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06_FMS 2 12_Unid. 4.1 Capilaridade.pdf 52 Unidade 4 HIDRÁULICA DOS SOLOS 4.1) CAPILARIDADE NOS SOLOS Fenômenos Capilares - Teoria do tubo capilar Ao introduzirmos um tubo de pequeníssimo diâmetro, digamos “tubo capilar” (por ser comparável a um fio de cabelo), com os extremos abertos, verticalmente em um recipiente com água, esta, por “ação capilar” subirá pelo tubo até uma determinada altura hc. Na extremidade exposta ao ar, assume a forma de um “menisco”, com a cavidade voltada para cima, formando, no contato com as paredes do tubo, um “angulo de tensão capilar” ou “angulo de contato” - α, cujo valor depende do material do tubo e das impurezas químicas que o cobrem (Fig. 4.1). Fig. 4.1 Para a água pura (destilada) e o vidro limpo e úmido, este angulo é nulo, α ≅ 0° (Fig. 4.2) e se as paredes do tubo contiverem uma película de graxa por exemplo, α poderá superar 90° (as moléculas se repelem). Normalmente 0°< α< 80°. Fig. 4.2 R = Rm.cos α Para α = 0° ⇒ R = Rm Outros exemplos: - Mercúrio e vidro: α ≅ 140°; - Prata limpa e água: α ≅ 90°. 53 Os fenômenos capilares estão associados diretamente à tensão superficial – Ts, que é uma propriedade de líquidos puros a certas temperaturas e atua em toda superfície de um líquido, como decorrência da ação da “energia superficial livre”, definida como sendo o trabalho necessário para aumentar a superfície livre de um líquido em 1 cm2. A tensão superficial surge nos líquidos como resultado do desequilíbrio entre as forças agindo sobre as moléculas da superfície em relação àquelas que se encontram no interior do fluido. As moléculas de qualquer líquido localizadas na interface líquido-ar realizam um número menor de interações intermoleculares comparadas com as moléculas que se encontram no interior do líquido. Estas forças de coesão tendem a diminuir a área superficial ocupada pelo líquido, explicando assim a forma esférica das gotas de líquidos. Pela mesma razão ocorre a formação dos meniscos e a conseqüente diferença de pressões através de superfícies curvas ocasiona o efeito denominado capilaridade. A este esforço que atua na superfície dos líquidos dá-se o nome de tensão superficial e, geralmente, quantifica-se a mesma determinando-se o trabalho necessário para aumentar a área superficial. Portanto, um líquido (a água, no caso), por causa da atração existente entre suas moléculas – a coesão, tende a atrair qualquer molécula que se encontre à superfície para o seu interior, originando uma tendência para diminuir a sua superfície. Quando em contato com um sólido, uma gota de líquido tende a “molhar” o sólido, dependendo da atração molecular entre o líquido e o sólido – a adesão, dando origem ao menisco. Fig. 4.3-a Fig. 4.3-b Diz-se que a água “molha” o vidro (adesão maior), elevando-se. O mercúrio “não molha” o vidro (coesão maior), rebaixando-se. A pressão no lado côncavo de um menisco é maior que a do lado convexo. Considerando a Fig. 4.4-a, tem-se que no NA (ponto 1), num ponto no interior do tubo à mesma cota que o NA (ponto 2) e num ponto à superfície externa do menisco (ponto 3), a pressão tem o mesmo valor, ou seja, é igual à atmosférica (pa). Já no ponto situado logo abaixo da superfície (ponto 4), a pressão deverá ser hc.γa menor que no ponto 2 e portanto, menor que a atmosférica. O nível freático – NA é a superfície em que atua a pressão atmosférica e, na Mecânica dos Solos, é tomada como origem do referencial para as “pressões neutras” e no nível freático a pressão neutra é zero. A pressão capilar é pois negativa, ou uma sucção. O diagrama de pressões assume a forma indicada na Fig. 4.4-b. 54 Fig. 4.4-a Fig. 4.4-b O equilíbrio requer que o peso da água sugada pela força geradora da tensão superficial – Fc da água seja igual à componente vertical desta força (Fig. 4.5). Fig. 4.5 Fc.cos α = P Fc = 2.pi.R.Ts P = pi.R2.hc.γa a c R TsRh γpi αpi .. cos....2 2= ou onde φ = 2.R (Eq. 4.1.1) Equação de JURIN Ts = 73 dinas/cm = 0,073 N/m para água – ar a 20° C Percebe-se então, pela Eq. 4.1, que a altura de ascensão capilar – hc, é inversamente proporcional ao diâmetro dos poros e também que hc será máxima quando α = 0°, ou seja cmh máxc φ 306,0 . = (Eq. 4.1.2 ) a c Tsh γφ α . cos..4 = 55 TEMPERATURA °C TENSÃO SUPERFICIAL Ts (g/cm) -5 0,07791 0 0,07713 5 0,07640 10 0,07567 15 0,07494 20 0,07418 25 0,07339 30 0,07258 35 0,07177 40 0,07091 100 0,06001 (J.J.Tuma & M. Abdel-Hady) “Quanto menor a tensão superficial, maior a facilidade para um líquido se espalhar” CAPILARIDADE NOS SOLOS Como os solos possuem uma estrutura porosa, a interligação entre seus vazios pode ser considerada como que formando um conjunto de tubos capilares e assim estarem sujeitos à ação dos fenômenos capilares. Isto explica, por exemplo, a ocorrência de zonas saturadas na massa de solo situada acima do lençol freático (Fig. 4.6). Fig. 4.6 S (%) = Grau de Saturação Acima do lençol freático ocorre a chamada “franja capilar”, de espessura variável, onde o solo se encontra saturado, mas a água não participa do movimento gravitacional. A altura de ascensão capilar nos solos depende da natureza do solo, da sua granulometria e outros fatores. Nos solos finos, como as argilas e siltes, os canalículos possuem pequeno diâmetro, provocando elevada ascensão, ao contrário do que ocorre nos solos grossos (areias e pedregulhos). Teoricamente, teríamos os seguintes valores aproximados: Solo hc Areias grossas Siltes Argilas 3 cm 60 cm 30 m (Fonte: Victor F.B. Mello e A. H. Teixeira, 1971) A rigor não se pode dizer que existe uma determinada altura de ascensão capilar (hc) para um solo, devido à variação de diâmetros dos vazios num mesmo solo (com a máxima ascensão possível correspondendo aos diâmetros dos menores vazios), como é óbvio. Existem sim, limites para tais valores. A altura capilar média dos solos pode também ser estimada através de fórmulas empíricas, como por exemplo: (Eq. 4.2 ) – A. HAZEN 10.φe Chc = 56 sendo C um coeficiente variando entre 0,1 e 0,5 cm2, e o índice de vazios do solo e φφφφ10 o seu diâmetro efetivo (aquele correspondente a 10 % que passa, na curva granulométrica), em cm. Efeitos da capilaridade nos solos Em tubos capilares, à força que puxa a água no tubo capilar corresponde uma reação que comprime as paredes do tubo. Nos pontos de contato dos meniscos com os grãos, evidentemente agirão pressões de contato, tendendo a comprimir os grãos (Fig. 4.7). Fig. 4.7 Tal fato explica a “contração” de um solo fino durante o processo de secagem. Como a água capilar está com pressão neutra negativa, há o aumento da pressão efetiva (intergranular) e consequentemente provoca um acréscimo de resistência dos solos, denominada “coesão aparente”, a qual desaparece com a secagem ou saturação. Em construções de pavimentos e aterros em geral, deve-se atentar bem para o aspecto da capilaridade dos terrenos de fundação, que pode comprometer a estabilidade da obra. Em regiões de clima frio, por exemplo, a capilaridade pode causar o empolamento do solo a partir do congelamento da água absorvida do lençol subterrâneo. Dentre outros efeitos da capilaridade, citam-se também aqueles que ocorrem em barragens de terra, como o “sifonamento capilar” na crista (Fig. 4.8-a) e a zona adicional de saturação acima da linha prevista (Fig. 4.8-b), ambos podendo alterar (prejudicando) consideravelmente as condições de projeto. Fig. 4.8-a Fig. 4.8-b Bibliografia adicional - LAMBE, T.W. – “Soil Testing for Engineers” – John Wiley & Sons, Inc. – New York, 1951. - TAYLOR, D. W. – “Fundamentals of Soil Mechanics” - John Wiley & Sons, Inc. - TERZAGHI, K. – “Theoretical Soil Mechanics” - John Wiley & Sons, Inc. - RODAS, R. VALLE – “Carreteras, Calles y Aeropistas” - Editorial El Ateneo – Buenos Aires. - BADILLO,J. & RODRÍGUEZ, R. – “Mecánica de Suelos” – Tomo I, Cap. VIII – Ed. Limusa, 77. 57 Prática 1) Sabendo-se que hc é máximo, quanto vale α2, na fig. 4-9? Fig.4-9 2) Calcule o valor do “diâmetro” aproximado dos “canalículos” (ou vazios ou interstícios) de um solo siltoso no qual a água do lençol freático sobe por capilaridade e no ponto de máxima ascensão produz uma tensão de 6 kPa (medida por instrumentos devidamente instalados). 