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West Gave dos Santos Página 1 DIREITO EMPRESARIAL II REVISÃO PARA AV1 (2019) BY WEST GAVE DICAS: 1 – OBJETIVA (Teoria Geral dos títulos de créditos - Introdução). 2 – OBJETIVA (Teoria Geral dos títulos de créditos - Legislação Aplicável). 3 – OBJETIVA (Teoria Geral dos títulos de créditos - Conceitos, Princípios e Classificação). 4 – OBJETIVA (Cheque). 5 – OBJETIVA (Letra de Câmbio). 6 – OBJETIVA (Duplicata). 7 – DISCURSIVA (Endosso). 8 – DISCURSIVA (AVAL). 9 – DISCURSIVA (Caso Concreto 4). West Gave dos Santos Página 2 DETALHAMENTO DO CONTEÚDO DA PROVA 1 – OBJETIVA (Teoria Geral dos títulos de créditos – Introdução) O estudo da Teoria Geral dos Títulos de Crédito perpassa obrigatoriamente pela Constituição Federal de 88 e por eventuais Tratados e Convenções Internacionais, além de regulamentação específica infraconstitucional, em especial a Lei da letra de câmbio (DEC 157.663/66), que veio regulamentar a Lei Uniforme de Genebra. Temos ainda a Lei da Duplicata 5.474/68 e a Lei de Cheque 7.357/85. Com relação ao Código Civil temos que a sua aplicação é subsidiaria, conforme dispõe o seu artigo 903, CC. 2 – OBJETIVA (Teoria Geral dos títulos de créditos - Legislação Aplicável) West Gave dos Santos Página 3 3 – OBJETIVA (Teoria Geral dos títulos de créditos- Conceitos, Princípios e Classificação) Conceito de Título de crédito: Apresenta-se inicialmente no código civil em seu artigo 887. O título de crédito é um documento necessário ao exercício do Direito literal e autônomo nele contido. Somente produz efeito quando preenche os requisitos da lei. Já para o professor Vivante é um documento necessário para o efetivo exercício do Direito Literal e Autônomo nele contido, finalmente, sobre o prisma mais moderno, o professor Fábio Ulhôa, define os títulos de crédito como os documentos representativos de obrigações pecuniárias. Eles não se confundem com a própria obrigação, mas se distinguem dela na exata medida que a representam. - Atributos (*não é princípio): Prevalece na doutrina que os títulos de crédito possuem dois atributos: Negociabilidade: Negociação + Circulação. Executividade: Efetividade . Celeridade na cobrança. 1) Negociação e Circulação: Está ligado a ideia da facilidade de negociação do crédito, bem como a circulação tanto do crédito tanto do próprio título. 2) Executividade: Atributo especial. Está ligado a ideia da maior efetividade e celeridade na cobrança. PRINCIPIOS ESSENCIAIS a) Principio da Cartularidade: Também denominado de Princípio da Incorporação ou ainda Principio dos Docuemntos Dispositivos. A expressão Cartularidade origina-se da palavra em latim “Chartula” que significa papel ou pequeno papel. Nesse contexto, temos que tal principio impõe que a obrigação pecuniaria ou crédito deva estar West Gave dos Santos Página 4 efetivamente materializada ou representada em um documento ou título. Em razão disso, temos que para que ocorra a transferencia de uma obrigação pecuniaria ou crédito é imprescindivel a transferencia do próprio titulo, não havendo que se falar em exigibilidade do crédito sem a apresentação do papel ou documento. É importante destacar que, aquele a possuir a posse do documento ou titulo de crédito será presumidamente considerado o credor da obrigação nele represnetado, devido o Principio da Cartularidade, podendo esse possuidor executar tal obrigação judicialmente, uma vez que os titulos de crédito conforme o artigo 784, CPC/15 são considerados Títulos Executivos Extrajudiciais. Finalmente, temos que como decorrência direta do Principio da Cartularidade, o credor somente poderá exigir o adimplemento da obrigação mediante a juntada do título de crédito original na Petição Inicial, não sendo possível instruir a ação com a mera cópia xerográfica. OBS: Este Principio da Cartularidade, todavia, vem sendo relativisado em razão dos modernos títulos de crédito eletrônicos e virtuais, dispõe no CPC o artigo 889, §3º ou ainda o §1º do artigo 13 da Lei das Duplicatas (Lei nº 5.474/68). b) Principio da Literalidade: Este principio nos traduz a ideia de que só tem eficácia juridica aquilo que está literalmente escrito no título, vindo a doutrina inclusive a afirmar “o que não está no título, não está no mundo cambiário”. Cabe ressaltar, que o Principio da Literalidade tem como objetivo assegurar certeza quanto a natureza, modalidade da prestação e seu próprio conteúdo. c) Principio da Autonomia: Este Principio representa o conceito de que as relações juridicas cambiais representadas por determinados títulos são autônomas entre si e independentes, logo, eventual vício em uma das relações apresnetadas no título não tem o poder de invalidar ou tornar título, não tem o poder de invalidar ou tornar ineficaz as demais. OBS: Para a doutrina majoritária, o Principio da Autonomia desdobra- se em outros dois sub-principios; inoponibilidade das exceções pessoas ao terceiro de boa fé e subprincipio de Abstração. 1) Inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa fé: Trata- se de uma garantia de pagamento daquele que recebe o título de crédito. 2) Abstração: Denota a ideia de que com a circulação, o título de crédito se desvencula daquele negócio juridico originário, desta maneira, o que autoriza a ação de execução, e exclusivamente o título de crédito, e não a obrigação que a gerou. CONCLUSÃO: Fica claro que o ordenamento juridico cambial brasileiro possui um relevante regime juridico cambial que garante ao credor receber com segurança o valor constante num título que tenha sido transferido. Desta forma, protegendo o próprio crédito West Gave dos Santos Página 5 comercial e possibilitando a sua circulação com mais facilidade, contribuindo para o desenvolvimento, para a atividade comercial. A todo esse conjunto juridico cambial, o professor Fábio Ulhôa denomina como determinação juridica do modo produção. