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Demanda e Oferta de Bens e Serviços

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2. DEMANDA ( PROCURA) 
Costuma-se definir a demanda ou procura individual como a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em certo período de tempo.
Cabe ressaltarmos dois elementos importantes nesta definição. Em primeiro lugar, a demanda constitui-se em um desejo de adquirir algo, ou seja, é uma aspiração, um plano, e não a sua concretização ou realização. Sendo assim, não é correto afirmar que a demanda é uma compra, assim como a oferta não é uma venda.
Em segundo lugar, a demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, a procura é uma dada quantidade em um dado período de tempo. Quando, por exemplo, dizemos que o Mauro tem o desejo de adquirir um carro novo, não podemos dizer, simplesmente, que ele deseja um carro novo e isto é a sua procura. Mas, do que depende esta procura, ou este desejo de adquirir ? Quais são os fatores ou variáveis que influenciam a procura?
 	Por esta teoria, a demanda é derivada de hipóteses sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. O que se deseja portanto, é explicar o processo de escolha do consumidor perante as diversas alternativas existentes.
Em existindo uma limitação no orçamento do consumidor, este procurará distribuir seu orçamento, ou seja, sua renda disponível, entre os diversos bens e serviços de forma a alcançar a melhor combinação possível, e que será aquela que lhe trará o maior nível de satisfação possível.Para exemplificar, vamos nos valor do exemplo dado pelo manual de economia dos professores da USP :
 	Supondo que um individuo vá almoçar num restaurante, vamos verificar o que influencia sua escolha. Recebendo o cardápio, a primeira coisa que ele olha são os preços. Assim, a escolha de um determinado prato, digamos um filé, depende não só do preço do filé, mas também do preço das outras carnes, do preço das massas, etc. Podemos verificar facilmente que, quanto maior for o preço do filé, menos desejo terá este consumidor em consumi-lo. Desta mesma forma, quanto menor for o preço dos outros pratos, menor será ainda seu desejo em consumir o filé. Este fenômeno se dá, porque o filé, as outras carnes e as massas são produtos substitutos entre si.
 	Vemos então, com este exemplo, que a escolha do consumidor é influenciada por algumas variáveis, que em geral serão as mesmas que influenciarão sua escolha em outras ocasiões.Desta forma a demanda de um determinado bem X depende de uma série de fatores. Os economistas consideram como mais relevantes os seguintes fatores :
 - O preço do bem X (Px) – De fato, esta é a variável mais importante para que o consumidor decida o quanto vai comprar do bem; se o preço for considerado barato, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do que se for considerado caro.
 - A renda do consumidor (Y) – Embora muitas vezes o consumidor considere atrativo o preço do bem X, ele pode não ter renda suficiente para comprá-lo como, por exemplo, se o bem X for um carro de luxo; por outro lado, se a renda do consumidor aumentar num período de tempo, provavelmente ele adquirirá maiores quantidades do bem X a um determinado nível de preço do que antes e menores, se a renda diminuir, de forma que esta é uma variável que condiciona a decisão de consumo.
 - O preço de outros bens (Pz) – Se o consumidor deseja adquirir manteiga, por exemplo, ele não olhará somente o preço desta mas também o preço de bens substitutos tais como a margarina ou requeijão cremoso; da mesma forma, se ele desejar adquirir arroz, considerará não somente o preço do arroz, mas também o do feijão já que em nosso país, o consumo destes bens está freqüentemente associado um ao outro.
 - Os hábitos e gostos dos consumidores (H) – Esta é uma das variáveis das mais importantes porque, embora o preço do bem X esteja adequado, inclusive comparado ao de bens substitutos e o consumidor possua renda para adquiri-lo, muitas vezes deixa de fazê-lo por não estar habituado ou condicionado ao seu consumo.
 
3. OFERTA 
Define-se oferta como a quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. 
A oferta é um desejo, um plano, uma aspiração. Do mesmo modo que a demanda, a oferta de um bem depende de inúmeros fatores que discutiremos a seguir: O preço do bem X – para decidir qual será a quantidade a ser oferecida no mercado, sem duvida em primeiro lugar, os vendedores levarão em conta o nível do preço do bem X;
 Preço dos insumos utilizados na produção (Pi) – alterações nos níveis de preço das matérias-primas, dos combustíveis, da energia, etc. terão como conseqüência alterações na quantidade a ser ofertada no mercado;
 Tecnologia (T)– inovações tecnológicas que reduzam o custo de produção do bem X ou propiciem sua produção em maiores quantidades ao mesmo custo tornarão sua oferta mais abundante;
Preço de outros bens (Pz) – o agricultor, por exemplo, ao considerar quanto produzirá de milho levará em conta não apenas o preço do mesmo mas também o preço de uma cultura alternativa tal como a do feijão, e optará por aquela que lhe trará maiores resultados.
Matematicamente podemos expressar a oferta pela seguinte função:
 
4. EQUILIBRIO DE MERCADO
O equilíbrio de mercado é conseguido hipoteticamente quando a quantidade ofertada é exatamente a mesma que a quantidade procurada, ou seja, não há excesso nem de oferta nem de procura.
FATORES DE PRODUÇÃO, PRODUÇÃO E CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 	Pela teoria da produção, temos que, produção é o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. É importante ressaltar que o conceito de produção não se refere apenas aos bens físicos e materiais, mas também a serviços, como transportes, atividades financeiras, comercio e outras atividades.
 	Num processo de produção, os diferentes tipos de insumos que também são chamados de fatores de produção, são empregados para produzir um bem ou serviço.
 	A quantidade do bem X (por exemplo um veículo) que poderá ser fabricada num determinado período de tempo é função direta dos fatores de produção (insumos) utilizados no processo produtivo. A isto chamamos de Função de Produção.
 
6. A ECONOMIA E O DIREITO
Sem duvida alguma, os importantes conceitos econômicos dependem do quadro de normas jurídicas do Mercado que está se estudando.No mundo real, as normas jurídicas emolduram o campo da análise da teoria econômica, e por outro lado, as questões econômicas que vão surgindo, atuam de forma a mudar este arcabouço jurídico.Ao estudar-se a teoria dos mercados, encontramos dois enfoques: de um lado, no lado econômico, analisa-se o comportamento dos produtores e dos consumidores, quanto a suas decisões de produzir e consumir; de outro, no jurídico, o foco está nos agentes das relações de consumo, que a relação entre consumidor e fornecedor. Esta relação inclusive, é regulada no Brasil pelo Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, que preceitua que os direitos do consumidor colocam-se perante os deveres do fornecedor de bens e serviços.
 	Desta forma, quando estamos estudando os estabelecimentos fornecedores de bens e serviços e o papel do empresário, deparamos novamente com as duas visões que emergem dessa análise, ou seja, a econômica e a jurídica.
Quando estudamos sob a ótica da visão econômica, é ressaltado o papel do administrador na organização dos fatores de produção – capital, trabalho, terra e tecnologia -, combinando-os de forma a minimizar seus custos ou maximizar seu lucro. Por outro lado, a visão jurídica, extraída do código comercial, apresenta varia concepções, que enfatizam que o estabelecimento comercial é um sujeito de direito distinto do comerciante, com seu patrimônio elevado à categoria de pessoa jurídica, com a capacidade de adquirir e exercer direitos e obrigações. Desta forma, os bens do proprietário não se confundem com os da empresa, pois ambos possuem personalidades distintas e separadas.
 	Os princípios gerais da atividade econômica estão elencados nos artigos 170 a 181 da Constituição FederalNestes artigos vemos que a ordem econômica fundamenta-se em dois grandes pilares, a saber:
a) Na Valorização do Trabalho Humano e ;
b) Na livre iniciativa, 
Devendo observar os seguintes princípios:
 I – Soberania Nacional – Por este principio, a idéia que se tem é que o Estado brasileiro não está submisso à ingerência de nenhum outro Estado estrangeiro, por mais poderoso que seja, tanto no campo bélico quanto no campo econômico;
II – Propriedade Privada - 
III- Função Social da Propriedade – Os princípios de propriedade privada e de função social da propriedade andam de mãos dadas, uma vez que pela perspectiva desta ordem econômica, o exercício desta propriedade não pode ser feito de forma egoisticamente, nem tão pouco ser utilizada de forma improdutiva de maneiras que afronte a dignidade do ser humano, deixando assim de cumprir o seu papel ou sua função social.
 IV – Livre Concorrência – A livre concorrência, que é um principio preconizado pelos paises ditos capitalistas, está contemplada em nossa Constituição. Este principio assegura a todo individuo, independente de sua origem, cor ou padrão social a oportunidade de participar efetivamente da atividade econômica do país, de maneira que lhe possibilite ganhos em função de sua performance nos negócios por ele desenvolvidos, sendo que nada, a não ser o próprio mercado consumidor obstará a sua permanência neste mercado.
 V – Defesa do Consumidor – Uma das mais recentes conquistas dos consumidores foi a sua defesa diante de qualquer abuso ou ilegalidade. Com isto, o menor dos consumidores pode fazer valer seus direitos, mesmo diante de grande conglomerados econômicos. O avanço neste campo se deu com a criação do código de defesa do consumidor, que de forma direta regula as relações entre consumidores e os fornecedores de produtos ou serviços.
VI – Defesa do Meio Ambiente – A defesa do meio ambiente é um principio estabelecido, e que faz muito sentido no mundo atual, em que procura-se barrar aquelas ações de pessoas e empresas que desrespeitando o meio ambiente buscam fazer sues negócios, e sem nenhuma preocupação com os efeitos que poderão advir à humanidade. Desta forma, o Estado brasileiro através de suas agencias reguladoras e até ministério voltado para o meio ambiente tem procurado patrocinar esta defesa, e regular a utilização dos recursos naturais.
 VII – Redução de Desigualdades Regionais e Sociais – A redução das desigualdades regionais e sócias é uma responsabilidade de todos, sejam dos governantes, ou de empresas. O governo para fazer sua parte neste quesito, tem instituídos através de renuncias fiscais programas de 
8. ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS
 	Segundo lemos em “fundamentos da economia”, as varias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características:
 a) numero de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto(se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas a esse mercado.
 	O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens e serviços. Antigamente, a palavra mercado tinha uma conotação geográfica que hoje mais subsiste, uma vez que os avanços tecnológicos nas comunicações permitem que haja transações econômicas até sem contato físico entre o comprador e o vendedor, tais como nas vendas por telefone.
A maior parte dos modelos existentes pressupõe que as empresas maximizam o lucro total, que é o nível de produção em que a receita marginal se iguala ao custo marginal.Os economistas classificam os mercados da seguinte forma:
 1- Concorrência Perfeita – também conhecida como Concorrência Pura - trata-se de um mercado caracterizado pelos seguintes fatores:
 a) existência de um grande número de pequenos vendedores e compradores, de tal forma que cada vendedor e cada comprador, individualmente, por ser insignificante, não afetam os níveis de oferta de mercado e, representam muito pouco no total do mercado (mercado atomizado);
 b) o produto transacionado é homogêneo, ou seja, todas as empresas participantes do mercado fabricam produtos rigorosamente iguais que não se distinguem um dos outros por qualidade, marca, rótulo e quaisquer outras características ( produto padronizado);
 
