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Atividade-ciclo 1 - Atualidades

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DAVID VENANCIO DA CRUZ 
8092582 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO INTERCULTURAL 
Atividade Portfólio (Ciclo 2) 
Ana Maria Tassinari 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Batatais/SP 
2019 
 
 
 
 
Atividade de Portfólio 
Educação Intercultural 
 
 
 
Sumário 
 
Atividade Proposta ..................................................................................................................... 3 
Consideração 1: ............................................................................................................. 3 
Consideração 2: ............................................................................................................. 3 
Consideração 3: ............................................................................................................. 4 
Consideração 4: ............................................................................................................. 4 
Consideração 5: ............................................................................................................. 6 
Referências ....................................................................................................................... 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade de Portfólio 
Educação Intercultural 
 
 
Atividade Proposta 
 
Esta atividade tem como objetivo uma reflexão “diferenças culturais são trabalhadas na 
escola e na sala de aula”. 
 
Educação Intercultural 
Em uma reunião de professores de uma escola rural do sul do Chile, um grupo discute o 
papel que deve representar a educação na inclusão de crianças indígenas, a fim de que 
possa participar e ter acesso à cultura em igualdade de condições com as demais 
crianças do país. Seus comentários são os seguintes: 
• “O papel do professor é ajudar seus alunos mapuches (*) e suas famílias a eliminar as 
atitudes discriminatórias que assumem ante os chilenos. Isto porque, de maneira geral, 
são os mapuches que não querem integrar-se. É necessário acabar com essa mentalidade 
separatista, já que todos somos iguais. Creio, replica o professor, que se formos capazes 
de oferecer ao povo mapuche o mesmo que se propicia ao povo chileno, reduziremos 
essas diferenças odiosas e nos trataremos como irmãos”. 
 
Consideração 1: 
O professor e o corpo administrativo devem estar preparados para tratar a 
diversidade cultural de forma neutra, levando em consideração o costume que cada ser 
traz consigo. De acordo com Adrião et al (2009), deve respeitar a à autonomia de cada 
indivíduo, promovendo situações que cooperem para seu desenvolvimento e promova 
experiencias que revelem respeito ao ambiente e a história de diferentes culturas. 
 
• Uma outra professora – Fresia – não concorda, pois para ela resgatar as diferenças e 
aprofundar a própria cultura é um requisito necessário para integrar-se à sociedade. 
“Nós devemos preparar a criança mapuche para no futuro interagir com as duas 
culturas. Ou seja, prepará-lo tanto para participar da sociedade chilena quanto para não 
renunciar a seu mundo, à sua identidade. Do contrário, não será nada”. 
 
Consideração 2: 
É importante que, assim, os alunos possam entender que não existe uma cultura 
melhor ou pior que a outra, que nenhuma forma de discriminação deve ser aceita ou 
praticada, mas sim o respeito mútuo entre todos. 
 
Atividade de Portfólio 
Educação Intercultural 
 
 
• Por sua vez, Ana expressa a opinião de que, às vezes, as diferenças apresentadas pelas 
crianças mapuches nas escolas reduzem-se apenas a clichês que não necessariamente 
representam o verdadeiro sentir de um povo. Por exemplo, “escolhemos uma 
menininha, vestimo-la com um traje mapuche e fazêmo-la dançar. Isto nada mais é que 
folclorizar a cultura, não é resgatá-la ou valorizá-la de verdade. Quem sabe o que essa 
menina está pensando ou sentindo? Talvez nem ela mesma saiba por que está ali 
fazendo o que se está pedindo”. 
 
Consideração 3: 
É necessário que por sua vez a escola promova diversas manifestações culturais, 
discordando da personagem Ana. É função da escola possibilitar para a criança um novo 
modo de olhar de forma sensível para construções de boas relações consistentes com o 
meio social, formando seres mais críticos, participativos e criativos, que suscitem outros 
modos de perceber e sentir. Não e apenas o folclore, mas apresentar a cultura literária e 
cultura artística, isso vai além de apresentar costumes, e desenvolver melhores 
expressões e recuperar valores humanos. Puig (1998) afirma: 
“O ambiente sociocultural fornece a cada sujeito conteúdos que, de maneira 
informal, pouco consciente e pouco problemática, vão burilando sua 
personalidade, socializando-a. As formas de vida, os hábitos sociais e os 
valores morais implícitos são seus principais conteúdos.” (Puig, 1998: p.163) 
. 
• Professor recém-chegado à escola, Esteban entende que “preparar um aluno em sua 
cultura visa melhorar sua autoestima, pois a sociedade dominante não irá levar em conta 
o seu mundo, e nela ele terá que viver. Devemos fortalecê-los e, inclusive, dar lhes mais 
ferramentas que as que são dadas a outros aluno(a)s não indígenas, já que a 
discriminação social à qual estarão expostos ao deixarem a escola será muito forte. 
Quanto a nós, temos a grande responsabilidade de ajudá-los e prepará-los para que 
possam enfrentar a discriminação e seguir em frente”. 
 • “Parece-me – comenta Estebam – que, aparentemente, alguns professores 
confundiram o reconhecer as diferenças das diversas culturas com o fazer diferença no 
trato com pessoas de outra origem. Assim, quando a criança mapuche compara sua 
cultura com a outra, o que está fazendo é discriminar-se a si mesma. 
 
