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Considerando que para o Código Civil brasileiro a personalidade jurídica começa do nascimento com vida (1)

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Seria possível sim, pois o Brasil tem como regra o nascimento com vida, segundo o artigo 2°, código civil, o que poderia ser verificado através da respiração, por um exame com nome de docimasia hidrostática de Galeno, que atesta se a criança respirou oxigênio ou não. Neste caso da LynLee Hope, não afastaria a sua personalidade o fato de ser devolvida para o útero após o procedimento cirúrgico. 
 No instante em que principia o funcionamento do aparelho respiratório, clinicamente aferível pelo exame Docimasia Hidrostatica de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois. (Gagliano, 2019 p. 149)
 No Brasil temos a teoria natalista e a toeria concepcionalista, como parâmetros para distinguir o direito da personalidade, A teoria natalista, é corrente majoritária da jurisprudência, que tem como regra o nascimento com vida para ser considerado pessoa de direito e deveres, é através dessa teoria que uma pessoa pode exercer os direitos atrelados seres humanos na órbita civil.
 Já a teoria concepcionalista, é aquele que considera a personalidade desde da concepção da vida uterina, esta teoria não é aceita no código civil brasileiro, para essa teoria o nascituro já teria personalidade jurídica no momento da concepção, o nascituro não tem personalidade jurídica diante o código civil brasileiro, por que lhe falta uma condição que é nascer com vida, Pablo Stolze traz uma definição para o nascituro em seu livro ou mencionar Limongi França, citado por Francisco Amaral, define-o como sendo “o que está por nascer, mas já concebido no ventre”.
 De acordo com Maria Helena Diniz, citado por Pablo Stolze, “adverte, que tem vida intrauterina, tem o nascituro personalidade jurídica formal, no atina aos direito personalíssimo e os da personalidade, passado a ter personalidade jurídica material, alcançando os direitos patrimoniais, que permaneciam em estado potencial, somente com nascimento com vida. Se nascer com vida, adquire personalidade jurídica material, mas se tal não ocorrer, nenhum direito patrimonial terá” (Gagliano, 2019 p. 152)
 Então podemos entender que somente adquire personalidade jurídica aquele que nascer com vida, é esse entendimento da jurisprudência no brasil. 
 Referência bibliográfica
Gagliano, Pablo Stolze, Novo curso de direito civil, parte geral, 21° edição, Saraiva, 2019.
Direito do nascituro http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Jurisprudencia-reconhece-direitos-e-limites-a-protecao-juridica-do-nascituro.aspx – data de acesso em 13/09/2019
Direito do nascituro https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1892357/direitos-do-nascituro/jurisprudencia - data de acesso em 13/09/2019.
Direito civil http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm - data de acesso em 13/09/2019.

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