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Teoria das Finanças Públicas 3

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TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS
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 A Teoria das Finanças Públicas representa
um ramo da ciência econômica, que trata
dos gastos do setor público e das formas de
financiamento desses gastos.
 Podemos dizer que as Finanças Públicas
abrangem a captação de recursos pelo
Estado, sua gestão e seu gasto para atender
às necessidades da coletividade e do próprio
Estado.
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TEORIAS E MODELOS QUE PROCURAM
	EXPLICAR
a evolução da participação do setor público
na economia
as formas de intervenção do Estado na
atividade econômica
as fontes e origens das receitas públicas
bem como a evolução crescente dessas
receitas relativamente ao produto/renda
nacional.
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 A alocação de recursos determinada pelo
mercado livre é desejável?
 Existe espaço para que a intervenção do
Estado melhore a vida das pessoas?
 De forma geral, são quatro as funções do
Estado:
 função alocativa
 que visa à provisão de bens públicos;
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 função alocativa: relaciona-se à alocação
de recursos por parte do governo a fim de
oferecer bens públicos
 (ex. rodovias, segurança),
 bens semi-públicos ou meritórios	(ex.
educação e saúde),
 desenvolvimento (ex. construção de usinas),
etc.;
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 função distributiva
 voltada à geração de uma distribuição de
renda mais adequada que aquela que o
mercado por si mesmo faria;
 a redistribuição de rendas realizada
através das transferências, dos impostos
e dos subsídios governamentais.
 Um bom exemplo é a destinação de parte
dos recursos provenientes de tributação
ao serviço público de saúde, serviço o
qual é mais utilizado por indivíduos de
menor renda.
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 função estabilizadora
 através da condução de políticas de
estabilização de preços e emprego;
 é a aplicação das diversas políticas
econômicas a fim de promover o
emprego, o desenvolvimento e a
estabilidade, diante da incapacidade do
mercado em assegurar o atingimento de
tais objetivos.
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função de desenvolvimento
 com o objetivo de crescimento com
alterações estruturais e elevação do
padrão de vida da sociedade como
um todo
(países não desenvolvidos ou
subdesenvolvidos).
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 A principal razão de existência da estrutura
federativa encontra-se na função alocativa.
 A questão central está na provisão de bens e
serviços públicos compatíveis com as
preferências dos habitantes da região
beneficiada e que por eles seja financiada
 Alguns bens e serviços públicos, como a
segurança nacional e a política externa,
beneficiam toda a população do país e,
portanto, devem ser providos pela União
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 existem serviços, como iluminação
pública, coleta de lixo e saneamento
básico, que beneficiam diretamente um
grupo restrito, sendo, assim, bens
públicos locais.
 se levarmos em consideração a eficiência
de todo o setor público, cada nível de
governo deve ser responsável pela
provisão dos bens e serviços públicos
cujos benefícios são auferidos apenas
dentro de sua jurisdição.
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 Se a provisão do bem ou serviço público
não atender a toda a comunidade:
 algumas famílias pagarão impostos sem,
no entanto, consumirem o bem,
reduzindo o benefício total percebido por
elas e levando também a um aumento da
demanda por aqueles que o consomem,
visto não pagarem totalmente por esses
bens e serviços públicos.
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POLÍTICA FISCAL
 Do ponto de vista da análise econômica,
as finanças públicas se materializam na
chamada política fiscal que se constitui,
sem dúvida, num dos principais
instrumentos de intervenção na atividade
econômica de que dispõe o governo,
consistindo, basicamente, de:
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 aumentos ou cortes das despesas do governo como,
por exemplo, construção de escolas, de hospitais, de
estradas, ou, ainda, gastos com o funcionamento da
máquina administrativa e com o pagamento de
funcionários;
 aumentos ou reduções do nível de impostos
 Estas duas medidas alteram a:
 Demanda agregada (DA = C + I + G + (X-M))
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 Demanda Agregada = Consumo privado +
Ivestimentos das empresas+ Gastos do
governo + EXportações e - iMportações.
 Ainda que de forma diferente:
enquanto os aumentos ou reduções dos
gastos se refletem, na equação da demanda
agregada, em um G maior ou menor, as
variações no nível de impostos afetam a
"renda pessoal disponível" dos indivíduos, e
consequentemente o nível de consumo
privado C.
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 É através da política fiscal - espelhada no seu
orçamento - que o governo:
 interfere na alocação de recursos,
oferecendo bens e serviços(segurança
nacional, polícia e etc) que se deixado às
forças do mercado não seriam produzidos
pelo setor privado.
 procura melhorar a distribuição da renda no
País, tributando mais os que ganham mais
e realizando "transferências" para os
menos favorecidos da sociedade.
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AS FALHAS DE MERCADO
 De uma forma geral, a teoria das finanças
públicas gira em torno da existência das falhas
de mercado que tornam necessária a presença
do governo, o estudo das funções do governo, da
teoria da tributação e do gasto público.
 As falhas de mercado são fenômenos que
impedem que a economia alcance o ótimo de
Pareto, ou seja, o estágio de welfare economics, ou
estado de bem estar social através do livre
mercado, sem interferência do governo. São elas:
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 Existência dos bens públicos: bens que
são consumidos por diversas pessoas ao
mesmo tempo (ex.: rua).
 Os bens públicos são de consumo
indivisível e não excludente.
 Assim, uma pessoa adquirindo um bem
público não tira o direito de outra adquiri-lo
também.
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 Existência de monopólios naturais:

