Buscar

EXERCÍCIO - ESTUDO DIRIGIDO -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Estudo Dirigido
1. O que é crédito? Qual a sua função? Explique.
Resposta: A palavra crédito pode apresentar três sentidos importantes:.
1º Sentido moral: Quando alguém possui crédito com outra, no sentido de confiança 
2º Sentido jurídico: O crédito é o direito que o sujeito ativo tem de exigir a prestação do sujeito passivo.
3º Sentido econômico: O crédito é troca de um bem presente (prestação presente) por um bem futuro ausente. 
2. Explique	as	diferenças	entre	o	direito	existente	num documento comum e o direito existente num título crédito.
Resposta: 
Em primeiro lugar, ele se refere unicamente a relações creditícias. Não se documenta num título de crédito nenhuma outra obrigação, de dar, fazer ou não fazer. Apenas o crédito titularizado por um ou mais sujeitos, perante outro ou outros, consta de um instrumento cambial. A segunda diferença entre o título de crédito e muitos dos demais documentos representativos de obrigação está ligada à facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido pela lei processual como título executivo extrajudicial (CPC , art. 585 , I); possui executividade, quer dizer, dá ao credor o direito de promover a execução judicial do seu direito. 
Em terceiro lugar, o título de crédito ostenta o atributo da negociabilidade, ou seja, está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado. A fundamental diferença entre o regime cambiário e a disciplina dos demais documentos representativos de obrigação (que será chamada, aqui, de regime civil) é relacionada aos preceitos que facilitam, ao credor, encontrar terceiros interessados em antecipar-lhe o valor da obrigação (ou parte deste), em troca da titularidade do crédito.
3. O que são títulos executivos extrajudiciais? E judiciais?
Resposta: 
· Título executivo judicial é formado mediante atuação jurisdicional.Ou seja, tem o intuito de possibilitar que uma parte entre com uma ação forçando a execução em juízo, tendo assim o estado o direito de intervir no patrimônio do devedor, para que assim o credor tenha como o pagamento aquilo que lhe é devido
· Título executivo extrajudicial é formado por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material (ou somente de uma delas). Atualmente, pode-se considerar título executivo extrajudicial todo ato jurídico (documento) escrito, que contenha os requisitos da liquidez e da certeza (art. 586).
4. Economicamente pode-se se afirmar o crédito possui dois elementos fundamentais: confiança e tempo. Explique cada um destes elementos bem como enumere as garantias (admitidas no ordenamento jurídico) que podem existir no elemento confiança. Explique.
Responda: 
Sabe se que os elementos do crédito são dois: tempo e confiança.
Nessa relação juridica existe sempre uma troca entre o bem presente e uma prestação prestação futura. Em outras palavras uma pessoa entrega um bem atual em troca de um bem futuro e essa troca no tempo só se realizará se houver uma relação de confiança. E quem vende um bem a prazo e entrega esse bem confia no recebimento futuro do preço desse bem. Em outras palavras:
Tempo: uma pessoa entrega um bem atual em troca de um bem futuro (uma prestação futura). Essa troca no tempo só se realizará se houver uma relação de confiança.
Confiança: quem vende um bem a prazo e entrega esse bem confia no recebimento futuro do preço desse bem. Tal confiança pode ter uma conotação subjetiva ou objetiva. Na primeira, o credor acredita que o devedor preenche os requisitos morais para satisfazer a prestação, ou seja, trata-se de uma confiança na pessoa pelo que ela aparenta ser. Já na confiança objetiva, o credor acredita que o devedor tem capacidade econômico-financeira de satisfazer a prestação em razão da apresentação de garantias, de consultas a sistemas de proteção ao crédito, ou por qualquer outro motivo.
Para Tomazete (2017), a confiança se associa necessariamente a um intervalo de tempo entre duas prestações. Na troca imediata de valores, não há necessidade de confiança e, por isso, não se cogita de crédito na relação. O tempo entre as prestações é essencial para o desenvolvimento da economia, permitindo a mais rápida circulação de riquezas e, por isso, um maior número de negócios se realiza.