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO a) Quanto ao modelo: Livre: O título desprovido de padronização, logo, não é obrigado a seguir uma forma de modelo especifico. Nesse contexto, um simples pedaço de papel pode originar título de crédito, como por exemplo clássico do Direito Empresarial – Nota Promissória. Vinculado: É aquele que possui uma padronização definida em lei, com parametros e estrutura próprios, sendo definidos pelo chamado Conselho Monetário Nacional. -> Cheque -> Duplicata PQP: Qual orgão definidor dos padrões do modelo da Duplicata e Cheque? Resposta: CMN (Conselho Monetário Nacional) b) Quando a forma de emissão: Causal: É aquele que só poderá ser emitido nas hipóteses(causas) autorizadas por lei, logo, este título de crédito necessita obrigatoriamente de uma causa legal para ser emitido. Exemplo: Duplicata. Segundo a lei só poderá ser emitida em caso de compra e venda mercantil, ou prestação de serviço. Não causal: Aquele que não possui causa especifica para sua emissão, servindo para documentar inumeras formas de operação de crédito. Exemplo: Cheque. c) Quanto a estrutura: Ordem de pagamento: Os títulos por Ordem de Pagamento não há que se falar em apenas 2 intervenientes, mas sim a inserção de mais “1”, logo, nessa modalidade temos aquele que dá a Ordem de Pagamento, aquele que recebe, e por último o favorecido(tomador beneficiário). Exemplo: Cheque (Ordem de pagamento a vista). Promessa de pagamento: São aqueles caracterizados por “2” intervenientes, ou seja, o primeiro não dá ordem a ninguém, mas sim, o prometente que irá pagar determinada quantia em determinado diaao beneficiário. Exemplo: Nota Promissória. West Gave dos Santos Página 6 d) Quanto a circulação: No Direito Empresarial Brasileiro, a classificação dos títulos de crédito quanto a circulação está dividida em duas vertentes: I – Tradicional - Título ao portador: É aquele que não identifica o beneficiário. Ocorre que desde a lei 8.021/90, o Direito Empresarial Brasileiro deixou de admitir títulos ao portador, salvo se excepcionalmente a lei admitir. Temos como exceção permissiva a lei 9.069/95 que trouxe expressamente a possibilidade do cheque do título do portador quando for inferior ao portador. - Título Nomenativo: Irão depender de sua natureza, ser a ordem ou não à ordem. >> A Ordem = É aquele que circula por meio de endosso. >> Não à Ordem = circula mediante cessão cível. Qual a diferença entre Endosso e Cessão Civil? Resposta: No Endosso quem emite o título de crédito responde pela existência do título e sua solvência. Na cessão civil, aquele que transfere o título só responderá por sua existência, mas não pelo seu pagamento. Exemplo: Cheque Clonado: Esse cheque não possui existência no mundo juridico (vício de existência), logo, se eu recebo cheque clonado e transfiro em pagamento a terceiro, irei responder por esse cheque independente na minha transferência ocorrido por Endosso ou Cessão Civil. Todavia, se o cheque for verdadeiro, mas voltou por falta de fundos, teremos que analisar se a transferencia se deu por Endosso ou Cessão Civil. Se por Endosso ficarei responsavel pelo pagamento do cheque, se a transferencia foi Cessão Civil, não sou mais responsável. OBS: Nesse contexto temos que em nosso ordenamento há uma presunção que os títulos de crédito são nominativos a ordem, ou seja, não há necessidade de conter expressamente a expressão À ORDEM. II – Moderna. 1 Título ao portador (igual) 2 Título Nominal (à ordem e não à ordem) 3 Título Nominativo (Termo) Para classificação moderna o título nominativo é aquele emitido em favor de pessoa específica cujo nome conste no Registro do Emitente, nesse prisma, temos que a transferencia de título nominativo deverá ocorrer mediante “termo”; Termo esse que ficará registrado no livro do proprietário do título (Arts. 921 e 922, CC). West Gave dos Santos Página 7 4 – OBJETIVA (Cheque) CHEQUE a) Legislação Aplicável: Lei 7.357/85 + cc/20002 (Aplica-se de forma subsidiária). b) Conceito: O cheque consiste em uma ordem de pagamento a vista diecionada a um Banco ou Instituição Financeira em favor próprio ou de terceiro. A doutrina costuma afirmar que o cheque pode ser considerado um título de crédito impróprio, uma vez que, é um título de crédito desprovido de algumas das caracteristicas do título de crédito, como por exemplo o Aceite. c) Sujeitos: O Sacador é o correntista, pessoa física ou juridica que emite a ordem, já o Sacado é o Banco ou Instituição Financeira. Por fim, o Tomador/Beneficiário é o primeiro Credor. Obs: No cheque é possível que o Sacador se configure também Tomador/Beneficiário. Devendo apresentar o título ao Sacado, tal situação não afasta a percepção de “três” sujeitos envolvidos. d) Requisitos para criação: Sendo Cheque um título de crédito, está sujeito ao principio da CARTULARIDADE, e é ainda classificado como Vinculado, ou seja, existe uma forma pré-estabelecida para que ele exista. Nesse contexto a Legislação apresenta os seguintes Requisitos: - Materialmente Expedido; - Obrigatoriedade da Expressão “CHEQUE”; - Incondicionalidade do Pagamento; - Conter obrigatoriamente o nome do Banco ou Instituição Financeira; - Conter obrigatoriamente o local de emissão; - Conter obrigatoriamente o local de pagamento; - Data do cheque; - Assinatura do Emitente/ ou Sacador/ ou Correntista. PQP: Qual a consequência daquele cheque com data incompleta? Resposta: Sendo a data requisito obrigatório, o cheque emitido com data incompleta deve ser considerado um título inexistente. West Gave dos Santos Página 8 e) Observações: e.1) CHEQUE EM BRANCO contendo somente assinatura (Súmula 387, STF). O credor de boa-fé está autorizado a preencher. Como fica a situação do cheque em branco, contendo somente a assinatura? Resposta: Embora a legislação seja omissa, a jurisprudência cuidou em tratar dessa hipótese. Nesse contexto o Supremo editou a Súmula 387. “Pode ser preenchido pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protexto.” e.2) O Banco ou Instituição Financeira(Sacado) pode recusar o Aceite, ou seja, não efetuar o pagamento? Resposta: Primeiramente não, uma vez que o cheque caracteriza-se por ser um título de crédito de Aceite obrigatório, desde que haja fundos. É importante destacar que não admitir o Aceite não significa que o Banco terá obrigatoriamente que pagar o título, uma vez que, é possível que o Sacador ou Correntista não tenha fundos, ou ainda o próprio Sacador tenha dado