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PESSOAS E BENS

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PESSOAS E BENS 04/08/2021 
 
 
 
Princípios e Conteúdo do Direito Civil - Na época do Direito Romano, era o direito de cada 
cidade que guiava a vida dos cidadãos independentes. Esse direito da cidade continha 
normas de direito penal, administrativo, processual... 
 
- Já na ERA MEDIEVAL o direito civil identificou-se com o direito romano, contido no 
“Corpus Juris Civilis” (ou seja, “Corpo De Direito Civil”), que sofria concorrência com o 
Direito Canônico, em razão da autoridade legislativa da Igreja. 
 
- Com o tempo, o Direito Civil passou a ser um dos ramos do DIREITO PRIVADO 
 
– o mais importante por ter sido a primeira regulamentação da relação entre os 
particulares. 
 
 
Divisão do Código Civil: 1. PARTE GERAL: apresenta normas concernentes às PESSOAS 
aos BENS, aos fatos jurídicos, atos e negócios jurídicos, desenvolvendo a teoria das 
nulidades e os princípios reguladores da prescrição e decadência. 
 
2. PARTE ESPECIAL: que contém normas atinentes à: 
 
2.1 – Direito das OBRIGAÇÕES; 
 
2.2 – Direito de EMPRESAS; 
 
2.3 – Direito das COISAS; 
 
2.4 – Direito de FAMÍLIA; 
 
2.5 – Direito das SUCESSÕES. 
 
PRINCÍPIOS que norteiam todo o conteúdo do Direito Civil: 
 
1. Princípio da PERSONALIDADE: 
 
- Todo ser humano tem direito à sua existência reconhecida; 
 
- Isso lhe acarreta atribuição de direitos e obrigações. 
 
2. Princípio da AUTONOMIA DA VONTADE: 
 
- Capacidade da pessoa humana de PRATICAR ou ABSTER-SE DE PRATICAR CERTOS 
ATOS, de acordo com sua vontade. 
 
3. Princípio da LIBERDADE DE ESTIPULAÇÃO NEGOCIAL: 
 
- Garante-se o livre arbítrio do indivíduo em relação à outorga de direitos e aceite de 
deveres, nos limites legais. - Isso dá início a um negócio jurídico qualquer. 
 
4. Princípio da propriedade individual: 
 
- Defende a ideia de que o homem, devido ao seu trabalho ou pelos meios permitidos a 
ele pela letra da lei, tem o direito de exteriorizar a sua personalidade em bens móveis e 
imóveis; 
 
- Tais bens passam a constituir o seu patrimônio. 
 
5. Princípio da intangibilidade familiar: 
 
- Reconhece a importância da existência do núcleo familiar para o desenvolvimento 
humano. 
 
6. Princípio da legitimidade da HERANÇA e do direito de TESTAR: 
 
- Garante a faculdade do indivíduo de dispor de seus bens do modo como assim 
determinar; 
 
- Liberdade de planejar a maneira como os bens serão transmitidos a seus herdeiros. 
 
7. Princípio da igualdade social: 
 
- Defende o perfeito equilíbrio entre o ganho do particular e a saúde da sociedade como 
um todo; 
 
- Pretende evitar ao máximo as desigualdades e injustiças sociais. 
 
8. Princípio da solidariedade social: 
 
- Atenta para a importância da função social da propriedade e dos negócios jurídicos. 
 
- Visa a conciliação das necessidades da coletividade e dos interesses particulares. 
 
 
1. Codificação: - Primeiramente, importante abordar o conceito de CÓDIGO. - A ideia é de 
coordenar e classificar de maneira metódica as normas concernentes às relações 
jurídicas de uma só natureza, criando princípios harmônicos. - A codificação nada mais é 
do que um processo de ORGANIZAÇÃO. 
 
- Antes da declaração de Independência do Brasil, a ordem é que todo o sistema 
normativo adotado em Portugal fosse aplicado em nosso território. - Por conta disso, 
mandou a Lei de 20 de Outubro de 1823 que se continuasse a aplicar a legislação 
portuguesa no Brasil, até que se elaborasse um código; 
 
- A Constituição Imperial de 1824, em seu Artigo 179, nº. 18, mandou organizar, O 
QUANTO ANTES, os Códigos Civis e Criminal, fundados em sólidas bases da “justiça e 
equidade”; - Em 1830 fora editado o Código Criminal e em 1850 o Código Comercial. 
Porém, o caminho até chegarmos ao Código Civil foi bastante longo. 
 