c) há livre entrada e saída de empresas no mercado; qualquer empresa pode entrar ou sair do mercado a qualquer momento, sem quaisquer restrições das demais concorrentes, tais como práticas desleais de preços, associações de produtores visando impedir a entrada de empresas novas, etc.
 d) perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento, pelos compradores e vendedores, de tudo o que ocorre no mercado; assim, por exemplo, se uma empresa obtiver uma inovação tecnológica no processo produtivo, as outras saberão deste fato imediatamente.
 e) perfeita mobilidade dos recursos produtivos; isto significa que a mão-de-obra e outros insumos utilizados na produção podem ser facilmente deslocados da fabricação de uma mercadoria para outra; além disso, no mercado dos fatores de produção vigora também a concorrência perfeita, de tal forma que cada empresa poderá adquirir a quantidade desejada do fator por um preço que será fixado concorrencialmente.
 	Como se percebe por suas características, o mercado de concorrência perfeita não é facilmente encontrado na prática, embora possa se afirmar que os mercados que mais se aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas.
O mercado de concorrência perfeita é estudado pelos economistas para servir como um paradigma (referencial de perfeição) para análise dos outros mercados. Ou seja, o mercado de concorrência perfeita é o mercado ideal, ao qual serão referenciados os mercados de concorrência imperfeita (existentes no mundo real e listados a seguir) para se verificar no que diferem do modelo idealizado.
 2- Monopólio- é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. O monopólio pode ser legal ou técnico.
 - Monopólio Legal ocorre quando uma lei assegura ao vendedor a primazia no mercado. Exemplo: até 1995, no Brasil, a empresa Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás) possuía, por lei, o monopólio das atividades de extração e refino de petróleo.
. ESTRUTURA DO SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRENCIA
 O mercado, por possuir imperfeições e falhas nas relações consumidores versus produtores, enseja a intervenção do Estado na economia, para dirimir estas questões, e principalmente os nove pontos que vimos no capitulo anterior.No Brasil, essa tarefa é assumida pelos seguintes órgãos e autarquias governamentais:
CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
SDE – Secretaria de Direito Econômico (MJ)
SEAE – Secretaria Acompanhamento Econômico (MF)
CADE:Possui a competência legal de zelar pela manutenção da livre concorrência e pela repressão a abusos no mercado nacional.
 SDE:Sua principal função é Instaurar e instruir processos administrativos relativos a condutas anticoncorrenciais.
 SEAE:Sua principal função é realizar instrução e emitir pareceres em casos de atos de concentração.
 
9.1 Funcionamento dos procedimentos em casos de Atos de Concentração
 Interessados > Envia solicitação à SDE
SDE > Encaminha solicitação `a SEAE
SEAE > Emite parecer sobre o impacto econômico, e em seguida envia este parecer simultaneamente ao CADE e à SDE
SDE > Recebe o parecer da SEAE, emite seu parecer baseado no parecer da SEAE, e encaminha ao CADE
CADE > Recebe o parecer da SDE e toma a decisão em plenário
 9.2 Procedimentos em casos de Infrações à ordem econômica - SDE
 Apresentação de Reclamação a SDE pode ser feita na seguinte ordem de interessados :
Procedimentos em casos de Infrações à Ordem Econômica - CADE
 Este é o procedimento do CADE
A Lei da Escassez e as Necessidades Humanas As necessidades humanas
 	Como já vimos no tópico/aula anterior, a idéia de economia pode ser facilmente apreendida a partir de duas constatações básicas, que seriam:
Primeiro - Não é possível estabelecer ou mesmo antever umlimite para as necessidades humanas, principalmente numa sociedade consumista como a que vivemos. 
 O homem como um ser que está sempre à busca de coisas novas, acaba criando novas necessidades, ou descobrindo maneiras diferentes de atender às antigas necessidades. A constatação que fazemos hoje, é que diferença em relação aos dias atuais e os tempos mais antigos, encontra-se no ritmo dessas necessidades, que hoje é muito mais frenético, haja vista por exemplo, o numero de novos produtos que são lançados no mercado a cada dia. 
 
A lei da escassez
 Segundo - Os recursos que a humanidade dispõe para satisfazer as suas necessidades são finitos e limitados. Citando um de nossos estudiosos em economia, “Tal limitação é insuperável, malgrado os sucessos da tecnologia em empurrar sempre adiante o ponto de ruptura, quando o exaurimento dos bens disponíveis à espécie humana levaria, senão ao colapso, pelo menos à progressiva estagnação de todo o processo econômico, o qual, em última análise, consiste na administração dos recursos escassos à disposição dos habitantes deste planeta. Sim, porque os recursos são sempre escassos, em maior ou menor grau, não importa” (NUSDEO, 2005: 27).
- à medida que nossa sociedade “evolui”, cresce também de forma exponencial a necessidades a serem satisfeitas, o que em muitos casos tem levado ao exaurimento dos recursos naturais, como é o casos, de muitas espécies de madeiras, que anteriormente havia em abundancia, e hoje já não existe mais. Constatamos que observando a sociedade consumista em que vivemos atualmente, e as sociedades primitivas que existiram, ou que em alguns casos ainda hoje existem, poderíamos ter a impressão de que o problema da escassez inexiste. No entanto, se observarmos mais detidamente, poderemos constatar que a primeira esbarra no problema da saturação do meio-ambiente(extinção de espécies animais, vegetais e minerais) e a segunda sobreviviam (ou sobrevivem) à custa de uma drástica compressão das suas necessidades.Concluímos que os bens são escassos porque o seu suprimento não é e nem pode se tornar tão abundante a ponto de satisfazer todas as necessidades humanas. Desta forma, é inevitável que a cada momento o homem busque uma escolha ou opção entre usos alternativos para um mesmo produto.
Como exemplo disto, vemos nos dias atuais o homem buscar combustíveis alternativos ao petróleo, uma vez que a escassez deste e o seu exaurimento já é anunciada.
. INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 1.1 A Contabilidade Nacional e a Mensuração da Atividade Econômica
 	Iniciaremos nosso estudo pela Macroeconomia. A Macroeconomia estuda o funcionamento da economia como um todo, e seu objetivo é identificar e medir as variáveis que determinam o volume da produção total de bens e serviços, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico.
Enquanto a Microeconomia lida com as decisões individuais de produtores e consumidores, a Macroeconomia trata do somatório das transações que são realizadas pelas entidades que intervêm no processo produtivo da economia. Estes somatórios são denominados de AGREGADOS, e as entidades que realizam as transações são chamadas de AGENTES ECONÔMICOS. A Contabilidade Nacional é o ramo da Macroeconomia que tem por objeto de estudo das técnicas de mensuração da atividade como um todo, ou seja, a mensuração dos Agregados.
 
