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Profa: Teresa Cristina V. Barbosa 2019-1 Trypanosoma cruzi Trypanosoma cruzi Agente Etiológico Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da doença de Chagas. Antropozoonose frequente nas Américas Histórico Este protozoário foi descoberto por Carlos chagas em 1909. É uma doença intimamente ligada ao status social do homem. Atualmente cerca de 8 milhões são portadoras da Doença de Chagas – principalmente meio rural. MORFOLOGIA É bastante variada: Hospedeiro Vertebrado – Homem- Onde são encontradas as formas: AMASTIGOTAS – forma intracelular TRIPOMASTIGOTAS – forma encontrada no sangue. MORFOLOGIA Hospedeiro invertebrado espécies hematófagas Reduviidae - Triatominae (barbeiros) Onde são encontrados na forma: EPIMASTIGOTA 5 Epidemiologia Prevalência nas Américas do Sul e Central, onde o número de casos é estimado em 15-20 milhões. Aproximadamente 90 milhões de pessoas sob risco de infecção. Estima-se que ocorra 50.000 óbitos anualmente em decorrência da DC. Os casos adquiridos fora da região das Américas do Sul e Central normalmente são adquiridos por transfusão sanguínea. Área de risco de infecção com T . cruzi Onde há presença de vetores existe a possibilidade de infecção - Área endêmica Brasil: 1/4 território - 8 milhões de pessoas infectadas (MG,RS,GO,SE,BA) - 25 milhões de pessoas expostas ao risco de infecção. Ciclo Evolutivo no Inseto Vetor Formas tripomastigotas se transformam em epimastigotas Formas evolutivas do T. cruzi no Vetor EPIMASTIGOTA - vive no intestino, das porções proximais às terminais. Divide-se ativamente por divisão binária (barbeiro) TRIPOMASTIGOTA –vive nas porções terminais do intestino , constitui a forma infectante. Não sofre divisão. (homem) Formas Evolutivas de T. cruzi no hospedeiro vertebrado AMASTIGOTA - intracelular e desprovida de flagelo livre. Divide-se ativamente por divisão binária. TRIPOMASTIGOTA SANGUÍNEO - extracelular, vive no sangue. Não sofre divisão. T. cruzi Os principais órgãos atingidos são: Coração Tubo digestivo Plexos nervosos. Ciclo Evolutivo no ser humano Introdução de formas tripomastigotas depositadas próximas ao local da picada (forma infectiva) tripomastigotas se transformam em amastigotas nos tecidos, onde se reproduzem assexuadamente Invadem novas células Disseminação no hospedeiro vertebrado Infecção local Infecção local Nódulos linfáticos Coração Sistema nervoso central Aparelho digestivo Formas de Transmissão Vetorial Transfusão sanguínea (o segundo mais freqüente) Congênita Oral Transplante de órgãos Acidente laboratorial Formas de Transmissão Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Edema no local da picada: Chagoma inicial ou Sinal de Romanã (quando o parasita penetra pela mucosa ocular – edema unilateral e bipalpebral) - 10% dos casos Alterações no sangue: a parasitemia se torna patente entre o 4 e quadragésimo dia, hemograma mostra uma ligeira leucocitose, com linfocitose, mas com tendência a leucopenia, anemia pode ser grave em alguns casos, na fase crônica à predominancia de LT CD8+ e poucos macrófagos e Linfócitos B. Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Sinal de Romanã Chagoma inicial Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Alterações no coração: órgão mais afetado, se bem que muitas formas da doença são benignas Ninhos de amastigotas, se multiplicam no interior das fibras musculares Ninhos: causam inflamação, lesões isquêmicas (com infartos microscópicos) Fibras cardíacas podem apresentar intensa degeneração Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Miocardite aguda: mais frequente em crianças pode levar a insuficiência circulatória, podendo levar a morte Outras ocasiões: lesões de fase aguda continuam-se com a da fase crônica, ou pode haver melhora com diminuição da parasitemia Fase crônica: fibrose difusa ocupa o lugar da áreas inflamadas e necrosadas podendo levar a aritmia Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Ninho de amastigota em tecido cardíaco Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Alterações do sistema digestório: os parasitos são presentes na musculatura lisa, nas células nervosas e em outros elementos da parede do tubo digestório Lesões no: esôfago, cólon e sigmóide (formação de granulomas, e destruição de plexos nervosos) Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Esôfago: aumento do calibre; espessamento da parede muscular e destruição da inervação parassimpática. Podem ocorrer, soluço, regurgitação ou hipersalivação (por hipertrofia das parótidas) Cólon: dilatação; hipertrofia; destruição de plexos nervosos provocando alterações de peristaltismo. Regiões mais comprometidas: sigmóide e reto. Alterações Anátomo e Fisiopatológicas Lesões em outros órgãos: Sistema nervoso central, fígado, baço, linfonodos (na fase aguda), músculos esqueléticos. Infecções Congênitas Risco de transmissão para o feto é baixo, ocorre em 1 à 4% das gestantes com sorologia positiva Frequência: baixo peso e prematuridade Diagnóstico - Fase Crônica Pequeno nº de parasitas no sangue Pesquisa do parasito (métodos que possibilitam a multiplicação do parasita) Xenodiagnóstico Hemocultura Sorológico Profilaxia Utilização de inseticidas grande eficácia no extermínio dos vetores (desde que usados constantemente) Melhoria das habitações Controle da transmissão transfusional – triagem sorológica de doadores Adoção de normas de biossegurança para evitar a transmissão por acidentes de laboratório e outras formas de transmissão ocupacional
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