ordemde sustação deste título, trazendo para si a responsabilidade de quitação. e.3) O cheque é ordem de pagamento à vista, conforme disposto no artigo 32 da lei 7.357/85. Entretanto, as relações comerciais ao longo do tempo passaram a admitir a figura do cheque pré ou pós-datado, a fim de garantir a efetivação do negócio. Nesse prisma os Tribunais passaram a admitir a circulação dessa modalidade de cheque, desde que, apresentados de boa-fé. Caso o Tomador/Beneficiário apresente cheque desprovido da boa-fé, restará configurado o Dano Moral Presumido (Dano Moral “IN RE ÍPSA”), conforme dispõe a súmula 370, STJ. e.4) Outro ponto relevante para a Jurisprudência diz respeito a Devolução Indevida, em especial, por falta de fundos, o que gera o chamado DANO MORAL “IN RE ÍPSA”(Dano Moral Presumido), conforme dispõe a súmula 388 do STJ. e.5) O cheque configura-se em título de crédito sujeito à afetação pelo decurso do tempo, ou seja, é admissível a incidência da prescrição. Nessas hipóteses o meio executivo oferecido ao credor não será Ação de Execução, mas sim Ação Monitória, uma vez que ao prescrever o cheque perde a natureza cambial. OBS de prova 1: Devemos ainda observar no cheque o prazo para a sua apresentação, que deverá ser contado a partir de sua emissão. Nesse contexto é de 30 dias, se o cheque for para a mesma praça e, de 60 dias se for para praça diferente. West Gave dos Santos Página 9 Então, se ultrapassado prazo de apresentação, mesmo assim o cheque será pago. Qual a finalidade desse prazo de apresentação do cheque? Resposta: 1º finalidade = Dar início ao prazo prescricional. 2º finalidade = Está ligada a Execução do cheque em caso de Endosso, ou seja, caso o cheque seja endossado (transferido para terceiro) esse terceiro só poderá executar esse cheque dentro do prazo legal de apresentação. O prazo prescricional do cheque é de 6 meses. Contanto a partir do fim do prazo de apresentação. A partir daí, Ação Monitória. OBS de prova 2: SUSTAÇÃO DE CHEQUE. A sustação do cheque possui duplice natureza, ou seja, pode ser considerada uma contra-ordem de pagamento ou revogação (artigo 35 da Lei do Cheque, 7.357/85 – Só tem efeito após o prazo de 30 ou 60 dias), mas também pode ser uma oposição ao pagamento conforme o artigo 36 (Em caso de roubo, furto, etc.). 5 – OBJETIVA (Letra de Câmbio) a) Legislação Aplicável: L.U.G. (Lei Unificada de Genébra – Decreto 57.663/66) + CC/02. b) Conceito: A letra de câmbio configura-se em um título de crédito decorrente de relações de crédito, entre duas ou mais pessoas, pelo qual o Sacador da a Ordem de Pagamento à outrem, denominado Sacado, a seu favor ou em favor de terceiro (Tomador ou Beneficiário) nas condições e no valor dela constantes. c) Expressões e Sujeitos:- Sacador (quem emitiu. Exemplo: Empregador) - Sacado (Quem recebe a ordem. Exemplo: Empregado) - Tomador/Beneficiário (quem recebe) - Saque (pode ser definido como ato de criação e emissão de um título de crédito – Colocar título em circulação) O Sacador é quem dá a ordem de pagamento. O Sacado é quem recebe a ordem. Tomador/Beneficiário é o credor. O Saque pode ser definido como ato de criação e de emissão de um título de crédito. d) Aceite (Ato de concordância): Pelo principio da Cartularidade o crédito deve estar representado no título e, não há como exigir o crédito se você não tem o orginal. Nesse contexto oo Aceite deve ser entendido como Ato de Concordância com a Ordem de Pagamento dada e expressa no título. O Aceite é dado no anverso (frente do título), materializado através da assinatura. Nesse prisma só pode dar o Aceite aquele que recebe a Ordem, ou seja, é Ato privativo do Sacado. Quando o Sacado dá o Aceite ele se torna o devedor principal da letra West Gave dos Santos Página 10 de câmbio e o Sacador se torna Co-devedor. Caso o Sacado não dê o Aceite, o Sacador permanece como devedor principal. Obs: Sendo a letra de câmbio um título à Ordem, ele só poderá ser transmitido através do Endosso. Logo, Endosso pode ser definido como aquele ato pelo qual o credor deu um título com clausula à ordem, transmite o direito ao valor constante no título a outra pessoa, sendo acompanhado da transferência da posse da Cartula. Então, segundo a Doutrina majoritária, a grande caracteristica do Endosso é a Transmissão ou Transferência. Aquele que ENDOSSA é Endossante, aquele que RECEBE é Endossatário. Finalmente, quando você transfere o título de crédito por ENDOSSO (Esse Endosso não é o do código civil, mas sim o Endosso de Lei Especial), gera os seguints efeitos: 1º - Transferência da titularidade do crédito do Endossante para o Endossatário. 2º - Tornar o Endossante Co-devedor. 6 – OBJETIVA (Duplicata) Legislação Aplicável: Lei 5.474/68 + CC/02. Conceito: A Duplicata é um título de crédito à ordem extraído pelo vendedor ou prestador de serviço que visa a documentar determinado Saque baseado no crédito decorrente de compra e venda Mercantil ou Prestação de Serviço, que tem como pressuposto a extração de uma fatura. Através da Duplicata o devedor se compromete a pagar o valor descrito no documento, e trata-se efetivamente de um título de crédito na Modalidade Ordem de Pagamento. Sendo ordem de pagamento, a Duplicata possui o Sacador que é quem emite a ordem de pagamento, Sacado que é quem recebe a ordem de pagamento, e o Tomador Beneficiário que é o primeiro credor. OBS de prova: A Duplicata é considerada como sendo um título causal, ou seja, só pode ser emitida mediante ocorrência de duas causas: Compra e venda Mercantil, ou Prestação de serviços. Quando ocorrer determinada compra e venda mercantil ou prestação de serviços a Duplicata poderá ser emitida junto a Nota Fiscal configurando-se em verdadeira prova de contrato entre as partes. Permitindo por muitas vezes maior fluxo de caixa para a empresa vendedora ou tomadora de serviços. Merece destaque ainda que na Duplicata, diferentemente do que ocorre na letra de cambio, o Aceite é obrigatório. Excepcionalmente a Lei da Duplicata prevê três hipóteses de recusas do Aceite (Art. 8º e 21, Lei 5.474/68): 1º - Em caso de Avalia ou não recebimento da mercadoria, ou não recebimento da prestação de serviço; West Gave dos