5. O que é cartularidade? Explique.
Responta: 
Cartularidade ou incorporação significa que o título é o sinal imprescindível do direito, isto é, a posse do título é a condição mínima para o exercício do direito nele mencionado só quem possui o documento pode exigir o cumprimento do direito documentado. O documento é, pois, fundamental (necessário) para o exercício dos direitos nele mencionados. Ou seja, se materializa no título, assim por exemplo, o direito de crédito de um cheque está incorporado nele próprio, portanto basta apresentá-lo no banco sacado para exercer o direito.
6. O que é autonomia? Explique.
Responta:
 O princípio da autonomia compreende-se que as relações jurídicas que podem existir no título são autônomas entre si, pois o título pode ser desvinculado da obrigação que o originou
A partir do momento em que o título é criado, cada relação que surge entre os vários intervenientes é concebida como autônoma em relação às demais.
 Isso significa que cada pessoa que se comprometer no título assume uma obrigação, independente das obrigações pelos outros assumidas, não existindo vinculação das obrigações.
 Sendo assim, a autonomia é a desvinculação da causa do título em relação a todos os coobrigados. Importante que seja dessa forma, pois, um título pode dar margem a diversas relações jurídicas sem que haja qualquer vinculação ou conhecimento por parte dos intervenientes originários.
7. O que é abstração? Explique.
Responta: 
O subprincípio da abstração se refere ao desprendimento do título da causa que lhe deu origem, assim, é possível dizer que o título entra em um nível de abstração por não mais se identificar com a relação subjacente. Em outras palavras, são direitos que não dependem do negócio que deu lugar ao nascimento do título. 
Essa característica surge quando o título circula e chega a terceiro que não participou da relação causal originária. Nesse sentido, surge a ideia de independência, que se refere ao fato de que o título de crédito é o bastante para se exercer o direito nele contido. Vez que uma vez emitido o título, este se liberta de sua causa e, assim, não poderá alegar futuramente para invalidar as obrigações decorrentes do título, pois esse, após emitido, passa a conter direitos abstratos, não cabendo a exigência de contraprestação para poder ser satisfeita a obrigação.
Portanto, a compreensão é a de que o título de crédito não se integra, não surge e não resulta de outro documento. 
8. O que é literalidade? Explique.
Responta: 
O princípio da literalidade pressupõe que o direito creditício é exercido nos exatos limites do conteúdo da cártula. Ou seja, só o que está escrito é que tem validade, logo, o que nele não está escrito não pode ser alegado. Vale enfatizar que nenhum direito a mais é exercido. Significa dizer que o teor do título é o que se considera para identificar os requisitos de validade. Obrigando-se cambiariamente aqueles que no título já figuram ou dele tem posse. 
 A literalidade pressupõe declarações cambiárias relativas ao crédito existente no título. 
A conclusão é a de que aquilo que não está no título, a ele não se incorpora.
9. Explique o subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais.
Resposta: 
A inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé constitui uma garantia ao terceiro que, estranho à relação originária, recebe o título de crédito. Se houver relações pessoais entre o portador e o devedor, este poderá opor-se ao pagamento. 
Sendo assim, deve o terceiro ser tutelado justamente pelo fato de que a razão de ser do título de crédito é a circulação de riqueza. Ademais, a inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé significa que a pessoa obrigada por um título decrédito não pode se recusar em pagar ao portador do título, alegando qualquer relação pessoal. Não poderá alegar porque o terceiro de boa-fé nada tem a ver com a relação de base que ensejou a emissão do título.
Contudo, existe uma exceção: quando há má-fé por parte do portador ao adquirir o título, com a finalidade de prejudicar o devedor.
10. Quais as diferenças entre aval e fiança? Explique.
Resposta: 
O art. 818 do Código Civil nos diz que o aval se dá num título de crédito, enquanto a fiança se dá num contrato. No aval não há benefício de ordem, avalista pode ser acionado para pagar antes do avalizado, o que não ocorre na fiança. O avalista não pode alegar perante terceiros de boa-fé exceções pessoais que teria contra o avalizado, já na fiança pode. O aval é uma garantia autônoma, enquanto a fiança é acessória.
