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História “A Casa do Barão”, sede do IHGSV
A mansão do grande empresário do setor cafeeiro Kurt Gustav, em 1940, atualmente transformada em Instituto. 
A Casa do Barão, atual sede do Instituto Histórico de São Vicente (IHGSV), foi construído em 1925, por Karl Hellwing, sogro de Kurt Gustav von Prietzelwitz, barão que dá nome a construção. O local ocupa uma área de 523 metros quadrados (área construída), mais 6.500 metros quadrados de área verde. Sua frente está na Rua Frei Gaspar, faz esquina e ocupa um quarteirão inteiro na Rua Visconde do Rio Branco e dá fundos para a Rua João Ramalho.
A casa central possui cerca de cinquenta cômodos na parte alta, dezesseis na parte baixa (porão), além da casa do caseiro e, nos fundos, a área que na época do Barão ficavam o campo de tênis, as cocheiras, a moradia dos empregados e a forja do ferreiro. Aliás, campo de tênis e cocheiras eram dependências quase obrigatórias nos ricos casarões em SV, na primeira metade do século XX, onde viviam os chamados "senhores do café", estrangeiros ligados aos setores de serviços públicos, cafeeiro e de navegação.
O que se tem registrado é que em 1926, Hildegard Georgina von Pritzelwitz, esposa do Barão, adquirira o imóvel que, em 1944, foi vendido para Brasilina Goglioti, de nacionalidade argentina.
A nova proprietária ficou na casa somente um ano, vendendo-a em seguida para o médico Francisco de Assis Jarussi, que transformou a mansão numa clínica cardiológica que, na Baixada Santista, foi um dos primeiros hospitais especializados.
De acordo com o Cartório de Registro de Imóveis, através de uma carta de adjudicação, em 1960 a Caixa Econômica Federal passou a ser proprietária da área, mantendo o casarão fechado durante anos. 
Em 1968, por insistência do historiador Francisco Martins dos Santos (1903-1978), fundador do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente (5 de fevereiro de 1959), e de sua mulher Odette Veiga Martins dos Santos (1917-1984), a Caixa permitiu que a entidade realizasse nas dependências do imóvel diversas exposições e festas folclóricas. Em 1974 a Caixa permitiu mais: que o Instituto ocupasse as 13 salas principais da antiga mansão para a instalação do Museu Histórico e Geral da Cidade. A partir de 1979 teve início um movimento visando o tombamento pelo Condephaat.
Esse tombamento refere-se somente à área verde, visando sua preservação, não incluindo o imóvel, em virtude deste não apresentar linhas arquitetônicas definidas. O tombamento ocorreu em 20 de julho de 1987 e foi ratificado em junho de 1988 pela então secretária de Cultura do Estado, Beth Mendes, em virtude da Caixa Econômica ter questionado judicialmente esse ato que garantiu a preservação daquela área.
Sobre o Barão
Kurt Gustav Von Pritzelwitz nasceu em Munchen, na Alemanha, em 22 de novembro de 1891, filho de Gustav Kurt Von Pritzelwitz e Maria Von Pretzelwitz. Chegou ao Brasil em 1921. Após uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, transferiu-se para Santos, onde foi trabalhar em 1921 na firma Theodor Wille, uma das mais conceituadas no comércio de café da década de 20, cujo sócio majoritário era Otto Uebelle, amigo que conhecera em sua prisão na Rússia durante a Primeira Guerra Mundial.
Casou-se na cidade de São Vicente em 22 de dezembro de 1922 com Hildegard Georgina Von Pritzelwitz, vicentina, nascida em 23 de março de 1902, filha de Karl Hellwing, alemão e Mary Georgina Bom, inglesa. Teve um casal de filhos: Georgina Maria Von Pritzelwitz e Alexandre Von Pritzelwitz. 
Após pouco mais de quatro anos de formação na sala de classificação de café em grão, da Theodor Wille, Kurt Gustav assumiu a direção da seção de café em Santos em 1927. Rapidamente destacou-se como comprador e exportador. Sua eficiência ficou ainda mais evidente durante o período de economia mundial, afetada pela crise da bolsa de 1929 a 1932, tendo feito diversas doações em nome pessoal, conseguindo, ainda, diversos donativos em nome da firma. Entre as entidades beneficiadas destacou-se a Irmandade do Hospital São José que no relatório de 1939, registrou seu nome como “benfeitor” pelas expressivas contribuições espontâneas. Fez ainda, uma substancial doação ao município garantindo à Prefeitura a pavimentação inicial da avenida Manoel da Nóbrega, na década de 30.
Kurt Gustav faleceu em abril 1981, deixando além dos filhos Alexandre e Georgina, o neto Alexandre, casado com Dóris Maria Pompeu e o bisneto Bruno José. 
A praça cafeeira de Santos tinha o costume de apelidar seus corretores e Kurt Gustv Von Pritzelwitz, foi apelidado de “Barão” pelo seu grande porte físico e importância no comércio cafeeiro de Santos.
O Historiador Francisco Martins dos Santos, quando Presidente do IHGSV, ao criar o “Museu Histório e Geral da Cidade” no casarão que foi residência do “Barão” até ele se transferir para o interior, entendeu que esse prestante cidadão alemão deveria ser homenageado e resolveu fazê-lo “oficializando” a identificação desse imóvel, com a denominação com que a era popularmente conhecida: “A Casa do Barão”.
Na Delegacia da Secretária do Patrimônio da União – Em São Paulo, na presença de diretores do IHGSV, dirigentes da S.P.U., o Procurador da República, dr. Elias Bauab e o Delegado da União, dr. José Luiz Solheiros, entregam a escritura de cessão definitiva da “A Casa do Barão” ao Presidente Fernando Martins Licht.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
A Casa do Barão, símbolo de resistência em São Vicente. 2012. Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/sv/svh075s.htm>. Acesso em: 22 de agosto de 2019.
Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente. 2016. Disponível em: <http://estadodacultura.sp.gov.br/espaco/919/>. Acesso em: 22 de gosto de 2019.
Casa do Barão. 2016. Disponível em: <http://www.resjeroteirosbaixadasantista.prceu.usp.br/sitio/casa-do-barao>. Acesso em: 22 de agosto de 2019. 
Kurt Gustav Von Pritzelwitz. Disponivel em: <http://www.saovicentealternativa.com.br/publico/noticia.php?codigo=376>. Acesso em: 29 de agosto de 2019.

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