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GESTÃO DE CUSTOS

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GESTÃO DE CUSTOS
AULA 01
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE CUSTOS
Objetivos:
Apresentar os principais conceitos relacionados à gestão de custos;
Identificar os métodos de custeio empregados na apuração dos custos;
Entender a terminologia aplicada a custos.
Conteúdos:
Conceitos iniciais;
Métodos de custeio;
Terminologia aplicada a custos.
DEFINIÇÃO DE CUSTOS
O que é um custo?
• O custo corresponde ao consumo dos recursos utilizados na produção de um bem ou serviço.
• “(...) mensuração econômica dos recursos (produtos, serviços e direitos), adquiridos para a obtenção e a venda dos produtos e serviços da empresa. Em palavras mais simples, custo é o valor pago por alguma coisa” (PADOVEZE, 2005, p. 4).
CONCEITOS INICIAIS
• “Os custos de uma empresa resultam da combinação de diversos fatores, entre os quais a capacitação tecnológica e produtiva no que diz respeito a processo, produtos e gestão; o nível de atualização da estrutura gerencial; e a qualificação da mão de obra” (MEGLIORINI, p.1).
• (...) refletem uma série de variáveis, tanto internas como externas às empresas. Entre as variáveis internas estão o modo de operar, os comportamentos e as atitudes e, como exemplo de variáveis externas, podemos citar o nível de demanda e os preços dos insumos” (MEGLIORINI, p.1).
• As empresas apuram os custos devido à necessidade de elaboração das demonstrações de resultado e avaliações de estoque (exigências legais), mas também o fazem para a tomada de decisão.
• “Para atender às exigências legais, a empresa precisa adequar seus métodos de apuração de custos aos princípios contábeis e estar em conformidade com as normas e legislações vigentes. Já para a tomada de decisões, podem ser empregados quaisquer métodos de custeio capazes de fornecer informações que atendam às necessidades gerenciais da empresa” (MEGLIORINI, 2011, p.1).
EVOLUÇÃO DA CONT. DE CUSTOS
• Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais. Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos Csicos, já́ que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. Fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas” (MARTINS,2010, p. 19).
• “Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexa a função do contador que, para levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora tão facilmente dos dados para poder atribuir valor aos estoques; seu valor de “compras” na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados”(MARTINS, 2010, p. 20).
• A Contabilidade de Custos nasce então a partir da Contabilidade Financeira com finalidade de alimentar tanto a elaboração dos demonstrativos contábeis quanto à tomada de decisão.
• “Resumindo, a Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas ultimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisão gerenciais”. (MARTINS, 2010, p. 20)
OBJETIVOS DA CONT. DE CUSTOS
• Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos e m processo e de produtos acabados, assim como a determinação de resultados;
• Planejamento e controle das atividades empresariais;
• Preparação de orçamento;
• Determinação de preços;
• Análise do comportamento dos custos;
• Determinação do volume dos custos;
• Determinação de responsabilidades;
• Fabricar ou subcontratar;
• Eliminação e/ou agregação de linha de produtos;
• Aceitar ou rejeitar pedidos especiais.
MÉTODOS DE CUSTEIO
• “Os métodos de custeio determinam o modo de valoração dos objetos de custeio – que pode ser uma operação, uma atividade, um conjunto de atividades, um produto, um departamento, etc. Existem diferentes métodos de custeio, os quais são adotados de acordo com os objetivos estabelecidos pela empresa: custeio por absorção, custeio pleno, custeio variável e custeio ABC” (MEGLIORINI, 2011, p. 2).
• Custeio por absorção;
• Custeio pleno;
• Custeio variável;
• Custeio ABC.
TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Gastos:
• O termo gasto é utilizado para descrever as ocorrências nas quais a empresa despende recursos ou contrai uma obrigação (dívida) perante terceiros (fornecedores, bancos, etc.) para obter algum bem ou serviço que necessite para suas operações cotidianas (WERNKE, 2001, p. 3).
Investimentos:
• Classificam-se como investimentos os gastos efetuados na aquisição de ativos (bens e direitos registrados em conta do ativo no balanço patrimonial) com a perspectiva de gerar benefícios econômicos em períodos futuros (WERNKE, 2001, p. 3).
Perda:
• O conceito de perdas abrange as ocorrências fortuitas, ocasionais, indesejadas ou involuntárias no ambiente das operações de uma empresa (WERNKE, 2001, p. 4)
TERMINOLOGIA DE CUSTOS
• Custos:
• Como custos são classificados os gastos efetuados para fabricar produtos ou prestar serviços. Portanto, em uma empresa industrial, fatores como matérias-primas consumi- das; salários e encargos sociais dos operários da fábrica; combustíveis, energia elétrica e água utilizadas no processo fabril; seguro do prédio industrial; manutenção e depreciação das máquinas industriais, dos móveis e das ferramentas utilizadas no processo produtivo (entre outros itens empregados na produção) devem ser considerados custos (WERNKE, 2001, p. 4).
• Despesas:
• O conceito de despesas abrange o valor despendido voluntariamente com bens ou serviços uPlizados para obter receitas, seja de forma direta ou indireta. Esse conceito é empregado para identificar, no caso de uma fábrica, os gastos não relacionados com a produção, mas que são necessários ao funcionamento da organização, ou seja, os gastos ligados às atividades gerenciais da empresa (como despesas de vendas, despesas administrativas e despesas financeiras) (WERNKE, 2001, p. 4).
REFERÊNCIAS
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010 (Biblioteca Virtual).
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2011 (Biblioteca Virtual).
PADOVEZE, Clóvis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2005.
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda. São Paulo: Saraiva, 2001. [Minha Biblioteca].
AULA 02
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES DE M. D.
Objetivos:
Apresentar os sistemas de avaliação de estoques de materiais diretos;
Apresentar os principais métodos de avaliação de estoques;
Mostrar as principais diferenças no custeio com o uso dos diferentes métodos.