3) No perfil de subsolo da figura 4-10, a água do lençol freático subterrâneo ascende por capilaridade e satura certa faixa (hc) acima do nível de água (NA). A partir da Equação de JURIN e conhecendo-se o gráfico de variação das tensões neutras (u) com a profundidade (h), calcule o valor aproximado do diâmetro médio (em mm) dos “canalículos” (ou vazios ou interstícios) do solo. NT (No + 44)/10 0 2(No + 44) u (kPa) hc h (m) Obs.: Considere γw = 10 kN.m-3 No = número do(a) aluno(a). Fig. 4-10 58 Solução JURIN: u = - γa.hc max 306,0 ch =φ 10 10 44 maxc hNu −=+°−= m uhc 10max = mm hcmax 0306,0 =∴φ Veja na tabela abaixo os resultados numéricos em função do Nº. No u (kPa) hc máx. (cm) ∅∅∅∅ (mm) 1 4,5 45 6,80E-02 2 4,6 46 6,65E-02 3 4,7 47 6,51E-02 4 4,8 48 6,38E-02 5 4,9 49 6,24E-02 6 5 50 6,12E-02 7 5,1 51 6,00E-02 8 5,2 52 5,88E-02 9 5,3 53 5,77E-02 10 5,4 54 5,67E-02 11 5,5 55 5,56E-02 12 5,6 56 5,46E-02 13 5,7 57 5,37E-02 14 5,8 58 5,28E-02 15 5,9 59 5,19E-02 16 6 60 5,10E-02 17 6,1 61 5,02E-02 18 6,2 62 4,94E-02 19 6,3 63 4,86E-02 20 6,4 64 4,78E-02 21 6,5 65 4,71E-02 22 6,6 66 4,64E-02 23 6,7 67 4,57E-02 24 6,8 68 4,50E-02 25 6,9 69 4,43E-02 26 7 70 4,37E-02 27 7,1 71 4,31E-02 28 7,2 72 4,25E-02 29 7,3 73 4,19E-02 30 7,4 74 4,14E-02 31 7,5 75 4,08E-02 32 7,6 76 4,03E-02 33 7,7 77 3,97E-02 34 7,8 78 3,92E-02 35 7,9 79 3,87E-02 36 8 80 3,83E-02 37 8,1 81 3,78E-02 38 8,2 82 3,73E-02 39 8,3 83 3,69E-02 40 8,4 84 3,64E-02 41 8,5 85 3,60E-02 42 8,6 86 3,56E-02 43 8,7 87 3,52E-02 44 8,8 88 3,48E-02 45 8,9 89 3,44E-02 46 9 90 3,40E-02 47 9,1 91 3,36E-02 48 9,2 92 3,33E-02 49 9,3 93 3,29E-02 50 9,4 94 3,26E-02 51 9,5 95 3,22E-02 cmhc φ 306,0 .max = 01_FMS 2 12_Capa,Introd.,Bibliogr.,Ementas.pdf 2 (Frankipile Australia Pty Ltd – GeoEng 2000) FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS IDENTIFICAÇÃO e CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS COMPACTAÇÃO DOS SOLOS HIDRÁULICA DOS SOLOS: CAPILARIDADE, PERMEABILIDADE e PERCOLAÇÃO. PROPAGAÇÃO DE TENSÕES NO SUBSOLO RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO UNIDIRECIONAL Belo Horizonte, 2 o semestre de 2012 INSTITUTO POLITÉCNICO - IPUC CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 3 Apresentação O presente trabalho de compilação tem por objetivo orientar os alunos no estudo dos solos, levando-os a conhecê-los sob o interesse específico da Engenharia Civil, qual seja o de comporem ou interagirem com as obras objetos dela. O conteúdo parte da classificação dos solos, passa pelas principais propriedades mecânicas desses, até alcançar aplicações práticas como estabilização de taludes. Este estudo dos solos prende-se ao aspecto essencialmente geotécnico, ou seja, direcionado às aplicações da Engenharia Civil, tais como fundações (particularmente as prediais), muros de arrimo, escavações, taludes, aterros em geral etc. Enquanto na disciplina (obrigatória ou optativa) Materiais de Construção III o enfoque é o solo como material de construção (abordando caracterização, identificação de jazidas, amostras deformadas, material amolgado, estabilizado, compactado etc.), em Fundamentos da Mecânica dos Solos já abrange também o solo nas condições naturais. Para efeitos didáticos, o comportamento mecânico dos solos perante as obras correntes de Engenharia Civil, é analisado basicamente segundo três principais propriedades interativas, quais sejam a permeabilidade, a resistência ao cisalhamento e a compressibilidade, objetivando-se alcançar ao final, uma visão sistêmica do assunto. Especial importância é atribuída à relação tensão "versus" deformação dos solos, frente à condição limite de ruptura. Os princípios teóricos expostos e as respectivas aplicações práticas poderão ser acompanhados por experiências em laboratório e eventualmente, verificações de campo, nas visitas a obras. A assimilação eficaz da disciplina exige razoável embasamento matemático, bem como de Mecânica, Fenômenos de Transporte, Hidráulica e Resistência dos Materiais. A abordagem adotada é a da Mecânica dos Solos moderna, a partir da sistematização dos conhecimentos creditada a KARL TERZAGHI. Desta forma, pretende-se apresentar aos estudantes os correspondentes “ensinamentos organizadores”, ou seja, os fundamentos tidos como mais bem consolidados, aceitos e difundidos da referida técnica no contexto mundial, ainda que sob um olhar crítico e confrontado com a nossa realidade próxima. Enfim, visa-se contribuir na habilitação dos futuros Engenheiros nas atribuições que lhe são inerentes, bem como propiciar-lhes condições de prosseguir seus estudos da própria graduação - no mesmo ramo ou não - e em níveis mais avançados, valendo-se da relevante bibliografia indicada. Na oportunidade, não custa salientar que a Matemática - juntamente com a Física - constitui o mais importante embasamento teórico da Engenharia. Ela exerce papel “estruturante do pensamento”, promove o desenvolvimento do raciocínio lógico e proporciona ao estudante competências e habilidades indispensáveis aos estudos posteriores. Portanto, ela permeia todo o curso e referir-se apenas a alguns de seus tópicos pode significar uma visão compartimentada, bitolada, limitante e empobrecedora das ciências da Engenharia. Não obstante, vale destacar alguns assuntos de aplicação mais explícita e rotineira em Mecânica dos Solos, com os quais o aluno deve estar “em dia”, para um melhor aproveitamento da matéria: - Sistema Legal de unidades de medidas, - Elementos de geometria plana, - Funções exponenciais e logarítmicas, - Funções trigonométricas, - Soluções de equações algébricas, - Derivadas. Integrais, - Matrizes, determinantes (resolução de um sistema de equações lineares com o auxílio de matrizes), - Elementos de Geometria Analítica Plana. Cônicas (circunferência, elipse, parábola, hipérbole); - Cálculo Numérico, - Regressão linear simples. Ogiva. Bons estudos ! Prof. MARCUS SOARES NUNES 4 BIBLIOGRAFIA NACIONAL (e traduções) Em ordem cronológica - Fundamentos de Engenharia Geotécnica – BRAJA M. DAS. Tradução da 7ª edição norte-americana. Cengage Learning. SP, 2011. - Mecânica dos Solos – ROBERT F. CRAIG. 7ª ed., LTC Editora / GEN, RJ, 2007. - Curso Básico de Mecânica dos Solos – Com Exercícios Resolvidos – CARLOS DE SOUSA PINTO. 3ª edição. Oficina de Textos – SP, 2006. - Obras de Terra – Curso Básico de Geotecnia – FAIÇAL MASSAD. Oficina de Textos. SP, 2003. - Fundações – Teoria e Prática – WALDEMAR HACHICH e outros.Editora PINI Ltda. SP, 1996. - Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos – J. A. R. ORTIGÃO. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. RJ, 1995. - Mecânica dos Solos e suas aplicações - HOMERO PINTO CAPUTO. Vol. 1: Fundamentos (6ª ed., RJ 1988), vol.2: Fundações e Obras de Terra (6ª ed., RJ 1987) e vol.3: Exercícios (4ª ed., RJ 1987) Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. - Propriedades Mecânicas dos Solos – Uma introdução ao projeto de fundações – FERNANDO EMMANUEL BARATA - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. RJ, 1984. - Fundações, Estruturas de Arrimo e Obras de Terra – GREGORY P. TSCHEBOTARIOFF. Tradução de EDA FREITAS DE QUADROS - Editora McGraw-Hill do Brasil. SP, 1978. - Introdução à Mecânica dos Solos – MILTON VARGAS. McGraw-Hill do Brasil / Editora da Universidade de São Paulo. SP, 1977. - Mecânica dos Solos na prática da engenharia – K. TERZAGHI & R. B. PECK Tradução de A. J. DA COSTA NUNES – Ao Livro Técnico, RJ 1962. - Solos e Rochas – Revista Brasileira de Geotecnia – ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica) & ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia). Desde Janeiro de 1978. Normas da ABNT / INMETRO: - NBR 6497 - Levantamento geotécnico - NBR 6502 - Rochas e Solos - NBR 6484 - Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos - NBR 9303 - Sondagem a trado. - NBR 9604 - Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo com retirada de amostras deformadas e indeformadas. - NBR 6457 - Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. - NBR 6508 - Grãos de solo que passam na peneira de 4,8 mm - determinação da massa específica - NBR 7181 - Solo - análise granulométrica - NBR 7180 - Solo - determinação do Limite de Plasticidade - NBR 6459 - Solo - determinação do Limite de Liquidez - NBR 7182 - Solo - Ensaio de Compactação - NBR 5681 - Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações - NBR 8044 - Projeto Geotécnico - Procedimento - NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações 5 Ementas das disciplinas dos currículos do Curso de Engenharia Civil da PUC Minas mais diretamente vinculadas à área de Geotecnia: Materiais de Construção III: Origem e formação dos solos. Solos residuais e sedimentares. Índices físicos. Caracterização do solo. Estabilização do solo. Aplicações do solo como material de construção. Resistência dos Materiais I: Conceito de esforços solicitantes. Conceito de tensão e de deformações axiais e angulares. Tração, compressão e cisalhamento. Diagrama tensão-deformação. Lei de Hooke. Efeito Poisson. Lei de Hooke generalizada. Geotécnica Viária: Estruturas geológicas principais, águas subterrâneas e superficiais. Aplicação da geologia em obras viárias. Diretrizes para estudos geotécnicos de projetos viários. Estabilidade de aterros e cortes. Aterros sobre solos moles. Laboratório de Pavimentação: Caracterização de solos através de ensaios geotécnicos. Controle de compactação de solos. Aplicação dos resultados dos ensaios nos estudos geotécnicos de projeto. Caracterização de materiais betuminosos através de ensaios normalizados. Metodologia de dosagem de misturas. Critérios para controle tecnológico de revestimentos betuminosos. Interpretação de resultados dos ensaios de materiais e sua aplicação em projetos de engenharia. Fundamentos de Mecânica dos Solos: Identificação e classificação dos solos. Compactação dos solos. Hidráulica dos solos: Capilaridade, permeabilidade e percolação. Distribuição de tensões no subsolo. Resistência ao cisalhamento. Compressibilidade e adensamento. Ensaios de Laboratório e de Campo: Prospeção do subsolo. Preparação de amostras para ensaios de caracterização e especiais. Ensaios de caracterização. Ensaios especiais: permeabilidade à carga constante e à carga variável, adensamento edométrico, cisalhamento direto, compressão simples, compressão triaxial - Q, R e S. Controle de compactação. Ensaios penetrométrico, pressiométrico e dilatométrico. Estruturas de Fundações e Contenções: Tipos de fundações. Prova de carga direta. Fundações rasas e profundas: dimensionamento (detalhes). Tipos de estruturas de contenção. Barragens de terra e enrocamento: fatores condicionantes de projeto, estudo de empréstimo, compactação, análise de estabilidade e fundações. Aplicação de instrumentação em obras de terra. Tópicos Especiais em Mecânica dos Solos: Capacidade de carga de fundações rasas e profundas. Dimensionamento geotécnico de fundações. Rebaixamento de lençol de água: dimensionamento e execução. Empuxos. Escavações e escoramentos. Projeto de aterros e cortes. Geotecnia Ambiental: Mecanismos de movimentação de massas. Estabilidade de taludes (corte e aterro) e encostas. Aterros sanitários. Disposição de resíduos, rejeitos e estéreis. Aplicações de geossintéticos em geotecnia ambiental. Erosão. Análise-diagnóstico de problemas ambientais. Recuperação de áreas degradadas. Aspectos básicos da legislação ambiental. Tecnologia das Construções: Conceitos básicos de construção e sistemas construtivos. Implantação de obras, execução e acompanhamento de fundações, contenções, estruturas de concreto e vedações. Revestimentos verticais, horizontais e acabamentos. Equipamentos e ferramentas utilizados em edificações. Noções gerais sobre funcionamento dos equipamentos, custos horários e locação. Produtividade dos equipamentos e dimensionamento. Drenagem: Drenagem pluvial: sistemas de micro e macro drenagem e noções de dimensionamento. Drenagem de águas subterrâneas. 02_FMS 2 12_Notação.pdf ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 6 SIMBOLO SIGNIFICADO(S) A Área Grau de Aeração Atividade coloidal (de SKEMPTON) Linha “A” do Gráfico de Plasticidade de CASAGRANDE Área da seção transversal da proveta Designação principal do grupo de solo na classificação TRB/AASHTO AASHTO “American Association of State Highway and Transportation Officials” (Associação Americana de Rodovias Estaduais e Autoridades de Transporte) - 1914 ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AC “Airfield Classification System” ASTM “American Society for Testing Materials” a Área da seção transversal da bureta (tubo de carga do permeâmetro) Espaçamento entre duas linhas de fluxo Dimensão linear (comprimento ou largura) Subgrupo do grupo A-1 do método TRB Atto (10 -18 ) av Coeficiente de compressibilidade B Termo da Equação de STOKES, função de , g, a (CAPUTO: A) Largura BPR “Bureau of Public Road” BR “Bureau of Reclamation” (Departamento de Recuperação) b Subgrupo do grupo A-1 do método TRB Dimensão linear horizontal (comprimento ou largura) C Argila (“clay”) Teor de argila Correção (da leitura do densímetro) Constante empírica da fórmula de HAZEN (tanto a de k quanto a de hc) Centro do círculo de MOHR CBR “California Bearing Ratio” (ou ISC) CC Carga constante (permeâmetro) CCR Concreto Compactado a Rolo (“Roller Compacted Concrete - RCC”) CD Ensaio triaxial adensado-drenado (“consolidated-drained”) CP Corpo-de-prova CPT “Cone Penetration Test” - Ensaio de penetração dinâmica ou “diep sondering” CPTu “Piezocone Penetration Test” CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia CS Coeficiente de segurança (ou FS, fator de segurança) CU Ensaio triaxial adensado-não drenado (“consolidated-undrained”) CV Carga variável (permeâmetro) Cc Coeficiente de curvatura (ou Cz) Índice de Compressão (ou K) Ce Índice de expansão (ou Cs) Cr Índice de recompressão ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 7 Cs Índice de expansão (ou Ce) ou descarregamento ou descompressão ou inchamento Cu Coeficiente de Uniformidade (ou D, desuniformidade) Cv Coeficiente de adensamento Coeficiente de viscosidade c Coesão total Coeficiente Centi (10 -2 ) c` Coesão efetiva D Coeficiente de Desuniformidade (ou Cu, de Uniformidade) DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DPL Penetrômetro Dinâmico Ligeiro d Correção de L (leitura do densímetro) devido ao defloculante Derivada total Diâmetro (do CP) Distância Diferencial Dia Deci (10 -1 ) Espessura de camada Quedas (“drops”) da Deca (10 1 ) d ef. Diâmetro efetivo (ou d10) dyn Dina (=10 -5 N) d10, d30, d60 Diâmetro correspondente a 10, 30 ou 60% que passa E Energia de compactação Empuxo (de ARQUIMEDES) Módulo de Elasticidade Módulo de deformabilidade (ou deformação) Exa (10 18 ) EA Equivalente de Areia EC Energia Cinética EDP Equação Diferencial a derivadas Parciais Ef Eficiência da compactação e Índice de vazios (ou ) Espessura Base natural de logaritmo = 2,718281828459045235360287... eo Índice de vazios original, natural (enat.), inicial ou na tensão ’i ei Índice de vazios num determinado instante ef Índice de vazios final enat. Índice de vazios natural (ou eo) F Fator (ou Relação) de forma (Nf / Nd) da rede de fluxo Dimensão de força Fc Fator de conversão (ou de “correção”) Força geradora da tensão superficial FS Fator de segurança (ou CS, coeficiente de segurança) ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 8 FHWA “Federal Highway Administration” (Administração de Rodovias Federais) f Porcentagem de empolamento Coeficiente de atrito (interno, no caso dos solos) Função Femto (10 -15 ) G Grau de Saturação (ou S) Pedregulho (“gravel”) Densidade (relativa), ou Giga (10 9 ) GC Grau de Compacidade Gc Grau de Compactação Gs Grau de sensibilidade ou sensitividade (ou Is, índice de estrutura) g Aceleração da gravidade Grama H Altura Carga hidráulica total Horizontal Alta (“high”) compressibilidade Ho Altura inicial (ou Hi) no permeâmetro de carga variável H1 Altura final (ou Hf) no permeâmetro de carga variável Hd Altura de drenagem He Carga hidráulica de elevação ou hipsocarga Hf Altura final (ou H1) no permeâmetro de carga variável Hp Carga hidráulica de pressão ou piezométrica ou piezocarga Hq Altura de queda HRB “Highway Research Board” – 1925 (a partir de 1974: TRB) Hs Altura de sólidos (ou dos grãos) Hv Carga hidráulica de velocidade ou taquicarga Altura de vazios h Teor de umidade (ou w) Hora Hecto (10 2 ) hc Altura de ascensão capilar hot Umidade ótima I Fator de influência IPR Instituto de Pesquisas Rodoviárias IC Índice de Consistência (ou Ic) Ic Índice de Consistência (ou IC) IF Índice de Fluidez (ou de Fluência) IG Índice de Grupo INA Indicador(es) de Nível de Água IP Índice de Plasticidade