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Fichamento empresarial 2 - títulos de crédito

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Fichamento - empresarial - títulos de crédito 
O que são títulos de crédito - é um documento necessário para exercício de um direito literal e autônomo nele mencionado. 
Título de crédito é um papel, quando você assina um cheque você tem um papel do cheque ou você assinou uma nota promissória você tem um papel dessa nota promissória.
Então é um documento para exercer um direito literal (direito que tá escrito nele) e autônomo nele mencionado. 
Princípios dos títulos de crédito - são três 
Cartularidade - os direitos mencionados do título devem constar de uma cártula (documento/papel).
Então para exercer o direito de crédito, essa obrigação pecuniária representa nesse título de crédito você precisa apresentar o documento.
Então quando você recebe o cheque de alguém e vai descontar e esse cheque não tem fundos, então você vai executar esse cheque, mas para promover o processo de execução você precisa apresentar o cheque e sem a apresentação do cheque não dá para promover essa ação. 
E PQ NÃO ?
Porque é preciso ter esse princípio da CARTULARIDADE - eu preciso apresentar a cártula (documento/papel) para ter o meu direito ao título de crédito.
	Obs.: Essa cartularidade nos tempos atuais vem sendo flexibilizada.
Ex: a execução de qualquer título de crédito no processo tem que juntar o título dentro de uma inicial executiva, mas hoje com a virtualização dos processos para apresentar o título basta você escanear esse título e juntar na inicial executiva, e caso o juízo entenda ou a parte questione a validade desse título você poderá ser intimado para apresentar  seu título no original.
Literalidade - o direito de crédito é literal, na medida em que a extensão e os limites desse direito encontram-se nos atos lançados no próprio título, ou seja, o título vale pelo o que ele contém.
Então se eu assinar um cheque me comprometendo a pagar 10 mil reais a você, eu tenho que pagar 10 mil reais, somente interessa aquilo que está descrito no título.
autonomia das obrigações - ao entrar em circulação, eventuais vícios de determinadas obrigações não se estende à demais. 
Esse princípio possui dois subprincípios:
Abstração - desvincula-se do negócio jurídico originário.
Inoponibilidade das exceções pessoais - não pode alegar matéria estranha à sua relação direta com o portador do título.
Ou seja, a autonomia de um título de crédito quer dizer que botei um título de crédito em circulação, não interessa a relação jurídica originária.
Então ninguém vai te perguntar se eu acabei de passando um cheque, com a minha assinatura, não vão perguntar qual foi o objeto da compra, finalidade, o serviço prestado. Interessa que você tem um título, tenha a cártula e dentro desta cártula tem um direito literal e autônomo, você tem o direito de me executar.
Então esse é o princípio da autonomia, eventuais vícios não passam as demais. Ele gera uma obrigação autônoma.
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
Força executiva - ele tem força executiva porque o art. 784 do CPC determina - são títulos executivos extrajudiciais, e no inciso I ele fala os títulos de crédito (letra de câmbio, duplicata, nota promissória e o cheque). 
Então título de crédito tem força executiva, uma vez não pago você pode entrar com um processo de execução.
Formalismo - cada título de crédito tem alguns requisitos formais a serem cumpridos.
O que significa dizer que por exemplo que - como que você sabe que um cheque é realmente um cheque?
Bom, o cheque tem o mesmo padrão, as mesmas indicações, então tem o número da conta, tudo certinho. Então todo cheque tem os mesmos requisitos e o que vai diferenciar é o nome o banco e a cor do cheque mas os requisitos são os mesmos.
E eles são os mesmo porque existe uma regra em relação aos requisitos de títulos de crédito.
Para a letra de câmbio e para a nota promissória - a lei uniforme de genebra que contempla os requisitos básicos desses dois títulos.
Para os cheques - temos a lei dos cheques que contempla os requisitos básicos do cheque.
Para duplicata - tem a lei de duplicata que contempla os requisitos básicos da duplicata.
Então para ser um título de crédito tem que preencher os requisitos básicos obrigatório de um título.
Circulabilidade - um título de crédito ele foi criado para circular, ou seja, eles são chamados de título à ordem, que são títulos que circulam, isso significa que eu posso pegar esse título de crédito fazer um endosso, transferir para terceiro e endossa novamente e assim de formas sucessivas para circular a obrigação contida no título, por isso eles são chamamos de título à ordem, são feitos para circular.
ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO - 2 grandes espécies de título de crédito 
Promessa de pagamento - é o título nota promissória - na promessa de pagamento temos apenas duas figuras:
Sacador/devedor - é aquele que emite os títulos 
Tomador/credor - 
Então na promessa de pagamento tem duas relações cambiais o sacador que é o devedor e o tomador que é o credor.
Então se eu assino uma nota promissória dizendo que daqui a 30 dias eu vou te pagar 5 mil reais, me comprometo a pagar 5 mil reais a você, eu assino sou a sacadora/devedora, entrego essa nota promissória para você tomador/credor, chegou os 30 dias você me procura para pagar e te entrego os 5 mil e rasgamos a nota promissória.
Agora se você me procura e eu não te pago os 5 mil, então você com uma nota promissória vencida, portanto você pode entrar com um processo de execução.
Ordem de pagamento - (letra de câmbio, cheque e duplicata) - a ordem de pagamento ela cria três relações cambiais.
Sacador - é o devedor 
Sacado - é o responsável pelo pagamento 
Tomador - é o credor
Então ordem de pagamento na verdade é - eu dou uma ordem ao sacado para o sacado pagar o tomador.
Então o sacador dá uma ordem pro sacado, pro sacado pagar o tomador.
Exemplo: uma letra de câmbio - eu saco uma letra de câmbio, determino ao sacado que ele pague o tomador.
Duplicata - eu lanço uma duplicata, determino que o sacado pague o tomador.
Cheque - determino que o sacado pague o tomador.
Vejamos o seguinte, quando se fala em letra de câmbio e duplicata não há dúvidas que temos essas três figuras sacador, sacado e tomador, eu emito uma ordem para que o sacado pague, até porque na duplicata no final do nome do devedor vem sacado para que você pague o tomador.
Agora o CHEQUE ele é bastante confundindo com a promessa de pagamento com a nota promissória por causa do exemplo dos 30 dias para pagar a nota promissória.
Mas qual é a diferença que eu tirar a nota promissória e te entregar um cheque - ,mas o cheque é uma ordem de pagamento, porque o sacado no cheque é a instituição financeira, é o banco (o banco é o sacado do cheque);
Então o que você faz - você sacador assina o cheque e determina banco tira da minha conta o dinheiro paga pagar o tomador.
CUIDADO COM O CHEQUE, EMBORA ELE PAREÇA UMA PROMESSA DE PAGAMENTO, CHEQUE É UMA ORDEM DE PAGAMENTO (tem sacador, sacado e tomador)
ATOS CAMBIAIS
O que acontece com um título de crédito desde que ele surge até o momento que ele é executado, que você pague esse título.
Esses atos cambiais são: 
Saque - é a emissão do título pelo sacador - todo título tem sacador/devedor que é aquele que saca o título/emite o título.
Então quem faz o saque é o sacador, tanto na promessa de pagamento quanto na ordem de pagamento.
Aceite - ato formal que caracteriza a obrigação do sacado em efetuar o pagamento do título.
Então o aceite caracteriza a obrigação do sacado para efetuar o pagamento.
Se o aceite é o ato que formaliza a obrigação do sacado para fazer o pagamento será que o aceite acontece em todos os títulos de crédito?
Promessa de pagamento - tem duas figuras sacador e tomador - não tem sacado - então se não tem sacado na promessa de pagamento não vai ter aceite na promessa de pagamento. 
O ACEITE SÓ ACONTECE QUANDO TEM SACADO E TEMOS SACADO SOMENTE NA ORDEM DE PAGAMENTO.
Vamos falar sobre as trêsordens de pagamentos que temos: letra de câmbio, duplicata e cheque.
Na letra de câmbio o aceite é facultativo - se o sacado aceita a letra de câmbio, ele se responsabiliza pelo pagamento e tem e tem que pagar o tomador e se o sacado não aceita a letra de câmbio vai acontecer o vencimento antecipado da dívida contra o sacador e o credor pode cobrar imediatamente o sacador.
Na duplicata o aceite é o obrigatório - não tem essa de não aceitar pois o aceite do sacado é obrigatório.