2. OS AGENTES ECONÔMICOS
 As entidades que realizam as transações econômicas são classificadas em quatro grandes categorias:
-Empresas –Famílias –Governo -Resto do Mundo
 Empresas- são as entidades produtoras de bens e serviços. Para efetuar suas atividades produtivas, as empresas compram os serviços dos fatores de produção ( terra, trabalho e capital), pagando por eles uma remuneração. Numa economia de mercado, o objetivo das empresas é lucro.
 Famílias – são as entidades que fornecem os serviços dos fatores de produção às outras entidades, recebendo em troca uma remuneração pelo seu uso.
 	Para entendermos melhor o exposto, é importante saber que a EMPRESA (unidade produtora) é um agente econômico distinto da CAPITALISTA (proprietário, sócio ou acionista). Este inclusive faz parte da categoria de FAMÏLIAS.
Empresa - faz parte da categoria EMPRESAS Proprietário – faz parte da categoria FAMÏLIA
 	Os proprietários das empresas individuais e os proprietários das empresas e os profissionais liberais autônomos participam simultaneamente dos dois grupos:
Enquanto unidades produtoras fazem parte das EMPRESAS.
Enquanto proprietários do fator de produção de capital das FAMÏLIAS.
 
Governo - é constituído pelos órgãos da chamada Administração Direta, seja em nível federal, estadual e municipal, que prestam serviços que são consumidos pela coletividade em conjunto, tais como: saúde, educação, administração da justiça, etc. O governo é chamado de primeiro setor, e não visa lucro ao proporcionar estes serviços.
 
O resto do mundo – compreende todas as entidades públicas ou privadas, que pratiquem atos econômicos com o País para qual ,se está elaborando a contabilidade nacional, e que tenham seu domicílio fora das fronteiras geográficas deste.
 
3. PRODUTO, RENDA E DESPESA
Existem três agregados Macroeconômicos que são muito importantes, e que serão objeto de estudo em nossa matéria:
- O PRODUTO
- A RENDA
- A DESPESA
 PRODUTO – Corresponde ao valor total de bens e serviços finais que foram produzidos pela sociedade num determinado intervalo de tempo.Por produção, entende-se qualquer atividade que aumente o valor de um bem ou serviço já existente. 
Desta forma considera-se produção não somente a transformação de uma matéria-prima num produto novo. Mas também as atividades comerciais e de prestação de serviços em geral, inclusive as de intermediação financeira.
Por outro lado, não são consideradas no cálculo do produto as transações que envolvam troca de ativas que não tenham sido produzidas no período corrente, como por exemplo, prédios ou automóveis usados.
Dentro do item produto, temos bens e serviços finais, que são aqueles que irão satisfazer diretamente as necessidades de seus usuários, não sendo utilizados como insumos na produção de outros bens.
 RENDA – corresponde ao somatório das remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços nas atividades produtivas.
 DESPESAS – É o total gasto pelos agentes econômicos na aquisição dos bens e serviços finais produzidos pela sociedade.Uma identidade fundamental na Contabilidade Nacional é a de que:
 PRODUTO = RENDA = DESPESA
 	Para entendermos como é feita a mensuração destes agregados macroeconômicos, bem como para verificarmos a identidade fundamental, recorreremos a um exemplo bastante simplificado da economia de um País.
 As hipóteses simplificadoras serão as seguintes:
 1- Inexistência de governo e de transações econômicas com outros países, ou seja, economia fechada e sem governo.
 2- Existência de apenas 3 empresas na economia (A,B, C)
 3- As empresas vendem toda a sua produção, seja aos consumidores ou as outras empresas, ou seja, tudo que é produzido é vendido, não há variação no nível de estoque.
 4- Os proprietários dos fatores de produção gastam toda sua renda na aquisição de bens de consumo, ou seja, não há poupança.
4. O INVESTIMENTO BRUTO E O INVESTIMENTO LÍQUIDO
 O Termo Investimento Bruto é utilizado em Economia para designar a compra de bens de capital novos pelas empresas com o objetivode ampliar ou melhorar a sua capacidade produtiva. Os investimentos brutos representam um acréscimo ao estoque de capital da economia.Por outro lado, uma parte dos bens de capital em uso na economia poderá sofrer desgaste físico ou obsolescência tecnológica. Isto representará um decréscimo no estoque de capital e será denominado Depreciação.
A diferença entre Investimento Bruto e a Depreciação é denominada Investimento Líquido e representa o acréscimo líquido sofrido pelo estoque de capital da economia em um período.	 Assim, por exemplo, se umaeconomia tem 10 (dez) máquinas em condições de funcionamento no início do período, este é seu estoque de capital naquele momento. No período, são produzidss e compradas três máquinas novas enquanto uma das máquinas velhas se deteriora totalmente, tornando-se imprestável. O investimento líquido será igual a 2 (duas) máquinas e o estoque de capital, no final do período, consistirá em 12 (doze) máquinas em condições de funcionamento.
 
 5. VARIAÇÃO DE ESTOQUES E O INVESTIMENTO
 	As variações positivas de estoques da economia ocorrem quando a produção não é totalmente vendida no período. O excesso da produção sobre vendas representam bens que não foram consumidos no período e que estarão disponíveis para consumo futuro. Por significarem um acréscimo ao patrimônio da sociedade, tais variações são computadas com Investimento Total.Para evitar confusão terminológica, a soma dos Investimentos Brutos com a Variação de Estoques é denominada Investimento Total.
Por outro lado, as variações negativas de estoques originadas por um valor de vendas superior ao da produção corrente, por representarem decréscimo ao patrimônio da sociedade, são deduzidas do total do Investimento da economia.
 
6. FLUXO DE RENDA CIRCULAR
 Ao se medir produto nacional, o que está tentando fazer é avaliar o desempenho da economia no sentido de satisfazer as necessidades da sociedade.Este processo de avaliação do desempenho da economia pode ser feito de outras maneiras também , como por exemplo, medir o numero de concordatas e falências, o consumo de energia, etc.Ao optarmos em medir o desempenho econômico pelo produto nacional, estamos na verdade optando por medir esse desempenho por meio do valor total das transações feitas com bens finais durante um certo período de tempo. Podemos entender melhor o que representa essa opção fazendo um modelo simplificado de uma economia sem governo e sem transações com o exterior.Nessa economia teríamos então dois agentes básicos que seriam as empresas e os indivíduos. Numa economia organizada capitalistamente, os diversos agentes se relacionam por meio dos mercados.Conforme pode ser observado, teríamos nessa economia dois mercados básicos.O primeiro seria o mercado dos fatores de produção e o segundo o de consumo. Os individuos são, em ultima análise, proprietários da força de trabalho, da terra, dos recursos naturais, das máquinas, equipamentos e edificações, etc., que terão que ser utilizados pelas empresas no processo de produção. Assim sendo, as empresas compram o uso desses fatores de produção dos individuos. As transações dessa natureza (empresa comprando o uso de fatores de produção) são realizadas no que chamamos de mercado de fatores. No quadro acima as linhas cheias representam os movimentos de bens e as linhas tracejadas representam a contrapartida monetária do movimento de bens.
 As duas linhas superiores do lado esquerdo são o individuo vendendo os serviços de seus fatores de produção no mercado de fatores e recebendo uma contrapartida monetária.
 As duas linhas superiores do lado direito são as empresas comprando os serviços desses fatores no mercado de fatores e pagando pelos serviços desses fatores.
 As linhas inferiores esquerda são os individuos que vão ao mercado de bens comprar bens e serviços de que necessitam, e pagam por esses bens.
 As linhas inferiores direita são as empresas que vão ao mercado de bens vender sua produção, e recebe por ela.
Renda e Produto
Esta é uma visão simplificada do funcionamento da economia. Resta, ainda, responder à pergunta de como medir o desempenho dessa economia. As atividades dos mercados de bens e de fatores são atividades continuas. Para medirmos a atividade de um rio, o que se costuma medir é a quantidade de agua que passa por um certo ponto num lapso de tempo. Da mesma forma, para medirmos a atividade da economia, poderiamos então medir o valor final dos produtos transacionados no mercado de bens durante um certo periodo de tempo. Vejamos um exemplo no quadro abaixo, onde consideraremos uma empresa agricola que use trabalho, terra, maquinas, e equipamentos e capital de giro emprestado para produzir soja e trigo. 
 
6.2 Valor Adicionado
 Da necessidade de excluirmos as transações intermediárias da nossa contabilidade de produto e renda surge então o conceito de valor adicionado.Suponhamos que nossa economia agora só produza um único bem final, por exemplo, livros. Entretanto, para produzir livros são necessários papel e tinta. Por outro lado, para produzir papel e tinta são necessários madeira e corantes. Suponhamos ainda que corantes e madeira possam ser extraídos diretamente da natureza, ou estejam disponíveis em estoques acumulados em períodos anteriores. Naturalmente, o preço do produto final, livro, já inclui os custos em termos de papel e tintas, assim como os preços do papel e da tinta já incluem o preço da madeira e corantes que foram necessários para sua obtenção.Se somarmos o valor da produção de livros ao valor da produção de papel, tintas, madeira e corantes, estaremos contando mais de uma vez a produção de insumos intermediários.
 
