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Teorias Existentes Sobre o Início da Personalidade Civil da Pessoa Natural

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Teoria Geral do Direito Civil 
 
Curso: Direito Turma: CDN0040102NMA 
Nome: Mirna Castelo da Silva - 03247004 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Teorias existentes sobre o início da personalidade civil da pessoa natural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus-Am, Setembro, 2020. 
 
Teorias Existentes Sobre o Início da Personalidade Civil da Pessoa Natural 
 
 O princípio da personalidade jurídica diverge entre muitos doutrinadores, 
principalmente, quando se trata do real momento em que se inicia a personalidade 
do indivíduo. Essa pesquisa visa apresentar as teorias que descrevem a natureza da 
personalidade jurídica e os reflexos da doutrina jurídica acerca dos direitos e 
garantias do nascituro no sistema jurídico brasileiro. 
 Em uma primeira análise, nascituro é caracterizado como aquele indivíduo 
que ainda vai nascer, que foi gerado, no entanto, ainda se encontra no ventre de sua 
mãe, diferente dos embriões que são produzidos e mantidos em laboratórios . 
Seguindo a linha de raciocínio de Ferreira (2010,p.1453) que descreve o nascituro 
da seguinte forma: " Que há de nascer; aquele que há de nascer; o ser humano já 
concebido, cujo nascimento se espera como evento futuro e certo". Vale ressaltar, 
que a questão abordada não está pautada no conceito de nascituro, mas no âmbito 
jurídico em relação ao surgimento da sua personalidade civil. 
 Quando se trata da personalidade jurídica é caracterizada como a capacidade 
genérica que um indivíduo tem de ser titular de direitos e obrigações, sendo um 
atributo indispensável para se tornar um sujeito de direitos. Ainda, o Código Civil 
brasileiro estabelece em seu artigo 2° que: " A personalidade civil da pessoa começa 
do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção os direitos do 
nascituro". Todavia, nos termos da legislação brasileira surge um impasse, o 
nascituro pode titularizar direitos sem possuir personalidade , pois ela se inicia com 
o nascimento com vida. 
 Existem 3 teorias predominantes no que diz respeito ao início da pessoa 
natural: a teoria natalista, a teoria da personalidade condicional e a teoria 
concepcionista. 
 1. Teoria natalista: 
 É baseada na interpretação literal e simplificada da lei, relata que a 
personalidade jurídica começa com o nascimento com a vida, inexistindo quaisquer 
expectativas de direitos dele. Segundo Pereira (2007, p.153): "O nascituro não é 
ainda pessoa, não é um ser dotado de personalidade jurídica. Os direitos que se lhe 
reconhecem permanecem em estado potencial. Se nasce e adquire personalidade, 
integram-se na sua trilogia essencial, sujeito, objeto e relação jurídica; mas se 
frustra, o direito não chega a constituir-se, e não há falar, portanto, em 
reconhecimento de personalidade ao nascituro, nem se admitir que antes do 
nascimento já ele é sujeito de direito". Vale ressaltar que os doutrinadores que 
seguem essa linha de raciocínio não conferem personalidade jurídica ao nascituro, 
garantindo esse direito somente com o nascimento com vida. 
 
 
 2. Teoria da personalidade condicional : 
 Destaca que a personalidade jurídica do nascituro sob a condição da que ele 
nasça com vida, sem o nascimento com vida não haverá aquisição da 
personalidade. De acordo com Pussi (2008, p.87) relata que: " A teoria da 
personalidade condicional é a que mais se aproxima da verdade, mas traz o 
inconveniente de levar a crer que a personalidade só existirá depois de cumprida a 
condição do nascimento, o que não representaria a verdade visto que a 
personalidade já existiria no momento de concepção." Ademais, segundo os 
doutrinadores que defendem essa teoria o nascituro possui uma personalidade 
condicional, subordinando sua eficácia a um evento futuro incerto. 
 3. Teoria concepcionista: 
 Segundo essa teoria o nascituro é pessoa humana desde a concepção , 
sendo-lhe garantidos os direitos inerentes à personalidade. Seguindo a linha de 
raciocínio de Pamplola Filho e Araújo (2007) " a doutrina concepcionista tem como 
base o fato de que, ao se proteger legalmente os direitos do nascituro, o 
ordenamento já considera pessoa, na medida em que, segundo a sistematização do 
direito privado, somente pessoas são consideradas sujeitos de direito, e, 
consequentemente, possuem personalidade jurídica. Dessa forma, não há que se 
falar em expectativa de direitos para o nascituro, pois estes não estão condicionados 
ao nascimento com vida, existem independente dele". Para Diniz (2010,p.36-37) 
"Uma vez tendo o Código Civil atribuído direitos aos nascituros, estes são, 
inegavelmente, considerados seres humanos, e possuem personalidade civil. 
Ademais, entende que seus direitos à vida, à dignidade, à integridade física, à 
saúde, ao nascimento, entre outros, são muito mais decorrência dos direitos 
humanos guarnecidos pela Constituição Federal do que da determinação do Código 
Civil". 
 Assim sendo, no Brasil, não houve um posicionamento concreto a respeito do 
nascituro, pois afirmam que a personalidade tem início a partir do nascimento com 
vida, mas também resguarda vários direitos desde a concepção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
https://ambitojuridico.com.br

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