No cheque - no cheque o sacado é o banco, é ele que tira o dinheiro da minha conta para pagar - o que é acontece no cheque se o sacado é o banco? banco pode aceitar e se responsabilizar pelo pagamento? claro que não - então acontece que o cheque tem sacado sim mas o aceito no cheque não existe.
Então cheque é ordem de pagamento tem sacador/sacado e tomador, mas o aceite não pode ser feito pelo sacado. O ACEITE NO CHEQUE É INEXISTENTE.
Endosso - (é circular a obrigação/ transferir a obrigação) - transfere o título ao endossatário (quem transfere é endossante e a quem será transferido é endossatário) e vincula o endossante ao seu pagamento. Endosso pode ser:
Próprio - em branco ou em preto - endosso próprio transfere a titularidade da obrigação - então eu posso fazer um endosso ou em preto ou em branco.
Endosso em preto - eu assino o título no verso, eu sou a tomadora, assino no verso o nome do novo beneficiário.
Ex: assino com o nome minha irmã, significa que eu sou endossante e minha irmã endossatária, ela é a nova credora do título, eu assinei e coloquei o nome dela, quem é que pode executar esse título? Somente ela. 
Endosso em branco - eu viro o título no verso assino e não coloco o nome de ninguém, o endosso em branco significa que qualquer portador do título pode cobrar, pode executar.
Ele circula ao portador. 
Endosso impróprio - não são aqueles que transferem a obrigação em relação ao título, então temos com endosso impróprio o endosso caução, o endosso mandato que é você endossar para que um terceiro cobre a dívida e entregue o dinheiro para você. Você não está denominando um novo beneficiário, você continua como beneficiário, você só transfere a possibilidade de cobrar mas você continua com o beneficiário originário.
Endosso póstumo - é o endosso depois do vencimento - ele não tem característica de endosso, ele circula como um cessão civil de crédito ( quem transfere o título de crédito só responde pela existência do título, mas não responde pelo seu pagamento. Entretanto, o devedor pode alegar contra o cessionário de boa-fé exceções pessoais.)
Aval - é garantia própria dos títulos de crédito mas é uma garantia solidária, não existe subsidiariedade no aval.
Então se eu assino em um título de crédito como avalista de alguém, o credor pode cobrar esse título de crédito do devedor e automaticamente de mim ao mesmo tempo, ele não precisa primeiro esgotar o devedor para depois atingir o meu patrimônio, a garantia do aval ela é solidária em relação ao avalista e o seu avalizado.
Então é uma garantia de pagamento e não pode invocar o benefício de ordem. 
Vencimento e pagamento - venceu o título e o que vai acontecer, o devedor vai ter que pagar esse título mas uma vez pago, adimplido esse título de crédito, encerrou a obrigação constante no título.
Mas se não é pago ai acontece o próximo ato cambial.
Protesto - é ato formal que demonstra a inadimplência e descumprimento da obrigação.
Pode ser um protesto por falta de pagamento, protesto por falta de aceite nas hipóteses onde o aceite não é feito e também pode ser um protesto por falta de devolução do título, independentemente do tipo de protesto ele sempre é facultativo em relação ao devedor principal e seu avalista e o protesto é obrigatório em relação aos devedores coobrigados e seus avalistas.
Então preciso fazer protesto? se você for cobrar do devedor principal não precisa é facultativo, mas se você for cobrar dos devedores secundários o protesto é obrigatório.
Ação cambial (processo de execução) - cada título de crédito tem uma data específica para pagamento e uma data para para execução.
letra de câmbio, duplicata e nota promissória - a partir do vencimento tem o prazo de 3 anos para entrar com o processo de execução e cobrar esses títulos se for em relação ao devedor principal ou você tem o prazo de 1 ano a partir do protesto para cobrar os devedores secundários.
Cheque - 30 ou 60 dias para a apresentação, expirado esse prazo de apresentação eu terei 180 dias para executar, para promover o processo de execução do cheque, e nesses 180 dias eu entro o meu processo de execução e tento receber mas de eu deixei passar esses 180 dias, ainda posso cobrar, depois desses 180 dias de prescrição do cheque ainda posso cobrar, mas somente do devedor principal e seus avalistas.
E as duas formas de cobrança depois do prazo prescricional é a ação de enriquecimento ilícito (locupletamento ilícito) 2 anos depois da prescrição do cheque ou ação monitória (procedimento especial) com prazo de 5 anos a partir da emissão do cheque.

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