O BALANÇO INTERNACIONAL DE PAGAMENTOS: CONCEITOS E ESTRUTURA
 As transações econômicas de determinado país com o exterior, agrupadas segundo suas categorias (reais e financeiras) e segundo seus fatos geradores (comércio de mercadorias, prestação de serviços, transferências e movimentos de capital, nas formas de financiamento e de investimentos diretos), resultam em saldos líquidos parciais, que produzem diferentes impactos sobre as condições internas de equilíbrio e de crescimento. Essas transações são totalizadas em um levantamento de natureza contábil, que registra todos os recebimentos de agentes econômicos do país (unidades familiares, empresas e governo) por fornecimentos de produtos e fatores de produção a agentes econômicos de outros países. Em contrapartida, registra os pagamentos por suprimentos originários do exterior. A dominação usual desse levantamento totalizado é balanço internacional de pagamentos.A classificação das contas, a metodologia de levantamento e o registro das transações agrupadas no balanço internacional de pagamentos seguem padrões recomendados pelo fundo monetário internacional. A padronização atende a propósitos técnicos e de política externa, dado que as diferentes composições estruturais das contas e seus mecanismos de ajuste, em casos de desequilíbrios conjunturais ou crônicos, têm implicações internacionais, que podem ir além do interesse restrito de determinado país.Segundo a padronização, as transações econômicas internacionais consideradas para o levantamento do balanço de pagamentos abrangem quatro categorias:
1- Os fluxos comerciais de mercadorias e os de prestação de serviços com as correspondentes contrapartidas financeiras.
 2- Os movimentos puramente financeiros, resultantes de empréstimos internacionais de curto e de longo prazos e de fluxos de entrada e de saída de capitais para investimentos de risco.
 3- As transferências unilaterais, a título de ajuda externa (auxilio e de donativos) ou remessas pessoais realizadas independentemente de qualquer contraprestação.
 4- As alterações nos estoques de ativos e de passivos internacionais do país, que se originaram das transações consideradas.
 	Todas as transações econômicas internacionais, reais ou financeiras, expressam – se sob a forma de variáveis – fluxos e seus saldos definem – se como fluxos líquidos. A procura externa liquida, por exemplo, resulta dos saldos finais dos fluxos de comércio com mercadorias e serviços não financeiros; e é uma variável – fluxo que expressa a porção internacional da procura agregada. Já os resultados do balanço de pagamentos como um todo, déficits ou superávits, transmitem –se para duas variáveis – estoque, as reservas cambiais e o endividamento externo bruto.
O registro das transações econômicas internacionais e de seus resultados acumulados fundamentam – se nos conceitos de agentes econômicos residentes e não residentes. São residentestodos os agentes econômicos domiciliados ou estabelecidos no país; os não residentes são os fixados em outros paises. As empresas estrangeiras estabelecidas o país, embora seu patrimônio liquido seja de propriedade de agentes econômicos não residentes, são tratadas como residentes. Desta forma, as transações inter e intra – empresas estabelecidas em países distintos são tratadas como transações internacionais, contabilizando - se os fluxos nos balanços de pagamentos dos paises envolvidos. As exceções a esta regra são as representações diplomáticas no exterior: suas transações com os residentes no país em que se encontram sediadas são consideradas como internacionais. Estas exceções justificam –se pelo conceito de território econômico, o mesmo adotado para cálculo dos agregados econômicos nacionais: o território econômico de um país inclui os enclaves de suas representações no exterior e exclui os ocupados pelas representações estrangeiras no país.Dados esse critérios, o balanço internacional de pagamentos é definido como o levantamento, por critérios contábeis, de toda as transações econômicas, reais e financeira, que se realizaram durante determinado período de tempo, entre os agentes econômicos residentes no país e os não residentes, domiciliados em outros países. O período usualmente adotado para totalizações é anual.
 
7.1 A Estrutura do Balanço Internacional de Pagamentos
 	A estrutura do balanço internacional de pagamentos é definida a partir da natureza das transações, que agrupam em duas grandes categorias de contas – as transações correntes e os movimentos de capital. As transações correntes englobam os fluxos reais de comércio e serviços e transferências interagentes. Os movimentos de capital englobam as entradas e saídas financeiras, na forma de empréstimos e financiamento e de movimentos autônomos de capital, para investimentos no setor real e aplicações no setor financeiro; englobam ainda os pagamentos de exigibilidades, na forma de amortizações.A estrutura convencional é dada, assim pelas seguintes categorias de transações:
 7.2Transações Correntes
1. Balança comercial
 Exportações de mercadorias. 
 Importações de mercadorias
 2- Balança de serviços
Viagens internacionais
Transportes
Seguros
Rendas capitais
Serviços governamentais
Outros serviços
 3- Transferências unilaterais
 
7.3  Movimento de capital
1. Investimento e reinvestimentos
2. Empréstimo e financiamento s de longo prazo
3. Empréstimos e financiamentos de curto prazo
4. Outros movimentos de capital
5. Amortizações
6. Erros e omissões
 
7.4  Déficit (-) ou superávit (+)
 Os aspectos principais de cada uma destas contas serão tratados na aula seguinte.Os aspectos principais de cada uma destas contas são os seguintes:
 