Aval: 
1º O aval só pode ser prestado em títulos de crédito
2º Trata-se de uma declaração unilateral, basta a simples assinatura do avalista na face do título, desde que este não seja o sacador ou o sacado.
3º Pela natureza cambiária – aplicação dos princípios do direito cambiário: literalidade, autonomia, abstração. 
4º Deve estar escrito no próprio título (literalidade). 
5º Obrigação do avalista é autônoma em relação ao do avalizado (obrigações distintas). 
6º Avalista é devedor solidário – deve cumprir a obrigação ainda que o devedor possua bens suficientes para saldar a dívida , ou seja, o avalista se torna devedor do título na mesma medida do avalizado,
7º No aval não pode o credor solicitar a substituição do avalista. 
8º Mais de um avalista – todos têm a obrigação de pagar a obrigação como um todo. 
9º Obrigação do avalista se transfere aos herdeiros ainda que na época de sua morte o título não estivesse vencido. 
Fiança: 
1º A fiança se dá num contrato, como menciona o Código Civil, quando estabelece, quando uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
2º Pressupõe duas vontades, do fiador e do afiançado.
3º Natureza contratual, pois decorre de um contrato.
4º Pode ser prestada em qualquer tipo de obrigação. 
5º Não obedece aos princípios do direito cambiário 
6º Pode ser prestada em qualquer documento. 
7º Seguirá a sorte da obrigação principal – há uma única obrigação do devedor e do fiador (ex. obrigação nula contamina a fiança). 
8º Na fiança, em regra, há benefício de ordem (art. 827) – fiador pode indicar os bens do devedor principal para eximir sua obrigação. (Mas pode ser solidários se assumir expressamente essa obrigação, ou se abrir mão do benefício de ordem ou, ainda, se o afiançado for falido ou insolvente). 
9º Credor pode solicitar substituição do fiador caso este se torne insolvente ou incapaz (art. 826 CC02). 
10º Mais de um fiador – podem se reservar ao benefício da divisão. 
11º A obrigação do fiador só se transfere aos herdeiros se já fosse responsável pela obrigação na época de sua morte (art. 836 CC02). 
11. Qual é a função precípua dos títulos de crédito? Explique.
Resposta: 
Por definição, a razão precípua da existência dos Títulos de Crédito é fazer circular o crédito no âmbito das relações econômicas privadas, tendo em vista se tratar do documento jurídico que traz consigo literalmente a obrigação assumida de adimplemento de uma relação onerosa de circulação de riquezas. Para tal, abstrai-se, por meio de uma ficção Jurídica, do negócio jurídico originário, passando a circular como instrumento autônomo e independente das relações fundamentais. (FIGUEIREDO, 2015) Nessa mesma perspectiva:
O título de crédito não tem função estática, ao contrário, ele nasce para circular.Se a circulabilidade é uma de suas características fundamentais, tem ela o condão de possibilitar ao titular do direito nele incorporado, antes do vencimento e pormeio de endosso, a obtenção de sua troca por novo capital em substituição àquele emprestado, fazendo com que haja mobilização de capital necessário ao fomento do mercado. Pelo processo de desconto cambiário, fica potencializada a rápida circulação de capitais, tornando mais produtivas e menos onerosas as reações mercantis, asindustriais, as bancárias, as de serviços, asde consumo, entre outras. (GUMIERI, 2011, p. 197
12. O que é endosso? Qual sua função? Explique.
Resposta: O endosso é a declaração cambial eventual e sucessiva por meio da qual o seu signatário transfere o título e se torna, em regra, devedor indireto do título. Em outras palavras, endosso é uma forma de transferência do direito de um título de crédito, onde configuram, no mínimo, dois sujeitos, quais sejam, endossante (aquele que endossa, assina, transfere, ou seja, devedor) e endossatário (aquele que recebe/credor).
A função do endosso é: tranferir ao beneficiário a posse e os direitos do crédito de um cheque para um terceiro, identificando a ação no próprio documento. E para essa ação, é necessário assinar no verso do cheque e indicar o nome do novo beneficiário que passa a ter com o processo.