Conteúdos:
Sistemas de avaliação de estoques;
Métodos de avaliação de estoque;
Custo médio ponderado;
PEPS – Primeiro que entra, primeiro que sai;
UEPS – Último que entra, primeiro que sai
SISTEMAS DE INVENTÁRIO
Existem duas possibilidades de acompanhamento das quantidades existentes em estoque:
• Sistema de inventário permanente;
• Sistema de inventário periódico.
SISTEMA DE INVENTÁRIO PERIÓDICO
• Empresa não mantém controle contínuo dos estoques;
• O consumo só pode ser verificado quando da realização do inventário (contagem física dos estoques);
• Consumo pode ser calculado com:
CONSUMO DE MD=Estoque inicial + Compras – Estoque final.
SISTEMA DE INVENTÁRIO PERMANENTE
• Existe o controle contínuo da movimentação do estoque.
• Solicitações de produção e vendas são controladas individualmente.
• Estoque e custo de produtos vendidos podem ser calculados em qualquer momento pela contabilidade.
• Periodicamente a contagem física pode ser feita para fins de auditoria e controle interno.
• Se a empresa utiliza um sistema de inventário permanente, a apuração dos custos pode ser feita pela contagem e tabulação das requisições ao estoque ou almoxarifado.
• Oobjetivo da apuração é separar o custo do materiais, das mercadorias e produtos entre o que foi consumido ou vendido e o que permaneceu em estoque.
• Para tanto, ela deverá escolher um método de avaliação de estoques.
• Custo médio ponderado;
• PEPS – Primeiro que entra, primeiro que sai;
• UEPS – Último que entra, primeiro que sai.
MÉTODO DO CUSTO MÉDIO PONDERADO
• Por esse método, as quantidades que ficam em estoque e as que saem são valorizadas pelo custo médio ponderado de aquisição ou fabricação.
PEPS
• PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair) ou FIFO (First in, first out).
• Nesse método, as quantidades que ficam em estoques são valorizadas pelos últimos custos e as que saem são valorizadas pelos primeiros custos.
• De outra forma: as matérias-primas são baixadas do estoque pelo custo mais antigo e as que permanecem no estoque são avaliadas a custos mais recentes.
• Lucro da empresa é maior no mês (mais imposto de renda e contribuição social sobre o lucro).
UEPS
• UEPS (Último a entrar, primeiro a sair) ou LIFO (last in, first out).
• Nesse método, as quantidades que ficam em estoques são valorizadas pelos primeiros custos unitários e as que saem são valorizadas pelos últimos custos.
• De outra forma: as matérias-primas são baixadas do estoque pelo custo mais recente e as que permanecem no estoque são avaliadas a custos mais recentes.
• Os estoques são apresentados a valores mais reduzidos e os custos são mais elevados.
• O lucro no mês é menor e por isso a legislação brasileira não o aceita para cálculo do I.R e C.S.L.L.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Luís Martins; PEREZ Jr., José Hernandez Perez. Contabilidade de custos para
não contadores. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
AULA 03
COMPONENTES DE CUSTO E RATEIO
Objetivos:
Apresentar os componentes de custo;
Apresentar a definição de rateio e sua utilização.
Conteúdos:
Componentes de custos;
Materiais diretos (matéria-prima);
Mão de obra direta;
Custos indiretos de fabricação;
Rateio.
COMPONENTES DE CUSTOS
• Os principais componentes de custo que se apresentam no momento da contabilização
apresentados, segundo sua natureza:
• Materiais diretos (matérias primas);
• Mão de obra direta;
• Custos indiretos de fabricação.
COMPONENTES DE CUSTOS
Materiais diretos (matérias-primas):
• Materiais diretos representam gastos com matéria-prima e embalagens, medidos de forma objetiva em relação aos diferentes produtos fabricado.
Mão de obra direta:
• Gastos com mão de obra direta representam o esforço produtivo dos funcionários da produção medido de forma objetiva.
Custos indiretos de fabricação:
• Custos indiretos de fabricação representam todos os demais gastos produtivos não incluídos na relação de materiais diretos ou mão de obra direta. São gastos sem mensuração objetiva e específica. A sua associação aos aos diferentes produtos ou serviços costuma ser um dos mais importantes desafios da gestão de custos.
MATERIAIS DIRETOS
• “Uma empresa industrial utiliza de materiais de diversos tipos: matérias-primas, materiais auxiliares de produção, para embalagem, de escritório, de higiene e limpeza, etc.” (MEGLIORINI, 2011, p. 26).
• “Desses, somente as matérias-primas integram os produtos; são os chamados materiais diretos. No caso de uma carteira escolar, por exemplo, temos madeira, fórmica, parafusos, rebites, tinta, verniz,
solda, etc. Além desses materiais, no processo de fabricação, são utilizadas serras, lixas, estopas, etc., que não integram fisicamente o produto e, por isso, são chamados de materiais auxiliares de produção ou materiais indiretos” (MEGLIORINI, 2011, p. 26).
• Importante destacar a existência de outros gastos que a empresa precisa realizar para a aquisição dos materiais diretos e precisam ser considerados no momento do custeio.
• As matérias-primas precisam ser transportadas, armazenadas e protegidas com seguro, por exemplo. Então, precisa ser considerado como custo delas o frete, a armazenagem e o seguro.
MÃO DE OBRA DIRETA
• A mão de obra para que se possa atribuir aos custos precisa ser analisada com mais detalhes uma vez que precisa ser realizado um acompanhamento das horas trabalhadas e considerados os encargos sociais que devem ser incorporados ao seu custo.
• “A mão de obra direta pode trabalhar na fabricação do produto ou, temporariamente, executar outras atividades. Ela pode até mesmo ficar improdutiva por falta de energia elétrica e/ou de matéria-prima, por causa de uma máquina quebrada, etc. No entanto, somente o tempo trabalhado e
apontado no produto é considerado custo direto. O tempo que os funcionários não trabalharam nele constitui custo que, para ser absorvido pela produção, deve ser agrupado nos custos indiretos de fabricação” (MEGLIORINI, 2011, p. 36).