7.2  Balança comercial. A balança comercial é o resultado liquido das transações com exportações e importações de mercadorias. É a única categoria do balanço internacional de pagamentos que implica movimentações visíveis entre fronteiras nacionais, na forma de produtos primários, semiprocessados ou de utilização final, destinados ao consumo e à formação de capital fixo. Para a maioria dos países, é a conta internacional de maior expressão. Por seu peso no balanço como um todo, os resultados líquidos do fluxo de comércio acabam por definir as direções com que se movimentarão as demais contas. Países fortemente deficitários em comércio exterior ou buscarão compensar os saldos negativos via superávits em serviços (um padrão de ajuste que se verifica raramente), via abertura para investimento estrangeiros no país ou ainda via tomada de empréstimo e financiamentos no exterior. Esta ultima via, que é a forma de ajuste mais comum de cobertura de déficits comerciais, implica endividamento externo.
 7.2.1 Balança de serviços. A balança de serviços compreende as receitas e as despesas cambiais com seis categorias de transações. A primeira categoria, viagens internacionais, registra o saldo líquido dos gastos de residentes em suas viagens ao exterior e dos não residentes em viagem no país. Na categoria transportes, registram –se os saldos líquidos dos gastos de não residentes com a utilização de equipamentos de bandeira nacional, para movimentação de pessoas e cargas, e os gastos de residentes com a utilização de equipamentos de bandeira estrangeira. A terceira categoria, seguros, além de vinculadas à movimentação de pessoas e cargas, registra o saldo liquido de repasses internacionais, de seguro de residentes para empresas seguradoras externas, e de seguro de não residentes em seguradoras estabelecidas no país. A quarta categoria, rendas de capitais, é geralmente a de maior peso dentro da balança de serviços: é nesta conta que se contabilizam os saldos líquidos das remessas de juros e de lucros; os juros decorrem de exigibilidades externas, na forma de empréstimo e financiamentos, acrescidos de todas as demais taxas incidentes sobre essas operações; os lucros decorrem de remessas feitas por empresas internacionais que operam no país, assumindo a forma de dividendos pagos a seus acionistas não residentes.A quinta categoria, serviços governamentais, compreende os saldos líquidos com a manutenção de representações diplomáticas ou de efetivos militares no exterior, além de contribuições nacionais para fundos e organizações multilaterais. Na sexta e última categoria, outros serviços, registram – se os saldos líquidos de um heterogêneo conjunto de transações que vão desde pagamentos na área de telecomunicações, até direitos autorais e de patentes industriais.
 7.2.2        Transferências unilaterais. Denominam – se também transferências não – retribuídas. São os resultado liquido de doações de fontes privadas, de governos ou de instituições multilaterais, sem contrapartidas prévias ou futuras. As operações de ONGs, organizações não governamentais, cujo número tem crescido em todo os países, são geralmente financiadas por transferências unilaterais, a maior parte originária de países de alta renda. Contabilizam – se ainda nesta conta as remessas internacionais entre unidades familiares: de um lado, destinadas à manutenção de residentes que se encontram no exterior; de outro lado, provêm de trabalhadores temporariamente emigrados, que tendem a remeter seus países de origem partes das rendas recebidas no exterior.
 7.2.3        Movimentos de capital. Os movimentos de capital são representados por entradas e saídas de ativos financeiros, de três categorias básicas: Os movimentos autônomos de risco, atraído pelas oportunidades de investimento nos setores real e financeiro do país receptor; os financiamentos concedidos por bancos e fornecedores estrangeiros para transações correntes, preponderantemente exportações e importações; e os empréstimos de curto e de longo prazo tomados junto a organismos internacionais, agências governamentais e instituições financeiras privadas de outros países. Em cada uma destas três categorias de fluxo financeiros, os valores registrados no balanço internacional de pagamentos são expressos pelos saldos líquidos das respectivas transações entre residentes e não residentes. Outra categoria de fluxo financeiro, também registrada na forma de fluxos líquidos, expressa as amortizações de dividas externas 
8. A DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NACIONAL
Os preços dos produtos que são praticados no mercado, quase sempre estão acima do valor de remuneração aos fatores de produção , e que são necessários à sua produção.
Essa afirmação decorre de que, ao preço que o consumidor paga por um produto, estão incorporados os impostos, chamados indiretos, que são : Pis, Cofins, ICMS, e IPI. 
Existem alguns casos em que os produtos são considerados “bens de primeira necessidade”, tais como arroz, feijão, etc. em que o governo reduz impostos sobre estes produtos, e em alguns casos, essa redução é total, ou seja, 0% de imposto. Em outros casos, o governo subsidia o preço de determinado produto, de tal forma, que o preço em que ele é vendido ao consumidor,seja inferior ao seu custo, como é o caso do trigo.
Com isto, torna-se necessário, para um melhor entendimento, distinguir os conceitos de custo de fatores e preços de mercado.
Custo de fatores é o que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros, etc. acrescentado dos impostos indiretos, e subtraídos os subsídios.
Apenas os impostos indiretos são relevantes nessa diferenciação, isto porque os impostos diretos ( imposto de renda, Contribuição social, etc.) não representam uma diferença ente os custos de fatores e o preço final de venda, já que quem paga são os proprietários dos fatores de produção e não a empresa, ou seja, eles incidem sobre os salários, lucros, aluguéis, etc.
8.1 Renda Pessoal Disponível
Este conceito procura medir o quanto de renda gerada no processo econômico fica em poder das famílias.
Partindo da RNLcf, que é a soma dos salários, juros, aluguéis, lucros, etc. já descontada a depreciação, é preciso deduzir os lucros retidos(não distribuídos) pelas empresas para investimentos, pois, apesar dessa parcela da renda se encontrar em posse das empresas, não é transferida de imediato às famílias.
Deve-se deduzir ainda os impostos diretos e as contribuições previdenciárias pagas pelas famílias e empresas ao governo.
Sendo assim, a renda pessoal disponível mede o quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços, ou então poupar.
9. ORGANISMOS INTERNACIONAIS
Os períodos das duas grandes guerras mundiais, assim como os conturbados anos, da grande Depressa, que culminaram com a crise político-financeira dos nos 1930, provocaram enormes perturbações na economia de praticamente todos os países e, por conseguinte, nas relações econômicas internacionais. Já ao final da Segunda Guerra Mundial evidenciava-se a necessidade de mudanças no sistema de pagamentos internacionais.Na conferencia de Bretton Woods, em 1944, surgiram propostas de remodelagem do Sistema Monetário Internacional e, dentre elas, destacaram-se as dos economistas inglêses John Maynard Keynes. Dessa conferencia nasceu um novo Sistema Monetário Internacional, que foi extremamente importante para o reflorescimento do comércio mundial e sobre o qual se baseou o crescimento econômico do pós-guerra.Assim, o objetivo de criar um Sistema Monetário Internacional foi o de viabilizar as transações entre países, estabelecendo regras e convenções que regulassem as relações monetárias e financeiras e não gerassem entraves ao desenvolvimento mundial.Nesse sentido, definiram-se o ativo (moeda) de reserva internacional, sua forma de controle, sua relação com as diferentes moedas nacionais (o regime cambial), os mecanismos de financiamento e ajustamento dos desequilíbrios dos balanços de pagamentos, o grau de movimentação dos capitais privados e o sistema de relações jurídicas, que vêm garantindo o funcionamento desse mecanismo internacional.Dentro desse contexto, foram criados os três principais organismos econômicos internacionais do pós-guerra:
o Fundo Monetário Internacional (FMI) 
o Banco Mundial; 
a Organização Mundial do Comércio (OMC)
9.1 Fundo Monetário Internacional (FMI)
O Fundo Monetário Internacional, que ainda hoje administra o Sistema Monetário Internacional, foi criado com o objetivo de:
a)evitar possíveis instabilidades cambiais e garantir a estabilidade financeira, eliminando praticas discriminatórias e restritivas aospagamentos multilaterais. Nesse sentido, a estabilidade financeira interna e o combate à inflação nos países membros é uma de suas metas;
b)socorrer os países a ele associados quando da ocorrência de desequilíbrios transitórios em seus balanços de pagamentos. Quando esses desequilíbrios ocorressem, o FMI poderia financiá-los com os chamados empréstimos compensatórios. Seus ativos seriam constituídos inicialmente por reservas em ouro e em moedas nacionais dos países-membros. Posteriormente, criou-se um novo ativo de reserva internacional, os direitos especiais de saque (DES).
9.2 Banco Mundial
O Banco Mundial, também conhecido por BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento), foi criado com o intuito de auxiliar a reconstrução dos países devastados pela guerra e, posteriormente, para promover o crescimento dos países em via de desenvolvimento.O Banco Mundial tem seu capital subscrito pelos países credores na proporção de sua importância econômica. A partir desse capital, ele empresta a taxas reduzidas de juros a países menos desenvolvidos, com o intuito de promover projetos economicamente viáveis e relevantes para o desenvolvimento desses países (especialmente projetos de infra-estrutura). Além disso, o BIRD também funciona como avalista de empréstimos efetuados por capitais particulares para esses projetos.
9.3 Organização Mundial do Comércio (OMC)
Alguns anos depois da Conferencia de Bretton Woods foi criado o GATT (General Agreement on Tariffs and Trade – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio), cujo objetivo básico foi a busca da redução das restrições ao comércio internacional e a liberalização do comércio multilateral.
Com o GATT, procurou-se estruturar um conjunto de regras e instituições que regulassem o comércio internacional e encaminhassem a resolução de conflitos entre os países. Nesse sentido, esse organismo estabeleceu como princípios básicos: a redução das barreiras comerciais, a não-discriminação comercial entre os países, a compensação aos países prejudicados por aumentos nas tarifas alfandegárias e a arbitragem dos conflitos comerciais.
Desde sua criação, o GATT atuou especialmente por meio de sucessivas rodadas de negociações entre os países envolvidos no comercio internacional e conseguiu, no pós-guerra, reduzir as barreiras impostas a esse comércio. Com o acordo de Marrakesh, em abril de 1994, o GATT transformou-se na Organização Mundial do Comércio (OMC).
10. O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO: PRÉ-REQUISITOS
O processo de globalização, fortemente vinculado aos fatores determinantes do intercâmbio econômico, intensificou–se nos últimos dez anos com base em conjunto de pré-requisitos. E tem produzido desdobramentos de alto impacto, que chegam até afetar os conceitos convencionais de soberania das nações e a perda do poder dos governos para exercício da política econômica interna.Vamos ver primeiro os pré – requisitos. Em seguida as principais implicações deste processo.Quatro pré – requisitos podem ser destacados:
 Integração. A consolidação dos processos de integração econômica e política das nações – a constituições de novas esferas do co – prosperidade. São exemplos desse processo a constituição de blocos econômicos em todos os continentes (como o NAFTA, na América do norte; o MERCOSUL, na América dos sul; a União Européia, na Europa Ocidental; a Comunidade Econômica da África Ocidental; na Ásia, a Associação das nações do Sudeste Asiático. São também exemplos os acordos multilaterais para o estabelecimento das áreas de livre comércio, removendo – se barreiras nacionais de proteção).
Empresas transnacionais O crescimento numérico e a maior expressão das empresas transnacionais na comunidade mundial de negócios. Segundo dados da United Nations Conference on Trade and devolopment, citados por R. Baumann, o estoque total de investimento direto externo atingiu, em 1994, UU$ 2 trilhões, associados à existência de 38 mil empresas transnacionais, com suas 207 mil subsidiárias. Isso representa um grande salto, se comparado com as 3.500 empresas estabelecidas no período compreendido entre 1946 e 1961.A importância desses indicadores decorre, evidentemente, do peso relativo dessas empresas para a atividade econômica mundial. Segundo M. Feldstein seus investimentos constituem 4/5 dos fluxos de formação de capital fixo de origem externa. E das correntes de comércio mundial, 2/3 são as transações inter e intra – empresas transnacionais.
Tecnologia em áreas chaves. O avanço tecnológico e a queda vertical dos custos em áreas – chave para a atuação global – transportes, comunicações, processamento e transmissãode dados, series de longo prazo construídas por G. Hufbauer revelam que os fretes marítimos e as taxas portuárias médias caíram 76% entre 1930 – 90; as tarifas internacionais de telecomunicações, 95% entre 1940 – 90; as tarifas de uso de satélites, 92% entre 1970-90. Nos anos 90, no período 1990-99 as reduções de custo prosseguiram. Nesses nove anos, os fretes marítimos caíram 18,6%; as tarifas de telecomunicações, 42,7% segundo dados do World economic Outlook, edição de 1999, do FMI. Estas fantásticas reduções de custo, associáveis a ganho tecnológico e a economias crescentes de escala, foram um dos mais importantes pré – requisitos de impulsão das transações globais – não só o comércio de produtos intermediários e finais, mas também os movimentos de capitais e a mobilidade de fatores de produção interfronteiras.
Desregulamentação e liberalização. As políticas públicas de desregulamentação e de liberalização: o crescente empenho dos governos nacionais em melhorar os padrões dos atributos construídos de competitividade, via maiores coeficientes de abertura a produtos e a fatores reais e financeiros, em vez de proteger os mercados nacionais com barreiras protecionistas. No Brasil, economia de forte tradição protecionista, as tarifas aduaneiras, entre 1989 – 2001, caíram de uma média de 41,5% para 11,5%, segundo dados da CNI.
 
