Buscar

Implantação do sistema de custos

Prévia do material em texto

Contabilidade de Custos 
 
 
 
 
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CUSTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivo......................................................................................................................................... 2 
 
1. Implantação do Sistema de Custos ......................................................................................... 2 
 
2. Informações fundamentais para a implantação do Sistema de Custos................................. 3 
2.1. Principais conceitos e definições .............................................................................. 3 
2.2 . Classificação dos Custos ........................................................................................... 4 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 6 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 6 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
A implantação do sistema de custos é a base sustentação do sistema 
operacional da empresa. A implantação do Sistema de Custos torna mais ágil a 
tomada de decisões e aumenta os resultados da empresa. 
O sistema de custos permite a empresa garantir da satisfação do cliente 
através da redução de custos e aumento da produtividade. 
A redução dos gastos trás para a empresa a uma melhor definição de metas 
financeiras, pois é possível dizer com maior precisão quanto a empresa precisa para 
manter sua operação. 
Outra contribuição do sistema de custos é que, com uma melhor apuração dos 
gastos, basta definir a margem de contribuição (quanto a empresa quer ganhar na 
venda do produto) e aplica-la sobre o custo do produto, tem-se uma melhor formação 
do preço de venda. 
Além do controle e tomada de decisão, a empresa realiza a implantação do 
sistema de custos a fim de determinar o lucro, controlar as principais atividades 
operacionais e formar o preço de venda do produto ou serviço. 
Objetivo 
• Entender a importância da implantação do sistema de custos 
• Levantar dados necessários para a operacionalização da implantação 
 
1. Implantação do Sistema de Custos 
Para a implantação do sistema de custos, as empresas, adotam métodos de 
custeio estruturados e ferramentas de tomada de decisões gerenciais, as informações 
são oriundas de diversas áreas da empresa, como almoxarifado, recursos humanos, 
vendas, produção a fim de gerar dados confiáveis para que sirvam de matéria-prima 
para a gestão de custos. Portanto, essas informações precisam ter qualidade, pois 
elas: 
a) Determinam os custos dos insumos aplicados nas principais atividades da 
empresa (produção, comercialização ou prestação de serviço); 
b) Determinar os custos das distintas áreas que compõem uma organização; 
c) Reduzir os custos dos insumos utilizados nas atividades e processos 
organizacionais; 
d) Reduzir os desperdícios de materiais, tempo ocioso, entre outros; 
 
3 
 
e) Fornecer informações para a elaboração de orçamentos. 
A implantação do sistema de custos, também é fundamental para decisões 
estratégicas, pois ele será responsável pela: 
a) Determinação do preço de venda do produto ou serviço; 
b) Mensuração da contribuição de cada produto/serviço ou linha de 
produtos/serviços para o resultado da empresa; 
c) Apontar o mínimo de atividade operacional para que o negócio passo a ser 
viável. 
 
2. Informações fundamentais para a implantação do Sistema 
de Custos 
O aumento da competitividade entre as organizações tornou imprescindível 
implantação do sistema de custos torna-se altamente relevante e indispensável na 
tomada de decisões da empresa. Essa necessidade surgiu devido ao fato de as 
empresas precisarem de diversas informações, pois não é recomendado formar os 
preços exclusivamente baseada nos custos incorridos no processo de produção ou 
prestação do serviço, mas a formação de preços deve considerar as práticas do 
mercado. Desta forma, com o conhecimento dos custos, apoiado ao preço do produto 
ou serviço, mede-se a lucratividade do produto ou serviço, caso não haja 
rentabilidade, torna-se necessário redução dos custos para adequar o produto ou 
serviço ao mercado. 
2.1. Principais conceitos e definições 
Antes de nos aprofundarmos nos de métodos de custeio, precisamos conhecer 
algumas terminologias que serão bastante abordadas neste disciplina, as Receitas, o 
Gasto e o Desembolso. 
a) Receitas: É o montante monetário recebido pela empresa referente a entrega 
do produto ou serviço ao cliente. É o preço de venda de um bem ou serviço 
multiplicado pela quantidade que foi vendida. 
b) Gasto: é o dispêndio financeiro que trará produtos e serviços para a empresa. 
c) Os gastos são divididos em: 
- Investimentos: é a aquisição de ativos (equipamentos, máquinas) para a 
geração de produtos e serviços. 
- Custos: são os gasto que a empresa tem com a principal atividade, como 
matéria-prima, mão-de-obra. 
 