13. Quais são os tipos de endosso? Explique.
Resposta: 
Endosso em preto: O endosso em preto é aquele em que o endossante, ao endossar, identifica o nome do endossatário, ou seja, quando o nome do endossatário é especificado no título. Esse endosso pode ser levado a efeito no verso ou na face do título. 
Endosso em branco: O endosso em branco é aquele que, para sua caracterização, demanda apenas a assinatura do endossante, sem a indicação do endossatário. Ou seja, não há a identificação do nome do endossatário. Essa modalidade de endosso deve ser feita no verso do título, pois a simples assinatura na face da cártula presume-se aval.
Endosso simples ou translativo: quando o endossatário se torna dono do título e credor.
Endosso-procuração: O endosso-procuração, também chamado de endosso-mandato, consiste na transferência da cártula para que o endossatário possa cobrá-la em nome do endossante. Nesse sentido, o endossatário não se torna proprietário da cártula e tampouco possui a disponibilidade do crédito. Em verdade, ao receber o título por endosso-procuração o endossatário age como mero procurador para receber e dar quitação pelo pagamento do título. Para caracterizar o endosso procuração, basta ao endossante inserir no título expressão correlata a “endosso por procuração a fulano de tal”, “endosso de valor a cobrar por fulano de tal”, “para cobrança por fulano de tal”, “por procuração a fulano de tal”, etc. 
 Endosso-caução: O endosso-caução, também conhecido como endosso-garantia ou endosso-penhor, consiste na transferência via endosso de um título de crédito como garantia de outra obrigação anteriormente assumida. Veja-se que não se trata de emissão de um título para garantir outra obrigação, mas trata-se aqui de transferir um título, cujo portador e endossante é credor, para terceiro, de modo a garantir perante este, outra obrigação assumida entre estes, endossante e endossatário 
Endosso fiduciário: O endosso fiduciário equivale a garantia. Considerando que o título de crédito é uma coisa móvel, certamente pode ser objeto de alienação fiduciária em garantia. Nesse caso teremos o endosso fiduciário, por meio do qual o credor fiduciário tem o domínio da coisa alienada até a liquidação da dívida pelo título garantida.
Endosso tardio: O endosso tardio, também conhecido como endosso póstumo, é aquele feito depois do vencimento do título. Os efeitos desse endosso podem variar. Caso o endosso tardio seja feito antes do protesto, remanescem os mesmos efeitos característicos do endosso. Contudo, o endosso feito posteriormente ao protesto por falta de pagamento ou feito depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, seus efeitos serão de uma cessão ordinária de crédito. Vale destacar que no endosso sem data, deve-se presumir que fora feito antes de expirado o prazo fixado para se efetivar o protesto.
Endosso sem garantia: O endosso sem garantia consiste no endosso levado a efeito pelo endossante, com a efetiva transferência do título, porém não assumindo a qualidade de devedorde regresso. Para tanto, deve ser inserido no título a expressão, “sem garantia”. Cláusula “não à ordem” A legislação prevê a possibilidade do emitente do título de crédito restringir a circulação da cártula por meio do endosso, fazendo-o por aposição da expressão “não à ordem” no título. Tais previsões podem ser verificadas, por exemplo, no art. 11 da LUG, relativamente à letra de Câmbio, e no art. 17, §1º, da lei n. 7.357/85, relativamente ao cheque. Uma vez inserida a cláusula “não à ordem”, o título, se nominal, somente poderá ser transferido por meio de uma cessão de crédito, que é instituto de Direito Civil, com efeitos próprios.
14. Qual a diferença entre cessão e endosso? Explique.
Resposta: 
O endosso confere direitos autônomos ao seu beneficiário (direitos novos em relação aos anteriores), ao passo que a cessão confere direitos derivados (os mesmos direitos de quem cedeu). Em outras palavras: 
O endosso confere direitos autônomos ao seu beneficiário (direitos novos em relação aos anteriores), ao passo que a cessão confere direitos derivados (os mesmos direitos de quem cedeu).
Endosso: é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa. Quem transfere o título de crédito responde pela existência do título e também pelo seu pagamento. 