Santos Página 11 2º - Caso de vício ou defeito de qualidade, ou quantidade do produto ou serviço; 3º Quando houver divergência de preço, prazo ou condições de pagamento. Obs: Após a emissão da Duplicata, o Sacador terá o prazo de 30 dias para emitir a Duplicata ao Sacado. O Sacado ao receber a Duplicata terá prazo de 10 dias para dar o Aceite ou recusar o Aceite nas hipóteses legais e devolve-la ao Sacador. OBS Prática: A Duplicata consiste em um título de crédito facultativo, funcionando como efetiva forma de obtenção de crédito e não uma forma de cobrança. Nesse contexto, quando realizada a emissão de uma Duplicata, o empresário pode obter um adiantamento do valor a ser recebido dos seus compradores por meio de instituições financeiras que possuem linhas de créditos especificas para a Duplicata. A EMISSÃO DA DUPLICATA É FACULTATIVA. E SÓ PODE SER EMITIDA POR PESSOAS JURIDICAS. Tipos de Duplicatas: No Direito brasileiro temos dois tipos de Duplicata, a chamada Mercantil, que é aquela emitida quando há venda de mercadoria e, a Duplicata de Prestação de Serviço. Objetivo da Duplicata: A Duplicata representa a ocorrência de um procedimento iniciado com a prestação de serviços ou a efetivação de uma compra e venda Mercantil. Por meio dessa Duplicata surge uma promessa de pagamento à prazo realizada pelo Sacado, e a partir daí o Sacador emite a Duplicata e adquire o crédito de uma Instituição Financeira. Essa Instituição Financeira por sua vez é quem receberá o valor no prazo estipulado na Duplicata e, caso não haja pagamento o Sacador é quem deverá pagar ao banco. Triplicata: Capitulada no artigo 23 da Lei da Duplicata (Lei 5.474/65). A Triplicata nada mais é do que a segunda via da Duplicata. E somente poderá ser emitida em caso de perda ou de extravio da duplicata. PQP: Quais as modalidades de protesto da Duplicata? Resposta: O Direito Empresarial brasileiro prevê três modalidades de protesto de Duplicata que são: O protesto por falta de Aceite, o protesto por falta de devolução e o protesto por falta de pagamento. - Protesto por falta de Aceite: A empresa “X” emitiu determinada Duplicata em razão de prestação de serviços para a empresa “Y”. A partir dessa emissão West Gave dos Santos Página 12 a empresa X terá 30 dias para remeter a Duplicata para a empresa Y, que por sua vez estará obrigada a dar o Aceite em 10 dias. Ocorre que Y sem qualquer motivo não deu o Aceite e devolver a Duplicata, logo a empresa X irá protestar por falta de Aceite. - Protesto por falta de devolução: O Sacado recebe a Duplicata, porém, não a devolve no prazo de 10 dias, logo caberá protesto por falta de devolução da Duplicata - Protesto por falta de pagamento: Nessa última hipótese, o Sacador faz a remessa da Duplicata no prazo de 30 dias e o Sacado dá o Aceite e devolve a Duplicata no prazo de 10 dias, porém, não efetiva o pagamento na data acordada (artigo 13 da Lei da Duplicata – 5.474/65). OBS Final: É importante destacar que para receber uma Duplicata não paga no prazo prescricional, será necessário ajuizamento de uma ação de Execução, entretanto, quando se tratar de uma Execução de Duplicata sem Aceite, o artigo 15, II, da Lei da Duplicata (Lei 5.474/65) determina o preenchimento de dois requisitos necessários: 1º - Realização de protesto (em cartório). 2º Comprovar a entregada Mercadoria ou Serviço prestado. 7 – DISCURSIVA (Endosso) Endosso Transferência. PQP 1: Quem sempre será o 1º Endossante de um título de crédito? Resposta: Será o Tomador Beneficiário (o credor primário). Uma vez que ele é o 1º credor. O 1º credor poderá transferir esse crédito. PQP 2: Como é feito o Endosso? Resposta: Na prática diz respeito a assinatura no verso. O Endosso de determinado título de crédito também poderá ocorrer no Anverso, todavia para que sejam respeitadas as regras do Endosso, a assinatura no Anverso deverá estar acompanhada da expressão: “Pague-se à” ; “Endosse à” ; “Transfira à”. CLASSIFICAÇÃO DO ENDOSSO West Gave dos Santos Página 13 Endosso Próprio: Endosso Próprio ou também conhecido como Endosso propriamente dito, é aquele em que há efetiva transferência do título eda própria titularidade do crédito (título e posse). Endosso Impróprio: Já no Endosso Impróprio não há transferência da titularidade do crédito, mas somente a transferência da posse do título(Cártula). Endosso em branco: Não há identificação do Endossatário (não indicou ninguém). Endosso em preto: É aquele oposto ao branco, em que há a identificação do Endossatário. Endosso Parcial: Segundo a Doutrina e a Jurisprudência em uma interpretação sistemática da legislação, o Endosso Parcial é considerado NULO. Endosso Póstumo (Tardio ou título vencido): É também denominado de Endosso Tardio ou ainda de Endosso de Título Vencido. Nesse contexto, essa modalidade de Endosso está ligada a ideia de transferência de determinado título que já está no prazo vencido e tenha ocorrido o protesto desse título, ou ainda, expirado o prazo do próprio protesto. Como conseqüência essa transferência perderá a natureza de Endosso e passará a ter efeitos de uma cessão civil (Cessão civil é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula não à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa). Endosso Impróprio: No contexto do Endosso Impróprio temos que não há transferência da titularidade de crédito, servindo então para legitimar a posse do Endossatário. Endosso Mandato (Terceiriza cobrança): Será utilizado para transferência de poderes e autorizar o terceiro a exercer os direitos inerentes aquele titulo. Exemplo: Tício decide contratar uma empresa de cobrança para que ela efetue a cobrança de determinado título em seu lugar; como essa empresa somente poderá efetivar a cobrança mediante a apresentação do título original, Tício deverá legitimar a posse da empresa através da assinatura seguida da expressão: Endosso Mandato ou Endosso por Procuração. West Gave dos Santos Página 14 Endosso Pignoratício: Também chamado de Endosso Caução. Essa modalidade será utilizada para que ocorra a instituição de penhor sobre um título de crédito, legitimando a posse como garantia de pagamento de um eventual crédito adquirido. Exemplo: Mélvio necessitando agariar um empréstimo no banco Y faz a tradição do título de crédito por Endosso Caução como garantia de adimplemento no título, legitimando a posse desse título para a referida instituição financeira. OBS: Finalmente com relação ao Endosso temos que não há na legislação cambial qualquer limite quantitativo ou numérico de Endosso. 