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Exercicio - Módulo 2 - Contrato Administrativo - Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos

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Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
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Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
Módulo 2 - Contrato Administrativo
Exercício Avaliativo 2
	Iniciado em
	domingo, 29 set 2019, 22:33
	Estado
	Finalizada
	Concluída em
	domingo, 29 set 2019, 23:01
	Tempo empregado
	27 minutos 46 segundos
	Notas
	10,00/10,00
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	30,00 de um máximo de 30,00(100%)
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Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Durante o trabalho de inspeção anual realizado pela Controladoria do município, em janeiro de 2014, foi constatada a existência do Contrato de Limpeza nº 001/2009 (Tomada de Preços nº 10/08), assinado e publicado no dia 01 de janeiro de 2009, com gastos mensais de R$ 10.833,00 e prorrogável até 60 meses.
Em sua última prorrogação, o contrato de limpeza foi prorrogado até o final de 2014, sem qualquer justificativa, bem como as sucessivas prorrogações foram feitas de forma automática.
Diante do exposto e com base na legislação vigente, marque abaixo a alternativa que melhor descreve a conclusão que se poderia chegar.
 
a. O contrato não pode ser enquadrado como serviço continuado e a vigência deveria ser anual.
b. O contrato não poderia ser prorrogado até dezembro de 2013.
c. A vigência deveria ter sido de apenas um ano.
d. As sucessivas prorrogações deveriam ser precedidas da comprovação da vantajosidade para Administração, bem como não houve justificativa e demonstração da situação excepcional para prorrogação acima de 60 meses. 
Este item está correto! As sucessivas prorrogações deveriam ser justificadas por escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente (art. 57, §2º da Lei 8.666/93), demonstrada nos autos do processo a vantajosidade da prorrogação e a compatibilidade do preço com o mercado. A prorrogação após sessenta meses é uma excepcionalidade prevista no § 4º do art. 57, que demanda uma justificativa e autorização da autoridade superior.
e. Quando justificadas por escrito, previamente autorizadas pela autoridade competente, demonstrada a vantajosidade da prorrogação e a compatibilidade do preço com o mercado, não há limite de prazo para as prorrogações. Por isso, não há irregularidades na situação descrita.
Feedback
A duração dos contratos administrativos é o período estipulado para que os contratos possam produzir direitos e obrigações entre as partes. A regra é que o prazo de vigência seja limitado ao exercício em que foram iniciados, adstrito à vigência dos créditos orçamentários, conforme previsto no art. 57, caput, da Lei 8.666/93. O inciso II do citado artigo prevê que à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para Administração Pública, limitada a sessenta meses.
Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Já o parágrafo 4º estabelece em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização superior, que o prazo de sessenta meses poderá ser prorrogado em até doze meses.
Alerta: é importante verificar se o valor total do contrato, incluindo as prorrogações, fica dentro do limite da modalidade de licitação utilizada para a contratação. No caso de Pregão, não há limite de valores máximos, ou seja, as contratações de objetos de qualquer valor podem ser feitos pela modalidade Pregão.
Gabarito: As sucessivas prorrogações deveriam ser precedidas da comprovação da vantajosidade para Administração, bem como não houve justificativa e demonstração da situação excepcional para prorrogação acima de 60 meses.
Este item está correto! As sucessivas prorrogações deveriam ser justificadas por escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente (art. 57, §2º da Lei 8.666/93), demonstrada nos autos do processo a vantajosidade da prorrogação e a compatibilidade do preço com o mercado. A prorrogação após sessenta meses é uma excepcionalidade prevista no § 4º do art. 57, que demanda uma justificativa e autorização da autoridade superior.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Analise a seguinte situação, e assinale a alternativa correta.
Uma empresa de consultoria em engenharia foi contratada pela Prefeitura para fiscalizar uma obra, pelo período de 18 meses, coincidindo com o prazo de vigência do contrato da obra fiscalizada. Como houve paralisação dos trabalhos do contrato da obra que estava sendo fiscalizada no décimo mês, determinada pela Administração, e que durou 5 meses, foi feita também a prorrogação do contrato de consultoria pelo mesmo período, perfazendo um total de 23 meses de vigência. No período de paralisação da obra, a empresa contratada para fiscalizar continuou recebendo o valor mensal acordado.