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO
• “Custos indiretos englobam os itens de custos em que há dificuldades de iden>ficá-los às unidades de produtos fabricados no período. Nesses casos, a atribuição dos custos indiretos aos objetos acontece por intermédio de rateios, que consistem a divisão do montante de determinado tipo de
custos entre produtos ou serviços utilizando um critério qualquer, como o volume fabricado por produto ou o tempo de fabricação consumido. Como custos indiretos são classificáveis, todos os gastos fabris estão ligados à produção de vários produtos ao mesmo tempo, sem relação exclusiva com determinado produto (WERNKE, 2001, p. 8).
• Ex.: o seguro do prédio da fábrica, salários do pessoal da limpeza da fábrica.
RATEIO
Como fazer para distribuir o gastos indiretos, sejam eles despesas ou custos?
• A solução é valer-se do rateio para distribuí-los aos custos dos produtos.
• “Comumente, os critérios de rateio podem envolver horas-máquina, mão de obra direta, materiais diretos, custo primário ou alguma outra referência básica" (BRUNI, 2006, p. 164).
• Essa é uma decisão gerencial. Não existe, portanto, um critério correto, pois depende muito do tipo de negócio.
• Se a escolha for, por exemplo, a MOD, precisa se conhecer o porcentual dela utilizada na produção de cada produto, atividade ou centro de custo e, com base nesse percentual, distribuir os CIFs ou conforme outras denominações as Despesas Indiretas de Fabricação – DIFs, Custos Gerais de Fabricação – CGFs, ou as Despesas Gerais de Fabricação – Dgs.
REFERÊNCIAS
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2012. (Biblioteca Virtual)
BRUNI, Adriano Leal. Administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2006.
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda. São Paulo: Saraiva, 2001. [Minha
Biblioteca].
AULA 04
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Objetivos:
Apresentar as principais formas de classificação dos custos;
Compreender a importância da correta classificação para a apuração eficiente
dos custos.
Conteúdos:
Custos diretos e indiretos;
Custos fixos e custos variáveis;
Outras classificações de custos.
QUANTO AOS PRODUTOS
• Podem ser classificados como diretos ou indiretos.
• “Os custos diretos são os gastos fáceis ou diretamente atribuíveis a cada produto fabricado no período. Sao aqueles custos que podem ser identificados com facilidade como apropriáveis a este ou aquele item produzido” (WERNKE, 2001, p. 7).
• São atribuídos aos produtos por medição ou controles, sem nenhum tipo de divisão ou rateio mais complexo.
• “Custos indiretos englobam os itens de custos em que há dificuldades de iden3ficá-los às unidades de produtos fabricados no período. Nesses casos, a atribuição dos custos indiretos aos objetos acontece por intermédio de rateios, que consistem a divisão do montante de determinado tipo de custos entre produtos ou serviços utilizando um critério qualquer, como o volume fabricado por produto ou o tempo de fabricação consumido” (WERNKE, 2001, p. 8).
• Por exemplo, tem-se o seguro do prédio da unidade de produção, onde é necessário estabelecer um critério de divisão/rateio para poder atribuir esse custo aos diversos produtos fabricados.
QUANTO AO VOLUME PRODUZIDO
• Podem ser classificados como custos fixos ou custosvariáveis.
• São valores que independem do volume de produção, apesar de poderem sofrer variação de valor. A regra se aplica também a despesas.
• Custos fixos são aqueles cujos valores totais tendem a permanecer constantes (fixos) mesmo havendo alterações no nível de atividades operacionais do período. São os custos que têm seu montante fixado independentemente de oscilações na atividade fabril, não possuindo qualquer vinculação com o aumento ou redução do número de unidades produzidas no mês (WERNKE, 2001, p. 8).
• Exemplo: aluguel do galpão da produção.
• São valores que dependem diretamente do volume produzido em uma
unidade de tempo.
• “Os custos variáveis são os gastos cujo total do período está proporcionalmente relacionado com o volume de produção: quanto maior for o volume de produção maiores serão os custos variáveis
totais do período, isto é, o valor total dos valores consumidos ou aplicados na produção tem seu crescimento vinculado à quantidade produzida pela empresa” (WERNKE, 2001, p. 8).
• Exemplos: matéria-prima.
Existem também as classificações intermediárias:
• Semifixos ou semivariáveis.
• “Custos semivariáveis são os elementos de custos que possuem, em seu valor, uma parcela fixa e outra variável, isto é, tem um comportamento de custo fixo até certo momento e depois se comportam como custo variável. Bons exemplos desse tipo de custo são a energia elétrica e a água” (MEGLIORINI, 2011, p. 12).
• Nesses exemplos, existe uma taxa mínima de consumo fixa.
• “Custos semifixos: são os elementos de custos classificados como fixos,
mas se alteram em decorrência de mudanças na capacidade instalada” (MEGLIORINI, 2011, p. 12).
• Se a capacidade instalada aumenta, os custos fixos se elevam e depois permanecem inalterados até que se esgote essa capacidade e a empresa aumente a capacidade a um novo patamar.
• Caso a capacidade se reduza, o mesmo ocorre, mas em sentido contrário, reduzindo-se os custos fixos a um novo patamar.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
Custos primários ou diretos:
• Soma dos valores de matéria-prima e mão de obra direta.
• Associados diretamente à produção.
Incluídos de forma objetiva no cálculo dos produtos ou serviços comercializados.
• Materiais diretos usados na fabricação do produto e mão de obra direta.
Custo de transformação ou conversão:
• Custo de transformação: soma dos esforços da empresa para elaborar um produto. Não considera a matéria-prima, mas sim a mão de obra direta e indireta, energia e materiais de consumo industrial.
• Representam o esforço da empresa para transformar o material adquirido do fornecedor em produto acabado.
• Também chamados de custo de conversão ou de agregação.
• Soma da MOD e dos CIF.