- Em 1855, o governo imperial entendeu que ANTES DA CODIFICAÇÃO, seria preciso 
tentar confeccionar uma CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS CIVIS, que se encontravam 
esparsas, e para tanto encarregou Teixeira Freitas, que em 1858 obteve aprovação de 
sua Consolidação, que possuía 1.333 artigos. 
 
- No ano de 1881, Felício dos Santos apresentou NOVO PROJETO denominado 
APONTAMENTOS, com 2.602 artigos, que novamente recebeu PARECER CONTRÁRIO 
da comissão que era responsável pela sua análise; 
 
- Em 1889, um pouco antes da PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA 
 
– já éramos república e sequer tínhamos leis próprias 
 
– o então Ministro da Justiça Cândido de Oliveira nomeou nova comissão, que, com o 
ADVENTO DA REPÚBLICA, também não apresentou qualquer projeto de codificação. 
 
- Já era o ano de 1890 – ou seja, já haviam se passado 66 anos desde que a Constituição 
havia determinado que os códigos fossem elaborados – e nada havia ocorrido; - Foi então 
que o Ministro da Justiça da época (Campos Salles), INCUMBIU Coelho Rodrigues da 
feitura de novo projeto, que, finalmente concluído em 23 de fevereiro de 1893, TAMBÉM 
NÃO CONSEGUIU SER TRANSFROMADO EM LEI. 
 
- O Ministro da Justiça – Campos Salles 
 
- ocupou agora o cargo de Presidente da República, em 1899 nomeou o Clóvis 
Bevilácqua para esta “árdua tarefa”; 
 
- No final do ano de 1899, Clóvis Bevilácqua apresentou um NOVO PROJETO, que após 
16 anos de debate FINALMENTE TRANSFORMOU-SE NO CÓDIGO CIVIL, promulgado 
em 1º de Janeiro de 1916, vigente a partir de 1º de Janeiro de 1917; 
 
Alterações que surgiram após a promulgação do Código Civil de 1916: Pacta sunt 
servanda é um brocardo latino que significa "os pactos devem ser respeitados" ou mesmo 
"os acordos devem ser cumpridos". 
 
- No seu sentido mais comum, o princípio pacta sunt servanda refere-se aos contratos 
privados, enfatizando que as cláusulas e pactos e ali contidos são um DIREITO ENTRE 
AS PARTES, e o não-cumprimento das respectivas obrigações implica a quebra do que 
foi pactuado. 
 
- Com o tempo, ocorreu a derrogação desta norma, necessitando da interferência estatal 
para resolução de vários contratos que prejudicavam uma das partes. 
 
Outra situação que se alterou foi a questão da LOCAÇÃO DE SERVIÇO, situação que 
deu lugar aos CONTRATOS DE TRABALHO – os quais geravam mais direitos e garantias 
aos trabalhadores; 
 
A PROPRIEDADE, que no Código Civil apresentava-se de cunho individualista, passa a 
ter uma função social efetiva. - A FUNÇÃO SOCIAL da propriedade é um princípio que 
está vinculado a um projeto de sociedade mais igualitária. - Isso se deve em razão de 
submeter o acesso e o uso da propriedade ao interesse coletivo; 
 
Com relação ao DIREITO DE FAMÍLIA, várias foram as mudanças que exigiram a revisão 
do Código Civil de 1916: 1. Reclamou-se a alteração das condições da MULHER 
CASADA – que sequer era considerada CAPAZ, não tomava decisões sozinhas, 
dependendo exclusivamente do marido para tudo. 
 
2. A inclusão dos preceitos legais sobre SEPARAÇÃO JUDICIAL e DIVÓRCIO, 
ocorrido no ano de 1977, através da Lei do Divórcio. - Até esse ano, não havia 
possibilidade do rompimento do vínculo conjugal. Com a lei, inicialmente após TRÊS 
ANOS da separação judicial, era possível requerer o divórcio. 
 
3. Maior atenção à questão da UNIÃO ESTÁVEL, que sequer possuía previsão legal; A 
união estável foi regulada somente em 1994, pela Lei 8.971, que reconhecia como união 
estável a convivência comprovada entre homem e mulher, solteiros, separados 
judicialmente, divorciados ou viúvos, convivência esta que precisava ser por mais de 
CINCO anos. - Em 1996, através da Lei 9.278, alterou-se a previsão legal com a 
exigência de tempo mínimo para reconhecimento da união estável, dando à união estável 
status de casamento. 
 
4. Revisão dos REGIMES DE BENS: - Existia, à época, o REGIME DOTAL: aquele em 
que o conjunto de bens, designado dote, é transferido pela mulher ao marido, para que 
este, dos frutos e rendimentos desse patrimônio, retire o que for necessário para fazer 
frente aos encargos da vida conjugal, sob a condição de devolvê-lo com o término da 
sociedade conjugal. - Este regime acabou sendo revogado com a entrada em vigor do 
novo código civil, o ano de 2003. 
 