Marque o item que melhor representa o posicionamento técnico sobre a situação descrita neste enunciado.
 
a. O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra. 
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos.
b. O procedimento foi correto, pois o contrato em questão se refere a um serviço de natureza continuada, cuja vigência pode se estender até 60 meses.
c. O procedimento foi errado, pois não se admite a alteração do prazo inicialmente pactuado em contratos de fiscalização de obra.
d. O procedimento foi correto, pois a empresa contratada para fiscalizar não pode ter prejuízo em razão de um fato de terceiro, no caso, a determinação da Administração para paralisação da obra.
e. O procedimento foi errado, pois como o contrato perdurou por 23 meses, implicou em um acréscimo contratual de 27,8%, inadmitido na legislação, conforme § 1º do art. 65, da Lei 8.666/1993.
Feedback
Os processos de fiscalização de obras têm a peculiaridade de o seu objeto estar vinculado ao objeto de outro contrato e com ele se relacionar diretamente, mormente a fruição de prazo de vigência. E não poderia ser diferente, na medida em que a fiscalização deve ocorrer no mesmo ritmo que as obras são executadas.
Dessa forma, os contratos de fiscalização, supervisão e gerenciamento de obras devem conter cláusulas com previsão de diminuição, ou até mesmo suspensão, da remuneração nos casos em que as obras forem paralisadas, ou caso seu ritmo diminua significativamente.
Essas alterações de prazo e eventuais suspensões de atividades não se configuram alteração do objeto do contrato, conquanto este continua o mesmo. Logo, não estão sujeitas às regras de vedação sobre aumento ou redução quantitativo do objeto.
Gabarito: O procedimento foi errado, pois, apesar da possibilidade de prorrogação, acompanhando o contrato de obra fiscalizado, deveria ter havido também a diminuição ou supressão de remuneração do contrato de consultoria em face da paralisação da obra.
Essa é a resposta correta. O contrato de fiscalização é acessório e deve acompanhar a vigência do contrato principal. Na hipótese de paralisação ou diminuição de ritmo das obras, há que se ajustar o contrato de fiscalização na mesma medida, inclusive quanto aos pagamentos.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Uma das características dos contratos administrativos é a possibilidade de ser alterado, unilateralmente pela Administração Pública. Uma dessas alterações unilaterais permitidas é a de quantitativos do objeto contratado.
No entanto, essas alterações encontram limites quantitativos e qualitativos, além de decorrências para as partes contratantes como consequênciadessas alterações.
Acerca do tema, indique a alternativa correta.
 
a. Os acréscimos e supressões, quando resultante de acordo entre as partes poderão ser firmados livremente, desde que essa possibilidade tenha sido prevista anteriormente no edital.
b. Em nenhuma hipótese pode haver acréscimos acima do limite de 25% inicialmente contratado, ainda que por acordo entre as partes.
c. Nos contratos de reforma de edifício, o contratado está obrigado a aceitar supressões até o limite de 50%.
d. Os acréscimos e supressões de até 25% são alterações unilaterais, das quais o contratado não pode se esquivar de cumprir, sob pena de caracterizar descumprimento de obrigação previamente assumida. 
Essa é a resposta correta. Ainda que impactem a execução do contrato, implicando muitas vezes na necessidade de alocação de mais material e/ou mão de obra, ou sua redução, o contratado não pode recusar o seu cumprimento. Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos contratos também refletirão nos valores a serem pagos ao contratado.
e. Nos casos de acréscimos dento dos limites autorizados pela Lei, a Administração deverá indenizar o contratado pelos prejuízos porventura causados, desde que devidamente comprovados.
Feedback
As alterações quantitativas dos contratos administrativos, de natureza unilateral e de cumprimento obrigatório pelo contratado, inserem-se no âmbito das cláusulas exorbitantes desses contratos, pois impõem ao particular contratado a execução do que fora pactuado em condições diversas da que avença inicial previa, aumentando ou diminuindo as quantidades de bens e serviços do contrato. Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos contratos também refletirão nos valores a serem pagos ao contratado, na mesma proporção dos aumentos e das supressões.