ISC Índice de Suporte Califórnia (ou CBR) i Gradiente hidráulico (ou J ) Unidade imaginária ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 9 Subscrito significando condição num determinado instante i cr Gradiente hidráulico crítico J Força de percolação Joule (Nm) J Gradiente Hidráulico (ou i) j Pressão de percolação K Constante da prensa CBR ou do conjunto dinamométrico Índice de Compressão (ou Cc) Coeficiente de tensão lateral Kelvin Ka Coeficiente de empuxo ativo Kp Coeficiente de empuxo passivo Ko Coeficiente de empuxo em repouso k Coeficiente de permeabilidade ou Condutividade hidráulica Termo que multiplicado pela leitura do densímetro fornece % ≤ Ø Quilo (10 3 ) Constante hk , vk Coeficientes equivalentes de permeabilidade em terrenos estratificados, na direção horizontal (h) ou vertical (v) kp Coeficiente de percolação L Leitura do densímetro Leitura do extensômetro Comprimento Altura do CP Dimensão linear Baixa (“low”) compressibilidade LC (ou wS) Limite de Contração LL (ou wL) Limite de Liquidez LP (ou wP) Limite de Plasticidade ℓ (ele manuscrito) Litro log Logaritmo vulgar, decimal ou de BRIGGS ln Logaritmo neperiano, natural ou hiperbólico M Mega (10 6 ) Dimensão de massa Silte (“mo”) MPU Movimento Permanente Uniforme MT Ministério dos Transportes m Correção de L (leitura do densímetro) devida ao menisco Massa Metro Mili (10 -3 ) Termo da fórmula de NEWMARK m v Coeficiente de variação volumétrica N Número de camadas Índice SPT ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 10 Newton (kg.m/s 2 ) Número Força normal N Número de golpes médio, do relatório de sondagem SPT NA Nível de água Normalmente adensado (OCR = 1) NBR Norma Brasileira aprovada pela ABNT Nd Número de quedas de potencial (“Number of equipotential drops”) Nf Número de canais de fluxo (“Number of flow channels”) NL Não líquido NP Não plástico Np Número de passadas NT Nível do terreno N Valor de fluência (“flow factor”) n Porosidade Expoente empírico de TALBOT Número de camadas drenantes Número de golpes (no LL e na compactação PROCTOR) Coeficiente de restituição elástica na teoria do choque de NEWTON Termo da fórmula de NEWMARK Nano (10 -9 ) O Orgânico OCR “Over consolidation ratio” (ou RSA ou RPA) = `a / `i P Peso Peso do solo úmido (ou Ph ou Pt) Peso passado (no ensaio de granulometria) Ponto qualquer Poise Mal (“poorly”) graduado Peta (10 15 ) PA Pré-adensado (OCR 1) Pa Peso de água (ou Pw) Pascal Ps Peso de sólidos ou dos grãos ou do solo seco Ph Peso do solo úmido (ou P ou Pt) Psat Peso do solo saturado Psub Peso do solo submerso Pw Peso de água (ou Pa) PPA Pressão (ou tensão) de pré-adensamento ou de sobreadensamento ou de pré- consolidação (ou `a) PPM Plano Principal Maior PI Proctor intermediário PM Proctor modificado PMT Ensaio pressiométrico PN Proctor normal ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 11 PRA “Public Road Administration” Pt Turfa (“peat”) Peso do solo úmido (ou Ph) PWP Poro-pressão (“pore-water pressure”) PZ Piezômetro(s) P4 Porcentagem que passa na peneira número 4 P10 Porcentagem que passa na peneira número 10 P40 Porcentagem que passa na peneira número 40 P200 Porcentagem que passa na peneira número 200 p Pressão Tensão resultante da ação conjunta de e no plano Pico (10 -12 ) patm. Pressão atmosférica pc Pressão corrigida (no ensaio CBR) pp Peso próprio ppm Plano Principal Menor Q Volume Carga (peso, força) Ensaio triaxial rápido (“quick”) q Vazão q u Resistência à compressão simples ou não confinada (ou RCS ou Rc) R Ensaio triaxial rápido (“rapid”) Peso retido Raio Termo da fórmula de STEINBRENNER REL Regime de escoamento laminar (ou lamelar) RCS Resistência à compressão simples ou não confinada (ou Rc ou q u) Rc Resistência à compressão simples ou não confinada (ou RCS ou q u ) Rm Raio do menisco RN Referência de nível (ou “datum” ) RPA Razão de pré-adensamento (ou OCR ou RSA) ou razão de cedência RSA Razão de sobreadensamento (ou OCR ou RPA) ou razão de cedência r Raio (do círculo de MOHR) Recalque parcial (ou ) Coordenada cilíndrica, polar ou esférica. rad Radiano (1 rd = 180°/π) S Grau de saturação (ou G) Ensaio triaxial lento (“slow”) Areia (“sand”) SI Sistema Internacional de Unidades SPT Ensaio de Penetração Padrão (“Standart Penetration Test”) SUCS Sistema Unificado de Classificação de Solos s Superfície específica Segundo sc Sobrecarga T Temperatura ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 12 Fator tempo Correção de L (leitura do densímetro) devida à temperatura Força tangencial Tera (10 12 ) Carga transiente Dimensão de tempo T.E. Tensão efetiva TRB “Transportation Research Board” - 1974 (antes: HRB) Ts Tensão superficial T.T. Tensão total t Tempo Tonelada U Porcentagem de adensamento ou Grau de adensamento URL Localizador Uniforme de Recursos (“Uniform Resource Locator”) USBR “United States Bureau of Reclamation” USP Universidade de São Paulo UU Ensaio triaxial não adensado-não drenado (“uncons.-undrained”) u Tensão neutra (ou sobre pressão hidrostática) u/a Carga piezométrica ou de pressão (Hp) u o Pressão hidrostática V Volume Velocidade de descarga Vertical Va Volume de água Var Volume de ar Vb Volume do bulbo do densímetro Vp Volume da pastilha (no LC) Vs Volume de sólidos (ou dos grãos) VST Ensaio de palheta ou “vane test” Vt Volume total Vv Volume de vazios v Velocidade Velocidade de sedimentação v 2 /2g Carga cinética v b Velocidade da água na bureta (ou tubo de carga) no permeâmetro CV v Velocidade de percolação (ou pv ) pv Velocidade de percolação (ou v ) W Peso Bem (“well”) graduado Watt w Teor de umidade (ou h) x Coordenada y Coordenada Z Carga altimétrica ou geométrica ou de posição Porcentagem de água em relação ao peso do solo úmido ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 13 Distância entre o centro do bulbo do densímetro e uma leitura qualquer da sua escala. Profundidade (ou z) z Profundidade (ou Z) Coordenada (delta maiúscula) Desvio Diferença Deslocamento Incremento Determinante da regra de CRAMER Laplaciano ou operador de Laplace (operador diferencial de 2ª ordem) e Variação do índice de vazios H Perda de carga hidráulica (entre equipotenciais adjacentes) Deformação absoluta Recalque total (ou recalque a tempo infinito), ou Ht Perda de carga total (montante / jusante) h Desvio de umidade L Comprimento R Variação de resistência t Intervalo de tempo a Diferença de tensões principais (“deviator stress”) a r Resistência à compressão 2 Laplaciano ou operador de LAPLACE (operador diferencial de 2ª ordem) (ou ) ∑ (sigma maiúscula) Somatório %P Porcentagem que passa (no ensaio de granulometria) %R Porcentagem retida (no ensaio de granulometria) “Versus” Vezes (multiplicação) Proporcionalidade (d rond) Derivada parcial (fi maiúsculo) Fator de empolamento Ângulo de atrito interno total ` Ângulo de atrito interno efetivo (fi) Diâmetro Diâmetro (equivalente) dos grãos 10 Diâmetro (equivalente) efetivo (ou ef.) 30 Diâmetro correspondente a 30% que passa 60 Diâmetro correspondente a 60% que passa ef. Diâmetro (equivalente) efetivo (ou 10 ) máx. Diâmetro máximo de grãos presentes no solo (da Equação de TALBOT) (pi) 3,141592653589793238462643... (ro) Massa específica ou Densidade absoluta ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 14 Recalque parcial (ou r) (nu) Viscosidade cinemática [m 2 /s] Coeficiente de POISSON (ou ) (tau) Tensão tangencial ou cisalhante (eta) Viscosidade Coeficiente de POISSON (ou ) (alfa) Ângulo de inclinação do plano Ângulo de contato ou de tensão capilar Ângulo de propagação ou espraiamento Ângulo de posição (teta) Ângulo de posição (beta) Ângulo de posição (delta) Densidade (relativa) Recalque diferencial (gama) Peso específico (aparente) Peso específico (aparente) úmido ` Peso específico (aparente) submerso (ou sub) a Peso específico da água (ou w) a uma temperatura T qualquer conv. Peso específico (aparente) convertido d Peso específico (aparente) seco (ou s) g Peso específico (real) dos grãos ou dos sólidos h Peso específico (aparente) úmido (ou ) o Peso específico da água pura a 4 graus centígrados s Peso específico (aparente) seco s, máx. Peso específico (aparente) seco máximo sat Peso específico (aparente) saturado sub Peso específico (aparente) submerso (ou `) w Peso específico da água (ou a) a uma temperatura T qualquer (sigma) Tensão normal Tensão total adm. Tensão admissível (ou Capacidade de Carga da fundação) ` Tensão efetiva `a Tensão (ou pressão) de pré-adensamento ou de sobreadensamento ou de pré-consolidação (ou PPA) ou ainda, de cedência. c Tensão confinante 1 Tensão (normal) principal maior 3 Tensão (normal) principal menor (épsilon) Deformação linear (tangencial) específica ou unitária Índice de vazios (ou e) (mu) Viscosidade absoluta ou dinâmica [N.s/m 2 ] Micro (10 -6 ) r Resistência ao cisalhamento Infinito ÍNDICE DE SIMBOLOGIA E ABREVIATURAS EM MECÂNICA DOS SOLOS 15 Alfabeto grego Maiúscula Minúscula Equivalente Nome a Alfa b Beta g Gama d Delta e Epsilon z Zeta e Eta th Teta i Iota k Kapa l Lambda m Mu n Nu x Csi o Omikron p Pi r Ro s Sigma t Tau y Ypsilon ph Fi ch Qui ps Psi o Omega 03_FMS 2 12_Unid. 1 Ident. e Classificação.pdf 16 Unidade 1 IDENTIFICAÇÃO e CLASSIFICAÇÃO de solos O enfrentamento de praticamente todos os problemas de Engenharia Civil envolvendo solos deve partir da identificação e/ou classificação destes, pois só assim ficaremos aptos a equacioná-los e solucioná- los. Tal procedimento procurará enquadrar o solo numa classe com características peculiares e então será possível prever o seu provável comportamento mecânico. Na Engenharia Civil, classificar solos é particularmente importante nos casos de prospecção de jazidas ou sempre que o solo é empregado como material de construção. Frações constituintes dos solos, de acordo com a NBR 6502:1995 da ABNT: A distribuição granulométrica do solo (variação do tamanho dos seus grãos) influi no seu comportamento mecânico e é uma informação das mais importantes na sua descrição. A ABNT padronizou a seguinte Escala Granulométrica: Argila Silte Areia Pedregulho fina média grossa fino médio grosso 0,002 0,06 0,2 0,6 2 6 20 60 Diâmetro equivalente do grão (mm) Outras designações complementares: Pedra (-de-mão) (cobble) Matacão (boulder) Bloco de rocha 6 20 100 Tamanho (cm) Identificação granulométrica dos solos Raramente se encontram na natureza as partículas primárias do solo de modo isolado. Em geral são encontradas agrupadas, com seus constituintes individuais independentes porém cimentadas entre si em agregações secundárias ou torrões, por meio de ligantes orgânicos ou inorgânicos. Estes solos assim agrupados são designados pelo nome do tipo da fração predominante seguido do nome daquele de proporção imediatamente inferior. A designação baseia-se nas quantidades percentuais (em peso) das frações presentes no solo, a partir de 10 %, possibilitando as seguintes combinações: Areia Silte Argila Areia siltosa Silte arenoso Argila arenosa Areia argilosa Silte argiloso Argila siltosa Areia silto-argilosa Silte areno-argiloso Argila areno-siltosa Areia argilo-siltosa Silte argilo-arenoso Argila silto-arenosa Caso os percentuais sejam iguais, adota-se a seguinte ordenação: 1º) argila, 2º) areia e 3º) silte. Quando a fração comparecer com menos de 5 %, usa-se o termo “com vestígios de...” e se estiver entre 5 e 10 %, usa-se “com pouco ...”. Se a presença de pedregulho for de 10 a 30 %, acrescenta-se “com pedregulho”; além disto, acrescenta- se “com muito pedregulho”. Obs.: A NBR 7250 da ABNT recomenda que não se utilize nomenclatura onde aparecem mais do que duas frações (por exemplo: argila silto-arenosa). Porém, quando for o caso, pode-se acrescentar “com pedregulhos”. 17 Alguns exemplos: Argila (%) Areia (%) Silte (%) Pedregulho (%) Identificação 12 61 27 Areia silto-argilosa 22 22 56 Silte argilo-arenoso 03 39 04 54 Areia c/ vestígios de silte, argila e muito pedregulho 18 42 23 17 Areia silto-argilosa com pedregulho Testes de identificação dos solos pela inspeção expedita Consistem na descrição de todos os aspectos perceptíveis da amostra do solo, como a textura, a cor, o odor (solos orgânicos), a presença de minerais evidentes etc., a partir de uma análise simples baseada principalmente nos sentidos (visão, olfato, tato, até mesmo o paladar!) e/ou uso de instrumentos comuns ou rudimentares (lâmina de gilete, folha de papel, água ou saliva!)... e na experiência pessoal. Exemplo: Silte argiloso marrom escuro, com pedregulhos. Procura-se em especial distinguir entre solos grossos e finos, ou melhor, entre solos de comportamento argiloso ou arenoso. Teste visual (exame de granulometria) Consiste na observação visual do tamanho, forma, cor e constituição mineralógica dos grãos do solo. Permite distinguir entre solos grossos e finos. Teste do tato Consiste em apertar e/ou friccionar entre os dedos, a amostra de solo: os solos “ásperos" são de comportamento arenoso e os solos "macios" são de comportamento argiloso. Teste do corte Consiste em cortar a amostra com uma lâmina fina e observar a superfície do corte: sendo "polida" (ou lisa), trata-se de um solo de comportamento argiloso; sendo "fosca" (ou rugosa), trata-se de um solo de comportamento arenoso. Teste da dilatância (ou da mobilidade da água ou ainda, da "sacudidela"). Consiste em colocar na palma da mão uma pasta de solo (em umidade escolhida) e sacudi-la batendo leve e rapidamente uma das mãos contra a outra. A dilatância se manifesta pelo aparecimento de água à superfície da pasta e posterior desaparecimento ao se amassar a amostra entre os dedos: os solos de comportamento arenoso reagem sensível e prontamente ao teste, enquanto que os de comportamento argiloso não reagem. Teste de resistência seca Consiste em tentar desagregar (pressionando com os dedos) uma amostra seca do solo: se a resistência for pequena, trata-se de um solo de comportamento arenoso; se for elevada, de solo de comportamento argiloso. Teste de desagregação do solo submerso Consiste em colocar um torrão de solo em um recipiente contendo água, sem deixar o torrão imerso por completo: desagregação da amostra é rápida quando os solos são siltosos e lenta quando são argilosos. Teste de sujar as mãos Consiste em umedecer uma amostra de solo, amassá-la fazendo uma pasta e esfregá-la na palma da mão, colocando, em seguida, sob água corrente: o solo arenoso lava-se facilmente, isto é, os grãos de areia limpam-se rapidamente das mãos. O solo siltoso só limpa depois que bastante água correu sobre a mão, sendo necessário sempre alguma fricção para limpeza total. Já o solo mais argiloso oferece dificuldade de se desprender da palma da mão, porque os grãos muito finos impregnam-se na pele, sendo necessário friccionar vigorosamente para a palma da mão se ver livre da pasta. Teste de dispersão em água Consiste em desagregar completamente uma amostra de solo e colocar uma porção num recipiente de vidro contendo água. Agita-se o conjunto, em seguida imobiliza-se o recipiente, deixando-o em repouso e observa-se o tempo de deposição da maior parte das partículas do solo: os solos mais 18 arenosos assentam suas partículas em poucos segundos enquanto que os argilosos podem levar horas. Teste de plasticidade (ou da "cobrinha") Consiste em umedecer uma amostra de solo, manipular bastante essa massa entre os dedos e tentar moldar com ela uma “cobrinha": se isto não for possível, o solo é arenoso. Se for possível, mas ela se quebrar ao se tentar dobrá-la, o solo é areno-argiloso. Se a cobrinha se dobrar, mas se quebrar ao se tentar fazer um círculo, o solo é argilo-arenoso. Se a cobrinha for dobrada em forma de círculo sem se quebrar, o solo é argiloso. Identificação trilinear Consiste num diagrama triangular (um gráfico de 3 eixos) – Fig. 1.1-a, artifício atribuído a FERET, em que cada lado corresponde à quantidade percentual (de 0 a 100) das frações areia, silte e argila contidas no solo analisado. As 3 coordenadas (bastam duas) definem um ponto no interior do diagrama, inserido numa área poligonal pre-delimitada empiricamente, correspondente ao tipo de solo, como no exemplo da Fig. 1.1-b, do Bureau of Public Roads. Matriz Fig. 1.1-a Fig. 1.1-b 19 Existem inúmeras versões deste tipo de diagrama. Um outro exemplo pode ser visto na Fig. 3-9 do livro Mecânica dos Solos e suas aplicações - Vol. 1, H. P. CAPUTO – L.T.C., R.J. 88, que é a proposta do FHWA. O livro de BRAJA M. DAS apresenta a do USDA (fig. 5.1). Você poderá encontrar outras semelhantes, em outros livros que consultar. Procure obter pelo menos mais uma. Segue abaixo – Fig. 1.1-c, um exemplo de outro tipo de gráfico, equivalente à Fig. 