Cessão civil: é o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula não à ordem transmite os seus direitos à outra pessoa. Quem transfere o título de crédito só responde pela existência do título, mas não responde pelo seu pagamento. Entretanto, o devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé exceções pessoais
15. A Lei Uniforme de Genebra (LUG) consagra que os títulos de crédito possuem o requisito autonomia? Explique citando o artigo da Lei de houver.
Resposta: Os títulos de crédito surgem a partir de um contrato que irá originar então a um título. Após a emissão, o título então passa a ter espécie autônomo e independe da sua relação fundamental. 
A autonomia dessas obrigações cambiais se dá devido ao fato das obrigações contidas no título serem independentes, não se vinculando uma à outra. Perante a isso, uma obrigação nula não afeta as demais obrigações válidas no título. 
Se o título contém assinaturas falsas, fictícias, de pessoas incapazes, ou de quem não poderia obrigar-se, as obrigações dos demais signatários continuam sendo adequadas.
Cabe salientar que a Lei 7.357/85, em seu artigo 13, prescreve que “As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes”. Sendo assim, a inexistência de determinada obrigação cambiária não irá prejudicar o título em sua integridade.
Por fim, o Código Civil, artigo 887, expressa em sua redação que: “O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.”
16. Explique a possibilidade de ressalva ao o subprincípio da inoponibilidade das exceções (defesas) pessoais.
Resposta: 
Em relação a possibilidade de ressalva ao subprincípio das exceções, cabe expor que será referente apenas quanto ao que se diz respeito à validade do documento.
A circulação de crédito, dessa maneira, não irá ser comprometida, ou seja, quem for o novo adquirente do título não tem motivo para investigar a validade dessas obrigações. 
O artigo 17, da Lei Uniforme de Genebra, aponta a regra da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé e abarca às letras de câmbio e notas promissórias, ou seja, quem for acionado mediante lei não tem como se opor ao portador tais exceções referente às relações de caráter pessoal perante ao sacador ou até mesmo em portadores anteriormente pautados no caso em voga. Mas, essa última regra tem que ser apontada como geral desde que o portador, no ato de contrair a letra, tenha tido ciência em relação ao detrimento do devedor. 
Cabe expor ainda que, mediante a não entrega de mercadoria, esse fato, por si, não causa vícios à duplicata em relação à sua existência regular, porque, uma vez que foi aceita, o sacado será uma pessoa vinculada ao título, portanto, devedor principal. 
Por essa celeuma, a ausência dessa entrega, só será oponível ao sacador via exceção pessoal, mas não a endossatários de boa-fé. 
A ressalva se dará apenas o direito de regresso da aceitante em face da endossante, diante do desfazimento do negócio jurídico subjacente.
Fica entendido que, se o portador vier a receber o título de má-fé, haverá a aplicação desse subprincípio, ademais, existe a necessidade do portador do título, no ato de adquirir o feito, tenha agido de má-fé.
17. Existe diferença entre o requisito da autonomia antes da circulação e após a circulação do Título de Crédito? Explique.
Resposta: De fato existe diferença. A partir do momento em que o título é criado, cada relação que surge entre os vários intervenientes é concebida como autônoma em relação às demais. E deve ser assim, pois, um título pode dar margem a diversas relações jurídicas sem que haja qualquer vinculação ou conhecimento por parte dos intervenientes originários. 
O princípio da autonomia é mitigado quando se insere na cártula a relação jurídica de base. Assim, todos aqueles que receberem o título, por força da literalidade, terão conhecimento da relação jurídica subjacente e, consequentemente, o título a ela está vinculado.
18. Quais são teorias sobre a origem dos títulos de crédito? Explique pelo menos uma.
Resposta: Destaca-se duas teorias: Teoria da Criação e da Emissão. 