O legislador, no entanto, impôs algumas limitações, de modo a proteger o interesse público, evitando assim que se desvirtuasse o objeto licitado. Ou seja, se não houvesse essa limitação, um determinado bem ou serviço poderia ser licitado em certo quantitativo e majorado posteriormente à assinatura do contrato, indefinidamente, desvirtuando e contornando a obrigação constitucional de licitar. Por outro lado, poderia inviabilizar a execução do contrato caso as quantidades suprimidas ou acrescidas fossem de tal monta que impedisse a contratada de cumprir as novas exigências.
Importa mencionar também que a cláusula exorbitante de alteração unilateral encontra proteção para o particular contratado na previsão de ressarcimento para os casos de aquisição de materiais necessários à execução do contrato prévia à supressão. Ou seja, a Administração ao suprimir quantitativos não pode impor ao particular o ônus de arcar com o prejuízo causado por essa supressão, devendo pagar pelo materiais adquirido e indenizar por eventuais prejuízos comprovados pelo particular.
Gabarito: Os acréscimos e supressões de até 25% são alterações unilaterais, das quais o contratado não pode se esquivar de cumprir, sob pena de caracterizar descumprimento de obrigação previamente assumida.
Essa é a resposta correta. Ainda que impactem a execução do contrato, implicando muitas vezes na necessidade de alocação de mais material e/ou mão de obra, ou sua redução, o contratado não pode recusar o seu cumprimento. Cabe lembrar que os ajustes quantitativos nos contratos também refletirão nos valores a serem pagos ao contratado.
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Das opções abaixo, assinale a alternativa que não é uma característica do contrato administrativo.
 
a. Possibilidade de modificação unilateral de cláusulas
b. Presença de cláusulas exorbitantes
c. Garantia de equilíbrio econômico-financeiro
d. Procedimento legal e forma prescrita em lei
e. Presença de interesses convergentes das partes 
Essa é a resposta correta. A presença de interesses convergentes entre os partícipes é uma característica dos convênios e não dos contratos. A propósito, esse é um dos principais fatores que os diferencia.
Feedback
Os contratos administrativos se diferenciam dos contratos em geral pela presença da Administração Pública em um dos polos da relação. Essa presença os torna peculiares, quando comparados com os contratos de direito privado, ante o desequilíbrio da relação contratual, no sentido de dar à Administração prerrogativas inadmitidas se a relação fosse firmada entre particulares.
As chamadas cláusulas exorbitantes propiciam a aplicação do princípio da prevalência do interesse público sobre o interesse privado. Isso não significa, no entanto, que a Administração possa atuar com excesso de poderes, fora dos ditames da lei, ignorando direitos do particular. O maior exemplo dessa limitação, em que pese a presença das cláusulas exorbitantes é a impossibilidade de administração alterar unilateralmente cláusulas do contrato, com impacto na relação econômico-financeiro estabelecida inicialmente, sem recompô-la, pois essa relação deve se manter inalterada ao longo do contrato, ainda que se tenha ocorrido alterações na quantidade ou qualidade dos produtos e serviços contratados incialmente pela Administração.
Gabarito: Presença de interesses convergentes das partes
Essa é a resposta correta. A presença de interesses convergentes entre os partícipes é uma característica dos convênios e não dos contratos. A propósito, esse é um dos principais fatores que os diferencia.
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Em um contrato de reforma de um imóvel onde funciona o arquivo morto de órgão público, decidiu-se pela paralisação do contrato, em razão de não haver mais o interesse na reforma que demandou a contratação, haja vista que uma nova avaliação do estado da edificação demonstrou que a reforma seria antieconômica, em razão da idade avançada do imóvel (que implicava em constantes intervenções), da localização inadequada, e da digitalização de documentos em curso no órgão, o que diminuiria significativamente a demanda por espaço físico para arquivo.
O contrato firmado teve valor de R$ 300.000,00. Até o último boletim de medição já tinha sido executado e pago o equivalente a R$ 215.000,00.