1.1-b, parecido com o trilinear, mas na verdade é um gráfico comum (sistema cartesiano de eixos ortogonais) de dupla entrada. Obs.: Aplica-se para máx. = 2 mm. A fração ARGILA % não aparece. CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS Consiste em se efetuar ensaios de laboratório com a amostra do solo e com os resultados obtidos enquadrá-los num critério técnico padronizado por normas, reconhecido regional, nacional ou internacionalmente, dentro da especialidade, no caso a Engenharia Civil. Existem diversos sistemas de classificação geotécnica, sendo os mais difundidos mundialmente – inclusive aqui no Brasil - os que serão apresentados adiante. Em geral os sistemas exigem dados sobre a granulometria do solo (tais como: P4, P10, P40, P200, 10, 30, 60) e plasticidade (LL e LP). Lembre-se que: - P4, P10, P40, P200 = Porcentagens que passam na peneira n 4 (4,8 mm), 10 (2 mm), 40 (0,42 mm) ou 200 (0,075 mm), extraídas da curva granulométrica. - 10, 30, 60 = diâmetro dos grãos correspondente a 10%, 30% e 60% que passam, também extraídos da curva granulométrica. - LL = Limite de Liquidez, que é o teor de umidade para o qual o sulco se fecha com 25 golpes no Aparelho de Casagrande (concha que bate numa base dura à medida que se gira a manivela). É o teor de umidade que separa os estados de consistência plástico e líquido. - LP = Limite de Plasticidade, que é o teor de umidade de um bastonete de solo com 3 mm de diâmetro e 10 cm de comprimento, o mais seco possível sem se fragmentar, ao ser rolado sobre uma placa de vidro. É o teor de umidade que separa os estados de consistência semi-sólido e plástico. Fig. 1.1-c 20 OS DOIS PRINCIPAIS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO GEOTÉCNICA Classificação Geotécnica é a classificação quanto às aplicações dos solos como “matéria prima” ou materiais de construção (para aterros, barragens, pavimentos etc.). Este tipo de classificação não se baseia tanto em critérios geológicos ou pedológicos, mas sim em considerações essencialmente tecnológicas. Diferentemente de outras ciências da terra, o interesse da Mecânica dos Solos é mais focado no comportamento dos solos perante as solicitações a que estarão submetidos nas obras e não em aspectos genéticos (origem, formação, constituição etc.), embora sejam da maior importância, claro. 1º) Sistema Rodoviário de Classificação – TRB (ou HRB / AASHTO). O sistema original foi desenvolvido pelo “US Bureau of Public Road” (na década de 20, baseado em trabalhos de TERZAGHI e HOGENTOGLER) e publicado pelo “US Public Roads Administration” (atual AASHTO – “American Association of State Highway and Transportation Officials”) em 1942. Posteriormente (1945) foi adotada, com alterações, pelo “US Highway Research Board”, que hoje é o TRB – “Transportation Research Board”. Assim, todas estas siglas (em negrito) são usadas para designar o método. Divide os solos em grupos e subgrupos, conforme o quadro abaixo (Fig. 1.2): SISTEMA RODOVIÁRIO DE CLASSIFICAÇÃO TRB ( HRB / AASHTO ) Tipo de material Grupo Sub- grupo Granulometria Plasticidade IG P10 P40 P200 LL IP Granular A.1 a 50 30 15 6 0 b 50 25 A.3 50 10 NP A.2 4 35 40 10 5 40 6 40 10 7 40 Silto- argiloso A.4 35 40 10 A.5 40 A.6 40 10 A.7 5 40 10 < IP (LL - 30) 6 10 < IP > (LL - 30) Turfoso A.8 Cor e odor típicos, partículas fibrosas, fofo, altamente compressível, muito leve e inflamável quando seco, não-plástico. Testes. Fig. 1.2 (O sistema compreendia, inicialmente, dois grupos, A e B, sendo os solos A de bom comportamento e os B de mau comportamento. Abandonou-se o símbolo B, ficando apenas com o A, que não tem hoje nenhum significado específico.) IP = Índice de Plasticidade = LL – LP NP = Não-plástico. 21 IG = Índice de Grupo, elemento definidor da “capacidade de suporte” do terreno de fundação do pavimento, representado por um número inteiro, que retrata o duplo aspecto de plasticidade e graduação do solo. Calculado por fórmula empírica, segundo método concebido por D.J. STEELE, engenheiro do antigo “US Bureau of Public Roads”, baseada nos estudos e verificações de materiais de subleito examinadas por diversas organizações rodoviárias. Em condições normais de boa drenagem e forte compactação, a capacidade-suporte de um material para subleito é inversamente proporcional ao seu Índice de Grupo, isto é, um IG baixo indica um “bom” material e um IG alto indica um material “muito fraco” para subleito. Fórmula para o cálculo do IG: IG = (P200 - 35).[0,2 + 0,005.(LL - 40)] + 0,01.(P200 - 15).(IP-10) Eq. 1.1 - Se o resultado for negativo, adota-se 0 (zero); - Observe que se P200 ≤ 15% IG = 0. A classificação neste sistema é feita simplesmente enquadrando-se os dados do solo (P10, P40, P200, LL e IP – obtidos em laboratório) no quadro da Fig. 1.2. A 1a linha de cima para baixo do quadro em que todos os dados se encaixarem, fornece a classificação – grupo, subgrupo (se houver) e sempre se indica, entre parênteses, o valor do IG. Exemplos: A.1-b (0), A.5(10). O livro Prospecção geotécnica do subsolo de M. J. C. P. A. DE LIMA - L.T.C., R.J. 79, apresenta, na Fig. 3.2 – pág. 15, um relatório de sondagem onde os solos foram classificados por estes sistema.[Há um erro na designação de um dos solos (encontre-o) e faltam, em todas, a indicação dos IG`s]. Os campos em branco nas colunas Granulometria e Plasticidade significam que “qualquer valor serve”. No caso dos solos finos (silto-argilosos, P200 35%) as condições de plasticidade do quadro podem ser representadas pelo seguinte gráfico LL “versus” IP: 70 A.6 A.7-6 Equação desta linha: IP IP = LL - 30 A.7-5 (Eq. 1.2) 10 A.4 A.5 0 40 100 LL Fig. 1.3 (fora de escala) 22 2º) SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA – USC / ASTM. Este sistema, chamado originalmente de sistema de classificação para aeroportos (“Airfield Classification System” – AC) foi proposto por ARTHUR CASAGRANDE (em 1942/48) e em 1952 o “US Bureau of Reclamation” e o Corps of Engineers of the United State Army” o apresentaram com ligeiras modificações, como “Unified Soil Classification System” – USC, ou Sistema Unificado de Classificação de Solos – SUCS. Foi homologado pela ASTM – “American Society for Testing Materials”. A Fig. 1.4, apresenta um quadro síntese que permite classificar solos por este sistema, conforme descrição a seguir. As classificações são representadas por combinações de letras (provenientes de termos estrangeiros), sendo que algumas se referem à designação principal do solo e outras às designações complementares ou secundárias. São elas: - designação principal: G = pedregulho (“gravel”) ou S = areia (“sand”) - designação complementar: W = bem graduado (“well graded”) ou P = mal graduado (“poorly graded”). M = silte (“mo” em sueco, já que em ingles é “silt” e o S já foi empregado para areia), C = argila (“clay”). O = orgânico (“organic”). L = baixa (“low”) ou H = alta (“high”) compressibilidade. Pt = turfa (“peat”). O processo de classificação consiste no seguinte: 1) Comece pelo P200. Se ele for menor ou igual a 50 trata-se de solo grosso e então tem-se que definir se ele é G ou S. Para isto basta verificar qual destas frações predomina no solo, calculando: G = 100 – P4 e S = P4 – P200. O que for maior define o tipo de solo. 2) Se o P200 for menor ou igual a 5, deve-se dizer se o solo é W ou P (além de G ou S). Para isto calculam-se os coeficientes de curvatura (Cc = 30 2 / 60.10) e de Uniformidade (Cu = 60 / 10). Para que o solo seja W, é necessário que o Cu seja maior que 4 no caso do G e maior que 6 no caso do S e, simultaneamente, que o Cc esteja compreendido entre 1 e 3, em ambos os casos. Caso uma ou as duas condições não sejam atendidas, ele é P. As alternativas são, portanto: GW, GP, SW ou SP. 3) Se o P200 estiver entre 5 e 12, o solo grosso (G ou S) recebe dupla classificação. Além de dizer se ele é W ou P, tem-se que acrescentar se ele é M ou C. Para isto utiliza-se o Gráfico de Plasticidade de CASAGRANDE ( Fig 1.5) ou apenas a Eq. 1.3. Se o ponto LL x IP cair acima da Linha A é C, se cair abaixo é M. As alternativas são, portanto: GW-GC, GW-GM, GP-GC, GP-GM, SW-SC, SW-SM, SP-SC, SP-SM. 4) Se o P200 for maior que 12 (e menor que 50), não precisa mais dizer nada sobre a granulometria, isto é, se ele é W ou P, mas continua sendo necessário dizer se ele é M ou C. Para isto basta, do mesmo modo anterior, usar o Gráfico de Plasticidade de CASAGRANDE (Fig 1.5). As alternativas são: GC, GM, SC ou SM. 5) Se o P200 for maior que 50 (mas naturalmente menor que 100), ele é fino. Nestes casos basta usar o Gráfico de Plasticidade de CASAGRANDE (Fig 1.5). A região que contiver o ponto LL x IP do solo define a classificação. Acima da Linha A está o C. Abaixo da Linha A estão o M e o O. À esquerda de LL = 50 está o L e à direita o H. As alternativas são, portanto: CH, CL, MH, ML, OH e OL. Existe ainda uma região de transição, acima da Linha A, com IP entre 4 e 7, que é CL-ML. Para distinguir entre solo M ou O, é necessário dispor de mais informações, geralmente fornecidas pelo laboratório, do tipo: cor, odor e outras características que permitam deduzir que o solo seja orgânico (mas não propriamente turfoso, este altamente orgânico). Um dos elementos de diferenciação consiste em comparar os Limites de Liquidez do solo, sob o seguinte critério: 75,0sec LL LL o O (Orgânico) onde LL seco = Limite de Liquidez realizado com a amostra previamente seca em estufa. 