4 
 
- Despesas: são gastos consumidos pelas demais atividades com a finalidade 
de gerar receita, mas que não estejam relacionadas a principal atividade da empresa, 
como despesas administrativas e de vendas. 
- Perda: consumo de bens e serviços de forma anormal ou involuntária. 
d) Desembolso: é o pagamento dos gastos. 
Mas como classificar se um gasto é investimento, custo, despesas ou perda? 
Para entendermos melhor, vamos imaginar uma empresa que produz bolos. 
Quando ela compra os itens da receita do bolo (matéria-prima) e embalagens, 
ela está gastando em investimentos, pois são bens que ficarão no Ativo da empresa, 
são estoques e almoxarifado. Estes bens gerarão outros bens ou serão utilizados em 
um serviço. 
Durante o processo de produção serão utilizadas as matérias-primas e 
embalagens, desta forma, estes itens sairão do estoque, que são investimentos, e 
passarão a compor os custos, pois estão sendo consumidos na principal atividade da 
empresa. 
Os funcionários envolvidos no processo de produção do bolo são mão-de-
obra, e, portanto, custos. 
A equipe responsável pela venda dos bolos, não está envolvida com o processo 
produtivo, os gastos desta equipe são despesas. 
Vamos supor que, caso a empresa fosse assaltada, e os bolos forem levados, 
teremos uma perda uma perda. 
2.2. Classificação dos Custos 
Os custos são classificados quanto: 
Aos produtos fabricados: Custos Diretos e Custos Indiretos 
CUSTOS DIRETOS: são os custos que podem ser identificados e medidos em 
cada produto fabricado, portanto seu valor pode ser apropriado diretamente ao 
produto, já que é fácil mensurar. 
Exemplo: 
Para fazer um bolo usamos: 
- 3 ovos 
- 3 copos de farinha de trigo 
- 2 copos de açúcar 
 
5 
 
- 1 copo de leite 
- 2 colheres de manteiga 
- 100 gramas de fermento 
- 2 horas de mão-de-obra 
Os ingredientes do bolo são custos diretos, pois é possível dizer com exatidão 
o valor consumido por cada bolo produzido. 
a) CUSTOS INDIRETOS: são os custos que são gerais para todos os produtos 
produzidos, desta forma não é possível medir a quantidade utilizada por um 
único produto. Estes custos são divididospelas unidades. 
 
EXEMPLO 
 
 
 
I. Ao volume de produção: Custos Fixos e Custos Variáveis 
a) CUSTOS FIXOS: são os custos que mantém o valor constante, 
independente da atividade operacional da empresa. Ou seja, se a 
empresa gasta um valor produzindo determinada quantidade, quando 
essa quantidade oscilar (variação positiva ou negativa) o valor do custo 
permanecerá o mesmo. Exemplo: o aluguel do espaço aonde se produz 
o bolo é constante, não importa o valor de bolos produzidos o valor 
pago ao proprietário do imóvel será o mesmo. 
 
b) CUSTOS VARIÁVEIS: este custos possuem o valor atrelado ao volume de 
produção, variam proporcionalmente com o volume da produção ou 
das atividades desenvolvidas pela empresa, quanto maior a produção 
mais Custo Variável total a empresa terá e, quanto menor a produção, 
menor o Custo Variável total. Exemplo: se fizermos um bolo 
precisaremos de 3 ovos, mas se produzirmos 10 bolos precisaremos de 
30 ovos. 
Para fazer um bolo usamos: gás, energia elétrica, espaço 
físico (aluguel) e água. 
Não dá para medir o valor exato, portanto, dividimos o 
valor total entre os bolos produzidos. 
 