Usando a prerrogativa dada pela Lei 8.666/1993, expressa na possibilidade de alteração unilateral dos contratos até os limites permitidos no art. 65, a Administração informou a supressão dos serviços restantes e deu por encerrado o contrato.
De acordo com o que foi estudado no curso, indique a alternativa correta.
 
a. O procedimento da Administração está correto, pois os contratos decorrentes de reforma de edifícios poderão ter supressões unilaterais de serviços de até 50% do valor inicial do contrato.
b. A Administração deveria ter utilizado a prerrogativa dada pelo inciso XII do art. 78 da Lei 8.666/1993 e rescindido unilateralmente o contrato, invocando razão de interesse público, evitando assim pedidos de ressarcimento de prejuízos pelo contratado.
c. A empresa poderá pedir o ressarcimento do valor restante do contrato, em função da alteração unilateral do contrato, conforme previsto no § 4º do art. 65, da Lei 8.666/1993.
d. O procedimento teria sido correto apenas se a alteração fosse consensual. 
Essa é a resposta correta. O inciso II, do § 2º, do art. 65 da Lei 8.666/1993 autoriza a supressão de valores em percentuais acima do definido no § 1º. Ou seja, para as supressões, decorrente de alteração unilateral (como foi o caso), o limite é de 25%. Se for por acordo entre as partes, pode-se exceder esse limite.
e. A administração deverá pagar, a título de indenização, o valor restante para ficar dentro do limite de 25% autorizado para as supressões unilaterais, que importa em R$ 10.000,00, evitando assim o pedido de ressarcimento da empresa em face da rescisão do contrato.
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Quem contrata gostaria que não houvesse alteração do contrato inicialmente firmado, com vistas a executar o orçamento na forma como foi planejado e receber a obra de acordo com o cronograma estabelecido. No entanto, as alterações são corriqueirase vão desde a necessidades técnicas surgidas ao longo da execução, até problemas de má qualidade dos projetos ou falha no planejamento orçamentário-financeiro do contratante.
O legislador não descuidou de prever tais ocorrências, permitindo que os contratos administrativos tivessem a possibilidade de promover alterações, mas impuseram algumas condições para minimizar a possibilidade de favorecimentos indevidos ou de arbitrariedades que prejudicassem indevidamente o interesse do contratado.
Apesar de ser uma das cláusulas exorbitantes, a alteração unilateral dos contratos administrativos conta com mecanismos de proteção para o particular e para a própria Administração, pois se não houvesse limites, poderia ensejar condutas impróprias, por exemplo, de modo a inviabilizar o cumprimento do contrato pelo particular.
Gabarito: O procedimento teria sido correto apenas se a alteração fosse consensual.
Essa é a resposta correta. O inciso II, do § 2º, do art. 65 da Lei 8.666/1993 autoriza a supressão de valores em percentuais acima do definido no § 1º. Ou seja, para as supressões, decorrente de alteração unilateral (como foi o caso), o limite é de 25%. Se for por acordo entre as partes, pode-se exceder esse limite.
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Equilíbrio econômico-financeiro, assegurado pela Constituição Federal, consiste na manutenção das condições de pagamento estabelecidas inicialmente no contrato, de maneira que se mantenha estável a relação entre as obrigações do contratado e a justa retribuição da Administração pelo fornecimento de bem, execução de obra ou prestação de serviço.
Em relação ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato, assinale a alternativa correta.
 
a. As modificações unilaterais dos contratos para melhor ajustá-los ao interesse público não são motivadoras de revisão do equilíbrio econômico-financeiro inicialmente estabelecido, pois não decorrem da hipótese de fato imprevisível ou ainda de caso fortuito, de força maior ou de fato do príncipe.
b. Na superveniência de fatos imprevisíveis, a Administração está obrigada a, unilateralmente, recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
c. No caso da alteração unilateral promovida pela Administração, para que seja concedido o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, é necessário que a contratada demonstre que tal alteração tenha provocado a quebra da relação inicialmente estabelecida. 