Pela ótica da Teoria da Criação, o surgimento do direito de crédito se dá pela criação do título. Dessa maneira, o criador do título é vinculado a sua assinatura e a vontade de dispor do seu patrimônio, de tal forma a ser obrigado para o futuro em face de um credor eventual. Por esse motivo, há críticas a essa Teoria, pois, vez que o título foi criado, mas não emitido, teria plena validade, o que pode conferir valor a um título criado, não emitido, mas que possa vir estar em mãos erradas. Há então um desprezo a vontade do subscritor, pois bastaria a criação do título para que assuma a obrigação. 
19. Explique a classificação dos títulos de crédito quanto à circulação.
Resposta: A classificação dos títulos de crédito quanto à circulação será em relação a títulos ao portador, nominativos ou títulos à ordem.
Títulos ao portador: não trazem no seu contexto a indicação do beneficiário e que podem circular facilmente pela tradição. A titularidade, ou seja, o direito de crédito expresso no título de crédito é presumido daquele que detém sua posse. Esse título circula com agilidade e aquele portador que não figura como interveniente cambiário, embora tenha a posse do título e o transfira para terceiro, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do título, salvo se agir de má-fé e causar danos a terceiros, nos termos da legislação civil. Contudo, cambiariamente não é responsável, pois obrigação cambiária apenas se assume assinando o título.
Títulos nominativos: trazem em seu contexto o nome do beneficiário e circulam de forma cambiária pelo endosso, se houver cláusula à ordem.
Títulos de crédito à ordem: revela a inserção da cláusula à ordem na cambial. Esses títulos trazem em seu contexto o nome do beneficiário, mas permitem que este transfira o título para terceiro mediante o endosso. Em regra, ao transferir por endosso, o beneficiário se torna devedor de regresso, o que não ocorre com aquele que tem a posse de um título emitido ao portador. Este não apõe qualquer assinatura no título, ao passo que o beneficiário do título nominativo com cláusula à ordem, para fazê-lo circular, necessita assinar como endossante e, geralmente, assume a posição de devedor indireto do título.
20. Dê o nome e explique todos os possíveis subscritores de uma Letra de Câmbio.
Resposta: Na letra de câmbio os intervenientes possuem, no título, funções diversas:
Sacador, subscritor ou emitente - é aquele que dá a ordem, aquele que cria e emite a letra, dando a ordem de pagamento - é também denominadocredor.
Sacado ou devedor - é aquele a quem a ordem é dada, contra quem a ordem é dirigida.
Tomador ou beneficiário - é aquele a favor de quem é emitida a ordem - é aquele que porta o título e que fica no lugar do credor.
21. Em relação às pessoas que podem existir na Letra de Câmbio identifique as declarações cambiárias, bem como as classifique quanto: à responsabilidade, criação, circulação, obrigatoriedade/necessidade. Explique.
Resposta: 
· Aceite: quem assina assume a obrigação pelo pagamento do título. 
· Endosso: quem assina transfere o título. 
· Aval: quem assina garante o pagamento do título. 
· Saque: declaração originária e que faz nascer o título. 
Aceite: anuência do Sacado com o pagamento da ordem de pagamento emitida. Comprometimento puro, simples e irretratável do sacado de pagar o valor constante do título ao beneficiário; declaração sucessiva e acessória, a letra existe mesmo que não haja o aceite. 
O aceite deve ser dado no próprio título (p. ex. “aceito” seguido de assinatura), tornando o sacado aceitante e devedor principal. 
O aceite é dado no anverso do título (na frente do título) e ato privativo do Sacado. 
O sacado só será devedor principal do título depois do aceite. Quando o sacado concorda com a ordem de pagamento, se torna o devedor principal. 
22) Qual a diferença entre saque e emissão? Explique.
Emissão e Saque são termos que identificam a criação do título de crédito e correspondem a declaração principal e essencial do título. Na Letra de Câmbio a declaração inicial e principal terá o nome de saque correspondente a uma ordem de pagamento. Na Nota Promissória, a declaração principal que cria o título tem o nome de emissão e vai representar uma promessa direta de pagamento que o emitente faz a favor de um beneficiário.
23) O que são declarações cambiais? Explique.
Declaração cambial é a manifestação de vontade do signatário no sentido de criar, completar, garantir ou transferir título de crédito. Toda declaração encerra-se pela assinatura do declarante que, pro ela, fica obrigado no título de crédito se tiver capacidade para tanto.