Com relação ao DIREITO OBRIGACIONAL:exigia-se que se alargasse a noção de 
responsabilidade civil; Os DIREITOS DA PERSONALIDADE exigiam que lhes fosse dado 
maior atenção, com uma construção da legislação a seu respeito, pois no Código de 1916 
não havia nada a respeito do tema; O DIREITO DAS SUCESSÕES sofreu uma pressão 
do Direito Previdenciário para que acolhesse o direito do companheiro à herança. 
 
- Com o surgimento de tais necessidades, o Governo Brasileiro resolveu colocar em 
prática um PLANO DE REFORMA, encarregando alguns juristas para REDIGIR UM 
ANTEPROJETO DE CÓDIGO DAS OBRIGAÇÕES separado do Código Civil; - Tal ideia 
não foi aprovada pelos juristas, e então em 1961, com o objetivo de elaborar um 
ANTEPROJETO DO CÓDIGO CIVIL, o Governo nomeou Orlando Gomes, Caio Mário da 
Silva Pereira e Sílvio Marcondes. - Porém, iniciou-se novamente a série de reprovações 
do Anteprojeto, sendo este RETIRADO DE VOTAÇÃO pelo Governo em razão de 
FORTES REAÇÕES CONTRÁRIAS. 
 
- Em 1967 o Ministro da Justiça nomeia NOVA COMISSÃO para rever o Código Civil. - 
Em 1972, a comissão nomeada apresenta novo ANTEPROJETO que procurou manter a 
estrutura básica do Código Civil, reformulando os modelos normativos conforme os novos 
valores éticos e sociais da legislação que havia sido criada, e também com base na 
JURISPRUDÊNCIA da época. - Em 1984 foi publicada no Diário do Congresso Nacional a 
REDAÇÃO FINAL do Projeto de Lei 634-B/75 que acabou recebendo inúmeras 
EMENDAS em razão da promulgação da NOVA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988) 
 
→ 26 anos de tramitação → Aprovado em 2001 → Publicado em 2002 → Entrou em vigor 
em 2003 - O Código Civil de 2002 atendeu melhor aos reclamos da nova realidade, 
reservando os pormenores às leis especiais – mais expostas as variações dos fatos da 
existência cotidiana e das exigências sociocontemporâneas. 
 
Princípios Norteadores do Código Civil: 
 a) Princípio da Socialidade: - O interesse coletivo prevalece sobre o interesse 
individual. É o sentido social das relações. - Código de 1916: prevalecia o “pacta sun 
servanda” – ou seja, vale o que estiver no contrato, independente se isso prejudica uma 
das partes; - Código de 2002: prevalece o princípio da SOCIALIDADE, dando 
possibilidade de discussão de cláusulas que prejudiquem uma das partes. 
 
Exemplos: Art. 1.228, § 1º e § 4º - “posse trabalho” – desapropriação. Art. 1.242, 
parágrafo único - redução dos prazos da usucapião, que é o modo de aquisição da 
propriedade mediante a POSSE prolongada, cumprindo determinados requisitos. Artigo 
1.240-A: Usucapião FAMILIAR. Possibilidade do cônjuge que permanece no lar após a 
saída do outro, ficar com toda a propriedade do imóvel. Necessário permanecer no imóvel 
por dois anos, ser imóvel urbano e possuir, no máximo, 250m², não possuir outro imóvel. 
 
 Artigo 421 – CONTRATOS. Previsão com relação aos contratos de ADESÃO, onde não 
há consenso e onde não se possibilita a discussão das cláusulas. A imposição da vontade 
de uma das partes à outra é traço característico deste contrato, marcado pela mitigação 
da vontade da parte aderente. Surgiu com o contínuo avanço e modernização de setores 
que necessitaram contratar diariamente com um grande número de pessoas, sem 
desperdiçar tempo e dinheiro; 
 
Com o advento do novo Código, a FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO se apresenta como 
poderoso princípio a ser empregado no combate às iniquidades nestes contratos: 
 
1. Plena possibilidade de discussão das cláusulas. 
 
2. Trata-se de fonte de desequilíbrio contratual; 
 
 4. Impõe vontades, não permitindo às partes negociar. Artigo 54 do Código de Defesa do 
Consumidor 
 
b) Princípio da Eticidade → Respeito a dignidade da pessoa humana → Prioriza a boa 
fé – Prioriza o critério ético, a boa-fé e a equidade. Também afeta os contratos em cheio 
(arts. 422 do Código Civil) Efeitos: maior valorização às tratativas e pré contratos; Evitar o 
locupletamento e desequilíbrio contratual. Prestigia aquele que está de boa-fé e penaliza 
aquele que age de má-fé 
 