Custos integrais ou plenos ou gastos incorridos:
• Correspondem à soma de todos os valores consumidos pela empresa para a elaboração do produto ou prestação do serviço. Inclui-se custos e despesas.
Custo Fabril:
• Soma dos três elementos do custo: MD+MOD+ CIF
• Incorridos durante o processo fabril e incorporados aos estoques de produtos em processo. Quando os itens são finalizados, custos e estoques são transferidos para o estoque de produtos acabados.
Custo das mercadorias vendidas:
• Representa a saída dos estoques da empresa para o comprador. Pode se chamar CMV (operação mercantil), CPV (operação industrial) ou CSP ou CSV (custo dos serviços prestados ou custo dos serviços vendidos). Etapa final da formação dos custos.
• Valores retirados dos estoques e entregues aos clientes.
• Estão associados ao período.
REFERÊNCIAS
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2012 (Biblioteca Virtual).
BRUNI, Adriano Leal. Administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2006.
AULA 05
ACUMULAÇÃO DE CUSTOS P. CONTÍNUA
Objetivos:
Apresentar os principais conceitos do sistema de acumulação de custos em produção contínua;
Conhecer o sistema de acumulação por processos ou produção contínua;
Compreender o conceito de unidades equivalentes de produção.
Conteúdos:
Sistema de acumulação por processos/produção contínua;
Unidades equivalente de produção.
SISTEMAS DE
ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
• “O sistema de acumulação de custos está associado ao tipo de atividade exercida pela empresa e destina-se a coletar os dados de custos direta ou indiretamente identificados com algum objeto de custeio e organizá-los de forma que possam contribuir para a formação do custo final do produto” (LORENTZ, 2015, p. 123).
• “Dependendo do tipo de atividade exercida pela empresa, o sistema operacional adotado poderá ser para atender a pedidos ou a encomendas específicas. Assim, seu sistema de acumulação de custos será de produção por ordem; ou poderá ser para atender a demandas previamente conhecidas, num fluxo contínuo de fabricação de produtos similares. Neste caso, o seu sistema de acumulação de custos será de produção por processo” (LORENTZ, 2015, p. 123).
CUSTOS EM PRODUÇÃO CONTÍNUA
• Nesse caso, a produção ocorre de forma rotineira e de produtos similares.
• Os fatores de produção que não se alteram significativamente.
• As máquinas, matérias-primas e mão de obra são adaptados a um fluxo
ininterrupto de produção.
• Ex.: ind. prod. cimento em sacos, fábrica de bebidas (refrigerante e cerveja), supermercado.
ACUMULAÇÃO EM
PRODUÇÃO CONTÍNUA
• Em um sistema de acumulação de custos por processo ocorre a produção em série e ininterrupta e, por esse motivo, podem ocorrer três situações:
1. Unidades iniciadas em períodos anteriores e concluídas no atual;
2. Unidades iniciadas e concluídas dentro do mesmo período; e
3. Unidades iniciadas no período atual e encerradas em períodos subsequentes” (LORENTZ, 2015 , p. 129).
• No custo por processo, os gastos da produção são acumulados por período para posterior distribuição às unidades produzidas.
• Normalmente existem unidades que não estão acabadas ao final do período e que serão concluídas no período seguinte. Necessidade de calcular o custo unitário dos produtos.
ACUMULAÇÃO EM
PRODUÇÃO CONTÍNUA
• Custo unitário obtido pela divisão do custo total de cada departamento pelo volume de produção.
• Devem haver medidas e parâmetros para a correta avaliação da eficácia e eficiência da produção, em cada departamento, para que as atribuições de responsabilidade possam ser delegadas adequadamente nos casos de possíveis falhas e desperdícios no processo produtivo.
• Custos são acumulados por departamentos ou centro de custos;
• Custos dos departamentos auxiliares são alocados aos departamentos produtivos de acordo com critérios de rateio.
PARA O CÁLCULO:
• Transformar em equivalentes de produção;
• Determinar em que estágio de produção se encontram os produtos não acabados.
REFERÊNCIAS
LORENTZ, Francisco. Contabilidade e análise de custos: uma abordagem prática e objetiva:
250 exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015. (Biblioteca Virtual)
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR.; José Hernandez. Contabilidade de custos para não
contadores. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
AULA 06
ACUMULAÇÃO DE CUSTOS POR
ENCOMENDA
Objetivos:
Apresentar os principais conceitos do sistema de acumulação de custos por encomenda;
Conhecer o sistema de acumulação por encomenda;
Compreender o conceito de ordem de produção.
Conteúdos:
Sistema de acumulação por encomenda;
Acumulação de custos por ordem de produção.
SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
• Anteriormente já vimos o sistema de acumulação de custos por produção contínua.
• Agora vamos ver a acumulação por encomenda onde o foco da acumulação de custos está no acompanhamento das diversas ordens de produção envolvidas na fabricação do produto. “(...) trata-se da denominada linha de produção por encomenda, caracterizada pela fabricação ou realização específica de produtos e serviços diferenciados, podendo utilizar fatores de produção que se alteram de acordo com as especificações do produto ou serviço encomendado. Nesses ambientes produtivos, as máquinas, matérias-primas, mão de obra, etc. Devem ser adaptadas para as condições técnicasde cada encomenda, seja de produtos, seja de serviços” (OLIVEIRA e PEREZ JR., 2005, p. 145).
• “Nas empresas de produção contínua, os custos dos bens ou serviços acumulam-se, via de regra, por linha de produção ou de serviços, encerrando-se as respectivas contas ao final do mês ou período contábil” (OLIVEIRA e PEREZ JR., 2005, p. 146).
• “Nas empresas de produção por encomenda, os custos são acumulados em cada ordem de produção – ou ordens de serviços – especificamente relacionadas com um determinado produto ou lote de produto, ocorrendo o encerramento dessas ordens apenas por ocasião da conclusão física do bem produzido ou do término do contrato” (OLIVEIRA e PEREZ JR., 2005, p. 146).
