patrimônio do povo e não do Estado. Não existe regra internacional que quantifique o mínimo de extensão territorial que um determinado estado deve possuir. O território possui como característica a multidimensionalidade, ou seja, seus limites poder ser terrestres, marítimos e aéreos. 4 ✓ POVO: É elemento essencial para a constituição de Estado, sem povo, não há Estado. O conceito jurídico-político de povo está relacionado ao vínculo da nacionalidade entre pessoa e o Estado. Possibilita que o Estado seja dotado de vontade, pois, quanto mais respeitada for a vontade daquele que constitui o elemento essencial do estado, maior é o reconhecimento de se estar diante de um Estado Democrático de Direito. Conceitos importantes: ▪ Nacionalidade: Vínculo jurídico-político que une o povo ao Estado. É a condição básica para o exercício da cidadania. Todo cidadão é nacional, mas nem todo nacional é cidadão. Ex: estrangeiros não participam da vida política do país. ▪ População: Expressão numérica, demográfica ou econômica, que abrange o conjunto das pessoas que vivem no território de uma Estado ou mesmo que se encontrem nele temporariamente. ▪ Nação: Grupo constituído por pessoas que, não ocupam necessariamente o mesmo espaço físico, se vinculam pelos laços linguísticos, culturais, espirituais, por interesses, ideais e aspirações em comum. Elementos considerados importantes para se constituir uma nação: Língua, religião, cultura etc. Nação não tem o território como elemento essencial. Exemplos: Espanha (bascos, catalães), China (tibetanos) Rússia (chechenos) e Bélgica (flamengos). Esses Estados possuem um povo que é formado por cidadãos de várias ‘’nações’’. 5 • SOBERANIA: Constitui um dos elementos fundamentais do Estado. Sem soberania não há Estado. É uno e indivisível. Poder político do Estado Moderno. Poder de dar a decisão final. Conceito de soberania: interna e externamente. Internamente: Expressa uma específica situação de quem comanda, ou seja, plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes do Estado. Externamente: O atributo possui o Estado Nacional de não ser submetido às vontades estatais estrangeiras, já que situado em posição de igualdade para com eles. Larissa Rodrigues Amaral – 24/09/2019
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