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Produtos Cerâmicos para Construção Civil 1. Produtos de argila: ü 1.1 - Blocos cerâmicos: a) Maciços (tijolos moldados ou extrudados) b) Vazados (vedação ou estruturais) ü 1.2 -Telhas ü 1.3 -Tubos (manilhas) ü 1.4 - Peças redutoras de peso ü 1.5 - Elementos vazados. 2. Produtos de grês ou de louça: ü 2.1 - Produtos de revestimento • Pisos cerâmicos • Azulejos • Porcelanato • Pastilhas ü 2.2 - Louça sanitária ü 2.3 - Material refratário Blocos Cerâmicos 1.1 - Blocos cerâmicos: São unidades para edificações que compõem a alvenaria e podem ser constituídos de diferentes materiais, sendo mais utilizados os cerâmicos ou de concreto. • Maciços (tijolos moldados ou extrudados) • Vazados (vedação ou estruturais) Qualquer que seja o material utilizado as propriedades desejáveis são: ü Ter resistência à compressão adequada. ü Ter capacidade de aderir à argamassa tornando homogênea a parede. ü Possuir durabilidade frente aos agentes agressivos (umidade, variação de temperatura e ataque por agentes químicos). ü Possuir dimensões uniformes. ü Resistir ao fogo. tijolo moldado tijolos extrudado tijolos modulares prensados a.1) Comuns a.2) Especiais a) TIJOLOS MACIÇOS CERÂMICOS: São blocos de argila comum, moldados, extrudados ou prensados com arestas vivas e retilíneas e queimados em temperaturas em torno de 1000ºC. ü Devem possuir a forma de um paralelepípedo retângulo. ü Devem possuir todas as faces planas. ü Ausência de eflorescências e queima uniforme ü Podem apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área. Os tijolos podem ser comuns ou especiais: Blocos Cerâmicos Os tijolos comuns são classificados em A, B ou C de acordo com as suas propriedades mecânicas prescritas pela NBR 7170 “ Tijolo maciço cerâmico para alvenaria”. Sua resistência à compressão deve ser testada segundo encaminhamento prescrito pela NBR 6460 “ Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da resistência à compressão” e atender aos valores indicados pela tabela 2: Blocos Cerâmicos Nota: • Os tijolos e blocos cerâmicos possuem coeficiente de dilatação térmica pequeno, sendo adotado um valor médio de 6x10-6 /ºC. • É comum os tijolos apresentarem expansão devido à incorporação de umidade do ambiente. Em consequência é recomendado que se evite a utilização de blocos ou tijolos cerâmicos com menos de duas ou três semanas após saírem do forno. Tipologia tijolos comuns: Devem apresentar dimensões nominais, conforme NBR 8041 “ Tijolo Maciço Cerâmico para Alvenaria – Forma e Dimensões”: Blocos Cerâmicos Apesar das dimensões apresentadas pela norma, são encontrados no mercado tijolos de diversos tamanhos, pois muitos fabricantes desconhecem ou ignoram as normas referentes ao produto. Abaixo alguns dos diferentes tamanhos de tijolos maciços encontrados no mercado: Nota: • São toleradas diferenças de até 3 mm nas dimensões especificadas. • O rendimento depende das dimensões do tijolo. Uma alvenaria feita com peças de 5 x 10 x 20 cm consome aproximadamente 150 unidades. Blocos Cerâmicos b) BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS: São blocos vazados produzidos por extrusão e queima da argila vermelha com arestas vivas retilíneas, sendo os furos cilíndricos ou prismáticos. Os blocos vazados são classificados num primeiro momento como blocos de: ü b.1) Vedação: • suportam somente o peso próprio; • furos na vertical ou na horizontal. • podem possuir quatro, seis, oito ou nove furos. ü b.2) Estruturais (portantes) • suportam cargas previstas em alvenaria estrutural; • furos na vertical; • três tipos: blocos com paredes maciças; blocos com paredes vazadas; blocos perfurados. Blocos Cerâmicos Vedação com furos na vertical Vedação com furos na horizontal Estrutural com parede maciça Estrutural com paredes vazadas Estrutural perfurado Blocos Cerâmicos Tipologia As dimensões nominais são recomendadas pela NBR 8042 “Bloco Cerâmico Vazado para Alvenaria – Formas e Dimensões” e estão dispostas na tabela 3 da norma: Blocos Cerâmicos Blocos Cerâmicos Rendimento padrão dos Blocos Cerâmicos Espessura de paredes para blocos cerâmicos NBR 15270 “Componentes cerâmicos – Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação e estrutural” Blocos Cerâmicos Propriedades mecânicas A resistência à compressão mínima dos blocos na área bruta deve atender aos valores indicados na tabela 3 da NBR 7171 “Bloco Cerâmico para Alvenaria” que classifica os blocos em tipo A, B, C, D e F: O processo de vitrificação nas faces do bloco compromete a aderência com a argamassa de assentamento ou revestimento. Por esta razão, as faces dos blocos são constituídas de ranhuras e saliências. Blocos Cerâmicos Exemplo de formas e dimensões de blocos estruturais Blocos Cerâmicos Qualidade e inspeção A NBR 7171, que trata de blocos cerâmicos para alvenaria, especifica algumas condições gerais para esse material: ü não devem apresentar defeitos como trincas, quebras, superfícies irregulares ou deformações que impeçam seu emprego. ü devem apresentar som metálico ao se bater nos mesmos (som vibrante e não abafado). ü absorção de água total: entre 8 e 22% (elevada absorção → recomendável umedecer o bloco antes do assentamento. ü não pode ter “coração negro”. ü esquadro e planeza das faces. Blocos Cerâmicos Paredes de blocos cerâmicos Chama-se espessura nominal a espessura aproximada que a parede terá depois de pronta, contando a espessura do bloco somado à espessura dos revestimentos em cada face, cujo valor adotado é de aproximadamente 2,5 cm para cada lado. Assim, uma parede cujo tijolo tenha 9 cm de largura e tenha revestimento dos dois lados terá espessura total de 9+2,5+2,5 = 14 cm, que corresponde a uma largura nominal de 15 cm. Abaixo alguns exemplos de diferentes espessuras nominais de parede: Blocos Cerâmicos BLOCOS DE CONCRETO Quanto às dimensões classificam-se em M20 e M15, conforme tabela abaixo: Blocos Cerâmicos Blocos Cerâmicos Blocos Cerâmicos Propriedades mecânicas Os blocos de concreto são classificados pela NBR 6136 “Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria Estrutural” em classe A e B: ü O bloco de classe A aplica-se à alvenarias externas sem revestimento devendo o bloco possuir resistência característica à compressão maior do que 6 MPa, além de sua capacidade de vedação. ü O bloco de classe B aplica-se à alvenarias internas ou externas com revestimento devendo possuir resistência característica à compressão de no mínimo 4,5 Mpa. Blocos Cerâmicos Telhas Cerâmicas Histórico Inicialmente as telhas eram conformadas manualmente com mão-de-obra escrava, onde estes as moldavam nas suas pernas. Tal registro pode ser constatado através de antigas peças que apresentam a forma da estrutura óssea humana (ANICER, 2000). ü Em 280 AC os romanos se utilizavam de barro cozido para a construção das telhas, sendo assim, a atividade aprimorando-se até que por volta do século I antes de Cristo, iniciou-se a evolução na qualidade proveniente da tecnologia produtiva empregada resultando em peças de maior valor estético e monetário. ü Foram encontradas telhas na Grécia e alguns indícios desse produto na China e no Japão que datam, aproximadamente, de 430 AC. Características ü A matéria-prima é mais selecionada. ü Boa resistência da massa seca. ü Conforto térmico e acústico. ü Elevada resistência a flexão e baixa porosidade, após a queima. Telhas Cerâmicas Fabricação 1. Desagregação,umidificação e homogeneização da argila. 2. Extrusão da argila formando um bastão que é cortado nas dimensões adequadas. 3. Prensagem em fôrmas. 4. Secagem e queima ( 900º C a 1100º C, respectivamente). 5. Algumas podem levar impermeabilização (banho de silicone) ou esmaltação (impermeabilidade, brilho e cor). Classificação São classificadas em 04 categorias em função das características geométricas e tipo de fixação: ü Plana de encaixe: se encaixam por meio de sulcos e saliências, apresentam furos e pinos para fixação. Ex.: francesa. ü Composta de encaixe: capa e canal no mesmo componente, apresentam furos e pinos para fixação. Ex.: romana. Telhas Cerâmicas Plana de encaixe Composta de encaixe ü Simples de sobreposição: capa e canal independentes (o canal possui furos e pinos para fixação). Ex.: paulista. ü Planas de sobreposição: somente se sobrepõem (podem apresentar furos e pinos para fixação). Ex.: alemã ou germânica. Telhas