8 – DISCURSIVA (AVAL) Quando estudamos Endosso trabalhamos com a idéia de transferência; quando estudamos AVAL trabalhamos com a idéia de Garantia. O AVAL será efetivado quando o Endossatário concordar em receber o título de crédito, mas exige uma garantia maior. Nesse prisma, podemos dizer que o AVAL é a declaração cambiaria que decorre de uma manifestação unilateral de vontade pela qual a pessoa física ou jurídica assume a obrigação cambiaria autônoma e incondicional de garantir o pagamento do título nas condições nele estabelecido. Então, a grande característica do AVAL é GARANTIR o pagamento de determinado título de crédito, podendo ser pessoa física ou jurídica. Finalmente, o Avalista garante o Avalizado. PQP: Como se materializa o AVAL? Resposta: No anverso do título, no verso coloca a expressão “Avalizo à”. Para que seja efetivado o AVAL em determinado título de crédito podemos utilizar o regramento inverso do Endosso, inicialmente basta uma assinatura no Anverso. Ou caso o AVAL seja dado no verso, conterá assinatura do Avalista mais a expressão “Avalizo à” ou “dou o AVAL à” (Assinatura no verso = Assinatura + Avalizo à/dou AVAL à). Assim como o Endosso o AVAL pode ser EM PRETO, ou EM BRANCO. No AVAL EM PRETO, o Avalista identifica o Avalizado, já no AVAL EM BRANCO não se identifica o Avalizado. PQP: Qual a extensão Garantidora do AVAL em Branco? Resposta: No AVAL em Branco, o Avalista garante o Sacador Emitente, ou seja, no AVAL em Branco o Avalizado é o Sacador (quem criou o título). PQP: É possível AVAL parcial? West Gave dos Santos Página 15 Resposta: Diferentemente do Endosso é possível o AVAL parcial, garantindo somente uma parte do valor descrito no título. Embora o código civil no artigo 897, § Ú, vede expressamente o AVAL parcial, o artigo 30 da L.U.G.(Lei Uniforme de Genebra – Principio da Especialidade) expressamente permite o AVAL parcial. Se eventual questão de prova perguntar se é possível ou não o AVAL parcial em um título de crédito, devemos responder que segundo o código civil não, no entanto, se a questão especificar se é possível ou não o AVAL parcial naqueles títulos de crédito atingidos pela Lei Uniforme de Genebra (LUG), a resposta será que sim, tendo em vista o que dispõe o artigo 30 do Decreto 57.663/66 (LUG). OBS 1: Qual a diferença entre AVAL e Fiança? Resposta: 1º - AVAL só pode ser dado em título de crédito, enquanto que a Fiança só pode ser dado em contrato (Direito Contratual). 2º - O AVAL é autônomo, ou seja, em caso de morte, incapacidade ou falência do Avalizado, o Avalista continua responsável. Já na Fiança sendo ela acessória, segue o principal, logo, se eu sou fiador e o afinçado morre, cessa a obrigação. 3º - No AVAL não há beneficio de ordem (Segundo o STJ caso o Avalista seja acionado, terá direito de Regresso contra o Avalizado e também todos os devedores anteriores a ele). Na Fiança tem beneficio de ordem. OBS 2: Para que seja prestada a Fiança é preciso autorização do cônjuge, porém, no código civil de 1916 não havia a necessidade de autorização do cônjuge para o AVAL. No entanto, com o novo código civil de 2002, no artigo 1647, III, tanto para o AVAL quanto para Fiança precisa de autorização do cônjuge. OBS 3: Caso o Avalista seja dado depois do vencimento do título e até em caso de protesto, esse AVAL não perde a sua natureza, continua sendo AVAL. 9 – DISCURSIVA (Caso Concreto 4). DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 4 Descrição CASO CONCRETO: West Gave dos Santos Página 16 (OAB – XIV Exme – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens. A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. Resposta: O avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio é o Sacador, no caso concreto, Celso Ramos. Isso porque, de acordo com o artigo 31 da Lei Uniforme, na falta de indicação do avalizado, entende-se-á pelo Sacador. Além disso, os avais em branco e superpostos são considerados simultâneos (Súmula 189 do STF), ou seja, cada coavalista é responsável por uma quota-parte da dívida e todos respondem pela integralidade perante o portador Pedro Afonso. B) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário? Resposta: O endossatário poderá demandar apenas o aceitante em eventual ação cambial, porque o título foi apresentado a pagamento no dia12 de setembro, ou seja, após o prazo de vencimento. Assim, houve perda do direito de ação em face dos coobrigados, nos termos do que determina o artigo 53 da Lei Uniforme e Artigo 20 do Decreto nº 2.044/1908. West Gave dos Santos Página 17 EXERCÍCIO DADO EM SALA DE AULA RESPOSTA: Principio da Cartularidade – Esse princípio impõe que a obrigação pecuniária ou crédito deva estar efetivamente materializada ou representada em um documento ou título. Principio da Literalidade: Este princípio nos traduz a ideia de que só tem eficácia juridica aquilo que está literalmente escrito no título, vindo a doutrina inclusive a afirmar “o que não está no título, não está no mundo cambiário”. Principio da Autonomia: Este Princípio representa o conceito de que as relações juridicas cambiais representadas por determinados títulos são autônomas entre si e independentes, logo, eventual vício em uma das relações apresnetadas no título não tem o poder de invalidar ou tornar título, não tem o poder de invalidar ou tornar ineficaz as demais. Quanto ao modelo: Livre: O título desprovido de padronização, logo, não é obrigado a seguir uma forma de modelo especifico. Nesse contexto, um simples pedaço de papel pode originar título de crédito, como por exemplo clássico do Direito Empresarial – Nota Promissória. Vinculado: É aquele que possui uma padronização definida em lei, com parametros e estrutura próprios, sendo definidos pelo chamado Conselho Monetário Nacional (CMN). Como o Cheque, a Duplicata. West Gave dos Santos Página 