 
6 
 
Exercícios 
1. (Autora, 2019) Uma empresa comprou uma máquina para produzir 
empadas. O gasto originado por esta aquisição é classificado como: 
a) Investimento. 
b) Despesa. 
c) Custo Direto Variável. 
d) Custo Indireto Fixo. 
e) Perda. 
 
2. (Autora, 2019) Os gastos ocorridos nas áreas administrativas e 
comercial, como salários, que direta ou indiretamente visam a obtenção das Receitas, 
classificam-se como: 
a) Despesas. 
b) Investimentos. 
c) Custos Indiretos Variáveis. 
d) Custos Diretos Fixos. 
e) Perda. 
 
3. (Autora, 2019) Uma fábrica de costura contratou duas costureiras 
devido a um aumento das vendas. Elas serão responsáveis pela costura de calças 
jeans. Estas costureiras são classificadas como: 
a) Custo Direto Variável. 
b) Custo Indireto Variável. 
c) Custo Direto Fixo. 
d) Custo Indireto Fixo. 
e) Despesa. 
Gabarito 
1. Resposta correta a. 
Todos os bens utilizados para gerar produtos ou serviços que serão entregues 
ao cliente, são investimentos. 
 
2. Resposta correta a. 
Gastos não relacionados a principal atividade da empresa, como gastos 
administrativos e de vendas são despesas. 
 
 
7 
 
3. Resposta correta a. 
A mão-de-obra é um custo, neste caso a mão-de-obra é um custo direto pois o 
salário da costureira será apropriado diretamente ao produto. Além disto é um custo 
variável, pois se a empresa passar a vender mais, outras costureiras serão 
contratadas, mas se vende menos haverá redução no quadro de funcionários. 
Resumo 
A implantação do sistema de custos nas empresas, dependem da qualidade 
das informações disponíveis, para tanto é necessário que todos os gastos sejam 
classificados, pois está informação é útil e será utilizada no método de custeio 
escolhido. 
Os Custos são classificados de formas distintas para atender às diversas 
finalidades para as quais são apurados. As classificações abordam o custo de cada 
produto fabricado e o seu comportamento em diferentes níveis de produção em que 
uma empresa possa operar. 
Quanto aos produtos fabricados são classificados em Custos Diretos e 
Indiretos. Quanto ao comportamento em diferentes níveis de produção eles são 
classificados em Custos Fixos e Custos Variáveis. 
Assim temos 4 tipos de custos: Custo Direto Fixo, Custo Direto Variável, Custo 
Indireto Fixo e Custo Indireto Variável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Referências bibliográficas 
BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. 
BORNIA, Antonio Cezar. Analise Gerencial de Custos – Aplicação em Empresas Modernas. 3 ed. São Paulo : Atlas , 
2010. 
BORNIA, Antônio Cezar. Mensuração das perdas dos processos produtivos: uma abordagem metodológica de 
controle interno. 1995. 125 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em 
Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 1995. 
CRC-SP – Conselho Regional de contabilidade do Estado de São Paulo. Curso sobre temas contábeis: uma 
contribuição à educação continuada do profissional da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1991. 
HORNGREN, Charles Thomas; FOSTER, George; DATAR, Srikant. Contabilidade de Custos. 9. ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 2000. 
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentado um desempenho superior. Rio de Janeiro: 
Campus, 1989. 
KOLIVER, Olivio. A contabilidade de custos: algo de novo sob o sol? In: SEMINÁRIO INTERAMERICANO DE 
CONTABILIDADE. Trabalhos apresentados no Seminário Interamericano de Contabilidade realizado nos dias 7 a 9 
de setembro de 1994. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 1994. 
LOPES DE SÁ, Antônio. A visão holística dos custos. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio 
Grande do Sul. Porto Alegre, v. 27, n. 92, p. 19-21, jan./mar. 1998. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
NAKAGAWA, Masayuki. ABC: custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1994.

Continue navegando

Outros materiais