CUSTOS EM PRODUÇÃO POR ENCOMENDA
• Esse sistema é adequado quando se dá a fabricação de produtos diferenciados, com características específicas.
• O início de tudo é a venda realizada quando então se inicia o processo.
• Nesse caso, os fatores de produção se alteram de acordo as especificações do produto.
• As máquinas, matérias-primas e mão de obra devem ser adaptados para as condições técnicas de cada encomenda que pode ser tanto de produtos como de serviços.
• Ex.: fábrica de cabos de alta tensão, empresa que produz altos fornos, confecção de roupas sob medida.
ACUMULAÇÃO POR ORDEM DE
PRODUÇÃO
• Ordens são emitidas e os custos acumulados para cada produto ou lote fabricado;
• Identifica a produção de lotes de diferentes produtos durante o processo de fabricação;
• A ordem de produção é utilizada para acumular os custos com MD, mão de obra aplicada e as parcelas correspondentes aos CIF são calculadas por meio de taxas de rateio;
• Os CIF são registrados nas contas departamentais e posteriormente transferidos às ordens ordens de produção completadas;
• As ordens de produção em aberto, representam o estoque de produtos em elaboração;
• MD são apropriados às OP com base nas requisições emitidas pelos diversos departamentos;
• As requisições devem indicar com clareza o departamento e devem ser aprovadas;
ACUMULAÇÃO POR ORDENS DEPRODUÇÃO
• O custo da MO deve se respaldar em fichas, mapas ou
outro tipo de apontamento do tempo de mão de obra
gasto em cada O. P. durante todo o processo de
fabricação;
• Não devem incluir tempo improdutivo, horas gastas em
paradas técnicas, etc., as quais devem ser contabilizadas
como CIF, desde que sejam normais;
• Sempre que possível, dentro da ótica do custo benefício, os CIF devem ser
identificados e apropriados nas OP específicas;
• Os CIF não puderem ser identificados com as diversas OP deverão ser apropriados
com base em critérios de rateio estabelecidos.
REFERÊNCIAS
LORENTZ, Francisco. Contabilidade e análise de custos: uma abordagem prática e objetiva:
250 exercícios resolvidos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015. (Biblioteca Virtual)
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR.; José Hernandez. Contabilidade de custos para não
contadores. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
AULA 07
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Objetivos:
Apresentar o método de custeio por absorção para a apuração de custos;
Apresentar os principais componentes dos custos.
Conteúdos:
Custeio por absorção;
Materiais diretos (matéria-prima);
Mão de obra direta;
Custos indiretos de fabricação.
O CUSTEIO POR ABSORÇÃO
• “O método de custeio por absorção caracteriza-se por apropriar custos fixos e avariáveis aos produtos. Desse modo, os produtos fabricados ‘absorvem’ todos os custos incorridos de um período” (MEGLIORINI, 2011, p. 26).
• Para que se possa apurar os custos com base nesse método, Megliorini (2011) sugere alguns passos:
# separar os gastos do período em despesas, custos e investimentos;
# separar os custos em diretos e indiretos.
• Para a apropriação propriamente dita, aplicam-se aos passos anteriormente mencionados.
• “As despesas não são apropriadas aos produtos, e sim lançadas na demonstração de resultados do exercício, por estarem relacionadas à geração de receita e à administração da empresa; os custos sã
o apropriados aos produtos, e os investimentos, ativados” (MEGLIORINI, 2011, p. 26).
• “Os custos diretos são apropriados aos produtos conforme as medições de consumo neles efetuadas; já os custos indiretos são apropriados por meio de rateios” (MEGLIORINI, 2011, p. 26)
• Wernke (2005) apresenta as vantagens que podem ser associadas ao custeio por absorção:
• É o método de custeio que atende o que pede a legislação do imposto de renda. Deve ser u?lizado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado à contabilidade.
• Para esse método ser adotado, a empresa precisa ser dividida contabilmente por centro de custos, o que permite a atribuição a cada um dos centros.
• Permite que seja apurado o custo total de cada produto já que inclui todos os custos de produção.
ELEMENTOS DE CUSTOS
• Nesse método existe a preocupação com a incorporação no valor dos estoques de todos os recursos consumidos com a produção que podem ser apresentados, segundo sua natureza, em três grupos:
# materiais diretos (matérias-primas);
# mão de obra direta;
# custos indiretos de fabricação.
REFERÊNCIAS
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2012. (Biblioteca Virtual).
BRUNI, Adriano Leal. Administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2006.
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda. São Paulo: Saraiva, 2001.
[Minha Biblioteca]
AULA 08
CUSTEIO VARIÁVEL
Objetivos:
Apresentar os principais conceitos relacionados ao custeio variável;
Comparar o custeio variável com o custeio por absorção;
Conhecer o conceito de margem de contribuição.
Conteúdos:
Custeio variável;
Custeio variável x custeio por absorção.
CARACTERÍSTICAS DO CUSTEIO VARIÁVEL
• “É o método de custeio que consiste em apropriar aos produtos somente os custos variáveis , sejam diretos ou indiretos. A diferença entre esse método e o custeio por absorção reside no tratamento dado aos custos fixos” (MEGLIORINI, 2011, p. 137).
• “Enquanto no custeio por absorção os custos fixos são rateados aos produtos, no custeio variável eles são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado do exercício” (MEGLIORINI, 2011, p. 137).
O CUSTEIO VARIÁVEL
• Por esse método se obtém a margem de contribuição de cada produto ou linha de produto.
• “No sistema de custeio variável, apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos elaborados, que, juntamente com as despesas variáveis, serão subtraí-dos da receita, gerando um valor que é denominado margem de contribuição. Os custos e as despesas fixas serão abatidos da margem de contribuição do período” (BRUNI e FAMÁ, 2012, p. 158).
• A margem de contribuição é uma poderosa informação para a tomada de decisão.