18 Quando a forma de emissão: Causal: É aquele que só poderá ser emitido nas hipóteses(causas) autorizadas por lei, logo, este título de crédito necessita obrigatoriamente de uma causa legal para ser emitido. Exemplo: Duplicata. Segundo a lei só poderá ser emitida em caso de compra e venda mercantil, ou prestação de serviço. Não causal: Aquele que não possui causa especifica para sua emissão, servindo para documentar inúmeras formas de operação de crédito. Exemplo: Cheque. RESPOSTA: Caso o Sacado não dê o Aceite, o Sacador permanece como devedor principal. São efeitos da recusa do Aceite tornar o Sacador o devedor principal do título e gerar o vencimento antecipado do título. A partir da recusa do Aceite, o título se torna vencido, afastando-se o prazo de vencimento estipulado no título. RESPOSTA: Endosso Próprio, que pode ser em branco, em preto parcial ou póstumo. E Endosso Impróprio, que pode ser Mandato ou Pignoratício. West Gave dos Santos Página 19 Endosso Próprio: Endosso Próprio ou também conhecido como Endosso propriamente dito, é aquele em que há efetiva transferência do título e da própria titularidade do crédito (título e posse). Endosso Impróprio: Já no Endosso Impróprio não há transferência da titularidade do crédito, mas somente a transferência da posse do título(Cártula). Endosso em branco: Não há identificação do Endossatário (não indicou ninguém). Endosso em preto: É aquele oposto ao branco, em que há a identificação do Endossatário. Endosso Parcial: Segundo a Doutrina e a Jurisprudência em uma interpretação sistemática da legislação, o Endosso Parcial é considerado NULO. Endosso Póstumo (Tardio ou título vencido): É também denominado de Endosso Tardio ou ainda de Endosso de Título Vencido. Nesse contexto, essa modalidade de Endosso está ligada a ideia de transferência de determinado título que já está no prazo vencido e tenha ocorrido o protesto desse título, ou ainda, expirado o prazo do próprio protesto. Como conseqüência essa transferência perderá a natureza de Endosso e passará a ter efeitos de uma cessão civil (Cessão civil é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula não à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa). Endosso Impróprio: No contexto do Endosso Impróprio temos que não há transferência da titularidade de crédito, servindo então para legitimar a posse do Endossatário. Endosso Mandato (Terceiriza cobrança): Será utilizado para transferência de poderes e autorizar o terceiro a exercer os direitos inerentes aquele titulo. Endosso Pignoratício: Também chamado de Endosso Caução. Essa modalidade será utilizada para que ocorra a instituição de penhor sobre um título de crédito, legitimando a posse como garantia de pagamento de um eventual crédito adquirido. West Gave dos Santos Página 20 SIMULADO AV1 1a Questão (Ref.:201903895907) Acerto: 0,2 / 0,2 Em relação ao aceite nas letras de câmbio, é incorreto afirmar: NDR A letra pode ser apresentada até o vencimento pelo portador ou até por um simples detentor; É vedado ao sacado riscar o aceite já dado, mesmo antes da restituição da letra; O sacado pode limitar o aceite a uma parte da importância sacada. O sacador pode determinar que a apresentação ao aceite não poderá efetuar-se antes de determinada data; 2a Questão (Ref.:201903939583) Acerto: 0,2 / 0,2 De acordo com a legislação vigente acerca dos títulos de crédito, assinale a alternativa incorreta: Quanto à ordem, o endosso pode ser lançado pelo endossante no verso do próprio título, ou se for no anverso constará a expressão "por endosso" De acordo com o entendimento consolidado do STJ a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da liquidez do título que a originou. Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título são independentes do negócio que deu lugar ao seu nascimento, a partir do momento em que ele é posto em circulação. Os títulos de crédito típicos (letra de câmbio, nota promissória, cheque e duplicata) passaram a ser regidos primordialmente pelo Código Civil 2002, aplicando-lhes as legislações especiais de forma supletiva. Atos consubstanciados em documentos apartados não influenciam no conteúdo das obrigações retratadas no título. 3a Questão (Ref.:201903929510) Acerto: 0,2 / 0,2 A entrega a B determinado título de crédito com endosso próprio. Esse ato legitima a propriedade sem que ocorra transferência da posse do título de crédito para terceiro. permite apenas do direito de transferência apenas para cobrança do título. gera a transferência da posse e da propriedade do título de crédito. descaracteriza o título de crédito. transfere a posse, mas não a propriedade do título de crédito. 4a Questão (Ref.:201903922712) Acerto: 0,2 / 0,2 No que se refere ao conceito e aos princípios dos Títulos de crédito, assinale a alternativa correta. West Gave dos Santos Página 21 Os princípios dos títulos de crédito podem ser facilmente identificados no conceito de títulos de crédito. De acordo com o conceito de título de crédito, o exercício do direito mencionado no título não precisa de documento físico. De acordo com o princípio da autonomia, as obrigações geradas com a emissão e transmissão dos títulos de crédito são autônomas entre si, podendo, entretanto qualquer obrigado opor exceções pessoais a terceiros de boa fé. De acordo com o princípio da cartularidade, no título de crédito vale o que nele está escrito. O princípio da autonomia prevê que os títulos de crédito devem ser emitidos em documentos físicos. 5a Questão (Ref.:201903939597) Acerto: 0,2 / 0,2 Assinale a opção correta, quanto aos princípios dos títulos de crédito: e) Consoante o princípio da autonomia, um único título documenta mais de uma obrigação,sendo que uma obrigação independe da outra, a eventual invalidade de qualquer delas prejudica as demais. b) De acordo com o princípio da abstração, o emitente de título cambial não pode opor ao beneficiário as exceções fundadas no negócio jurídico subjacente, ainda que o título não tenha entrado em circulação. a) O princípio da literalidade é relativizado pelo direito brasileiro, de sorte que o aval tanto pode ser prestado mediante assinatura do avalista no próprio título quanto em documento apartado. d) São princípios dos títulos de crédito a literalidade, a forma, a causa e a abstração. c) São destacados como princípios dos títulos de crédito, a cartularidade, a literalidade e a autonomia. 