23 Se a dúvida persistir, indique as duas classificações, assim: ML ou OL, MH ou OH; use ou e não hífen, barra etc. Agora procure entender o quadro da Fig. 1.4 a partir das instruções acima. - No Brasil não se usam 3 letras juntas, como SMW. Se for necessário, repete-se a designação principal: SM-SW, separadas por hífen. - Também não existe tripla classificação, como SW-SM-SC. - Nunca se usam numa mesma classificação as letras G e S, como GS ou GM-SM. - Para solos grossos (G, S) nunca se usam os complementos L, H ou O, como GL, SO etc. - Observe que tanto o sistema TRB quanto o USC utilizam o percentual passado na peneira número 200 (P200) para distinguir entre solos grossos ou finos. Só que um considera 35% e o outro 50%. Assim, podem ocorrer discrepâncias entre os dois sistemas. Verifique. - Como decidir nos casos duvidosos: (a) quando P200 50, a regra é favorecer a classificação menos plástica. Exemplo: um pedregulho com 10% de finos, Cu = 20, Cc = 2 e IP = 6 será classificado com mais razão como GW-GM do que GW-GC. (b) quando P200 50, a regra é favorecer a classificação mais plástica. Exemplo: um solo de granulometria fina com LL = 50 e IP = 22 será classificado com mais razão como CH-MH que como CL-ML. (b.1) se o ponto LL x IP cair sobre, ou praticamente sobre a Linha A ou mesmo caindo acima mas tendo IP entre 4 e 7, deverá ser dada ao solo uma classificação intermediária adequada, tal como CL-ML ou CH-OH. (b.2) se o ponto LL x IP cair sobre ou praticamente sobre a linha LL = 50, deverá ser dada ao solo uma classificação intermediária apropriada, tal como CL-CH ou ML-MH. Não deixe de conhecer as tabelas de comparações que Liu (1967) fez entre as classificações obtidas pelos dois sistemas e que podem ser encontradas no item 11 – pág. 71 – Cap. III do livro Pavimentação Rodoviária – M. L. de Souza – 2a ed. – Vol.1 – LTC IPR / DNER / MT – RJ, 80 ou nas Tabelas 4.4 e 4.5 do livro de Braja M. Das, indicado na Bibliografia. 24 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA ( USC / ASTM ) Tipo de Material Granulometria Plasticidade Classificação P200 (%) P4 (%) Cc, Cu IP LL Grosso 5 ( 1 0 0 – P 4 ) > ( P 4 – P 2 0 0 ) : G ( 1 0 0 – P 4 ) < ( P 4 – P 2 0 0 ) : S 1 Cc 3 e Cu > 4 (para G) W Cu > 6 (para S) Fora destas faixas: P GW GP SW SP 5 < P 2 0 0 1 2 7 < IP > 0,73(LL – 20) : C IP 0,73 (LL – 20) M ou IP 7 GW – GC GW – GM GP – GC GP – GM SW – SC SW – SM SP – SC SP – SM 1 2 < P 2 0 0 5 0 IP “A” C 7 M LL GC GM SC SM Fino > 50 7 < IP > 0,73(LL – 20) : C IP 0,73 (LL – 20) M ou IP 4 (4 < IP 7 ) e [ IP > 0,73 (LL – 20)] : C – M > 50 : H CH MH ou OH CL ML ou OL CL - ML 50 : L Turfoso Caracterizado pela cor e odor típicos, partículas fibrosas, fofo, altamente compressível, muito leve e inflamável quando seco, não-plástico. Teste de perda ao fogo (rubro). Limites de consistência antes e depois da secagem. Segundo a NBR 6502, “são solos com grande porcentagem de partículas fibrosas de material carbonoso ao lado de matéria orgânica no estado coloidal”. Pt Fig. 1.4 25 Gráfico (ou Carta) de Plasticidade de CASAGRANDE (para ser usado sempre que P200 5%): IP Limite teórico*: CH IP = LL Equação desta linha (denominada “Linha A”): IP = 0,73(LL-20) (Eq. 1.3) CL 7 CL – ML 4 ML ou OL MH ou OH 50 LL Fig. 1.5 (fora de escala) * Segundo o “US Corps of Engineeres”, existe também um limite prático (“upper-limit line”), verificado para os solos naturais, dado pela equação IP = 0,9(LL - 8). Compare o gráfico da Fig. 1.3 com o da Fig. 1.5 Referências bibliográficas adicionais: - DNER (atual DNIT) - “Manual de Pavimentação” – vol. 1. Edições Engenharia 16/77. - GENE STANCATI, JOÃO BAPTISTA NOGUEIRA, ORÊNCIO MONJE VILAR - “Ensaios de Laboratório em Mecânica dos Solos”. Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos / USP, 1981 - SAMUEL DO CARMO LIMA - “Como Observar e Interpretar Solos”. Revista Sociedade & Natureza. Uberlândia – MG, 1994 - Item 1.4 do CRAIG. - Capítulo 4 do BRAJA. - Capítulo 3 do CARLOS DE SOUSA PINTO.. 26 Apêndice A CLASSIFICAÇÃO MCT É uma proposta brasileira (NOGAMI e VILLIBOR, 1981) de classificação geotécnica ajustada a solos tropicais, originalmente desenvolvida para fins rodoviários. Ela parte do princípio que os sistemas tradicionais, importados, baseados na granulometria e características plásticas dos solos não devem ser aplicados diretamente aos solos tropicais, pois isto leva frequentemente a resultados não condizentes com o desempenho real nas obras, no caso de solos tipicamente tropicais, face às suas peculiaridades. A metodologia baseia-se na obtenção de propriedades de corpos de provas de dimensões reduzidas compactados, daí a sigla MCT – Miniatura, Compactados, Tropicais. A classificação MCT divide os solos tropicais em duas grandes classes, quais sejam, os solos de comportamento laterítico e de comportamento não-laterítico (classe esta na qual se incluem os saprolíticos, os transportados e outros) e então enquadra os solos tropicais em 7 grupos: NA, LA, NS`, NA`, NG` e LG`, onde L significa laterítico, N = não-laterítico, A = areia, A` = arenoso, G`= argiloso e S´= siltoso. A separação nas duas classes não se baseia em critérios geológicos ou pedológicos, mas sim em considerações essencialmente tecnológicas ou geotécnicas. As propriedades dos solos utilizadas na classificação são provenientes de ensaios mecânicos e hidráulicos simplificados, como o método de compactação mini-MCV – Moisture Condition Value, (sem imersão / perda por imersão), expansão / contração, coeficiente de permeabilidade, coeficiente de sorção e algumas correlações. Uma das limitações do método é a ainda baixa representatividade estatística (“... apenas meia centena de solos típicos das rodovias do Estado de São Paulo”). Outra é não se aplicar a solos granulares, por não serem compactáveis. Fontes de consultas: - “Uma nova classificação de solos para finalidades rodoviárias” – JOB SHUJI NOGAMI e DOUGLAS FADULVILLIBOR. Simpósio Brasileiro de Solos Tropicais em Engenharia – COPPE/UFRJ, CNPq, ABMS. Rio de Janeiro, 21 a 23/09/1981. - “Classificação Geotécnica MCT para solos tropicais” – VERA M. N. COZZOLINO e JOB S.NOGAMI. Solos e Rochas – revista brasileira de Geotecnia, vol. 16, n. 2, agosto de 1993. 27 Prática 1) Identifique, usando o diagrama trilinear do FHWA , o do BPR e mais um outro geotécnico (a seu critério), um solo que apresentou em laboratório, a seguinte composição granulométrica: Areia = _ _ _ % Silte = _ _ _ % Argila = _ _ _% (Atribua valores a seu critério, lembrando que a soma dos 3 deve totalizar 100). Agora compare suas 3 respostas e conclua: - você acha que esses 3 resultados encontrados são coerentes entre si? 2) Classifique todos os 16 solos (Mi) abaixo, pelos Sistemas TRB / AASHTO e USC / ASTM, cujas características geotécnicas determinadas em laboratório, estão informadas nos quadros. % Ø Solo M1 Solo M2 Solo M3 Solo M4 Granulometria Peneira nº 4 97 98 85 100 Peneira nº 10 96 94 80 93 Peneira nº 40 93 80 60 69 Peneira nº 200 87 57 28 32 Peneira nº 270 84 50 27 26 0,005 mm 50 20 9 9 0,001 mm 25 15 3 3 Plasticidade Limite de Liquidez 32 47 21 42 Limite de Plasticidade 23 35 16 34 Solo P4 (%) P10 (%) P40 (%) P200 (%) 2 (%) LL (%) LP (%) M5 100 40 10 2 0 - - M6 72 62 55 48 10 36 26 M7 100 100 95 86 39 50 22 M8 48 32 8 0 0 - - M9 100 98 80 62 27 64 38 M10 81 60 32 10 01 26 16 M11 90 82 65 50 31 25 22 2 (%) significa porcentagem de grãos do solo com tamanho inferior a dois microns. 