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Focus-Concursos-HISTÓRIA DO ESTADO DE GOIÁS __ História Política de Goiás_ Periodo Imperial

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Conhecimentos Gerais Estaduais |Independência em Goiás 
Prof. Rodrigo Donin|fb.com/doninrodrigo
Brasil Império: a Independência em Goiás 
A partir de 1780, com o esgotamento das jazidas auríferas, a Capitania de Goiás iniciou um processo de ruralização e 
regressão a uma economia de subsistência, gerando graves problemas financeiros, pela ausência de um produto 
básico rentável. 
Para tentar reverter esta situação, o governo português passou a incentivar e promover a agricultura em Goiás, sem 
grandes resultados, já que havia temor dos agricultores ao pagamento de dízimos; desprezo dos mineiros pelo 
trabalho agrícola, pouco rentável; a ausência de um mercado consumidor; e dificuldade de exportação, pela 
ausência de um sistema viário. 
Com a Independência do Brasil, em 1822, a Capitania de Goiás foi elevada à categoria de província. Porém, essa 
mudança não alterou a realidade socioeconômica de Goiás, que continuava vivendo um quadro de pobreza e 
isolamento. As pequenas mudanças que ocorreram foram apenas de ordem política e administrativa. 
A expansão da pecuária em Goiás, nas três primeiras décadas do século XIX, que alcançou relativo êxito, trouxe 
como consequência o aumento da população. A Província de Goiás recebeu correntes migratórias oriundas, 
principalmente, dos Estados do Pará, Maranhão, Bahia e Minas Gerais. Novas cidades surgiram: no sudoeste goiano, 
Rio Verde, Jataí, Mineiros, Caiapônia (Rio Bonito), Quirinópolis (Capelinha), entre outras. No norte (hoje Estado do 
Tocantins), além do surgimento de novas cidades, as que já existiam, como Imperatriz, Palma, São José do Duro, São 
Domingos, Carolina e Arraias, ganharam novo impulso. 
Os presidentes de província e outros cargos de importância política, no entanto, eram de livre escolha do poder 
central e continuavam sendo de nacionalidade portuguesa, o que descontentava os grupos locais. Com a abdicação 
de D. Pedro I, ocorreu em Goiás um movimento nacionalista liderado pelo bispo Dom Fernando Ferreira, pelo padre 
Luiz Bartolomeu Marquez e pelo coronel Felipe Antônio, que recebeu o apoio das tropas e conseguiu depor todos os 
portugueses que ocupavam cargos públicos em Goiás, inclusive o presidente da província. 
Nas últimas décadas do século XIX, os grupos locais insatisfeitos fundaram partidos políticos: O Liberal, em 1878, e o 
Conservador, em 1882. Também fundaram jornais para divulgarem suas ideias: Tribuna Livre, Publicador Goiano, 
Jornal do Comércio e Folha de Goyaz. Com isso, representantes próprios foram enviados à Câmara Alta, fortalecendo 
grupos políticos locais e lançando as bases para as futuras oligarquias. 
O Movimento Abolicionista em Goiás 
O poeta Antônio Félix de Bulhões (1845-1887) foi um dos goianos que mais lutaram pela libertação dos escravos. 
Fundou o jornal O Libertador (1885), promoveu festas para angariar fundos para alforriar escravos e compôs o Hino 
Abolicionista Goiano. Com a sua morte, em 1887, várias sociedades emancipadoras se uniram e fundaram a 
Confederação Abolicionista Félix de Bulhões. Quando foi promulgada a Lei Áurea, havia aproximadamente quatro 
mil escravos em Goiás. 
Educação em Goiás no século XIX 
Em 1835, o presidente da província, José Rodrigues Jardim regulamentou o ensino em Goiás. Em 1846 foi criado na 
então capital, Cidade de Goiás, o Liceu, que contava com o ensino secundário. Os jovens do interior que tinham um 
poder aquisitivo maior, geralmente concluíam seus estudos em Minas Gerais e faziam curso superior em São Paulo, 
e os de família menos abastada, encaminhavam-se para a escola militar ou seminários. A maioria da população, no 
entanto, permanecia analfabeta. A primeira Escola Normal de Goiás foi criada em 1882, e em 1889 foi fundado pelas 
irmãs dominicanas um colégio na Cidade de Goiás, que atendia às moças. 
Extraído de Conheça Goiás. Disponível em: http://www.goias.gov.br/paginas/conheca-goias/historia/colonia. 
Acesso em: 02 set. 2016. 
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