6a Questão (Ref.:201905796592) Acerto: 0,2 / 0,2 VUNESP - TJ-RS2018 (questão adaptada) - Assinale a alternativa que corresponde ao conceito de título de crédito disposto no artigo 887 do Código Civil. (D) O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preenchidos os requisitos da lei. (E) O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal nele contido, que produz seus efeitos independentemente de preenchidos os requisitos legais. (C) O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito nele contido, produz efeito independentemente de preenchidos os requisitos legais. (B) O título de crédito, documento dispensável ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. (A) O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito autônomo nele contido, que somente produz efeito se preenchidos os requisitos legais. 7a Questão (Ref.:201905803953) Acerto: 0,2 / 0,2 Assinale a alternativa que corresponde ao conceito de título de crédito disposto no artigo 887 do Código Civil. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. West Gave dos Santos Página 22 O título de crédito, documento dispensável ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, que produz seus efeitos independentemente de preenchidos os requisitos legais.O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, que produz seus efeitos independentemente de preenchidos os requisitos legais. A O título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito autônomo nele contido, que somente produz efeito se preenchidos os requisitos legais. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito nele contido, produz efeito independentemente de preenchidos os requisitos legais. 8a Questão (Ref.:201905736767) Acerto: 0,2 / 0,2 com relação aos atos cambiais, analise as seguintes assertivas: I- há possibilidade de haver endosso sem efeito de garantia; II- o endosso tardio, posterior ou póstumo é o que ocorre após o protesto por falta de pagamento ou qualquer outro protesto e produz apenas efeito de uma cessão de crédito; III- no aval, o avalista assume obrigações identicas à daquela pessoa que está avalizando; IV- é possível o aval parcial ou limitado (nos títulos típicos). - É CORRETO o que se afirma em: I e II, apenas. I e IV, apenas. III e IV, apenas. todas as alternativas. II e III, apenas. 9a Questão (Ref.:201905736768) Acerto: 0,2 / 0,2 Dentre as formas de cobrança/execução de uma obrigação constante em um título de crédito, temos a ação cambial e a ação de locupletamento. A respeito dessas duas ações avalie as seguintes assertivas e a relação explicativa existente entre elas: I- o meio mais célere e comum de fazer a cobrança é por meio de uma ação cambial, pois, dentre outras vantagens, o procedimento é o de execução, implicando em determinação pelo juiz para que o devedor pague em até 3 dias e, em não o fazendo, deverá ser procedida a penhora de bens suficientes. PORQUE West Gave dos Santos Página 23 II- a ação de locupletamento, embora também seja uma ação de execução e seja possível de impetrar ao mesmo tempo em que se poderia impetrar a ação cambial, trata- se de uma ação secundária, importando em maiores exigências probatórias, tais como a comprovação de que houve enriquecimento sem causa por parte do devedor. - A respeito dessas duas asserções, é correto afirmar que: As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 10a Questão (Ref.:201905795506) Acerto: 0,2 / 0,2 A transferência de título ao portador e) apenas é válida com a assinatura do avalista. b) não é legalmente possível. d) deve ser registrada na Junta Comercial. c) só pode ser realizada por instrumento público. a) se faz por simples tradição. AVALIANDO APRENDIZADO 01 1a Questão (Ref.:201905670835) Pontos: 0,1 / 0,1 (XXIV Exame de ordem unificado - 2017.1 / Adaptada) Um cliente apresenta a você uma letra de câmbio à ordem com as assinaturas do emitente no anverso e do endossante no verso. No verso da cártula, também consta uma terceira assinatura, identificada apenas como aval pelo signatário. E) Os títulos de crédito somente admitem fiança. A) O aval dado no título foi irregular, pois, para a sua validade, deveria ter sido lançado no anverso. C) O aval dado no título foi na modalidade em branco, sendo avalizado o emitente. B) A falta de indicação do avalizado permite concluir que ele pode ser qualquer dos signatários (emitente ou endossante). D) O aval somente é cabível no título não à ordem, sendo considerado não escrito se a emissão for à ordem. West Gave dos Santos Página 24 Respondido em 21/09/2019 23:22:12 Compare com a sua resposta: 2a Questão (Ref.:201905795506) Pontos: 0,1 / 0,1 A transferência de título ao portador e) apenas é válida com a assinatura do avalista. b) não é legalmente possível. c) só pode ser realizada por instrumento público. d) deve ser registrada na Junta Comercial. a) se faz por simples tradição. Respondido em 21/09/2019 23:23:00 Compare com a sua resposta: 3a Questão (Ref.:201905804339) Pontos: 0,1 / 0,1 O Código Civil de 2002, ao impor uma nova disciplina aos títulos de crédito, criou certa perplexidade na doutrina autorizada por conta da suposta pretensão de ser norma geral à disciplina dos títulos de crédito em espécie, que, diga-se, encontra-se dispersa em vários diplomas legislativos. Esta perplexidade se deu, principalmente, por conta da diferente regra que passaria a reger os títulos de crédito atípicos, criados e regulados pelo código civil, e os títulos de crédito regulados na legislação especifica. Aponte abaixo uma diferença entre a disciplina dos títulos de crédito constantes do código civil e a disciplina constante na legislação aplicável à letra de câmbio e à nota promissoria. O código civil de 2002 não permite que o título de crédito incompletoao tempo da emissão seja preenchido antes da sua apresentação por credo de boa-fé. O atual código civil proibe o chamado endosso póstumou ou tardio, que é permitido pela Legislação da Letra de