A boa-fé objetiva está aliada a deveres anexos, os quais estão implícitos em todos os 
negócios jurídicos, dispensando expressa previsão. - Como deveres anexos, Flávio 
Tartuce, ao invocar as lições de Judith Martins-Costa e de Clóvis do Couto e Silva, elenca: 
 
a) Dever de cuidado em relação à outra parte negocial; 
 
 b) Dever de respeito; 
 
c) Dever de informar a outra parte quanto ao conteúdo do contrato – como ocorre no 
contrato de honorários advocatícios, por exemplo; 
 
d) Dever de agir conforme a confiança depositada; 
 
 e) Dever de lealdade e probidade; 
 
f) Dever de colaboração ou cooperação; 
 
 g) Dever de agir conforme a razoabilidade, a equidade e a boa razão. 
 
c) Princípio da Operabilidade (Operatividade) Buscou-se simplificar o direito material para 
que a eventual relação jurídica material seja mais simples. 
 
Uso de conceitos vagos para a melhor aplicação do Código. 
 
Facilitar a interpretação e a aplicação dos institutos previstos no Código; 
 
SIMPLICIDADE; EFETIVIDADE do Direito Civil 
 
Para Finalizar: Adiciona-se aos princípios a ideia do NOVO SISTEMA: um sistema 
aberto, de natureza publicista, chamado de “cláusulas gerais”. Um exemplo disso é o que 
consta no Artigo 186: 
 
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
 
 
Código Civil – O INÍCIO DA PERSONALIDADE NATURAL 
 
 
1. De acordo com o artigo 2º do Código Civil, tem-se como marco inicial da personalidade 
o nascimento com vida. 
 
2. Verifica-se o nascimento com vida por meio da RESPIRAÇÃO. Se ficar comprovado 
que a criança respirou, então houve nascimento com vida. 
 
 
- Caso venha a falecer em seguida, serão lavrados dois assentos: o de nascimento e de 
óbito. (Lei dos Registros Públicos) 
 
Art. 53. No caso de ter a criança nascido morta ou no de ter morrido na ocasião do parto, 
será, não obstante, feito o assento com os elementos que couberem e com remissão ao 
do óbito. (Renumerado do art. 54, com nova redação, pela Lei nº 6.216, de 1975). § 1º No 
caso de ter a criança nascido morta, será o registro feito no livro "C Auxiliar", com os 
elementos que couberem. (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). § 2º No caso de a criança 
morrer na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado, serão feitos os dois assentos, o 
de nascimento e o de óbito, com os elementos cabíveis e com remissões recíprocas. 
(Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). 
 
No Direito português (art. 66, n. 1, do Código Civil – o antigo exigia a figura humana), no 
Código Civil alemão (§ 1º), no Código Civil suíço (art. 31) e no Código Civil italiano (de 
1942, art. 1º). Por exemplo, pelo art. 30 do Código Civil espanhol, só se considera nascido 
o feto que tiver figura humana e viver 24 horas, depois de completamente separado do 
ventre materno. 
 
Admite-se, aí, a tese da viabilidade do recém--nascido, como também no sistema italiano 
anterior ao Código Civil de 1942, no Código Civil francês (art. 314, 3º ) e no holandês (art. 
3º ter condições de vida. Pelo Código Civil argentino (art. 7º). Pela viabilidade, a criança 
deve ), a personalidade ocorre com a concepção, conforme influência de Teixeira de 
Freitas. 
 
1. Perante o nosso direito, a única exigência é que a criança RESPIRE. Se vier a falecer 
no segundo seguinte, não importa, desde que tenha respirado. 
 
- Assim, respirou, adquiriu personalidade. 
 
- Tal situação pode ser de suma importância em situações em que se discutem direitos 
sucessórios, por exemplo. 
 
UM EXEMPLO é o seguinte: o pai da criança era casado pelo regime da separação total 
de bens e falece, deixando a mãe grávida. 
 
Se a criança adquiriu personalidade, ou seja, SE NASCEU COM VIDA, e logo em seguida 
veio a falecer, os bens que eram do genitor, automaticamente foram herdados por ela, e 
transmitidos para a mãe. 
 
Caso não tenha nascido com vida, ou seja, se ficar constatado que não chegou a respirar, 
os bens que eram do genitor,consequentemente passarão aos seus pais (avós paternos 
da criança) em concorrência com o cônjuge. 
 
Exame chamado DOCIMASIA HIDROSTÁTICA DE GALENO. 
 