METODOLOGIA DO CUSTEIO VARIÁVEL
“O custeio direto classifica os custos como fixos ou variáveis. Consideram-se custos
fixos todos os que ocorrem periodicamente e não são afetados (ou são pouco afetados)
pela quantidade produzida. Consideram-se custos variáveis todos os que variam
proporcionalmente ao volume produzido. Historicamente, o material direto e a mão
de obra direta têm sido considerados custos variáveis” (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p. 63).
O CUSTEIO VARIÁVEL
• Alguns autores o denominam custeio direto.
• “A grande mudança conceitual introduzida pelo custeio direto consiste em atribuir apenas os custos totalmente variáveis aos produtos e considerar os demais custos como associados à estrutura, portanto não atribuíveis aos produtos, eliminando-se, dessa forma, a necessidade de rateio. Essa mudança conceitual, aparentemente, contornaria um dos maiores problemas do custeio por absorção, que diz respeito ao rateio dos Custos Indiretos de Fabricação (CIFs)” (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p. 63).
APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS
• Os custos fixos não são apropriados aos
 produtos.
• Eles são atribuídos à estrutura da organização.
• Devem ser contabilizados diretamente na conta de resultados da empresa.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
• “Enquanto no custeio por absorção podemos falar em lucro por produto, ou seja, da obtençãode lucro após a dedução dos custos de produção do preço de venda, no custeio variável isso não ocorre. Nele os produtos geram uma margem denominada margem de contribuição” (MEGLIORINI, 2001, p. 137).
• “A margem de contribuição é o montante que resta do preço de venda de um produto depois da dedução de seus custos e despesas variáveis. Representa a parcela excedente dos custos e das despesas gerados pelos produtos. Caso o preço de venda de um produto seja inferior a seus custos e despesas variáveis, temos uma situação de margem de contribuição negativa, que deve ser revista
ou, por condições comerciais, suportada, ou, mesmo por razões estratégicas, a empresa poderá manter produtos com essa situação” (MEGLIORINI, 2001, p. 137).
TOMADA DE DECISÃO
Megliorini (2011, p. 137) apresenta ações que podem ser realizadas no processo decisório de posse da margem de contribuição:
• “identificar os produtos que mais contribuem para a lucratividade da empresa;
• Determinar os produtos que podem ter suas vendas incentivadas ou reduzidas e aqueles que podem ser excluídos da linha de produção;
• Identificar os produtos que proporcionam maior rentabilidade quando existem fatores que limitam a produção (gargalos), permitindo o uso racional desses fatores;
• Definir o preço dos produtos em condições especiais, por exemplo, para ocupar eventual capacidade ociosa;
• Decidir entre comprar e fabricar;
• Determinar o nível mínimo de atividades para que o negócio passe a ser rentável;
• Definir em uma negociação com o cliente, o limite de desconto permitido”.
REFERÊNCIAS
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2012 (Biblioteca Virtual).
BRUNI, Adriano Leal. Administração de custos, preços e lucros. São Paulo: Atlas, 2006.
SOUZA, Alceu, CLEMENTE, Ademir. Gestão de custos: aplicações operacionais e
estratégicas: exercícios resolvidos e propostos com utilização do Excel. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2011.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com
aplicações na calculadora HP 12C e Excel. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
AULA 09
DEPARTAMENTALIZAÇÃO 
Objetivos: 
Apresentar os principais conceitos relacionados à departamentalização; 
Identificar a forma como se dá a distribuição dos custos utilizando a departamentalização; 
Conteúdos:
Departamentalização; 
Departamentos de produção e serviços; 
Centros de custo; 
Atribuição dos custos
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
• “Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem a vidades homogêneas. Diz-se unidade mínima administra va porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deveria haver” (MARTINS, 2010, p. 65). 
• A atribuição de custos por meio da departamentalização permite distribuir os custos indiretos aos departamentos/centros de custo de forma a que a empresa possa ter uma visão gerencial adequada que permita identificar quais são aqueles que contribue m para o resultado.
DEPARTAMENTOS
• Conceitualmente considera-se “departamento como um conjunto que, apesar de na maioria das vezes ser constituído por pessoas e máquinas, pode também ocorrer sob a forma de pessoas apenas e, pelo menos teóricamente, também só máquinas, que realizam atividades homogêneas. Por exemplo: forjaria, cromeação, montagem, pintura, almoxarifado, manutenção, refinaria, administração geral da produção, etc.” (MARTINS, 2010, p. 66)
DEP. DE PRODUÇÃO E SERVIÇOS 
• “Os departamentos de serviços (impropriamente chamados às vezes de NÃO produtivos e também conhecidos por Auxiliares) geralmente não têm seus custos apropriados diretamente aos produtos, pois estes não passam por eles. Por viverem esses departamentos para a prestação de serviços a outros departamentos, tem seus custos transferidos para os que deles se beneficiam” (MARTINS, 2010, p. 66). 
• “Os departamentos de produção (também conhecidos por produtivos) têm seus custos jogados sobre os produtos, já que estes passam inclusive fisicamente por eles” (MARTINS, 2010, p. 66).
CENTROS DE CUSTOS
• “Na maioria das vezes um departamento é um centro de custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos (departamentos de produção) ou a outros departamentos (departamentos de serviços)” (MARTINS, 2010, p. 66). 
• Podem existir situações em que existam mais de um centro de custos dentro do mesmo departamento ou unidade. Imaginem, por exemplo, um centro universitário, onde temos uma Pró-reitoria Acadêmica PROAC) e subordinado a ela temos um Núcleo de Pesquisa e Extensão (NPE), um Núcleo de Esportes (NE) e um Núcleo de Educação a Distância (NEAD). Normalmente a PROAC é um centro de custos e os núcleos subordinados também o são.
REFERÊNCIAS OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR., José Hernandez. Contabilidade de custos para não contadores. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. [Minha Biblioteca].
AULA10
CUSTEIO ABC
Objetivos: Apresentar os principais conceitos relacionados ao custeio baseado em atividades; Apresentar as características principais do custeio ABC; 
Apresentar a metodologia para atribuição dos custos indiretos pela custeio ABC. 