Consideração 4: 
O Estebam comenta sobre a formação de docentes ainda tradicionais e 
homogeneizadora que apenas concede uma transmissão de conhecimentos teóricos e 
fragmentados entre si, os quais não tem relevância social para os alunos. Uma formação 
 
Atividade de Portfólio 
Educação Intercultural 
 
como essas características não cria bases para o desenvolvimento contínuo dos docentes 
no que diz a respeito do aperfeiçoamento de práticas de ensino pedagogicamente mais 
efetivas (DUK, 2006). 
De acordo com Duk (2006), o professor deve ser capaz cotidianamente inovar na 
prática do ensino, a qual tem como propósito abordar e interver os problemas que 
enfrentam na sua prática. Assim o docente terá informações sobre as habilidades sociais, 
cognitivas e linguísticas que permitam responder criticamente à mudança. A diversidade 
regional existente no contexto educacional do Chile é significativa e não pode ser 
ignorada. 
 
• A monitora de religião, jovem colaboradora de Fresia e de origem mapuche, garante 
que ser mapuche não é uma desvantagem: “Depende da pessoa: se alguém se comporta 
de maneira tímida, permanecendo à margem, para que não a toquem ou não lhe digam 
nada, aí fica difícil. Há mapuches com personalidade e outros, não. 
Fresia acha os mapuches “um tanto tímidos, reagindo, de certa forma, ao desconhecido, 
ao estrangeiro, com dificuldades de comunicação. São um pouco introvertidos, custa-
lhes aproximar-se das pessoas. Inclusive foi difícil para eles me receberem quando 
cheguei a esta comunidade”. Na família, acrescenta a jovem, “a maneira de comunicar-
se é aos poucos, contando as coisas lentamente, de forma muito sincera”. Fresia domina 
a língua mapuche e comenta que “quando os alunos chegam à escola no primeiro ano, já 
em processo de adaptação, demonstram conhecer várias coisas. Nota-se que há certa 
pedagogiafamiliar. Quando lhes pergunto quanto é cinco, eles me indicam com a mão e 
me dizem quechu. Falo com eles em mapudungún e eles me entendem. Percebo, além 
do mais, que muitos problemas de aprendizagem decorrem deste desconhecimento de 
nossa língua e dos conceitos impostos às crianças. Consequentemente, mais do que 
problemas de aprendizagem é uma questão de ensino”. 
No que se refere às aprendizagens e aos valores dos mapuches, Fresia destaca serem 
transmitidos por meio da natureza, da mãe terra. “Certa vez, aprendi muito com uma 
pessoa que não tinha muitos conhecimentos, mas tinha uma grande sabedoria... Ela 
vivia em plena cordilheira. “Irmã”; Me disse: “vivo na montanha, cada mahuida tem seu 
dono. Se eu entro em uma floresta para cortar uma lenha, peço permissão à floresta; se 
eu entro em um pântano para apanhar pedras, tenho que pedir permissão ao pântano. E, 
assim, cada coisa da natureza tem seu mulé (dono). “É assim que pensa o mapuche em 
relação ao que o rodeia”, conclui. 
 Aplicar uma educação intercultural não é fácil, pensa Fresia. “Para um professor 
chileno, é difícil aproximar-se do mapuche. É um processo que exige estreito contato 
com eles, para chegar a compreender sua cultura, conhecer sua visão, seus talentos e sua 
grande riqueza humana, para compreender seus problemas, para vincular-se a eles e 
crescer juntos...Por aí fui abrindo caminho. Creio que, se nós, os professores, nos 
integrarmos, nos prepararmos, e nos interessarmos pelos programas interculturais, 
 
Atividade de Portfólio 
Educação Intercultural 
 
sugerindo uma metodologia adequada para nossas crianças, poderemos conseguir muito 
mais. No entanto, tudo isto deve constar das políticas educacionais nacionais, é preciso 
que haja um grande compromisso do Estado e do Ministério da Educação. A meu ver, é 
preciso que um grupo de pessoas e profissionais trabalhe neste sentido – e não só os 
professores”. 
 
Consideração 5: 
A abordagem do termo diversidade cultural torna-se um tema atual e relevante a 
partir do momento em que a escola desenvolve um ensino que procura atender a 
diversidade cultural de seus alunos. Por isso, Candau (2009) defende que: 
Diante do cenário escolar atual, percebemos a necessidade de repensar 
as práticas escolares, para melhor atender essas problemáticas que 
permeiam os murros das escolas, pensando nas possibilidades de 
mudanças; dessa forma, sugerimos algumas providencias que podem ser 
tomadas para a valorização da diversidade cultural nas escolas, tendo 
como base diferentes autores que discutem o tema. Percebemos a 
necessidade de essas abordagens serem trabalhadas em salas de aula, 
partindo das séries iniciais, para que as crianças desde a infância se 
familiarizarem com a temática, evitando assim possíveis 
estranhamentos (CANDAU, 2009). 
As mudanças são necessárias, pois todo indivíduo tem direito a uma educação de 
qualidade, que respeite as suas individualidades, sem o desalento causado pela sua 
inserção em um ambiente que, em princípio, favorece a um determinado publico, pois 
um ambiente escolar é de todos e para todos. 
 
Referências 
 
ADRIÃO, T.; GARCIA, T.; BORGHI, R.; ARELARO, L. Uma modalidade peculiar de 
privatização da educação pública: a aquisição de "sistemas de ensino" por municípios 
paulistas. educação e sociedade. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v30n108/ 
a0930108.pdf>. Acesso em: 3 de set. 2019. 
CANDAU, Vera, MOREIRA, Antonio. Educação escolar e cultura(s): construindo 
caminhos. Revista Brasileira de Educação, [online], n.23, pp. 156-168, 2003. 
DUK, CYNTHIA. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. 
/edição do material Cynthia Duk. – Brasília: [MEC, SEESP] ,266 p, 2006. 
PUIG, J. M.. A construção da personalidade moral. São Paulo: editora Ática, 1998. 
 
 
Atividade de Portfólio 
Educação Intercultural

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