Essa é a resposta correta. O que determina a recomposição da relação econômico-financeira inicialmente estabelecida não é a alteração contratual, mas eventuais encargos do contratado provocados por essa alteração, na dicção do § 6º, do art. 65, da Lei 8.666/1993.
d. A modificação de alíquota de encargos incidente sobre os serviços contratados não justifica a alteração de contratos, pois se insere na álea econômica ordinária.
e. A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro é uma prerrogativa exclusiva do contratado, decorrente de uma proteção constitucional, expressa no art. 37, inciso XXI, da CF.
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O restabelecimento do Equilíbrio Econômico-Financeiro do contrato, que consiste na manutenção das condições pactuadas na época da contratação, é uma garantia para as partes de que, na ocorrência de fatos supervenientes e não conhecidos, a relação entre as obrigações de uma parte e a justa retribuição da outra seja mantida equilibrada durante a vigência do ajuste. De destacar que o instituto é uma via de mão dupla, ou seja, tanto se aplicada em favor do contratado, quanto em favor da Administração, pois as partes são igualmente tuteladas. Ou melhor, protege-se o contrato e sua relação inicial.
Assim, fatos imprevisíveis que alteram demasiadamente o contrato, a exemplo de alta excessiva de um determinado insumo, que importem em redução extremada das margens de lucro do contratado (para aquele objeto), podendo inviabilizar a continuidade do contrato, devem ser motivadores de revisão do contrato.
A Lei não qualifica as alterações que autorizam o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, cabendo à análise e certa dose de subjetividade de cada caso do que venha a ser considerado "alteração demasiada do contrato" e "redução extremada das margens de lucro". Devido a margem de subjetividade atribuída ao gestor, a decisão tomada em relação à o restabelecimento deverá ser bem fundamentada e motivada.
Nas hipóteses expressamente previstas em lei, é possível à Administração, mediante acordo com o contratado, restabelecer o equilíbrio ou reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas seguintes ocorrências:
fato imprevisível, ou previsível porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do que foi contratado;
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configure álea econômica (probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e extracontratual (Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do TCU).
Gabarito: No caso da alteração unilateral promovida pela Administração, para que seja concedido o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, é necessário que a contratada demonstre que tal alteração tenha provocado a quebra da relação inicialmente estabelecida.
Essa é a resposta correta. O que determina a recomposição da relação econômico-financeira inicialmente estabelecida não é a alteração contratual, mas eventuais encargos do contratado provocados por essa alteração, na dicção do § 6º, do art. 65, da Lei 8.666/1993.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
A Administração pública contratou, mediante prévio procedimento licitatório, o fornecimento de 10 (dez) trens para operar em nova linha de metrô, com entrega programada de 8 (oito) trens em 24 (vinte e quatro) meses, quando a linha entraria em operação, e os outros 2 (dois) em 36 (trinta e seis) meses. Iniciada a operação da linha, o poder público verificou que a demanda de passageiros ficou bem abaixo das projeções iniciais, razão pela qual não haveria mais necessidade dos 2 (dois) trens adicionais, mas apenas os 8 (oito) já entregues.
Diante da situação verificada, marque a alternativa que melhor descreve a conduta que a Administração deverá tomar:
 
a. Pode reduzir unilateralmente o contrato, ficando o contratado obrigado a aceitar a redução do objeto. 
Essa é a alternativa correta. Uma das principais peculiaridades dos contratos administrativos é permitir a alteração contratual de forma unilateral dentro de certos limites, desde que respeitado o objeto deste e o seu equilíbrio financeiro, assim como haver a comprovação da existência de motivos de interesse público.
b. Não pode reduzir ou alterar o objeto do contrato, sob pena de afronta ao instrumento convocatório.
c. Somente pode reduzir o objeto do contrato, até o montante de 25% do valor inicial atualizado, com a anuência do contratado.
d. Somente poderá reduzir o objeto do contrato se o contratado ainda não tiver adquirido os trens e sempre limitada a 50% (cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
e. Não poderá reduzir quantitativamente o contrato, salvo por motivo de força maior, regularmente comprovado, assegurada ao contratado a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.
Feedback
Embora os contratos administrativos possam ser alterados, tanto unilateralmente como por meio de acordo entre as partes, resta importante ressaltar que as alterações devem ser realizadas com a devida formalização.