O saque ou emissão consiste em declaração cambiária originária e necessária por meio da qual se cria o título e o coloca em circulação. A declaração é originária, pois ela é a primeira que surge com o título.
Depois de tal declaração, sobrevém as demais, por certo, necessárias, pois sem elas não há sequer que falar em título de crédito. E, por fim, a partir delas é que o título pode ser posto em circulação.
Uma letra de câmbio representa, em última análise, uma declaração de vontade do sacador (saque), no sentido de ordenar ao sacado o pagamento de determinada quantia em proveito do beneficiário. A par dessa declaração, que sempre existirá, podem surgir outras declarações de vontade na letra de câmbio, com a intenção de assumir a obrigação pelo pagamento do título (aceite), de transferir o título (endosso), ou de garantir o pagamento desse título (aval). Todas essas declarações de vontade que se fazem no título são chamadas de declarações cambiais.
O saque é declaração originária e necessária porque o título surge devido a ele.
O aceite, o endosso e o aval são declarações cambiárias eventuais ou sucessivas, na medida em que não precisam existir em um título. 
As declarações secundárias não são requisitos de validade ou de eficácia da obrigação cambial. Em todas elas se faz necessária a assinatura do declarante.
Quanto ao saque, o sacador se torna devedor indireto e o sacado, se aceitar a ordem que lhe é dada, torna-se o devedor direito. No caso da emissão, tal declaração torna o emitente o devedor direto do título.
Dentre os requisitos do cheque, a única assinatura obrigatória é a do emitente que cria o cheque, que representa a declaração cambiária principal e primária. Apesar de ser a única obrigatória, é possível que surjam outras assinaturas (declarações cambiárias acessórias e secundárias). No caso do cheque, as outras assinaturas possíveis são apenas o endosso e o aval, não havendo que se cogitar de aceite (Lei no 7.357/85).
Embora o cheque também seja uma ordem de pagamento como a letra de câmbio, no qual constam o emitente, o sacado e normalmente o beneficiário, não há que se cogitar de assunção de responsabilidade pelo sacado. Este é apenas alguém que presta serviços ao emitente, não assumindo, enquanto sacado, jamais a condição de devedor do cheque. Vale dizer não há aceite no cheque. Assim sendo, o sacado jamais poderá ser executado por um cheque. (TOMAZETTE, 2017, p. 297)
24) Qual a responsabilidade das pessoas que assinam um título de crédito. E do sacado? Explique. 
Em ambos os casos o endossante que assina o título se torna garantidor, ou seja, também responsável pelo pagamento. E pode haver sucessivos endossos, criando assim a chamada cadeia cambial, no entanto, existem possibilidades de o endossante não ser responsável pelo pagamento do cheque.
Ao assinar o verso do cheque aquele que está transferindo, assinar, e escrever ao lado “sem garantia”; ou, Ao assinar o verso do cheque proibir endosso posterior com a expressão “não endossável”, o assinante encerra a sua responsabilidade na cadeia cambiária no próximo portador; ou
Se o endosso do cheque para sua transferência, se der após a data de apresentação à instituição bancária (data nele preenchida), ou após o prazo para protesto (30 dias quando for para ser sacado no mesmo lugar onde foi emitido, ou 60 dias se for lugar diferente). É indispensável junto com a assinatura do endosso, constar a data em que ele está ocorrendo.
Essas três possibilidades dão mais segurança quando um cheque é passado por alguém, e tomados tais cuidados podem obstaculizar surpresas desagradáveis que podem surgir quando o emitente não honrar com a obrigação. Assim, ao de colocar um cheque em circulação, o emitente pode estar assumindo uma responsabilidade com terceiros e desconhecidos, alheios ao negócio, pois é fixado o princípio da autonomia no cheque. 
25) O que é aceite?
Trata-se da declaração cambial eventual e sucessiva por meio da qual o seu signatário aceita a ordem dada pelo sacador, e se torna devedor direto do título, uma vez que, ao aceitar a ordem de pagamento imposta, o sacado passa a ser devedor principal do título. A apresentação para o aceite deve ser feita até a data de vencimento.