- Baseia-se essa prova no princípio de que o feto, tendo respirado, inflou de ar os 
pulmões. 
 
- Extraídos do corpo da criança falecida, e colocados na água, eles boiam. Já os pulmões 
que não respiraram, por estarem ainda com as paredes coladas, afundam. 
 
 
- Mas tal matéria deverá ganhar novos contornos e estudos em um futuro próximo, pois a 
possibilidade de reprodução humana assistida, com nascimento de filhos muito depois da 
morte dos pais, obrigará, certamente, uma revisão de conceitos, inclusive para fins de 
direitos hereditários. 
 
- Os seres gerados pela INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL com material preservado do marido 
ou companheiro e aqueles gerados de embriões congelados obrigarão novos estudos, 
que terão implicações éticas e religiosas, além de uma profunda reformulação jurídica. 
 
- Nascituro é aquele ser humano que está em fase de desenvolvimento e PRESTES A 
NASCER. 
 
- É ser já concebido, mas que ainda se encontra no ventre materno. A lei não lhe concede 
personalidade, a qual só lhe será concedida se nascido com vida. 
 
- Possui regime protetivo tanto no Direito Civil quanto no Penal, muito embora não tenha 
ainda adquirido personalidade. 
 
- Assim, mesmo não sendo ainda considerado pessoa, tem a proteção legal dos seus 
direitos desde a concepção. 
 
CONCEITO: Nascituro “é pessoa condicional, pois a aquisição da personalidade depende 
do nascimento com vida. A rigor, o nascituro, à exceção do direito de nascer, não tem 
direito adquirido, mas apenas expectativas de direitos”. (BARROS, 2005, p. 65). 
 
- No entanto, o legislador preferiu assegurar direitos ao nascituro como EXCEÇÃO, vez 
que A REGRA é possuir direitos apenas a partir do nascimento com vida. Porém, em sua 
redação, o Código Civil deixou uma questão bastante duvidosa: 
 
- Se somente é considerada PESSOA (e por isso adquire direitos e deveres) aquele que 
efetivamente NASCE COM VIDA. 
 
1. Como dito acima, o Código Civil torna bastante confusa a situação do nascituro. 
 
- Para discutir essa situação “indefinida” do nascituro, criaram-se TRÊS CORRENTES 
publicadas e defendidas por doutrinadores, que tentam explicar a situação do nascituro: 
 
Teoria Natalista: 
 
- Para esta teoria, o nascituro NÃO PODERIA SER CONSIDERADO PESSOA, pois é o 
próprio Código Civil que exige 
 
– para a existência de personalidade civil 
 
– o nascimento com vida. 
 
- Os defensores desta teoria sustentam que a personalidade jurídica inicia COM O 
EFETIVO NASCIMENTO COM VIDA, e não antes disso. Não havendo personalidade, não 
haveria o que se falar em direitos. 
 
- Com isso, concluem que o nascituro não é pessoa, pois ainda não nasceu 
 
– e sequer se pode saber se vai ou não nascer com vida. 
 
PROBLEMAS DA TEORIA NATALISTA: 
 
A teoria natalista não consegue DEFINIR o que é nascituro, pois se não é uma pessoa 
(mesmo que condicional), seria uma coisa? 
 
 A teoria natalista está completamente distante das novas técnicas de reprodução 
assistida e de proteção aos direitos do embrião – que inclusive já possuem, há muito 
tempo, proteção pela Lei da Biossegurança (Lei 11.105/2005); 
 
 A teoria natalista NEGA ao nascituro todos os direitos que lhe são assegurados por lei, 
como o direito à vida, direito ao reconhecimento da paternidade, aos alimentos, ao nome 
e até a imagem. 
 
 NASCITURO Teoria da Personalidade Condicional: 
 
- Essa teoria acaba se confundindo com a TEORIA NATALISTA. 
 
- Defende que, em razão da personalidade civil começar com o nascimento com vida, os 
direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição SUSPENSIVA, ou seja, são direitos 
eventuais. 
 
- A condição é justamente o nascimento com vida. 
 
- O problema dessa corrente é que ela foca mais nos direitos PATRIMONIAIS do 
nascituro, não se preocupando e nem dando atenção ao apelo dos direitos pessoais ou 
da personalidade a favor do nascituro. 
 
- Os direitos da personalidade NÃO podem estar sujeitos a uma condição, termo ou 
encargo. 
 
Teoria Concepcionista: 
 
- Tal teoria acredita que o início da vida humana ocorre no momento da fertilização do 
ovócito pelo espermatozoide, ou seja, desde a concepção. 
 
- Diz Moura (2013, p. 14) que. 
 