10.1 Posições Contrárias Quanto à Globalização
 	Por mais que se fale nos benefícios trazidos pela globalização, é inegável que existem alguns aspectos perversos, como o aumento de desemprego em muitos paises, dado ao desenvolvimento tecnológico que requer mão-de-obra mais qualificada, e deixam em situação marginalizada grande parte dos trabalhadores sem qualificação, ao mesmo tempo que não há vaga para toda a mão-de-obra qualificada existentes.
 	Assim sendo, o vocábulo tem em si, o sentido de administração das regras da casa, porque em sua origem a economia nasceu como forma da administração dos lares, nas escolhas necessárias que cada família deve tomar rotineiramente: ex. quem lava a louça, quem varre a casa, quem limpa o banheiro... Em suma, cada família precisa alocar os seus recursos escassos a seus diversos membros, levando em consideração as suas habilidades, os esforços e os desejos de cada um. À semelhança disto, a sociedade também precisa gerenciar os recursos existentes uma vez que os recursos são sempre escassos.
 	É por esta razão que na idade Média adquiriu a palavra conotação de medidas para o fortalecimento do Estado, uma vez que vivendo isolados nos feudos, era mais que preciso realizar a administração dos bens existentes, sobretudo para a sobrevivência nos invernos rigorosos.
 	Façamos uma retrospeciva dentro da história do direito, na origem o Estado: quaisquer que seja a doutrina acerca da origem do Estado, em um ponto elas convergem: Para a sua existência é crucial a existência de recursos representados pela moeda, (arrecadada sobretudo na forma de tributo), para a existência da estrutura social que costumeiramente denominamos de Estado.
E se é o tributo o principal veículo motor da atividade financeira do Estado (como já foi visto em direito finaceiro), é a atividade econômica a sociedade a responsável por um Estado forte economicamente. Basta pensarmos, a título de exemplicação no Canadá ou na Noruega, países em que a carga tributária é altíssima, entretanto a sociedade se vê socialmente satisfeita dada ótima adminisração e aplicação destes recursos arrecadados.
 	 Sociológicamente se diz que o Estado é reflexo direto da sociedade que o compõe, em outras palavras é resultado dos costumes, das famílias e da cultura que o compõe. Disso depreendemos que: uma sociedade que conhece sua economia, ou melhor dizendo, a economia fornece os subsídios para a Administração estatal – não só social, estrutural e econômica.
 	 Aliás, desta análise na idade contemporânea é que surge a regulação do poder político, nos modos que conhecemos, ensejando a ciência do direito público. É deste ponto qu nasce as primeiras preocupações acerca do Estado Moderno, e conseqüentemente, com a construção do Direito Administrativo, uma vez que, como é cediço ainda que o Estado já existisse, não existia um conjunto de regras próprias específicas (através de princípios e normas) acerca de sua estrutura e funcionamento. 
 	 Por tudo isso, modernamente, nas palavras de VASCONCELLOS e GARCIA[1] “Economia pode ser entendida como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-lo entre várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas”.[0: ]
 	 Inerente a todos nós, ela estuda a melhor forma de atender às necessidades de uma sociedade. É ciência social que estuda os indivíduos e a e as organizações empenhadas na produção, troca e consumo de bens e serviços.
Se a Administração pública tem como princípio basilar a atuação na legalidade, é indispensável que o operador do direito tenha a consciência que a construção do ordenamento jurídico se faz através do conhecimento social e econômico.
 	 Ao verificar as necessidades, a lei, em quaisquer que seja sua manifestação do processo legislativo, adequará a administração: social, administrativa e econômica, para a consecução de seus objetivos primordiais, seja atuando enquanto Estado Social, seja atuando enquanto Estado empresário. 
 	 Assim, subordinado aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência[3], deverá agir a fim de cumprir sua função primordial satifazer as necessidades públicas em prol do bem estar social. (art.37º da CF). [1: ]
 	 Neste ponto o DIREITO ADMINISTRATIVO se interrelaciona com a economia, na medida em que, como é cediço, em prol da segurança jurídica se faz necessário o cumprimento da Legalidade Administrativa, expressa no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal, dispondo que ” ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
 	 Em outras palavras, implica para o Administrador público o dever de agir somente quando a LEI declare a sua possibilidade de atuação. Por isso a existência dos atos administrativos. Conhecidos como “a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”[4], tem seu limite previamente delimitado pela lei: seja na sua totalidade (atos administrativos vinculados), seja de modo parcial, com uma pequena parcela de “liberalidade”, melhor dizendo discricionariedade (chamados de atos admnistrativos discricionários).
 	 Qualquer decisão administrativa, na esfera econômica, será uma decisão política que, via de regra, será de caráter discricionário, pois caberá ao admnistrador público, dentro dos limites legais, avaliar a oportunidade e a conveniência da sua atuação. Esta análise corresponde diretamente à atuação da ciência econômica, pois ela também admnistra seus recursos a fim de satisfazer as necessidades públicas.[2: ]
 	À economia interessa a existência de necessidades humanas a serem satisfeitas com bens econômicos e não a validade filosófica dessas necessidades. Alguns exemplos poderão indicar a complexidade desta questão: Enquanto para pobres a alimentação básica é uma necessidade, para os ricos a necessidade é uma alimentação requintada; quem vive numa residência media pode sentir necessidade de morar numa mansão em um bairro luxuoso.
 	 O mesmo se vê na economia pública, e que muitas vezes os desejos sociais (chamadas de necessidades coletivas), não são as opções adotadas pelo Poder público como necessidade pública. 
 	 Por esta razão que Celso Bastos afirma que a necessidade pública não é sinônimo de necessidade coletiva. É bem verdade que com a criação do Estatuto da Cidade e a visão da Gestão Orçamentária Participativa aumentou-se a pssibilidade de que a necesidade pública seja se não a mesma, ao menos próximados anseios coletivos. Entretanto a Gestão Orçaentária Participativa não é garantia que tenham se tornao sinônimas pelo simples fato de que as prioridades são decisões políticas. 
 	 Entretanto a fim de evitar a arbitrariedade o Tribunal de Contas órgão técnico, que auxilia o Legislativo na fiscalização e controle das contas públicas, também conhecido por orçamento público, no intituito de verificar o cumprimento da lei de Responsabilidade Fiscal e, ao mesmo tempo, avaliar se a decisão tomada cumpre os princípios constitucionais da Admnistração Pública já apontados. 
3. Os agentes econômicos
 	 Indiscutivelmente, participam desta atividade econômica alguns agentes econômicos: as famílias (pessoas e consumidores), as empresas (produção e distribuição) e o governo (através de ações de interferência direta e indireta na Economia). São assim denominados por interferirem diretamente na construção econômica do mercado.Devemos salientar ainda que, no que se refere à economia política, há três setores da economia: 
primeiro ou primitivo (agricultura, pecuária, exportação mineral...); 
secundário (indústrias) ;
terciário (que é representado pelo setor de comércio e de serviços.
Bens Econômicos e o Direito Civil:
 	 Com toda esta informação, podemos fazer uma analogia da economia com uma dança. Mas esta dança, que a economia representa, que pode ser desde uma balé ordenado, até um funk caótico tem por objeto central o bem, que para a economia é todo objeto, material ou não capaz de satisfazer as necessidades humanas[1]. [3: ]
 	 Vale atentar que conceito de bem jurídico possui valor econômico, uma vez que são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação de direito. A doutrina aponta que o bem objeto de uma relação jurídica deverá conter os seguintes caracteres: idoneidade para satisfazer um interesse econômico, gestão econômica autônoma e subordinação jurídica ao seu titular 
 	 Resumidamente o direito civil aponta como classificação de bens;
Bens materiais ou corpóreos – com características físicas de peso, forma, dimensão entre outras. São os que têm existência material, como uma casa, um terreno, um livro.
- Já os bens imaterias ou incorpóreos - são os que não têm existência tangível e são relativos aos direitos que as pessoas físicas ou jurídicas têm sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou com outra pessoa, apresentando valor econômico, são aqueles de caráter abstrato, tais como os direitos autorais, os serviços prestados de consulta medica ou serviço jurídico.
Bens considerados em si mesmos
móveis: podem ser transportados sem perder a sua essência , seja por movimento próprio (semoventes: animais) ou por força alheia); podem ser:
por natureza; são as coisas corpóreas que se podem remover sem dano, por força própria ou alheia, com exceção das que acedem ao
imóveis, logo, os materiais de construção, enquanto não forem nela empregados, são bens móveis.
por antecipação: é a vontade humana em função da finalidade econômica; são bens imóveis que a vontade humana mobiliza em funçã
da finalidade econômica; ex: árvores, frutos, pedras e metais, aderentes ao imóvel, são imóveis; separados, para fins humanos, tornam-se móveis; ex: são móveis por antecipação árvores convertidas em lenha e
por determinação legal. são os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes, os direitos de obrigação e as ações
respectivas e os direitos de autor.
imóveis: não podem ser transportados sem destruição Podem ser:
por natureza: abrange o solo com sua superfície;
por acessão natural: são as árvores, acessórios e adjacências naturais ao solo, como por exemplo os frutos pendentes, o espaço aéreo e
o subsolo ;
por acessão intelectual ou destinação do proprietário: corresponde a todas as coisas móveis que o proprietário do imóvel mantiver, intencionalmente, empregadas em sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade ;
por acessão física ou justa posição: inclui tudo aquilo que o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano.;
por ficção legal são direitos reais sobre imóveis (usofruto, uso, habitação, enfiteuse, anticrese, servidão predial), inclusive o penhor
agrícola e as ações que o asseguram; apólices da dívida pública oneradas com a cláusula de inaliebilidade, decorrente de doação ou de
testamento; o direito à sucessão aberta, ainda que a herança só seja formada de bens móveis.
Quanto à substituição:
1.      fungíveis: podem ser substituídos por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade; e
infungíveis: não podem ser substituídos, insubstituíveis em razão de sua peculiariedade. 
Quanto a sua consumação:
consumíveis: são móveis e se destroem a medida que são usado (alimentos em geral); 
inconsumíveis: proporcionam reiterada utilização, sem prejuízo da essência do bem são os de natureza durável, como um livro.
Quanto à divisibilidade:
divisíveis: podem ser repartidos em frações distintas, em porções reais
indivisíveis: não podem ser fracionados sem se lhes alterar a substância.São considerados indivisíveis pela lei ou pela vontade das partes.
singulares: são as que, embora reunidas, se consideram de per si, independentemente das demais; são consideradas em sua
individualidade;
coletivos: são os que embora constituídos de duas ou mais coisas singulares, consideram-se em conjunto, agrupados, formando um 
único, que passa a ter individualidade própria, distinta de seus objetos componentes, que conservam sua autonomia funcional
 