Cerâmicas Simples de sobreposição Planas de sobreposição Telhas Cerâmicas Exigências para telhas: a) Impermeabilidade: não apresentar vazamentos ou formação de gotas em sua face inferior. b) Retilinearidade e planacidade: para evitar problemas de encaixe. c) Tolerância dimensional: ± 2% em relação à especificação; d) Absorção de água: • Clima temperado ou tropical: ˂ 20% • Clima frio e temperado : ˂ 12% • Clima muito frio ou úmido: ˂ 7% e) Características: visuais (pequenos defeitos) e sonoridade (som metálico). f) Resistência à flexão: transporte e montagem do telhado e trânsito eventual de pessoas: • Plana de encaixe: 1000 N; • Composta de encaixe: 1300 N; • Simples de sobreposição: 1000 N; • Plana de sobreposição: 1000 N. Telhas Cerâmicas Telhas Cerâmicas Telha Francesa ü Classificada como telha plana de encaixe. Também chamada de telha Marselha. ü Possui encaixes laterais nas extremidades e agarradeiras para fixação às ripas da estrutura do telhado. ü Resistência mínima de 70 kgf. ü Possui bom rendimento. O número de peças utilizadas por metro quadrado de telhado é reduzido em relação a outros tipos de telha. Telhas Cerâmicas Telha Colonial ü Classificada como telha simples de sobreposição. ü São compostas por duas peças: o canal, cujo papel é conduzir água e a capa que faz a cobertura entre dois canais. ü Esse tipo de telha pode ser com encaixe, sem encaixe ou de cumeeira. ü A particularidade da telha colonial é que as duas peças que a compõem possuem a mesma largura. Telhas Cerâmicas Telha Paulista ü Classificada como telha simples de sobreposição. ü A telha paulista é derivada da telha colonial. ü Se caracteriza por apresentar a capa com largura ligeiramente inferior ao canal. Telhas Cerâmicas Telha Tipo Plan ü Classificada como telha simples de sobreposição. ü É uma variação entre a telha colonial e a paulista, com o diferencial de possuir arestas retas. Telhas Cerâmicas Telha Portuguesa ü Classificada como telha composta de encaixe. ü A telha portuguesa deriva das telhas coloniais. ü Possui os segmentos correspondentes à capa e canal em uma única peça. Telhas Cerâmicas Telha Romana ü Classificada como telha composta de encaixe. ü A telha romana é composta de peça única e surgiu a partir da telha plan. ü Devido a seus encaixes no sentido longitudinal e transversal, possui boa vedação e estabilidade sobre o ripamento. Telhas Cerâmicas Telha Americana ü Classificada como telha composta de encaixe. ü Foi criada a partir da telha portuguesa. ü Tem a vantagem de ter um rendimento maior por m² de telhado quando comparada com a telha que lhe deu origem. Telhas Cerâmicas Telha Germânica ou Alemã ü Classificada como telha planas de sobreposição. ü São muito utilizadas em países onde o inverno é rigoroso. ü Os telhados são bastante inclinados para que a neve escorra. ü No Brasil são usadas para compor coberturas de estilos coloniais alemãs ou suíças. Características técnicas de algumas telhas cerâmicas, como a quantidade de telhas e peso por metro quadrado e a inclinação mínima do telhado. Telhas Cerâmicas Tubos Cerâmicos Características ü Também conhecidos por “manilhas”. ü Canalização de águas pluviais e esgoto. ü Ponta e ponta / ponta e bolsa. ü Fabricados por extrusão. Exigências ü Podem ser vidrados (cloreto de sódio). ü Diâmetros nominais: 75, 100, 150, 200, 250, 300, 375, 400, 450, 500 e 600 mm. ü Comprimentos: 600, 800, 1000, 1250, 1500 e 2000 mm. Tubos Cerâmicos São verificados quanto à: ü Dimensões. ü Permeabilidade e Absorção de água (< 10%). ü Resistência à compressão diametral. ü Sonoridade. ü Aspecto visual (trincas e falhas). ü Resistência química. Peças redutoras de peso a. Elementos retangulares utilizados na confecção de lajes pré-moldadas. b. Peças redutoras de peso c. Apoiam-se entre pequenas vigotas de concreto armado e servem de fôrma para a laje. d. Exigência: resistência à flexão ≥ 700 N. Elementos vazados a. Elementos não estruturais, para ventilação e iluminação. b. Também chamado de COGOBÓ (iniciais dos sobrenomes de três engenheiros que o idealizaram: Amadeu Oliveira Coimbra, Antônio de Góis e Ernest August Boeckmann).
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