- Sob influência do direito francês, e com adeptos da envergadura de Teixeira de Freitas e 
Clóvis Beviláqua, a presente corrente de pensamento defende que a personalidade 
começa antes do nascimento, sendo que com a concepção já deve assegurar os 
interesses do nascituro. Vale afirmar que, mesmo nesta corrente, o nascituro titulariza 
somente direitos personalíssimos e os de personalidade, ficando os de conteúdo 
patrimonial a aguardar o nascimento Com vida. 
 
- Esta teoria é enfática em afirmar que a personalidade do homem começa a partir da 
concepção, porque, desde tal momento, o nascituro é considerado pessoa. 
 
 - Com tal teoria se explica o fato de os nascituros poderem receber alimentos, herdar, ser 
parte em ações judiciais, entre outros e possam ter seus direitos resguardados, mesmo 
antes de nascerem. 
 
- Essa teoria reconhece 
 
– notadamente 
 
– os direitos da personalidade ao nascituro, sendo que os direitos propriamente 
patrimoniais, ficarão no aguardo do seu nascimento com vida para se efetivarem. - 
Enquanto o nascimento com vida não ocorre, o nascituro nada possui economicamente a 
não ser a EXPECTATIVA de direitos patrimoniais. 
 
1. Direito à Vida: 
 
- O aborto é técnica punida pela legislação nacional, conforme previsão dos artigos 124 à 
126 do Código Penal. 
 
- Porém, o ORDENAMENTO JURÍDICO permite o ABORTO em apenas duas situações 
excepcionais: 
 
a) O aborto para salvaguardar a vida da gestante; 
 
 b) O aborto nos casos em que o produto da concepção resultou de estupro. 
 
- São estas as modalidades chamadas de ABORTO NECESSÁRIO. 
 
- A JURISPRUDÊNCIA nacional, por sua vez, tem adotado posicionamento favorável ao 
aborto nos casos em que o feto é portador da doença chamada ANENCEFALIA, ou seja, 
ausência de cérebro. 
 
- A essa modalidade de aborto é dado o nome de ABORTO EUGÊNICO, e é permitido a 
fim de evitar maiores sofrimentos à gestante, tendo em vista que o feto não sobreviverá. 
 
Objeto de reconhecimento VOLUNTÁRIO de filiação 
 
- Trata-se da previsão legal do Artigo 1.609 do Código Civil. 
 
- Além da previsão constante do Código Civil, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 
seu artigo 26, também traz a previsão legal de possibilidade de reconhecimento de filho 
ainda não nascido. 
 
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, 
conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante 
escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. Parágrafo 
único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao 
falecimento, se deixar descendentes. 
 
Alimentos Gravídicos 
 
- A lei 11.804/2008 acabou por solucionar um problema que há muito causava danos às 
gestantes não solteiras: a possibilidade de pleitear judicialmente o pagamento de pensão 
alimentícia ao nascituro. 
 
- Nos alimentos gravídicos a titularidade é, na verdade, DO NASCITURO e não da mãe; - 
A lei fora criada com o objetivo de respaldar direitos do nascituro a uma gestação 
saudável, nas suas condições mínimas do direito à vida. 
 
- Assim, nada obstante a Lei nº 11.804/08 expresse que “disciplina o direito de alimentos 
da mulher gestante e a forma como será exercido” (art. 1º), sua finalidade está exposta, 
precisamente, no seu artigo 6º e parágrafo único. 
 
- Vejamos: Art. 6º. Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará 
alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as 
necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 
 
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos 
em pensão alimentícia em favor do menor até que uma daspartes solicite a sua revisão. 
 
- Tem-se, então, que grávida a mulher, a primeira palavra é a sua, em face do filho 
nascituro, para dizer quem é o pai,na demanda dos alimentos. 
 
- Não há qualquer necessidade ou exigência legal que haja prévio reconhecimento da 
paternidade ou de admissão voluntária daquele. 
- É nessa linha, o julgado a respeito, de 16.10.2014, pela 8ª Câmara Cível do Tribunal 
de Justiça do Rio Grande do Sul: 
 
Indicações de romance, mensagens afetivas trocadas entre o casal, fotografias do 
par demonstrativas de afeto, justamente em época coincidente com a concepção - 
tais indícios são suficientes para que se tenha demonstrado o requisito para a 
fixação de alimentos gravídicos, ou seja, para obrigar o suposto pai a pagar a 
pensão alimentícia de ventre. É um chamado à responsabilidade parental. 
 
Nomeação de curador 
 
- O Código Civil, em seu artigo 1.779, prevê também a possibilidade de nomeação de 
curador ao nascituro se o pai falecer durante o período gestacional, e a mãe, por sua vez, 
perdeu o poder familiar de outros filhos. 
 
Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e 
não tendo o poder familiar. Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador 
será o do nascituro. 
 
Beneficiário de doação feita pelos pais 
 
- Poderá o nascituro ser beneficiário de doações feitas pelos pais, doação esta que 
somente irá desfrutar após o nascimento com vida. 
 
- É a previsão legal do artigo 542 do Código Civil 
 
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. 
 
 
O nascituro só é considerado pessoa depois que ocorre o nascimento. Porém depende, 
se for levado em consideração os direitos fundamentais, ela já adquiriu o direito de nascer 
(que por sua vez não é regra, mas sim exceção). Porém até não nascer (com vida) ele 
não é considerado pessoa. Pois o código civil exige que nasça com vida para se tornar 
pessoa. Porque ela só adquire personalidade depois de nascer, o nascituro tem apenas 
uma expectativa de direitos. Então não há possibilidade de resguardar direitos para o 
nascituro, mas devemos resguardar essa expectativa de direitos. 
 
 A teoria natalista diz que o nascituro só deve adquirir direitos após o nascimento com 
vida (ao qual não é aplicada no brasil) Porém há um problema, a teoria natalista não 
consegue definir com clareza o que é um nascituro. 
 
Já a Teoria da Personalidade Condicional preocupa-se apenas com a expectativa de 
qualquer direito (de que adquirisse se nascesse com vida), basicamente a mesma 
coisa que a Teoria Natalista. 
 
A Teoria Concepcionista acredita que que o inicio da vida se dá através da 
fecundação, ou seja, desde a concepção. Como o nascituro tem uma expectativa de 
direitos, acredita-se que a vida comece mesmo antes de nascer. Essa teoria explica que o 
nascituro possa ter seus direitos resguardados (herança, alimentos, e ser parte em 
ações judiciais). Os direitos patrimoniais do nascituro deverão ficar no aguardo do seu 
nascimento com vida para se efetivarem, até não nascer com vida ele não possui nada 
economicamente a não ser uma expectativa de direitos patrimoniais. 
O Direito a vida é um direito do nascituro, porém o ordenamento permite o aborto em 
certos casos (risco à vida da mãe, estupro, e o feto ser anencéfalo), no caso de 
incapaz (menor de idade) cabe aos seus representantes decidir. 
Depois de nascida, não há pena que fira o Direito a Vida (salvo em caso de guerra 
declarada). 
 
O Direito de reconhecimento voluntário de filiação, pelo Art.1609 diz que os filhos fora do 
casamento podem ser registrados conjunta ou separadamente na hora de registro. Caso 
o filho seja registrado ainda antes do nascimento, mesmo assim trata-se de uma 
expectativa, caso o filho nasça sem vida, ele não adquire personalidade, mas nesse caso 
de registro prévio, caso o pai tenha uma doença gradativa, poderá registrar o filho não 
nascido para uma expectativa de herança, ao qual terá direito desde que nasça com vida. 
 
Em 2008 houve uma lei chamada Lei de alimentos gravídicos, ao qual retirava a 
titularidade da pensão recebida, da mãe, passando-a para o filho, essa lei foi criada 
para garantir o nascimento da criança e de haver uma gestação saudável. Essa pensão 
permanece mesmo depois do nascimento até que as partes solicitem sua revisão. 
Lembrando que a solicitação de alimentos gravídicos deve haver alguma ´´certeza`` da 
paternidade. 
 
A primeira palavra é da gestante, e ela deverá comprovar a paternidade da outra parte 
com provas como: Indicações de romance, mensagens afetivas trocadas entre o 
casal, fotografias do par demonstrativas de afeto, justamente em época coincidente 
com a concepção - tais indícios são suficientes para que se tenha demonstrado o 
requisito para a fixação de alimentos gravídicos, ou seja, para obrigar o suposto pai 
a pagar a pensão alimentícia de ventre. É um chamado à responsabilidade parental. 
 
O nascituro também tem direito a nomeação de curador, desde que este perca seus pais, 
ou se seus pais forem interditados, sendo determinado um curador, caso seus pais sejam 
interditados e um deles possuir um curador, após o nascimento, o curador do filho sera o 
mesmo que o curador de um dos pais. 
 
O nascituro também possui a chance de receber uma doação, já que a doação feita ao 
nascituro será recebida pela gestante, e após o nascimento, o nascituro poderá desfrutar 
desta doação. 
 
01/09/2021 
 
CÓDIGO CIVIL – PERSONALIDADE E CAPACIDADE 
 
- O Código Civil disciplina as relações jurídicas privadas, que nascem da vida em 
sociedade e se formam entre as pessoas. 
 