Bens reciprocamente considerados
principais: existe por si só, abstrata ou concretamente; e
acessórios: são os cuja existência supõe a existência do principal. Podem ser classificados como:
benfeitoria: podem ser úteis (dizem respeito à melhoria), necessárias (conservam o bem), e voluptuárias (mero adorno);
frutos: civis (rendimentos), naturais (desenvolvimento orgânico) e industriais (manufaturas);
produtos; 
rendimentos: equivalem ao fruto civil; e
pertenças: são bens que se destinam de modo duradouro ao uso, ao serviço ou aformoseamento de um outro bem, não constituindo,
nentanto, parte integrante deste. 
Bens públicos e particulares
públicos: são os de domínio nacional os que pertencem as pessoas jurídicas de direito público, políticas, à União, aos Estados a aos Municípios. Podem se
de uso comum do povo: são os que embora pertencentes as pessoa jurídica de direito público interno, podem ser utilizados, sem restrição e gratuitamente, por todos, sem necessidade de qualquer permissão especial.
de uso especial: são utilizados pelo próprio poder público, constituindo-se por imóveis aplicados ao serviço ou estabelecimento federal, estadual ou municipal, como prédios onde funcionam tribunais, escolas públicas, secretarias, ministérios, etc; são os que têm uma destinação especial.
dominicais: são os que compõem o patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios, como objeto do direito pessoal ou real dessas pessoas; abrangem bens móveis ou imóveis.
 particulares: por exceção, são aqueles que não são públicos, os que pertencem a pessoas naturais ou jurídicas de direito privado.
Quanto à possibilidade de disposição:
alienáveis: são disponíveis ou no comércio, são os que se encontram livres de quaisquer restrições que impossibilitem sua transferênci
ou apropriação, podendo, portanto, passar, gratuita ou onerosamente, de um patrimônio a outro, quer por sua natureza, quer pó
disposição legal;
 inalienáveis: inegociáveis, bens que estão fora do comércio (praça, rua, água, praia etc.); não podem ser transferidos de um acervo
patrimonial a outro ou insuscetíveis de apropriação. São Classificados como inalienáveis:
- por sua natureza: são os bens de uso inexaurível, como o ar, o mar, a luz solar; porém a captação, por meio de aparelhagem, do ar atmosférico ou da água do mar para extrair certos elementos com o escopo de atender determinadasfinalidades, pode ser objeto de comércio.
- por vontade humana: são os que lhes impõe cláusula de inalienabilidade, temporária ou vitalícia, nos casos e formas previstos em lei, por ato inter vivos ou causa mortis.
- pela lei: tais bens, apesar de suscetíveis de apropriação pelo homem, têm sua alienabilidade excluída por lei, visando principalmente à defesa social, à proteção de determinadas pessoas e ainda, atender aos interesses econômico-sociais. Normalmente, é característica transitória, pois retornarão ao comércio desde que, por autorização legal ou judicial e mediante o cumprimento de determinadas formalidades. São exemplos: os bens públicos; os dotais; os das fundações; os dos menores; os lotes rurais remanescentes de loteamentos já inscritos; o capital destinado a garantir o pagamento de alimentos pelo autor do fato ilícito; o terreno onde está edificado em edifício de condomínio por andares; o bem de família; os móveis ou imóveis tombados; as terras ocupadas pelos índios. 
 Bem de família:
- voluntário é um instituto em que o casal, ou um dos cônjuges, destina um imóvel próprio para domicílio da família, com a cláusula de ficar isento de execução por dívidas, salvo as que provierem de impostos relativos ao mesmo imóvel (art. 70, CC); essa isenção durará enquanto viverem os cônjuges a até que os filhos completem a maioridade, não podendo o imóvel ter outro destino ou ser alienado, sem o consentimento dos interessados e dos seus representantes legais; também não entra no inventário, nem será partilhado, enquanto continuar a residir nele o cônjuge sobrevivente ou filho menor (art. 20 do Dec-Lei 3.200/41);
- legal: é o instituído pela Lei 8.009/90, que estabeleceu a impenhorabilidade geral de todas as moradias familiares próprias, uma para cada família, independentemente de qualquer ato ou providência dos interessados; a impenhorabilidade abrange os seguintes bens, desde que quitados: a casa e seu terreno, os móveis que guarnecem a casa, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional; se a casa for alugada, aplica-se aos bens móveis, que guarnecem a residência; se for imóvel rural, aplica-se só a sede de moradia móveis.
 	 Como se vê a classificação do bem depende diretamente da utilidade a que se presta, pois usualmente serão objeto de contratos e obrigações. Por isso a economia sempre faz a pergunta: “ Por que estes bens são procurados pelos homens?” A resposta é simples porque são úteis. E esta utilidade na economia, representa a capacidade que um bem tem de satisfazer a necessidade humana.
 	 	Atentem que, ab initio, o conceito de bem está atrelado a existência de seu valor econômico. E para a economia, o Bem deverá apresentar 3 (três) características: a utilidade, a escassez e a satisfação (quando for o caso).
 	 	Por tal necessidade a classificação econômica do bem difere da que nós vimos acima. Atentem, classificação dos bens de acordo com a economia :
a. bens livres: são aqueles úteis, porém não escassos, por isso não se exige mais do homem;
b. bens econômicos: é aquele que possui utilidade e tem escassez.
 	b.1. bens de consumo: aqueles que atendem diretamente as necessidades humanas; Estão divididos em consumo comum ou não duráveis (alimentação, vestuário, medicamentos...) e consumo durável (automóvel, eletrodomésticos)
 
		b.2. bens de produção: aqueles que satisfazem indiretamente as necessidades humanas. Podem ser: de capital (máquinas, ferramentas, instalações e equipamentos) e intermediário (necessita ser agregado a algo para se tornar útil. Ele é complemento tanto ao bem de consumo como bem de capital. Ex: ferro, aço, matérias primas, produtos semi-elaborados)
c. bens substitutos: são aqueles que podem ser substituídos pelas pessoas no sentido de buscar a mesma utilidade e/ou a mesma satisfação.
d. bens complementares: são aqueles cuja utilidade é complementada pela presença de outro bem.. 
 	 	A importância do conhecimento e diferenciação das nomenclaturas se revela principalmente nos contratos civis e nos contratos mercantis. Isso porque, dada a influência da economia ser maior nos contratos mercantis, usualmente as classificações econômicas de bens são mais utilizadas.
O Capital, o Preço e o Direito Empresarial
 
 	
 	Se o bem é produto direto da ação humanasobre os recursos, o capital, dentro da estrutura da produção, segundoGASTALDI[1]corresponde a “uma riqueza obtida pelaunião entre o trabalho e os agentes naturais e que se destina a uma sucessivareprodução”. Isto significa que o capital econômico é qualquer tipo deriqueza capaz de produzir renda ou patrimônio.[4: ]
 	Se a natureza e o trabalho sãoconsiderados por muitos como elementos primários da economia, o capitalcorresponde ao elemento secundário, pois se origina dos desses dois fatores daeconomia Por mais que tentemos definir aocapital, não conseguiremos chegar a uma definição perfeita, mais sim a uma sériede definições que procuram traduzir da melhor forma arealidade mAliás, a própria classificação decapitais é muito variável: -dependendo da sua natureza e sua finalidade: daí falarem em capitaisfixos(cuja renda é pré- estabelecida),circulante(quantianecessária para aquisição de matéria prima e ao atendimento da mão de obranecessários para a consecução de um produto final);
-quanto à mobilidade:capital mobilizado(componente do capital da empresaconstituído de bens que são passíveis de venda, gerando frutos à empresa),imobilizado(aquele componente do capital da empresa constituído de bensimóveis ou móveis da empresa, que por si só não geram renda, mas do seu uso seauferirá renda), etc.
-O dinheiro, para a economia é conhecido comocapital real.Enquanto queadefinição econômica paracapital socialrefere-se às normas que promovemconfiança e reciprocidade na economia (Francis Fukuyama (1999), Robert Putnam(1993)), diz respeito à qualidade das pessoas envolvidas no trabalho, dizrespeito à cooperação social.
Para o direito empresarial, entretanto,ainda que os vocábulos sejam os mesmos, os significados são totalmente diversos.Ora, basta recordar que, originado da contabilidade, a invenção do conceito decapital social foi feita pelo frei Luca Paccioli, que segundo KANITZ
Assim, através dos contábeis o direitocomercial se construiu, resultado direto de costumes comerciais, também chamadosde costumes mercantis. O capital social é o capital que os acionistas oferecem àsociedade para garantir que empregados e fornecedores recebam no fim do mês. Aorigem do termo social é porque, diferentemente do que se ensina, o capital nãopertence aos acionistas, e sim à sociedade. É essa manobra contábil que permiteafastar do estabelecimento a resposabilidade dos sócios e declara-la pertencente“à empresa”; esta aficção jurídica tãoestudada pelos profissionais do direito.
 