Conteúdos: 
O custeio ABC; 
Características do custeio ABC; 
Metodologia do custeio ABC; 
Direcionadores de custo.
CUSTEIO ABC 
• “Até a década de 1970, pela pequena participação dos custos indiretos no montante dos custos totais das empresas, o seu papel era de pouca relevância. O crescimento dos valores relativos aos custos indiretos nos anos seguintes, porém, implicou que esses passaram a representar significativa parcela dos gastos totais das organizações” (WERNKE, 2001, p. 27). 
• “Nessa realidade, os critérios de rateio até então utilizados no custeio por absorção (em geral baseados em medições volumétricas, como número de horas trabalhadas ou quantidade de pecas produzidas) começaram a ser considerados inadequados”. (WERNKE, 2001, p. 27). 
• Crescimento significativo dos custos indiretos de fabricação.
• “O ABC caracteriza-se pela tentativa de identificação dos gastos das diversas atividades desempenhadas por uma empresa, independentemente de que sejam executadas dentro ou fora dos limites físicos de um setor, departamento ou até mesmo da própria organização” (WERNKE, 2001, p. 27). 
• O objetivo é promover uma sistemática de alocação de custos que permita avaliar a eficiência (valor agregado) das atividades que consumiam os recursos e geravam os custos indiretos. 
• Identificação das atividades realizadas e conhecer o valor gasto em cada uma delas para ,então, atribuí-los aos produtos com base no consumo efetivo, ou seja, tratar os custos indiretos como se fossem diretos, através da análise das atividades responsáveis pelo consumo dos recursos e como consequência custear as atividades e não os produtos.
CARACTERÍSTICAS DO CUSTEIO ABC 
• A principal questão do custeio ABC é reduzir as distorções causadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos e os substituir utilizando direcionadores que ainda mantém algo de subjetividade. 
• “O ABC é uma metodologia de apuração de custos cuja característica de maior destaque é a capacidade de distribuir as despesas e os custos indiretos aos produtos de forma mais justa (em comparação com o custeio por absorção), já́ que tenta mensurar o efetivo consumo desses gastos pelos itens fabricados. Para concretizar essa melhor alocação das despesas e dos custos indiretos, o ABC utiliza diversos critérios de rateio (ou de direcionamento) que tenham alguma relação logica com o tipo de gasto que está sendo distribuído aos produtos” (WERNKE, 2001, p. 29).
METODOLOGIA DO CUSTEIO ABC 
• Nesse método, preconiza-se que são as atividades realizadas pela empresa as responsáveis pelo consumo dos recursos da empresa e não os produtos que fabrica ou os serviços que realiza. 
• De forma distinta ao custeio por absorção, onde os custos são rateados combase em um fator de absorção (horas de M.O.D. trabalhadas, por exemplo), depois de acumulados nos centros de custo, o ABC atribui os custos aos produtos com base em uma média de consumo, associados aos produtos e repassados a esses por meio dos direcionadores.
DIRECIONADORES 
• Os direcionadores de recursos são algo similar às bases de rateio com a principal diferença que se baseiam nas atividades realizadas do que nos atributos do produto. 
• “A diferença de conceituação está na ideia de que as bases de rateio são calcadas em atributos dos próprios produtos e os direcionadores de custos estão fundamentados nas características dos processos e das atividades” (LEONE, 2010, p. 261).
• “Para alguns itens de despesas ou custos indiretos, a conceituação básica do ABC é muito mais valida do que o critério adotado pelos sistemas correntes de custeamento. Os direcionadores de custos, nesses casos, representam melhor a realidade, isto é, representam, com mais precisão, o consumo dos recursos (despesas e custos) feito pelos produtos” (LEONE, 2010, p. 261).
IMPLEMENTAÇÃO DO CUSTEIO ABC 
As etapas de implementação do custeio ABC pode ser observada na figura abaixo:
ATRIBUIÇÃO DE CUSTOS ABC
Fazer o custeamento dos produtos A e B pelo critério de custeio por atividades (custo ABC), considerando o detalhamento e as seguintesinformações para os custos e despesasfixasindiretas.
REFERÊNCIAS WERNKE, Rodney. Analise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva, 2005.[Minha Biblioteca]. LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de contabilidade de custos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Thomsom Learning, 2004.
AULA11
CUSTO PADRÃO
Objetivos:
Apresentar os principais conceitos relacionados ao método do custo padrão;
Identificar a forma de utilização do custeio padrão.Conteúdos:
Conceitos iniciais;
Métodos de custeio;
Terminologia aplicada a custos;
Classificação.
CUSTO PADRÃO“
(...) conceitua-se o custo padrão como aquele determinado a priori, como sendo o custo normal de um produto. É elaborado considerando um cenário de bom desempenho organizacional, porém levando em conta eventuais deficiências existentes nos materiais e insumos de produção, na mão de obra, etc.” (OLIVEIRA e PEREZ JR, 2005, p. 254).
CUSTO PADRÃO
“O custo padrão é determinado com base em estudos científicos, dados de períodos anteriores e por meio de experiências simuladas, levando em consideração as limitações e deficiências existentes com os fatores de produção ( materiais, mão de obra e demais gastos gerais) disponíveis dentro do processo de produção de cada empresa” (OLIVEIRA e PEREZ JR, 2005, p. 254).
“Refere-se, em síntese, ao custo de fabricação possível de ser alcançado, devendo ser encarado como expectativas gerenciais realistas e desafiadoras, gerando uma melhoria no nível de eficiência da empresa” (OLIVEIRA e PEREZ JR, 2005, p. 254).
CARACTERÍSTICAS CUSTO PADRÃO
•Serve mais para controlar e acompanhar a produ-ção do que para medir seus custos.
•Medir custos e auxiliar na formação do preço.
•Considerado como apoio gerencial.
•Objetivo geral: estabelecer medidas de comparação (padrões) relativos à eficiência da utilização dos meios de produção e seus custos associados (MD, MOD e CIF).