Câmbio e Nota promissória. No código civil o aval é dado no anverso (parte da frente) do título de crédito No código civil, a transferência do título ao portadpr se faz por mera tradição. O código civil veda o aval parcial, enquanto que a legislação da letra de câmbio e nota promissória permite. Respondido em 21/09/2019 23:23:49 Compare com a sua resposta: 4a Questão (Ref.:201905818113) Pontos: 0,1 / 0,1 Dentre as alternativas acerca do protesto, aponte a incorreta: Segundo o entendimento do STJ, o cheque prescrito, apesar de não poder mais ser objeto de uma ação de execução, pode ser objeto de protesto. Além de títulos de crédito, podem ser protestados outros documentos de dívida O protesto necessário é aquele obrigatório e indispensável para que o portador assegure o seu direito de regresso contra todos os codevedores do título, desde que apresentados de forma West Gave dos Santos Página 25 regular e tempestiva. A competência para o protesto é o tabelionato do domicílio do devedor O protesto pode ser lavrado ainda que não ocorra a intimação do devedor. Respondido em 21/09/2019 23:25:07 Compare com a sua resposta: 5a Questão (Ref.:201905670838) Pontos: 0,1 / 0,1 Sobre títulos de crédito é correto afirmar: D) O protesto pode ser sustado somente por ordem judicial com decisão transitada em julgado. E) A duplicata é um título de crédito abstrato. B) A falta de protesto por falta de pagamento tempestivo tem como efeito a impossibilidade de cobrar dos devedores indiretos. A) O protesto da Duplicata não pode ser realizado caso o Sacado (comprador) venha a recusar a fazer o aceite do título. C) A ação cambial é a ação de execução típica dos títulos de crédito, e, como tal, é a única forma de buscar o recebimento dos títulos de crédito pelo credor. AVALIANDO APRENDIZADO 02 1a Questão (Ref.:201905803954) Pontos: 0,1 / 0,1 Em relação à duplicata, considere os seguintes enunciados: I. Nos casos de venda para pagamento em parcelas, deverão ser emitidas tantas duplicatas quantas forem as parcelas ajustadas, nas quais haverá a discriminação dos vencimentos e do valor de cada prestação, consignando-se para cada qual numeração em sequência de ordem dos vencimentos. II. No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. III. A duplicata indicará sempre o valor total da fatura, a não ser que o comprador tenha direito a rebate ou compensação, citando o vendedor o valor líquido que o comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar. IV. A venda mercantil para pagamento contra a entrega da mercadoria ou do conhecimento de transporte, sejam ou não da mesma praça vendedor e comprador, ou para pagamento em prazo inferior a trinta dias, contado da entrega ou despacho das mercadorias, poderá representar-se por duplicata, em que se declarará que o pagamento será feito nessas condições. V. É lícito ao comprador resgatar a duplicata antes de aceitá-la, mas não antes da data do vencimento. Está correto o que se afirma APENAS em I e IV I, II e III II e IV Nenhuma das West Gave dos Santos Página 26 alterantivas III e IV Respondido em 21/09/2019 23:27:42 Compare com a sua resposta: 2a Questão (Ref.:201903939594) Pontos: 0,1 / 0,1 Dentre as regras do direito cambiário, assinale a opção incorreta: a) São figuras intervenientes da letra de câmbio, sacador, sacado e tomador e na nota promissória o emitente e o beneficiário. c) O cheque é considerado título de crédito causal, visto que se vincula à relação jurídica que lhe deu origem e o endosso da nota promissória não vincula o endossante como co- obrigado pelo pagamento do título, por ser uma promessa de pagamento. b) A letra de câmbio é ordem de pagamento e a nota promissória promessa de pagamento. d) O cheque é ordem de pagamento à vista, mas a jurisprudência admite o dano moral para cheque pós-datado. e) À cláusula "não à ordem" lançada no título de crédito, não impede a circulação do crédito, apenas impõe que o título de crédito vai ser transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de crédito. Respondido em 21/09/2019 23:30:24 Compare com a sua resposta: 3a Questão (Ref.:201905803952) Pontos: 0,1 / 0,1 Na hipótese de um cheque ser apresentado ao sacado fora do prazo legal de apresentação, ainda é cabível ação executiva contra os endossantes e seus avalistas, dentro do prazo prescricional, desde que haja protesto. o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de seis meses para o seu ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação. o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de dois anos para o seu ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação. os endossantes e seus avalistas, independentemente de protesto, desde que observado o prazo prescricional. o emitente e seus avalistas, desde que haja protesto e seja observado o prazo prescricional. Respondido em 21/09/2019 23:31:40 Compare com a sua resposta: 4a Questão (Ref.:201905959891) Pontos: 0,1 / 0,1 Considere as seguintes proposições acerca da duplicata: I. É vedado ao comprador resgatar a duplicata antes de aceitá-la. II. O prazo de vencimento da duplicata é improrrogável. III. A duplicata é protestável por falta de aceite, devolução ou pagamento. IV. É ineficaz o aval dado em garantia do pagamento da duplicata após o vencimento do título. West Gave dos Santos Página 27 V. Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura Está correto o que se afirma APENAS em I e III IV e V III e V I e II III e IV Respondido em 21/09/2019 23:37:10 5a Questão (Ref.:201905803949) Pontos: 0,1 / 0,1 Assinale a alternativa correta quanto ao cheque: O cheque admite o endosso condicional. O endosso parcial é admissível no cheque O endosso póstumo no cheque tem os mesmos efeitos de uma fiança O endosso póstumo ocorre no cheque caso seja ultrapassado o prazo de apresentação do cheque ou caso seja feito depois do protesto O endosso em preto no cheque deve ser aposto no anverso do cheque, sem que haja qualquer outra menção que não os nomes do endossante e do endossatário BOA PROVA. FIQUE COM DEUS! WEST GAVE DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Descrição CASO CONCRETO:
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