 monopólios que tendem a surgir devido
ao ganho de escala que o setor oferece
(ex.: água, energia).
 O governo acaba sendo obrigado a
assumir a produção ou a criar agências
que impeçam a exploração dos
consumidores.
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 As externalidades:
 Uma externalidade ocorre quando alguma
atividade de produção ou consumo possui
efeitos indiretos sobre outras atividades de
produção ou de consumo que não estejam
diretamente refletidas nos preços de mercado.
 O termo “externalidade” é empregado porque os
efeitos sobre os outros itens(custos ou
benefícios) são externos ao mercado.
 Por exemplo, uma usina que despeje seus
poluentes num rio, tornando sua água
inadequada para consumo, pesca ou natação
das comunidades próximas, estará produzindo
externalidades negativas (custos) para elas.
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 uma fábrica pode poluir um rio e ao
mesmo tempo gerar empregos.
 Assim, a poluição é uma externalidade
negativa, porque causa danos ao meio
ambiente e a geração de empregos é
uma externalidade positiva por aumentar
o bem-estar e diminuir a criminalidade.
 O governo deverá agir no sentido de inibir
atividades que causem externalidades
negativas
e incentivar
atividades
causadoras de externalidades positivas.
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 Desenvolvimento,
emprego
e
estabilidade:
 principalmente	em economias	em
desenvolvimento, a ação governamental é
muito importante no sentido de gerar
crescimento econômico através de bancos
de desenvolvimento, criar postos de trabalho e
buscar a estabilidade econômica.
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 Bens públicos
 são aqueles cuja escolha é socializada
para toda a população.
 Esses bens são também conhecidos
como bens não rivais e podem ser
divididos em:
a)bens tangíveis, como ruas;
b) bens intangíveis, como leis.
Bens gratuitos (tipo segurança pública)
são um desafio para a análise
econômica.
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 Para os bens alocados em mercado, que
são a maioria em nossa economia, os
preços são os sinais que guiam as decisões
de compradores e vendedores.

 Entretanto, quando os bens são gratuitos,
as forças de mercado deixam de funcionar
e não servem como guia.
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 Bem não rival:
 um bem não rival é aquele no qual o consumo
do bem por um consumidor não impede o
consumo do mesmo por outro consumidor.
 Ex.: ondas de rádio, paisagem e outros usos
não consuntivos da água.
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 Bem rival:
 um bem é dito rival quando seu uso por
uma pessoa ou firma prejudica seu uso
por outras pessoas ou firmas.
 Ex.: uma peça de vestuário feita para
uma pessoa, não pode ser usada por
duas pessoas ao mesmo tempo,
entretanto, pode ser partilhada, desde
que o tempo e uso sejam divididos.
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 Bem excluível:
 aquele em que é possível impedir uma pessoa
de usá-lo.
 Ex.: pedágio.
 Bem não excluível:
 um bem não exclusivo é aquele que não é
possível/viável excluir as pessoas de consumi-
lo.
 Ex.: luz solar, peixes para pesca.
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