Além disso, as alterações devem sempre ser vistas como exceções, uma vez que o planejamento eficiente e adequado das licitações, associado a estudos prévios sobre as reais demandas existentes, reduzem significantemente as demandas por alterações contratuais.
Gabarito: Pode reduzir unilateralmente o contrato, ficando o contratado obrigado a aceitar a redução do objeto.
Essa é a alternativa correta. Uma das principais peculiaridades dos contratosadministrativos é permitir a alteração contratual de forma unilateral dentro de certos limites, desde que respeitado o objeto deste e o seu equilíbrio financeiro, assim como haver a comprovação da existência de motivos de interesse público.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
A formalização do contrato é definida pela lei 8.666/93, porém há casos nos quais não há necessidade de um contrato formal e escrito.
Marque a alternativa incorreta, ou seja, aquela em que NÃO é obrigatória a formalização do contrato escrito.
 
a. Toda a contratações realizadas por meio de concorrências e tomadas de preços.
b. Toda contratação de serviço que envolva a assistência técnica pelo período de um ano.
c. Toda contratação realizada na modalidade convite. 
A alternativa está incorreta. De acordo com a lei 8.666/93, há obrigatoriedade para todas as contratações realizadas nas modalidades concorrência e tomadas de preços, sendo que há casos de contratações por convite em que poderá não haver necessidade de contrato formal. Por exemplo, no caso de entrega imediata e integral de bens que não demandem obrigação futura (garantia, assistência técnica etc.)
d. Toda contratação feita por meio da modalidade Pregão para entrega de bens no valor de R$92.000.
e. Toda aquisição de materiais de consumo com entregas mensais.
Feedback
A lei 8.666/93 em seu art. 62 determina que: "o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação e facultativo nos demais em que a Administração puder substitui-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço".
Ainda, segundo o acordão TCU 2.720/2011 - 1ª câmara, nas contratações em que houver obrigação futura ou entrega parcelada do objeto ou serviço, há obrigatoriedade da formalização contratual.
Gabarito: Toda contratação realizada na modalidade convite.
A alternativa está incorreta. De acordo com a lei 8.666/93, há obrigatoriedade para todas as contratações realizadas nas modalidades concorrência e tomadas de preços, sendo que há casos de contratações por convite em que poderá não haver necessidade de contrato formal. Por exemplo, no caso de entrega imediata e integral de bens que não demandem obrigação futura (garantia, assistência técnica etc.)
Questão 9
Correto
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Texto da questão
A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato administrativo conta com a proteção constitucional de que as avenças firmadas com a Administração manterão ao longo da sua vigência as condições da proposta ofertada.
Um dos instrumentos utilizados é o reajustamento do valor do contrato que se prolongue por mais de 12 meses, como forma de preservar as condições iniciais que poderiam (caso não houvesse o instrumento) ter seu valor corroído, ao longo do tempo, pelos efeitos da variação dos preços dos insumos dos produtos e serviços que constituem o contrato.
Nesse sentido, a sequência de fatos abaixo apresenta uma situação hipotética de uma licitação para contratação de uma obra.
Assinale a alternativa correta, acerca da data em que o contratado poderá ter seus preços reajustados. Considere que foi devidamente consignada tal possibilidade, tanto no edital como no contrato.
 
a. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/04/2017, pois completa um ano da assinatura do contrato, que, por determinação legal, só pode ser reajustado após 12 meses.
b. O contrato só poderá ser reajustado do dia 02/05/2017 em diante, pois completará um ano do efetivo início das obras, a partir de quando a empresa efetivamente incorrerá em dispêndios.
c. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 01/01/2017, pois completará um ano da data da proposta, sobre a qual foram calculados os custos dos serviços.
d. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 30/03/2017, pois completará um ano da homologação da licitação, que é o ato de controle da autoridade competente atestando a conformidade legal do procedimento.
e. O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados. 
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas.