26) O aceite pode ser recusado? Explique.
Sim, o aceite pode ser recusado de maneira total ou parcial. Quando for recusado, irá ocorrer o vencimento antecipado, podendo ser provado pelo protesto por recusa de aceite. Sendo a recusa tácita ou expressa, o sacado não irá se tornar devedor do título e, de forma automática, vai ocorrer o vencimento do título que será exigível dos codevedores. 
27) O aceite pode ser cancelado? Explique.
Sim, o aceite conferido pelo sacado pode ser cancelado desde que, antes de devolver a letra ao portador, o sacado deve riscar o aceite dado. Devido a esse risco, existe a presunção de que o ato foi realizado pelo sacado antes da devolução da cártula. Ressaltando que cabe prova em contrário.
28) O que é aceite por intervenção? Explique.
É aquele realizado por um terceiro que não é o sacado e não está mencionado no crédito. Ele se prontifica voluntariamente a concordar com a ordem de pagamento e assume, portanto, responsabilidade máxima pelo pagamento do título. Este terceiro possui um nome específico: interveniente. Aparece em duas circunstâncias básicas: ou quando há uma relação afetiva entre o interveniente e o sacador; ou quando há uma relação de natureza societária (sociedade controladora que aceita o título sacado pela sociedade controlada).
29) O que significa cláusula não aceitável? 
O emitente da letra pode inserir no seu contexto a denominada cláusula “não aceitável.” Mediante essa cláusula, o beneficiário não pode apresentar o título para aceite, mas apenas para o pagamento.
A cláusula “não aceitável” será inviável quando o título houver de ser pago em praça diversa daquela em que o sacado tem domicílio. Trata-se de questão elementar, pois, uma vez que o títulocom a cláusula “não aceitável” não é apresentável para aceite, como pode o sacado saber que um título há de ser pago em lugar diverso do seu domicílio. 
30. Caso Prático: JOSÉ ajuíza Execução por Quantia Certa Contra Devedor Solvente em face de MARCELO. A execução em questão encontra-se arrimada em um boleto de cobrança. Além disso, JOSÉ afirma na petição inicial que o documento aponta um débito no valor de R$100.000,00 (cem mil reais), contudo, a dívida é muito superior, razão pela qual o quantum cobrado monta a quantia de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Diante do exposto pergunta-se: Você, na qualidade de advogado de MARCELO, o que alegaria na defesa de seu cliente (RESPONDER COM BASE NOS PRINCÍPIOS CAMBIÁRIOS, EXPLICANDO CADA UM DAQUELES QUE VOCÊ ENTENDER COMO APLICÁVEIS AO CASO DA QUESTÃO). 
No caso em tela não caberia ação de Execução vez que o boleto é apenas uma papeleta de cobrança (aviso de cobrança). Só seria possível uma execução em caso de protesto por indicação por força da lei 5.474/68 onde possibilita o protesto do banco por indicação eletrônica o que não foi apresentado no enunciado acima.
Para que a ação de execução seja distribuida José deveria ter apresentando a duplicata (com aceite) onde consta todos os dados da nota fiscal, nota fiscal, comprovante de entrega das mercadorias e mesmo o protesto.
O art. 887, afirma que o título de crédito, só produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Nesse conceito podem-se extrair os princípios básicos do direito cambial: cartularidade, literalidade e autonomia. 
O exequente alega que existe um débito de R$200.000,00 mil reais e como comprovação de débito apresenta uma papeleta de cobrança onde consta o valor de R$100.000,00 mil reais. Partindo do princípio da Cartularidade não existe dívida por não haver título de cobrança válido e na hipótese de haver, o valor devido é o que foi apresentado. 
O Princípio da Literalidade não se aplica, já que o valor destoa do principal, e não há Autonomia num título ineficaz.
Dessa forma alegaria preliminarmente acerca da inépcia da inicial, pelos motivos acima expostos assim como a extinção do processo sem resolução de mérito com base no simples fato de o boleto não ser título executivo, e sim um aviso cobrança.

Outros materiais