- A PARTE GERAL do Código Civil é dividido em três livros: 
 
1. Pessoas naturais e jurídicas: são os sujeitos da relação jurídica 
 
- O Direito regula a vida em sociedade; 
 
- A sociedade, por sua vez, é composta por PESSOAS, que são justamente os sujeitos da 
relação jurídica; 
 
- A relação jurídica - toda relação da vida social regulada pelo direito somente se constitui 
entre PESSOAS, que podem ser: 
 
a)Naturais: ser humano, pessoa física; 
 
b)Jurídicas: agrupamento de pessoas naturais (e/ou) jurídicas, que visam alcançar fins 
de interesse comum. 
 
- O título DAS PESSOAS NATURAIS, por sua vez, divide-se em três capítulos: 
 
1. Personalidade e capacidade; 
 
2. Direitos da Personalidade; 
 
3, Ausência. 
 
Personalidade Jurídica: 
 
1. Todo aquele que nasce com vida, torna-se uma pessoa, ou seja, ADQUIRE 
PERSONALIDADE. 
 
2. A personalidade é uma qualidade ou atributo de ser humano, independentemente da 
sua condição de saúde, capacidade ou idade. 
 
3. Trata-se de aptidão geral para adquirir direitos e contrair obrigações. 
 
4. Atributo necessário para ser sujeito de direitos. 
 
5. Nem sempre foi assim: no Direito Romano, o escravo era tratado como COISA, e não 
pessoa, e por isso não tinha personalidade. Era tratado como OBJETO. 
 
6. O reconhecimento deste atributo, atualmente, está inserido no artigo 1º do Código Civil: 
 
 Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
 
7. O direito reconhece também a personalidade a certas entidades morais, como a 
pessoa jurídica. 
 
Capacidade Jurídica: 
 
- Afirmar que a pessoa tem PERSONALIDADE é o mesmo que dizer que ela tem 
capacidade para ser titular de direitos e deveres. 
 
- o Artigo 1º do Código Civil ENTROSA o conceito de capacidade com o de personalidade, 
quando menciona que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. 
 
- Afirma que a pessoa possui PERSONALIDADE é o mesmo que dizer que ele tem 
CAPACIDADE DE SER TITULAR DE DIREITOS. 
 
1. Capacidade de DIREITO (ou de gozo): 
 
- É a capacidade que todas as pessoas nascidas com vida têm. 
 
- É reconhecida a qualquer ser humano, sem qualquer distinção. - Estende-se até aos 
privados de discernimento e aos infantes em geral 
 
– INDEPENDENTE de seu grau de desenvolvimento mental. 
 
- Podem, por exemplo, herdar bens de seus pais, receber doações, independentementedo seu grau de desenvolvimento mental ou de sua idade. 
 
2. Capacidade de FATO (ou de exercício): 
 
- Muito embora todas as pessoas nascidas com vida possuam personalidade e 
consequentemente capacidade de direito, nem todo ser humano possui a chamada 
CAPACIDADE DE FATO – que pode também ser chamada de capacidade de exercício. 
 
- Esta chamada capacidade de fato trata-se da aptidão para exercer, por si só, os atos da 
vida civil. 
 
- Isso ocorre porque faltam a algumas pessoas alguns requisitos materiais, como: 
 
 a) Maioridade – 18 anos completos ou emancipação; 
 
b) Saúde; 
 
c) Desenvolvimento mental. 
 
- Assim, para melhor entendimento, tem-se que todas as pessoas são capazes de 
direitos, porém, nem todos são aptos a praticar pessoalmente os atos da vida civil. 
 
- Por exemplo, os recém-nascidos ou aqueles que possuem algum problema mental que 
lhes retire o total discernimento, não terão capacidade de FATO, sendo que possuem 
apenas CAPACIDADE DE DIREITO. 
 
- Isso significa dizer que poderão receber doações ou herança em caso de falecimento de 
seus pais, mas por não possuírem capacidade de fato, qualquer movimentação dessa 
herança ou doação, ou qualquer ação judicial que seja necessário propor em razão de 
tais direitos, deverão ser representados ou assistidos no ato. 
 
- Assim, conclui-se que: 
 
Algumas pessoas possuem apenas capacidade de direito, em razão de não terem 
completado a maioridade ou em razão de possuírem alguma doença que lhes retire o total 
discernimento. 
 
 Algumas pessoas – por já serem maiores e não possuírem qualquer problema que lhes 
prejudique o pleno discernimento e compreensão de seus atos, possuirão CAPACIDADE 
DE FATO – ou capacidade plena.

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