1 = 10-6m = 10-3 mm Solo Granulometria Plasticidade P4 (%) P10 (%) P40 (%) P200(%) Ø10(mm) Ø30(mm) Ø60(mm) LL (%) LP (%) M12 82,5 52,8 23,8 10 0,075 0,66 2,57 50 30 M13 100 100 78 43 25,5 20,5 M14 66 44 21 09 0,1 0,9 4,0 75 67 M15 47 37 23 14 0,03 1,0 10 15 10 M16 100 100 100 86 0,005 0,01 0,022 80 55 Legenda: P = porcentagem que passa. Ø = diâmetro equivalente do grão. LL = Limite de Liquidez. LP = Limite de Plasticidade. 3) Classifique, pelos sistemas USC / ASTM e TRB / AASHTO o solo M17 que apresentou os seguintes resultados em laboratório: - Equação da Curva Granulométrica: 100 . xP n máx 28 onde P = porcentagem que passa (em %) = diâmetro equivalente do grão do solo (em mm) máx.= diâmetro equivalente da maior partícula presente no solo = 1,1.N - 0,6 = _ _ _ mm n = expoente empírico = (N + 14)/100 = _ _ _ (adimensional). - Plasticidade: Limite de Liquidez, LL = 93 - 2 N = _ _ _ % Limite de Plasticidade, LP = 10%. Apresente todos os passos da sua resolução. 4) Classifique, pelos sistemas USC e TRB, os 2 solos que apresentaram os resultados de laboratório expostos a seguir. Apresente todos os passos necessários à resolução, inclusive marque no gráfico os pontos usados. 5) Classifique, pelos sistemas USC e TRB, um solo (M20) cuja curva granulométrica pode ser expressa com suficiente precisão, pela equação P = (Ø / 76) n 100, onde P é a porcentagem que passa (%), é o diâmetro equivalente do grão (mm) e n é um expoente empírico adimensional = (No + 9) / 100 = _ _ _ O Limite de Plasticidade = 66 - N o = _ _ _% e o Limite de Liquidez = 2 LP. 6) Para construir um aterro, pretende-se utilizar um solo estabilizado (M21) cuja curva granulométrica resultante obedeça a equação de TALBOT para n = 125,1)º77(log ºlog2 10 10 N N = _ _ _ e cujo diâmetro máximo dos grãos seja Ømáx. = 77 – Nº = _ _ _ mm. O laboratório informou que, em termos de plasticidade, este solo apresenta Índice de Plasticidade IP = 21 11 (LL-8) = _ _ _ %, sendo o Limite de Liquidez LL = Nº = _ _ _ %. Classifique este solo pelos sistemas TRB e USC, compare os dois resultados e expresse uma conclusão quanto à qualidade dele para a obra. Obs.: Nos exercícios números 5 e 6, N deve ser substituído por um número específico para cada aluno, conforme indicação do professor. GRANULOMETRIA 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,001 0,01 0,1 1 10 100 Diâmetro (mm) % Pa ss a Solo M18 Solo M19 PLASTICIDADE Solo LL IP M18 71 61 M19 NP 29 7) Classifique, pelos sistemas USC e TRB, os 2 solos (M22 e M23) que apresentaram os seguintes resultados de laboratório: - Granulometria: 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,01 0,1 1 10 100 Diâmetro (mm) - Esc. log. Po rc en tag em q ue p as sa (% ) - Plasticidade (vale para ambos os solos): Limite de Liquidez = (3.N o +7) /2 = _ _ _ % Limite de Plasticidade = 3(N o -1) / 4 = _ _ _%. Apresente todos os passos da sua resolução, inclusive marque no gráfico os pontos que você utilizou. Abertura de algumas peneiras: N 4 = 4,8 mm N 10 = 2,0 mm N 40 = 0,42 mm N 200 = 0,075 mm 30 GABARITOS SOLO P200 IP LL IP ord. "A" IP ord. IG S G 10 30 60 Cu Cc TRB USC M1 87 9 32 8,76 8 A.4(8) CL M2 57 12 47 19,71 17 6 A.7-5(6) ML ou OL M3 28 5 21 0,73 0 57 15 A.2-4(0) SM M4 32 8 42 16,06 0 0 A.2-5(0) SM M5 2 NP 0 0 0,42 1,25 2,93 7 1,3 A.1-a(0) SW M6 48 10 36 11,68 3 24 28 A.4(3) GM M7 86 28 50 21,9 20 26 A.7-6(26) CL/CL-CH M8 0 NP 0 52 0,5 1,9 8,91 18 0,8 A.1-a(0) GW/GP M9 62 26 64 32,12 34 16 A.7-5(16) MH ou OH M10 10 10 26 4,38 0 71 19 0,075 0,37 2 27 0,9 A.2-4(0) SW-SC M11 50 3 25 3,65 0 40 10 A.4(0) SM/ML M12 10 20 50 21,9 0 72,5 17,5 0,075 0,66 2,57 34,28 2,26 A.2-7(0) SW-SM M13 43 5 25,5 4 0 57 0 A.4(0) SM M14 9 8 75 40,15 0 57 34 0,1 4 40 2,025 A.2-5(0) SW-SM M15 14 5 15 -3,65 0 53 A.1-a(0) GM M16 86 25 80 43,8 50 31 A.7-5(31) MH ou OH Solo M21: Nº Ømáx. (mm) n P200 (%) P40 (%) P10 (%) P4 (%) G (%) S (%) Cc Cu LL IP IG IPord. TRB IPord. USC USC HRB 1 76 0,67 1 3,15 8,89 15,92 84,08 14,92 1,84 14,77 1 NP 0 GW A.1-a(0) 2 75 0,57 2 5,31 12,84 21,08 78,92 19,08 2,05 23,66 2 NP 0 GW A.1-a(0) 3 74 0,51 3 7,21 15,94 24,88 75,12 21,88 2,22 33,88 3 NP 0 GW A.1-a(0) 4 73 0,47 4 8,96 18,58 27,99 72,01 23,99 2,38 46,07 4 NP 0 GW A.1-a(0) 5 72 0,44 5 10,60 20,94 30,68 69,32 25,68 2,53 60,77 5 NP 0 GW A.1-a(0) 6 71 0,41 6 12,17 23,10 33,09 66,91 27,09 2,68 78,60 6 NP 0 -10,22 GW-GM A.1-a(0) 7 70 0,39 7 13,68 25,10 35,27 64,73 28,27 2,84 100,27 7 NP 0 -9,49 GW-GM A.1-a(0) 8 69 0,37 8 15,14 26,97 37,29 62,71 29,29 2,99 126,63 8 NP 0 -8,76 GW-GM A.1-a(0) 9 68 0,35 9 16,55 28,74 39,17 60,83 30,17 3,15 158,73 9 0,52 0 -8,03 GP-GM A.1-a(0) 10 67 0,34 10 17,93 30,42 40,93 59,07 30,93 3,31 197,85 10 1,05 0 -7,3 GP-GM A.1-a(0) 11 66 0,33 11 19,27 32,04 42,60 57,40 31,60 3,47 245,58 11 1,57 0 -6,57 GP-GM A.1-a(0) 12 65 0,31 12 20,59 33,58 44,19 55,81 32,19 3,65 303,86 12 2,10 0 -5,84 GP-GM A.1-a(0) 13 64 0,30 13 21,88 35,08 45,70 54,30 32,70 13 2,62 0 -5,11 GM A.1-a(0) 14 63 0,29 14 23,15 36,52 47,15 52,85 33,15 14 3,14 0 -4,38 GM A.1-a(0) 15 62 0,28 15 24,40 37,92 48,55 51,45 33,55 15 3,67 0 -3,65 GM A.1-a(0) 16 61 0,27 16 25,63 39,27 49,90 50,10 33,90 16 4,19 0 -2,92 GM A.1-a(0) 17 60 0,27 17 26,84 40,59 51,20 48,80 34,20 17 4,71 0 -2,19 GM A.1-b(0) 18 59 0,26 18 28,03 41,88 52,45 47,55 34,45 18 5,24 0 -1,46 GM A.1-b(0) 19 58 0,25 19 29,21 43,13 53,67 46,33 34,67 19 5,76 0 -0,73 GM A.1-b(0) 20 57 0,24 20 30,38 44,36 54,86 45,14 34,86 20 6,29 0 0 GM A.2-4(0) 21 56 0,24 21 31,53 45,56 56,01 43,99 35,01 21 6,81 0 0,73 GM A.2-4(0) 22 55 0,23 22 32,67 46,74 57,14 42,86 35,14 22 7,33 0 1,46 GC A.2-4(0) 23 54 0,22 23 33,80 47,89 58,24 41,76 35,24 23 7,86 0 2,19 GC A.2-4(0) 24 53 0,22 24 34,91 49,02 59,31 40,69 35,31 24 8,38 0 2,92 GC A.2-4(0) 25 52 0,21 25 36,02 50,13 60,35 39,65 35,35 25 8,90 0 3,65 GC A.2-4(0) 26 51 0,21 26 37,11 51,23 61,38 38,62 35,38 26 9,43 0 4,38 GC A.2-4(0) 27 50 0,20 27 38,20 52,30 62,38 37,62 35,38 27 9,95 0 5,11 GC A.2-4(0) 28 49 0,20 28 39,27 53,36 63,37 36,63 35,37 28 10,48 0 5,84 GC A.2-6(0) 29 48 0,19 29 40,34 54,40 64,33 35,67 35,33 29 11,00 0 6,57 GC A.2-6(0) 31 30 47 0,19 30 41,40 55,42 65,28 34,72 35,28 30 11,52 0 7,3 SC A.2-6(0) 31 46 0,18 31 42,45 56,43 66,21 33,79 35,21 31 12,05 0 8,03 SC A.2-6(0) 32 45 0,18 32 43,49 57,43 67,12 32,88 35,12 32 12,57 0 8,76 SC A.2-6(0) 33 44 0,17 33 44,53 58,41 68,02 31,98 35,02 33 13,10 0,23 9,49 SC A.2-6(1) 34 43 0,17 34 45,56 59,39 68,91 31,09 34,91 34 13,62 0,52 10,22 SC A.2-6(1) 35 42 0,17 35 46,58 60,34 69,78 30,22 34,78 35 14,14 0,83 10,95 SC A.2-6(1) 36 41 0,16 36 47,59 61,29 70,64 29,36 34,64 36 14,67 1,16 11,68 SC A.6(2) 37 40 0,16 37 48,60 62,23 71,48 28,52 34,48 37 15,19 1,51 12,41 SC A.6(2) 38 39 0,15 38 49,61 63,15 72,32 27,68 34,32 38 15,71 1,88 13,14 SC A.6(2) 39 38 0,15 39 50,60 64,07 73,14 26,86 34,14 39 16,24 2,28 13,87 SC A.6(3) 40 37 0,15 40 51,60 64,98 73,95 26,05 33,95 40 16,76 2,69 10 14,6 SC A.6(3) 41 36 0,14 41 52,58 65,87 74,75 25,25 33,75 41 17,29 3,12 11 15,33 SC A.7-6(4) 42 35 0,14 42 53,56 66,76 75,54 24,46 33,54 42 17,81 3,58 12 16,06 SC A.7-6(4) 43 34 0,14 43 54,54 67,64 76,33 23,67 33,33 43 18,33 4,05 13 16,79 SC A.7-6(5) 44 33 0,13 44 55,51 68,52 77,10 22,90 33,10 44 18,86 4,55 14 17,52 SC A.7-6(5) 45 32 0,13 45 56,48 69,38 77,87 22,13 32,87 45 19,38 5,06 15 18,25 SC A.7-6(6) 46 31 0,13 46 57,44 70,24 78,63 21,37 32,63 46 19,90 5,60 16 18,98 SC A.7-6(6) 47 30 0,13 47 58,40 71,09 79,38 20,62 32,38 47 20,43 6,16 17 19,71 SC A.7-6(7) 48 29 0,12 48 59,35 71,93 80,12 19,88 32,12 48 20,95 6,73 18 20,44 SC A.7-6(7) 49 28 0,12 49 60,30 72,77 80,86 19,14 31,86 49 21,48 7,33 19 21,17 SC A.7-6(8) 50 27 0,12 50 61,25 73,60 81,60 18,40 31,60 50 22,00 7,95 20 21,9 SC A.7-6(8) 51 26 0,12 51 62,19 74,43 51 22,52 8,59 21 22,63 MH ou OH A.7-6(9) 52 25 0,11 52 63,13 75,25 52 23,05 9,25 22 23,36 MH ou OH A.7-6(10) 53 24 0,11 53 64,07 76,07 53 23,57 9,93 23 24,09 MH ou OH A.7-6(10) 54 23 0,11 54 65,00 76,89 54 24,10 10,63 24 24,82 MH ou OH A.7-6(11) 55 22 0,11 55 65,93 77,70 55 24,62 11,35 25 25,55 MH ou OH A.7-5(12) 56 21 0,10 56
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