OPreço:
Cabe ainda apontar que opreço é a expressão do valor – trabalho –utilidade.Assim sendo o preço de um determinado produto ou bem éestabelecido pela relação utilidade necessidade, pois quanto maior o número debens, menor a utilidade que ele representará, e por conseqüência menor o preço.Neste mecanismo do bem só é possível a aquisição de um bem ou produto mediante opagamento.
O empresário através da atividadeempresarial, sobretudo atualmente, levando em conta a legislação acerca daproteção ao consumidor, a responsabilidade empresarial, a sustentabilidadeambiental e os diversos tributos instituídos pelo Estado, realiza uma somatóriade todas estas nuances e computa no preço como uma “internalização decustos”.
 O intuito é obter o máximo de lucro e omínimo de risco na atividade empresarial. Entendam: opreço continua sendo a expressão valor +trabalho+ utilidade, o que se deve ter em mente que no valor estão agregadostodos os pontos supra citados como “internalização de custos”. Por tal razão éque se diz que é o consumidor final quem arca com todas as responsabilidades(sob o ponto de vista econômico - financeiro)
As questões Fundamentais da Economia e o DireitoDiante de todo este panorama, partindo do princípio que a conhecida definição de que a Economia como ciência social que trata da administração dos recursos escassos disponíveis; se faz necessários determinar as escolhas[1] de três perguntas:[5: ]
o que e quanto produzir?
como produzir?
para quem produzir?
O QUÊ E QUANTO PRODUZIR: 
 	 	Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais os produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas. 
 	 	É conhecido o exemplo em que um país prioriza ou a produção de manteiga para atender a seus consumidores ou a produção de canhão para munir ao país o que preferimos trocar por cana de açúcar para álcool (biodísel) ou cana de açúcar para a produção de açúcar de um país. 
 		 Curva da possibilidade de produção (cada ponto da curva representa as infinitas possibilidades de ajuste de consumo, produção).
 	 	Em tese, o produto continua sendo o mesmo, entretanto o seu processo de produção é totalmente diverso, porque as escolhas (tradeoffs) são diversos. A opção depende diretamente da escolha governamental de atender aos consumidores ou defender o País, no primeiro caso, e no segundo o lucro com a exportação e também receitas tributárias em cada um dos processos (leia-se que produtos de primeira necessidade, como os alimentos possuem alguns incentivos fiscais os quais combustíveis não detém, e que para o Estado pode representar uma maior arrecadação _ receita.
 	 	Economicamente dizemos nos dias atuais que as escolhas a serem realizadas se trata de um caso de tradeoff. Um dos princípios existentes na economia é o fato que as pessoas enfrentam tradeoffs, que em economia representa uma situação de escolha conflitante, ou seja, em quaisquer dos aspectos a serem escolhidos, implicarão diretamente em conseqüências, não havendo como separá-los: ex.: redução da taxa de desemprego e o aumento da taxa inflacionáriaA sociedade vem sofrendo um dilema de escolha: o tradeoff entre a eficiência e a eqüidade: a eficiência aponta que a sociedade está obtendo o máximo que os recursos podem de seus recursos escassos. Entretanto, por outro lado, eqüidade significa que os benefícios advindos desses recursos estão sendo distribuídos de forma justa aos membros da sociedade. A questão é que a realidade aponta que o equilíbrio desses conceitos é muito difícil, pois se salientamos o uso indiscriminado dos recursos naturais, provavelmente os critérios de repartição do produto deste uso provavelmente não será justo.
COMO PRODUZIR: 
 	 	A sociedade terá que escolher ainda quais os recursos de produção serão utilizados para a produção dos produtos e dos serviços, dado o nível tecnológico existente, isto é, com que recursos e de que maneira ou com que processos técnicos. A busca é pelo método mais eficiente, com o menor custo. Representa a maneira de conduzir os recursos trabalho e capital.
 PARA QUEM PRODUZIR: 
 	 	Diz respeito à distribuição dos frutos da atividade humana (renda), ou seja, a que segmentos sociais ou a que pessoas se destinará a produção. A sociedade deverá decidir como seus membros participarão dos resultados de sua produção.
 	 	Com isso, percebemos que as três perguntas econômicas fazem parte de nossa rotina diária, inclusive no direito. Isso porque, fazemos tradeoffs (ou escolhas) a todo tempo, por exemplo em uma ação em que é possível tanto o ingresso pelo Juizado Especial como pela jurisdição comum. De acordo com a utilidade, necessidade do cliente, posicionamento da jurisdição e tempo disponível o advogado realiza a escolha.
 Os sistemas econômicos:
 	 	Ao responder estas questões, o sistema econômico estará alocando ou distribuindo os recursos disponíveis entre milhares de diferentes possíveis linhas de produção.
 	 	Sistema econômico: é a forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. Constitui um sistema próprio para a organização da produção, distribuição e consumo dos bens e serviços com vistas à melhoria do padrão social de bem estar.
 	 	Podemos dizer que para o direito, corresponde a uma decisão política, com a diferença que o sistema econômico é constituído pelos seguintes elementos: fatores de produção (já explicados anteriormente); complexo de unidades de produção; e o conjunto das instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
 	 	Pode ser classificado como sistema capitalista (ou economia de mercado), em que as regras que prevalecem são as forças de mercado como a livre iniciativa e a propriedade privada.
 	 	Ou ainda pode ser um sistema socialista (ou economia centralizada/ planificada), em que a intervenção estatal é marca, uma vez que as questões econômicas são decididas por um órgão público central de planejamento, predominando a propriedade pública
	
O Mercado e o Sistema Nacional Tributário:
 	 	Mercado é um grupo de compradores e vendedores de um determinado bem ou serviço. Os termos oferta e demanda referem-se ao comportamento das pessoas
 	 	Os mercados podem assumir diversas formas, normalmente se trata de mercados competitivos e não organizados. Isto porque não existe uma organização entre os diversos vendedores de um mesmo produto. 
 	 	Mercado competitivo é aquele em que há muitos compradores e vendedores, de modo que cada um deles, individualmente considerados tem um impacto insignificante, pois cada vendedor tem um controle limitado sobre sua esfera de atuação.
 	 	A necessidade do estudo do mercado econômico para o direito se revela à medida que a Estrutura do Estado e seu posicionamento quanto à ordem econômica e financeira estará intimamente ligado ao sistema econômico adotado e o tipo de agentes que compõe este mercado. Percebam: nos noticiários é comum falar em Mercado como um “ser“, autônomo e com vida própria, talvez até mesmo como uma forma de retirar qualquer tipo de responsabilidade estatal.Entretanto, as teorias econômicas e os seus sistemas auxiliam na previsão do comportamento deste mercado. Em verdade as diversas ações deste agentes, sobretudo o Estatal e as Empresas contribuem para o tipo de mercado existente.Isso reverbera em ordenamento jurídico mais rígido ou elástico, dependendo a decisão política do Estado tornar um mercado mais rígido ou mais flexível. Assim, como um dos principais agentes econômicos o Estado contrói um sistema financeiro que seja adequado às suas necessidades.
 	 	O fato é que o mercado finaceiro nasce não só em razão das relações interpessoais, mas também para auciliar ao Estado a cumprir as finalidades que lhe são determinadas pela Constituição. Para prover tais finalidades que lhe são assinaladas (atividades políticas, econômicas, sociais, administrativas, financeiras, educacionais, policiais, que visam regular a vida humana em sociedade) pelo Direito Positivo, os demais agentes econômicos, também conhecidos como particulares ou contribuintes, ao praticar as diversas relações econômicas (sejam consumeiristas, sejam mercantis) auxiliam direta ou indiretamente com os recursos Estatais.
 	 	O auxílio principal, inegavelmente, que o Estado recebe é através da arrecadação realizada, decorrente dessas relações econômicas. O tributo é um instituto jurídico especial, pois sozinho alcança valores primordiais às pessoas, que são: liberdade (ninguém paga tributo por vontade própria) e propriedade (atinge o patrimônio). Mas para evitar que o Estado se utilize de sua soberania de forma abusiva (na imposição de tributos arbitrariamente), cuidou nossa constituição em criar um Sistema Tributário Nacional, a partir do artigo 145 e seguintes, estabelecendo o poder de tributar e ao mesmo tempo as limitações ao poder de tributar.
 	 	 Quando o Estado utiliza seu poder impositivo para editar a norma jurídica-fiscal tem-se uma relação de soberania. Mas quando a norma incorpora-se ao Direito o próprio Estado sujeita-se a ela, porque como Estado Demcrático de Direito ele também se subordina à norma . Por esta razão o sistema constitucional resguardou

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