•Deve ser calculado antes da produção.
•Não confundir com custo meta (máximo que permite determinada margem de lucro).
CARACTERÍSTICAS CUSTO PADRÃO
•“A principal finalidade desse custo é estabelecer um padrão de comportamento dos custos, criando condições para seu controle e a avaliação da eficiência do processo produtivo. Por meio dele, pode-se estabelecer as medidas ou padrões físicos e monetários dos recursos que serão utilizados. Confrontando o consumo real dos recursos físicos e monetários com seus respectivos padrões, é possível localizar divergências, o que permite aos gestores manter os custos dentro de limites de variação aceitáveis” ( MEGLIORINI, 2010, p. 209).
•Os padrões são custos predeterminados, cuidadosamente apurados, que devem ser atingidos dentro de condições operacionais eficientes e normais.
•Utiliza-se de orçamento e planejamento.
CUSTO PADRÃOVANTAGENS:
•Avaliação e incentivo de desempenho;
•Facilita a elaboração orçamentária;
•Orientação à política de preços;
•Determinação de responsabilidades;
•Identifica oportunidades de redução de custos;
•Subsidia a adoção de medidas corretivas;
•Diminui o trabalho administrativo.
CUSTO PADRÃODESVANTAGENS:
•A utilização eficiente do método exige constantes correções nos padrões monetários (a simples indexação não é suficiente, nem confiáveis, para as necessidades do método);
•Usualmente há dificuldades para determinar os valores dos padrões, especialmente do CIF.
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES
•Compara-se a variação dos três componentes dos custos (MD, MOD e CIF);
•Favorável quando o resultado da análise mostra um custo real menor do que o custo padrão;
•Desfavorável e passível de medidas corretivas ocorre quando o custo real é maior que o custo padrão.
REFERÊNCIASOLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR., José Hernandez. Contabilidade de custos para não contadores. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012 (Biblioteca Virtual).
AULA 12
ANÁLISE CUSTO VOLUME LUCRO 
Objetivos: 
Apresentar os principais conceitos relacionados à análise custo, lucro; 
Conhecer o conceito de ponto de equilíbrio em suas várias formas; 
Compreender a relação existente entre a capacidade de produção, os custos e o risco operacional. Conteúdos: 
Análise custo volume lucro; 
Comprometimento da receita e risco operacional; 
Ponto de equilíbrio operacional, contábil, econômico, financeiro e mix.
ANÁLISE CUSTO VOLUME LUCRO 
• “A analise da relação custo-volume-lucro (CVL) busca apresentar o comportamento dos custos e do lucro em função do nível de atividade. Mais especificamente, a análise da relação custo-volume-lucro considera os custos e as receitas como funções do nível de produção vendida em certo período. Essa relação proporciona informações valiosas sobre a estrutura de custos e o risco operacional da empresa” (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p. 171).
Apoia a tomada de decisões relativamente a: 
• fabricação ou compra, 
• introdução de linhas de produto,
• determinação de preços de venda,
• dimensionamento da empresa.
ANÁLISE CUSTO VOLUME LUCRO 
• Facilita a elaboração de orçamentos; 
• Permite a projeção de lucros; 
• Induz à redução de gastos; 
• Facilita o controle orçamentário; 
• Permite a realização de orçamentos flexíveis; 
• Baseia-se na identificação do volume de atividade (ou faturamento) mínimo, em que a empresa não terá nem lucro nem prejuízo.
PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL 
• “O Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO) corresponde à quantidade mínima a ser produzida e vendida, em certo período, para que todos os custos operacionais sejam ressarcidos” (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p. 172). 
• Nessa situação, não existe lucro, somente a cobertura dos custos. • Lucro = Receita total – Custo total
COMPROMETIMENTO DA RECEITA 
• “A proximidade entre o PEO e a capacidade máxima, denominada Grau de Comprometimento da Receita (GCR), pode ser interpretada como medida do risco operacional da empresa. Se a empresa somente consegue apresentar lucro com nível elevado de utilização da capacidade instalada ou com o mercado quase saturado, pode-se concluir que o risco envolvido é elevado” (SOUZA e CLEMENTE, 2011, p. 173). 
• Quanto mais próximo de 100% maior o risco que a empresa possui.
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 
• “O Ponto de Equilíbrio Contábil em Unidades (PEC unid.) informa a quantidade de produtos (metros, quilos, litros, pecas, etc.) que deve ser vendida para que o resultado do período seja nulo (não haja lucro nem prejuízo). Para determinar essa quantidade, divide-se o valor total dos Custos Fixos($) pelo valor da Margem de Contribuição unitária ($) do produto” (WERNKE, 2001, p. 121).
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 
• “O Ponto de Equilíbrio Contábil em Valor (PEC Valor) permite calcular o valor mínimo de vendas (em $) que a empresa deve conseguir para que não tenha lucro nem prejuízo” (WERNKE, 2001, p. 121).
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
 • “Quando uma empresa deseja saber o volume de vendas (em unidades ou em $) que é suficiente para pagar os custos e despesas variáveis, os custos fixos (exceto a depreciação) e outras dívidas que a empresa tenha que saldar no período, como empréstimos e financiamentos bancários, aquisições de bens, etc., pode-se recorrer ao cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro (PE Fin.)” (WERNKE, 2001, p. 122). 
• Como a depreciação não representa um desembolso, precisa ser excluída.
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 
• “Se sua empresa quer fixar metas de vendas que proporcionem um determinado valor de lucro, você pode utilizar o ponto de equilíbrio econômico para calcular o volume de vendas a ser conseguido” (WERNKE, 2001, p. 123).
PONTO DE EQUILÍBRIO MIX
 • “Para calcular o ponto de equilíbrio (em unidades) para vários produtos ao mesmo tempo, conhecido como Ponto de Equilíbrio Mix, deve ser empregada a fórmula” (WERNKE, 2001, p. 123). 
• Etapa 1. Calcular o ponto de equilíbrio total.

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