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Atividade Contextualizada de Farmacologia Aplicada Aluno(a): Rayanne Colares Pinheiro Matrícula: 01093322 É indiscutível que o uso dos medicamentos contribuíram expressivamente para o aumento da qualidade e expectativa de vida da população mundial. Porém se faz necessário atentar para o uso consciente, uma vez que tal prática vem acompanhada por uma maior demanda pelos serviços de saúde e, consequentemente, por medicamentos, o que predispõe grandemente a população aos efeitos adversos e colaterais ocasionados pelo uso indiscriminado desses medicamentos (Anderson & Kerluke, 1997). Nesse contexto, percebe-se que quanto mais acesso aos medicamentos, maior são os cuidados necessários pela exposição que vulnerabiliza o organismo aos efeitos colaterais e adversos, principalmente em pacientes com doenças crônicas, ou seja, aqueles que mais necessitam do medicamento a longo prazo, uma vez que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por 63% das mortes no mundo”. Não obstante, a imensa variedade de novos medicamentos lançados no mercado farmacêutico, bem como o apelo das campanhas midiáticas sobre o medicamentos como sinônimos de longevidade também contribuem para a prática da automedicação, que também favorece para o aumento dos efeitos colaterais e adversos. Para tanto, é preciso diferenciar efeito colateral de efeito adverso (também conhecido por RAM - Reação Adversa ao Medicamento). O primeiro é um efeito não pretendido (adverso ou benéfico) causado por medicamento usado em doses terapêuticas. Já o segundo dispõe sobre o efeito prejudicial ou indesejável que ocorre durante ou após intervenção ou uso de um medicamento, em que há possibilidade razoável de relação causal entre o tratamento e o efeito. Infelizmente ainda não existem medicamentos totalmente isentos de efeitos colaterais e adversos disponíveis no mercado.Na busca por dirimir tais efeitos, a indústria farmacêutica investe altos valores e muito tempo (cerca de 10 a 20 anos) em pesquisas para desenvolver medicamentos mais seguros. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável pela promoção da saúde, estabelece rigorosos critérios de controle (várias etapas), acompanhamento e fiscalização na produção dos medicamentos e farmacovigilância, assim como campanhas educativas para o consumo consciente de medicamentos. Referências Bibliográficas: Anderson GM, Beers MH & Kerluke K 1997. Auditing prescription practice using explicit criteria and computerized drug benefit claims data. J Eval Clin Pract 3(4):283-94. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Segurança dos medicamentos: um guia para detectar e notificar reações adversas a medicamentos. Por que os profissionais de saúde precisam entrar em ação / Organização Mundial da Saúde. Brasília: OPAS/OMS. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Glossário [Internet] Disponível em: http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/ix. Acesso 22/03/19. Conceitos importantes em Farmacovigilância. Disponível em https://www.farmacia.ufmg.br/conceitos-importantes/ - Acesso em: 22/03/2019. Promoção do uso racional de medicamentos: uma proposta de modelo avaliativo da gestão municipal. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v40n111/0103-1104-sdeb-40-111-0101.pdf - Acesso em: 21/03/2019. O processo de desenvolvimento de um medicamento: da pesquisa até o uso pela população. Disponível em https://extensao.cecierj.edu.br/material_didatico/sau2203/pdfs/aula04.pdf - Acesso em: 21/03/2019.