Feedback
As propostas de uma licitação para a contratação de obras envolvem uma série de procedimentos que as tornam diferentes de uma contratação de fornecimento de bens comuns, por exemplo. Enquanto estes têm um centro de custos de fácil apuração, pois envolvem, basicamente, os custos de aquisição e entrega do produto, os serviços de engenharia exigem orçamentos complexos com apuração de custos de insumos e serviços na elaboração de preços dos serviços unitários que compõem a planilha com o preço final da obra. Esses custos são referenciados em tabelas com variações mensais de preços, de modo que se adota uma data-base anterior à da sessão de abertura das propostas para a possibilitar aos interessados a sua elaboração uniforme. Essa data-base deve estar prevista no edital e no anexo em que constar o orçamento estimativo e/ou projeto básico.
Dessa forma, a data-base a partir da qual, após transcorrido o prazo legal, tem-se o direito de reajustamento do contrato deve ser estabelecida previamente, devendo ser adotada por todos os licitantes como sendo a data da proposta ou do orçamento a que ela se referir.
Há uma dúvida, infundada, acerca da possibilidade de a data para o reajustamento do contrato ser após um ano da sua assinatura. É preciso diferenciar o direito do contratado ao reajustamento dos preços (aspecto monetário) da vigência do contrato (aspecto temporal). Este último tem disciplina no art. 57 da Lei nº 8.666/1993, que, no caso de obras, ampara-se na possibilidade de prorrogações e se vincula ao cumprimento do objeto (a obra), enquanto aquele é uma prerrogativa constitucional de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do ajuste.
Gabarito: O contrato só poderá ser reajustado a partir de 15/02/2017, pois completará um ano da data limite para a apresentação das propostas, marco inicial para a validade dos preços contratados.
Essa é a resposta correta. Para aqueles casos em que não exista um orçamento a ser utilizado na formação da proposta, como no caso de Convenção Coletiva de Trabalho - CCT, que fixe valores para os salários de empregados terceirizados, a anualidade será contada da data limite para a apresentação das propostas.
Questão 10
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Texto da questão
A lei 8.666/1993 prevê duas formas de formalização das alterações contratuais: a lavratura de termo aditivo e o apostilamento. Usa-se uma ou outra forma de acordo com a alteração contratual havida, de modo que se atenda aos princípios da publicidade, da economicidade e da eficiência.
Isto posto, assinale a alternativa em que o instrumento utilizado está de acordo com a alteração efetuada no contrato.
 
a. Termo aditivo, no caso de suplementação de dotação orçamentária da despesa havida com o contrato até o limite do valor corrigido.
b. Apostilamento, quando da prorrogação de prazo de vigência do contrato de natureza continuada.
c. Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada. 
Essa é a resposta correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve alteração admitida, há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva publicação.
d. Apostilamento, no caso de alteração do valor do contrato em razão do aumento de quantitativo de serviços, dentro doslimites legais.
e. Termo aditivo, no caso de alteração do valor do contrato por aplicação da cláusula de reajuste.
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A escolha dentre as opções de formalização, além do caráter obrigatório, em face de disposições legais que regram a matéria, tem que ser vista também sob o ponto de vista do controle social em articulação com princípios administrativos como o princípio da economicidade, da eficiência e da formalidade moderada.
Simples alterações ou correções de erros materiais, sem impacto na execução do contrato, se fossem feitas por meio das formalidades exigidas para os termos aditivos, além de ferir a eficiência administrativa, imporiam à Administração gastos com publicação de extratos que em nada contribuiriam para o controle social que o princípio da publicidade visa privilegiar. No caso de apostilamento, basta o registro em adendo ao próprio termo de contrato ou documento que o vincule.
De modo diverso, quando a alteração muda as condições iniciais pactuadas, que foram amplamente conhecidas na fase da licitação, há que se formalizar por meio de termo aditivo e proceder a correspondente publicação.
Segundo a Lei no 8.666/1993, a apostila pode ser utilizada nos seguintes casos:
variação do valor contratual decorrente de reajuste previsto no contrato;
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento;
empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do valor corrigido.
Gabarito: Termo aditivo, no caso de alteração do razão social da empresa contratada.
Essa é a resposta correta. A razão social é elemento essencial do contrato, de modo que, se houve alteração admitida, há que se adotar as formalidade do aditamento, inclusive com a respectiva publicação.

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